Este texto de hoje é o complemento da roda de conversa que tive ontem, domingo, no flat. Vou colocar agora os argumentos do meu primogênito e de sua namorada com relação aos seus relacionamentos no futuro.
Meu primogênito começou dizendo que respeita o meu posicionamento quanto aos meus relacionamentos, principalmente porque eu não engano ninguém, que todas as mulheres que se aproximam de mim e desejam convivência comigo, sabem da minha forma de pensar, sentir e agir. No entanto ele não quer isso para o seu relacionamento com sua companheira. Faz questão de frisar que faz diferença entre amor e sexo, e que a sua companheira tem toda a liberdade e confiança, para se relacionar com qualquer pessoa, desde que não cometa atos sexuais, mesmo que não haja penetração.
Fiz também questão de dizer que respeito a posição deles, de construir uma família nuclear com base no amor exclusivo, mas que isso implica na fidelidade, com base na verdade dos procedimentos. Que eles sejam firmes para garantir essa fidelidade ao longo da vida, sem fazer como a maioria faz, de romper essa fidelidade de forma clandestina e muitas vezes transformando o relacionamento conjugal em um campo de batalha verbal e agressões físicas, sem nenhuma qualidade de vida.
A namorada dele colocou uma perspectiva diferente. Ela considera que não só uma relação sexual é considerada uma traição, mas qualquer tipo de relacionamento afetivo mais íntimo ou projeto de vida desenvolvido com outra pessoa sem o conhecimento do companheiro. Colocou como exemplo uma pessoa que constrói uma casa com outra pessoa, do mesmo gênero ou não, e passa a dormir algumas noites com ela. Mesmo que não haja sexo, ela já considera isso como uma traição, tanto pelo fato de não ser conhecido como pela possibilidade de existir o sexo.
Senti que a posição do meu primogênito é mais ampla, ele dá total liberdade e confiança à companheira, desde que ela não tenha comportamento de natureza sexual com ninguém. Se a sua companheira faz uma viagem de estudos para um congresso sozinha, e lá encontra alguém que simpatiza, que sai para jantar, que cheguem até a dividir o mesmo quarto do hotel, para ele não há traição se não existe sexo, que seja informado o que está acontecendo ou não.
Para ela isso já configura traição se ele não comenta essa ocorrência, e mesmo que comente, mas se ficam no mesmo quarto do hotel, somente a possibilidade de existir o sexo já configura uma traição.
Percebi que a posição cognitiva quanto o relacionamento conjugal que eles têm hoje é semelhante ao que eu tinha no passado no início do relacionamento com minha primeira esposa. Eu também tinha total confiança nela e acreditava que a traição era caracterizada por fazer sexo ou projetos clandestinos com outra pessoa.
É importante que essas reflexões do futuro tenham conhecimento das minhas reflexões do passado, pois muito provavelmente eles irão passar por circunstâncias parecidas com as que eu passei e poderão evitar os erros que eu cometi.
Primeiro, se eles entram em reflexões que implicam na mudança dos seus atuais paradigmas, que o companheiro(a) tenha conhecimento no começo para evitar o que aconteceu comigo. Cresci muito cognitivamente na mudança de paradigmas de forma isolada e não permiti que a minha companheira fizesse as mesmas avaliações para chegar às mesmas ou diferentes conclusões.
Segundo, ao assumir a mudança de comportamento a partir das mudanças de paradigmas, devem estar prontos a suportar todas as consequências que daí advirem, quer sejam culturais, familiares, legais, etc.
O importante é que a confiança não seja afetada, por mais dolorosa que seja a verdade. Talvez essa minha experiência de vida seja o meu grande presente de casamento para eles.
Hoje foi um dia de lazer no flat da Redinha. Sentei numa roda que se encontra a minha primeira ex-esposa e o meu primogênito com sua namorada. O tema da conversa passou a ser relacionamentos, do meu primogênito com sua namorada até o meu relacionamento com a sua mãe quando ainda éramos casados.
Tive oportunidade de fazer uma retrospectiva sobre o que aconteceu entre nós e que mudou a minha forma de pensar, de uma família nuclear como hoje pensam meu primogênito e sua namorada, para uma família ampliada onde o amor deixa de ser exclusivo.
Falei que a mudança do meu pensamento não aconteceu de forma instantânea, de uma hora para outra, de um dia para outro, de um mês para outro... não, foi um processo que levou anos e consistiu de uma verdadeira batalha mental sobre o que eu poderia ou não fazer, sobre fidelidade, sobre traição. Reconheci que este poderia ter sido um erro que cometi, ter entrado nessas reflexões de forma solitária, sem dividir com minha esposa as críticas que começavam a surgir na minha cabeça em função dos desejos e das circunstâncias.
Nessa época eu era estudante de medicina e dava plantões em hospitais psiquiátricos. Em um desses hospitais havia uma auxiliar de enfermagem que simpatizava comigo e sempre que estávamos juntos no plantão ela chegava perto de mim com suas blusas generosas e fazia convites cada vez mais explícitos para sairmos qualquer dia ou noite para namorarmos. No primeiro momento eu respondia com convicção que era casado, que amava minha esposa e que não pretendia traí-la. Mas cada vez eu sentia que minhas defesas ficavam mais fracas. O desejo passou a surgir na minha mente frente à visão daqueles seios farto e prontos para escapulir do controle daquela blusa branca para minhas mãos ou meus lábios; fazia-me pensar cada vez mais nessa opção que minha amiga oferecia, e seus argumentos cada vez mais se fortaleciam. Ela sabia que eu era casado, que não queria deixar a minha esposa por ela nem por mulher nenhuma, pois a amava e vivia em harmonia com ela. No entanto, ela não tinha interesse em destruir esses pensamentos e sentimentos que existiam em minha mente com relação à convivência com minha esposa. Ela queria apenas um momento só para nós, que pudéssemos namorar nossos corpos, sem a possibilidade de gerar filhos ou qualquer outra forma de compromisso. Era um prazer que tanto ela como eu queríamos, que não iria interferir com a vida de ninguém, nem dos meus parentes nem dos dela. Eu poderia perder essa oportunidade em função apenas de compromissos psicológicos que a ninguém dizia respeito a não ser a mim e a minha fortuita companheira?
Foi com esse pensamento crítico que percebi que eu estava dentro de uma espécie de prisão psicológica devido a um compromisso assumido com a minha esposa. Passei a vê-la como uma espécie de carcereira, que impedia o prazer que eu também desejava obter nesse relacionamento fortuito com a minha amiga. Senti que o meu relacionamento antes tão harmônico e prazeroso começava a deteriorar-se. Eu conseguia manter a harmonia no relacionamento conjugal, mas agora não existia o prazer que eu tinha antes, com o sentido pleno de liberdade que eu vivia. Agora eu sentia que existia uma cadeia psicológica que me prendia e que os meus desejos e instintos se rebelavam cada vez mais com essa situação. Cheguei ao ponto de decidir quebrar essas cadeias, pois se isso não acontecesse a qualidade do meu relacionamento no casamento iria deteriorar até o ponto de ser insustentável, e eu teria que acabar no divórcio. Eu não queria que isso acontecesse, eu queria viver com minha esposa até o resto de nossas vidas, como tínhamos jurado um ao outro em tantos momentos, inclusive no altar. Portanto eu teria que atender a esses desejos da carne, já que eu não via neles nenhuma consequência negativa para meus diversos relacionamentos, inclusive o conjugal, pois dizia respeito apenas a mim e a minha amiga.
Quando decidi sair com ela para namorarmos em algum momento e lugar discretos, que ninguém percebesse nossas ações, senti que a pressão no casamento foi aliviada, que eu agora estava pronto para sair com alguém em função do prazer, e que não existiriam consequências negativas, pelo contrário, ajudou bastante a eu reencontrar a alegria na harmonia do relacionamento conjugal. Mas isso não foi suficiente para eu sair com a minha amiga, pois logo entrou em cena o meu senso de justiça que apontava que a minha esposa teria o mesmo direito que eu agora estava adquirindo, se em igual situação ela um dia se encontrasse. Surgiu de dentro dos meus instintos o preconceito machista que jamais eu deveria admitir a minha esposa com outro homem. Então eu não deveria jamais me admitir namorar com outra mulher. Foi outro freio no meu comportamento libertário, mas dessa vez os grilhões da cadeia estavam dentro de mim. Agora era uma luta interna de mim para comigo. Os meus desejos de saciar o prazer com o sexo com uma pessoa diferente versus o meu preconceito de não permitir o mesmo direito à minha esposa.
Entrei nessa nova batalha sem consequências na harmonia prazerosa do meu relacionamento conjugal, pois agora o meu carcereiro não era a minha esposa, e sim os meus preconceitos. Levei mais um tempo para vencer esses preconceitos, de seis meses a um ano de constantes embates mentais, mais uma vez de forma solitária. A perspectiva do prazer sexual era uma força impiedosa que massacrava os argumentos do meu preconceito a toda hora, a todo momento. Eu procurava argumentos nos livros acadêmicos, nos livros religiosos, na esperança que fortalecesse os meus preconceitos e que eu abandonasse a ideia de transformar o meu casamento de fechado, exclusivo, para um relacionamento aberto, inclusivo. Mas aconteceu o contrário. Os argumentos que encontrei nos livros, tanto acadêmicos quanto religiosos, fortaleciam a expressão do prazer consentido e esclarecido e massacravam os preconceitos machistas. Finalmente o preconceito foi nocauteado e fiquei livre para ter a experiência sexual tão desejada e permiti consciencialmente que a minha esposa tivesse o mesmo direito.
A partir desse momento passei a agir de forma diferente, pois já pensava de forma diferente. Mesmo assim a minha esposa não desconfiou um só momento dessa luta interna e dessa transformação que eu passei, mesmo porque ela não tinha motivos, pois eu atingi um nível de gratificação altíssimo na harmonia do nosso relacionamento. Ela se sentia tão segura comigo que um dia de forma inocente e pensando que a pergunta que iria fazer jamais teria uma resposta positiva, que ela a fez: “Você seria capaz de um dia me trair?”.
Pela minha forma de pensar eu não sentia que estava lhe traindo, pois ela tinha o mesmo direito de fazer o que eu estava fazendo. Mas eu sabia onde ela queria chegar, queria saber se eu tinha coragem de “sair” com outra pessoa. Então respondi afirmativamente, e logo em seguida à sua perplexidade, eu disse que ela tinha o mesmo direito de fazer mesmo se assim desejasse. Eu pensava que isso fosse atenuar a sua dor, mas ela se mostrou atingida duas vezes. Eu não imaginei que todo o esforço de transformação que eu passei foi de forma solitária, que ela não teve oportunidade de caminhar comigo pelos caminhos cognitivos e emocionais que me levaram à construção de novos paradigmas. A partir daí a nossa vida passou a ter um rumo completamente diferente, com muita dor e resignações, principalmente da parte dela. Foi o preço da minha liberdade, e peço desculpas por não ter tido a coragem naquela época de fazer essa conquista junto com ela, eu não tinha o amadurecimento que tenho hoje; esta é a minha defesa, meus atenuantes para os erros cometidos.
O texto que reproduzi no dia 15-01-15 teve continuidade com os estudos que mostram a penetração do gramscismo no Brasil e que é importante a sua reprodução na continuidade para fechar o pensamento no qual está montado a minha atual posição política.
A PENETRAÇÃO GRAMSCISTA NO BRASIL
FINALIDADE
Criar as melhores condições para transformar o Brasil em uma República Socialista sob a inspiração de Antônio Gramsci.
OBJETIVOS
1. Obter a hegemonia na sociedade civil.
2. Obter a hegemonia na sociedade política (Estado).
3. Estabelecer o domínio do intelectual coletivo (Partido Classe).
4. Silenciar os intelectuais independentes.
MÉTODO
Realizar a transformação intelectual e moral da sociedade pelo abandono de suas tradições, usos e costumes, mudando valores culturais de forma progressiva e contínua, introduzindo novos conceitos que, absorvidos pelas pessoas, criam o “senso comum modificado”, gerando uma consciência homogênea construída com sutileza e sem aparente conteúdo ideológico, buscando a identificação com os anseios e necessidades não atendidas pelo poder público.
Assim é estabelecido o desejo de mudança em direção a um mundo novo, com a sociedade controlada através dos mecanismos de uma “democracia popular”, onde os pensadores livres, temendo o rótulo de retrógrados ou alienados, se submetem a uma prisão sem grades, calando a voz da divergência existente dentro de si e se deixam, assim, vencer pelo “senso comum modificado”. Este prossegue intoxicando a sociedade, sob a égide do Estado, usado para reduzir e suprimir a capacidade de reação individual e coletiva. Nesse momento está construída a base para a “tomada do poder” e consequente implantação do Estado Socialista.
AÇÕES QUE TEM ENFRAQUECIDO AS TRINCHEIRAS DA DEMOCRACIA NO BRASIL
NOS PARTIDOS POLÍTICOS
1. Estimular o número elevado de partidos para enfraquecer a oposição e facilitar a tática de “aliança”, favorecendo o “partido de classe”.
2. Manter a regionalização dos partidos; o controle por caciques ou oligarquias regionais afeta a unidade nacional, favorecendo o enfraquecimento dos partidos políticos de oposição e favorecendo o “partido de classe”, que possui “unidade de comando”.
3. Admitir a pluralidade de esquerda para ser bem explorada pelo “partido classe” por tempo determinado.
4. Esvaziar as poucas lideranças da oposição através de patrulhamento e ataque (dossiê) direto ou indireto (parentes).
5. Criar fatos novos para o esquecimento das mazelas de militantes do “partido classe” e aliados.
6. Afastar ou mudar de cargo o militante com erro focado pela mídia de oposição, para a sua proteção e do “partido classe”.
7. Usar a “mídia da situação” para silenciar as mazelas dos militantes do “partido classe”.
8. Infiltrar militantes nos outros partidos para obter o seu controle e esvaziar os líderes de oposição, os neutros e os que não são adeptos do “partido classe”.
NO EXECUTIVO
1. Criar aparelhos governamentais de coerção.
2. Distribuir cargos em órgãos e empresas públicas para militantes do partido classe e seus aliados, em todos os níveis da administração (federal, estadual, municipal), aparelhar o estado.
3. Criar uma estrutura policial que possa ser transformada em Guarda Nacional ou Guarda Pessoal ou em Polícia Política (Polícia Federal, Força Nacional) para emprego imediato, quando chegar o momento oportuno.
4. Ampliar o “curral eleitoral” usando o assistencialismo como fim e não como meio, mantendo o benefício por tempo indeterminado.
5. Manter o curral eleitoral através de um sistema de ensino, controlando o baixo nível de aprendizagem e desenvolvimento da inteligência.
6. Silenciar a imprensa através de emprego da verba pública destinada à propaganda, mantendo a população sem informação correta.
7. Neutralizar políticos de oposição e aliados através de distribuição de dinheiro, cargo público ou qualquer outro tipo de benefício pessoal ou familiar.
8. Criar ou fortalecer um organismo sulamericano para diminuir a importância da OEA ((EUA).
9. Participar de um bloco sulamericano de repúblicas socialistas democráticas.
10. Facilitar a penetração cultural e a projeção dos intelectuais orgânicos.
11. Denegrir heróis nacionais.
12. Enaltecer militantes da ideologia marxista.
13. Desmerecer fatos e vultos marcantes da História Nacional.
14. Impedir a tomada da Consciência Nacional.
15. Entorpecer a vontade nacional.
16. Eliminar valores do processo histórico-cultural nacional.
17. Mudar usos e costumes.
18. Enfraquecer o moral nacional.
19. Mudar traços da identidade nacional.
20. Mudar valores e princípios ético-morais.
21. Enfraquecer a família.
22. Enfraquecer a coesão nacional.
23. Lançar a discórdia no seio da população.
24. Desviar o foco dos debates em torno de questões relevantes em áreas estratégicas (saúde, educação, segurança, defesa, etc), isentando o Governo de responsabilidades pelas deficiências e vulnerabilidades.
25. Estabelecer um poder paralelo ao do Estado (Conselho de Política Externa, Comissão de Direitos Humanos, etc).
26. Alimentar as ONGs com o dinheiro público e estimular outras para atuarem na sociedade civil, apoiando direta ou indiretamente a luta pela sua hegemonia.
NO LEGISLATIVO
1. Eleger militantes do Partido-Classe.
2. Unir temporariamente os partidos de mesma ideologia.
3. Fazer alianças com partidos de ideologia oposta.
4. Desmoralizar o Legislativo, mantendo privilégios, barganhas e a falta de espírito público.
5. Criar leis para dar o respaldo as mudanças de usos, costumes e valores da nacionalidade brasileira.
6. Obter o controle do Legislativo para conquistar o domínio da sociedade política (Estado) através do Partido-Classe.
7. Enfraquecer o Legislativo como fiscal do executivo.
8. Submeter o Estado ao controle do Partido-Classe.
NO JUDICIÃRIO
1. Retardar ou impedir a modernização da estrutura do judiciário.
2. Retardar ou impedir o aperfeiçoamento do funcionamento do judiciário.
3. Estimular o corporativismo extremado na magistratura.
4. Manter o magistrado afastado do povo e das suas necessidades.
5. Difundir na sociedade civil as ideias de parcialidade, ineficiência e improbidade do judiciário.
6. Desacreditar o judiciário perante as classes subalternas, explorando a lentidão funcional e a corrupção e privilégios dos magistrados como funcionários públicos.
7. Aparelhar o judiciário com material humano de interesse.
NAS ESCOLAS
1. Usar as universidades como refúgio ideológico.
2. Buscar a hegemonia nos meios intelectuais.
3. Construir uma nova massa de manobra, usando as universidades, a mídia e as editoras.
4. Criar a geração revolucionária nas escolas do ensino médio.
5. Usar professores da nova massa de manobra no ensino básico (fundamental e médio).
6. Fortalece o controle do sistema de ensino que não ensina a pensar, através do MEC.
7. Apagar a memória do povo reescrevendo a história do Brasil para fatos e vultos nacionais relevantes
8. Mudar valores e princípios ético-morais (professores homossexuais no ensino médio e fundamental, alterando a estrutura familiar).
9. Enfraquecer a vontade nacional.
10. Transformar a consciência nacional em consciência do partido político
11. Controlar escolas e universidades particulares através de sindicatos e com uma reforma e universitária.
NAS FORÇAS ARMADAS
1. Enfraquecer a união dos militares, afastando os militares da ativa dos militares inativos.
2. Enfraquecer o “espírito de corpo”, separando os oficiais generais da tropa.
3. Introduzir a curto prazo, o uso de drogas entre os militares.
4. Disseminar, a médio prazo, o homossexualismo entre os militares.
5. Preparar, a longo prazo, as gerações de chefes militares que servirão ao governo, e não à pátria, modificando a grade curricular nas escolas de formação.
6. Enfraquecer a credibilidade e a confiança da população nas forças armadas.
7. Desestimular profissionalmente os militares que servem à pátria e não ao governo.
8. Criar o ambiente em que os oficiais terão apenas a visão da expressão militar e não de todo o poder nacional.
9. Enfraquecer o “espírito combativo”, de fundamental importância no confronto bélico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O pensamento de Gramsci está sendo aplicado de forma dissimulada e protegida pelas franquias da democracia, tornando difícil a sua identificação.
Conhecendo o pensamento de Gramsci, as técnicas para a sua aplicação e com uma análise paciente e detalhada da conjuntura nacional, chega a ser surpreendente a infiltração do marxismo-gramscismo na sociedade brasileira.
Ontem, dia 15-01-15, foi realizada mais uma reunião da Associação dos Moradores e Amigos da Praia do Meio e do Projeto Universitário Foco de Luz. Estiveram presentes as seguintes pessoas: 1. Adriana 2. Edinólia 3. Cíntia 4. Francinete 5. Radha 6. Francisco 7. Ana Paula 8. Juliana 9. Ezequiel 10. Zezinho (convidado de Ezequiel) 11. Costa 12. Damares. Justificaram ausência Paulo Henrique e Aninha. Foi lido um preâmbulo espiritual com o titulo “Conseguimos ir” e foi lido e aprovado o relato da reunião anterior com uma correção, onde se lê a compra de três flautas, leia-se a compra de cinco flautas. Edinólia informa que foi feita a arrecadação final da rifa no valor de 644,00, deixando de ser arrecadado o valor de 244,00 reais por diversos motivos, o que totalizaria 888,00 reais. Cíntia disse que foi comprado material didático no valor de 330,00 reais e que já sentiu a diferença para o positivo na instrução com os alunos. Foram compradas camisas para o departamento comercial vendê-las e criar mais uma fonte de renda para a Associação. Paulo comprou 800,00 reais e Francisco 480,00 reais. Todos os recibos de compra e de recebimento de qualquer valor devem ser devidamente contabilizados para prestação de conta ao final de cada mês, detalhadamente, como sugeriram Cíntia e Ezequiel. Radha informa que houve mudança na direção da escola e que a nova diretora tem interesse em incrementar os trabalhos da Associação e que não pôde estar nesta reunião devido a compromisso no mesmo horário. Juliana disse que a diretora se chama Zélia Melo e que pertence ao movimento do escotismo. Disse também que devemos nos mobilizar, pois a escola corre o risco de fechar devido não ter matrículas suficientes, uma vez que a escola municipal que oferece um bônus de 60,00 reais oferecer mais estímulo que a escola estadual. Foi avaliado em função disso, a possibilidade da escola passar para o âmbito estadual. Foi avaliada a questão de cadastrar pessoas da comunidade que atuem como professores substitutos em caso de greve, para o alunos não terem que voltar para suas casas. Também foi decidido começar a organização de um mutirão dentro da comunidade para a recuperação da escola, inclusive com a oferta de uma feijoada aos interessados. Também foi decidido que a Associação liberará recursos para Costa junto com Nivaldo colocarem para funcionar o carro de som dentro da comunidade. Francinete disse que conseguiria um locutor para fazer a nota a ser divulgada. Edinólia ficou encarregada de retomar os contatos com o Sr. Zezito, proprietário do Hotel Reis Magos e dar encaminhamento as providências da reforma do imóvel. Ficou acertado que na terça feira, Francisco, Costa e Paulo Henrique procurarão fazer contato com o Sr. Bezerril para ver a possibilidade da comunidade assumir o quiosque abandonado no calçadão da Praia. Francisco ficou de elaborar nota para distribuir para a imprensa informando os trabalhos da Associação na comunidade. Francisco, Sued e Radha irão providenciar junto ao Shopping Mãos de Arte um espaço para a apresentação cultural da Associação, de preferência em noite de lua cheia, contando com os alunos do curso de violão, flautas e os cantores do bairro. Ezequiel ficou de marcar audiência com o secretário de Esportes para expor nossas necessidades. Radha informa que as aulas de xadrez e de reforço escolar serão realizadas também nas quartas feiras. As 20:30h a reunião foi encerrada e Costa conduziu uma canção evangélica e o Pai Nosso. Concluímos com as fotos de todos os presentes.
Após a reunião política de ontem, recebi um texto sobre o pensamento de Gramsci, comunista italiano, que faz ponte com o texto que escrevi ontem e que reproduzo abaixo na íntegra.
Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra.
Delegacia do Estado de Mato Grosso do Sul.
UM CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA PELO BRASIL.
NÚCLEO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS GRAMSCI NO BRASIL
AGRADECIMENTO
A todos que participaram dos estudos que culminaram no presente trabalho com a finalidade de “conhecer o Brasil para melhor servi-lo”.
PROPOSTA
Estimular o debate, reunindo e unindo todos em torno do bem comum, colocado acima de interesses pessoais e de qualquer espécie de grupo, para criação de um Projeto de Nação fundamentado no processo histórico-cultural brasileiro.
METODOLOGIA
Identificar ideias, atitudes, comportamentos e ações que estão em harmonia com o marxismo-gramscismo para, através da “via pacífica”, transformar o Brasil em uma República Socialista.
Antônio Gramsci (1891-1937), intelectual italiano e um dos fundadores do Partido Comunista Italiano (PCI) em 1921, percebeu que a implantação do comunismo nos países do Ocidente não deveria seguir o modelo russo (Lenin) do uso da violência para conquistar ou tomar o Estado, mas sim, ao contrário, primeiro conquistar o Estado e depois, então, a aplicação da violência para finalizar o processo.
Nessa concepção, destaca-se o valor atribuído ao seu entendimento de Sociedade Civil como sendo o espaço social onde deve ocorrer a luta pela hegemonia, para que a classe subalterna passe ser a Classe Dirigente.
Um grupo social da Classe Dirigente, assumindo o controle da Sociedade Política (Estado), permite que o partido da Classe Dirigente seja posicionado acima do Estado. A manobra é simples, lenta e gradual. Utiliza-se dos instrumentos legais e políticos da democracia para, de forma pacífica e sorrateira, minar e enfraquecer as principais trincheiras democráticas: Executivo, Legislativo, Judiciário, Forças Armadas, Religião e a Família.
Usando a propaganda subliminar, o populismo e a demagogia, as consciências são entorpecidas e é criada a sociedade massificada para a luta pela hegemonia. O envolvimento estratégico também é simples e eficaz, conduzindo o processo em três fases:
Na primeira organiza o Partido das Classes Subalternas e luta pela ampliação das franquias democráticas para facilitar a ação política, explorando as deficiências e vulnerabilidades do governo;
Na segunda, luta pela hegemonia das classes subalternas, criando as condições para a tomada do poder;
Na terceira fase, toma o poder, impondo novos valores e princípios através de uma nova ordem. O “socialismo pacífico” é a etapa intermediária para o “socialismo marxista”, o marxismo-leninismo, o comunismo...
Preso em 1926, escreveu na prisão “Cadernos do Cárcere” contendo o seu pensamento sobre a tomada do poder de forma pacífica. Foi libertado pouco antes de morrer em 1937.
O gramscismo contagiou países da Europa e, hoje, está transbordando na América do Sul.