Deus sempre está presente em minha vida, protegendo e instruindo, mesmo que dEle muitas vezes esqueça. Assim, Ele me proporcionou uma bela viagem à Fortaleza com pessoas queridas e me deu três boas chances de me aconchegar mais ao Seu seio. A primeira eu perdi, foi quando fui colocado de forma mágica dentro de uma caminhada de cristãos de Fortaleza, onde todos iam em clima de ecumenismo, paz e fraternidade até a Praia de Iracema e lá se concentrariam para falar do que existia em seus corações. Sai da caminhada convicto que depois de descansar um pouco da viagem iria para esse encontro. Fui derrotado pelo cansaço da viagem e quando acordei já havia perdido o tempo. A segunda foi através de outra pessoa cristã, que no dia seguinte cantava hinos evangélicos ao som do violão e nos forneceu seu violão e microfone para que pudéssemos cantar ao Senhor. Dessa vez o calçadão da praia se encheu com a voz melodiosa de minha companheira espiritual que chegava a evocar lágrimas nos corações mais sensíveis. A terceira aconteceu também no mesmo calçadão da praia e até mesmo motivado pelo meu irmão biológico que pediu que comprássemos um livro espiritualista para ele presentear a sua pretendida. Encontrei também de forma surpreendente um “ônibus livraria espiritualista” estacionado na praia. Um senhor muito educado me mostrou o conteúdo das diversas prateleiras e Deus me apontou os livros que eu estava precisando para minhas companheiras mais próximas, para o meu irmão biológico e para MIM MESMO! O meu livro era intitulado “O Reino de Deus”, ditado a João Nunes Maia pelo espírito Martinez.
Fernando Miramez de Olivídeo nasceu na Espanha e, ainda jovem, aprofundou-se na história dos povos e nações da Terra, mostrando grande interesse na descoberta das Américas, apaixonando-se pelas terras de Santa Cruz. Em 1649, desce Miramez no litoral do Brasil. Descalça as botas e pisa a terra; lágrimas marejam seus olhos e caem no solo generoso. Nesse momento, Terra e Espírito fizeram uma permuta de energias e valores, cujos resultados benéficos seriam constatados através dos tempos. Em pouco tempo já falava dialetos indígenas e africanos, catequizando e aliviando as dores físicas e espirituais dos irmãos humildes. Ao desprender-se do vaso físico e já fora dele, Miramez chorou de felicidade e agradecimento por ter ingressado no Brasil pelas portas do amor e da caridade.
Então foi essa obra de Martinez que o Pai me apontou para que eu pudesse implementar com mais objetividade o Seu projeto estruturado em minha consciência. Li o prefácio feito por Dr. Bezerra de Menezes onde ele ressalta pensamentos muito interessantes. Ele diz que este livro denominado O REINO DE DEUS representa um apelo as consciências para que a vida, mesmo na Terra, possa dar início à vivência no céu. Espera que pelo amor, todos estudem a extensão infinita dos valores da Boa Nova. Ele diz ainda que um mesmo livro traz duas escritas: uma na linguagem dos que se propõem a ler, podendo ser assim traduzido em todos os idiomas; outra na linguagem universal do amor que somente a sensibilidade sabe decifrar e o coração entender (excelente!). Continua Bezerra, diz que escrever é uma arte, um dom, uma conquista de muitas eras. Queira ou não o escritor, existe a filtragem entre os dois mundos e troca de ideias entre os seres do plano terreno e do espiritual e que isso vai evoluindo cada vez mais. Todo escritor, sem exceção, é um mestre da instrução. Resta saber o que estamos ensinando aos outros. Diz com convicção que a escrita que não estiver envernizada na moral elevada, na dignidade, no bom senso, no amor aos semelhantes, buscando desenvolver nos leitores as qualidades nobres, erra por si mesma. Aconselha também para analisar antes de escrever qualquer página, ver o que interessa para nós e para nossos descendentes, o que queremos para a pessoa ou pessoas que amamos, e escrever a mesma coisa, colocando-nos no lugar quem vai ler nossos livros. Fazer o melhor, dar o que de mais puro temos no coração, na nossa inteligência. Lembrar sempre que somos como uma lâmpada a indicar caminhos para os outros. Somos médiuns das letras e devemos procurar a Jesus para que elas não fiquem mortas, mas vivifiquem, em espírito e verdade. E assim Bezerra de Menezes coloca em nossas mãos este livro singelo, mas grandioso na estrutura educacional. Ele é um convite aos homens de boa vontade, para melhorar mais com o Cristo e pelo Cristo, pois Ele é um prisma pelo qual podeis dar início ao Reino de Deus no coração. E se já começastes, ampliai vossos conhecimentos com a leitura, a meditação e a prática diária, que sereis felizes.
Recebi a leitura desse prefácio de Bezerra de Menezes como se fosse o Pai conversando comigo. Aconselha que eu, mesmo já tendo começado a criar este Reino de Deus em meu coração e em meus relacionamentos, devo ampliar meus conhecimentos com esta leitura aprofundada, com a meditação minuciosa do que é preciso fazer e com disciplina fazer a prática diária.
Obedecendo a meditação do que estou realizando até agora na construção do Reino de Deus, eu me sinto satisfeito por alguns aspectos e noutros não. Estou satisfeito com minha determinação em fazer do Amor Incondicional a pedra angular da construção desse Reino, como Jesus orientou, mesmo que me cause sofrimentos como o de viver sozinho, que não é minha característica. Estou insatisfeito por outro lado, pois não consigo atingir o nível de solidariedade condizente com o Reino de Deus entre minhas companheiras, aquelas que são tocadas pelo amor romântico por mim e que exige a exclusividade, com o tempero do ciúme e da hostilidade. Essa é uma erva daninha que está plantada no meio do Jardim e cujos espinhos impedem a existência de uma verdadeira fraternidade. O amor romântico vence no coração delas o amor incondicional. Sei que se eu pedir opinião ao Mestre Jesus, Ele poderá dizer para eu fazer como Ele fez: não me envolver no amor romântico, deixar sempre o amor pela humanidade em primeiro plano do que o amor exclusivo com uma pessoa. Mas eu sinto que o Pai quer que eu faça esse confronto. O Pai sabe que o Amor Incondicional é a maior força do Universo, que é a Sua própria essência, e que ela deve existir com prioridade no coração de todos que querem participar do seu Reino, mesmo que exista o amor romântico. Enquanto isso não acontecer, a pessoa está sintonizada com o mundo material, com os valores egoísticos de toda espécie, não pode ser um cidadão do Reino fraterno de Deus. E pior ainda, eu posso estar me envolvendo com esses sentimentos negativos e permitindo a exclusão de pessoas nos meus diversos relacionamentos, não estar agindo com a espontaneidade do amor incondicional, tendo pruridos em citar nomes, em receber ligações, em falar de atividades... tenho que ter cuidado para que o amor romântico não me atrapalhe o amor incondicional, que o meu senso de justiça não fique a serviço do secundário ao invés do principal. Se somos pessoas que nos amamos incondicionalmente, nenhuma outra força deverá manter a exclusão de quem quer que seja. É anti-cristão! Não obedece a Lei de Deus!
Foi essa meditação que me levou a escrever esse longo texto. E minhas meditações vão ainda mais além... Será que essas considerações que escrevi aqui e que farei questão de todas as minhas amigas e companheiras a lerem, farão com que elas se afastem ainda mais de mim? Será que além de ter que morar fisicamente sozinho eu tenha também que experimentar a solidão do coração? Mas é isso que o Pai está me mostrando, para viver em Seu Reino o coração deve estar livre de impurezas, não deve existir egoísmo de qualquer natureza, ciúmes, raivas, ressentimentos, queixas, intolerâncias, vinganças... exclusão de quem quer que seja! Se meu coração já está preparado para viver assim, que o viva, mesmo que seja sozinho em todas as dimensões, até que surjam o amadurecimento em outros corações que só o tempo e as boas convicções podem realizar.
Lendo o texto de Jeff Olson publicado no “Pão Diário” de 2013, muito me identifiquei com o que ele confessou:
Posso ser uma pessoa esquecida. As vezes esqueço coisas pequenas, como a chave do carro ou minha carteira. E também sou conhecido por não retornar um telefonema ou pagar uma conta no vencimento.
Queria que não fosse verdade, mas às vezes esqueço até de Deus – e aposto que não estou sozinho. Isso não acontece todos os dias, mas há dias que acordo pela manhã e vou direto para os meus afazeres, esquecendo-me de reconhecer a presença de Deus e lembrar-me de tudo que Ele já fez e está fazendo por mim e pelos outros. Esqueço que Ele é o Bom Pastor e deseja me levar e guiar a uma vida de paz e alegria.
Sejamos honestos, a maioria das vezes não é que Deus simplesmente desaparece de nossas mentes. Esquecemos de Deus porque tornamos outras coisas (boas ou más) mais prioritárias do que andar com Ele. Preocupados com coisas menores, nos resta menos tempo, se algum, para pensar sobre Seus planos e caminhos.
Esquecer-se de Deus não é uma questão meramente de amnésia espiritual. Pode ser também o resultado de idolatria, em que acreditamos e agimos como se precisássemos de alguém ou algo mais do que precisamos dEle. Ninguém está isento de fazer a troca insensata sobre a qual Paulo falou – mudando “...a verdade de Deus em mentira” e adorando “...as coisas que Deus criou, em vez de adorarem o próprio Criador” (Romanos 1:25).
Não fomos criados para investir os nossos dias adorando a criatura em vez do Criador. Se fizermos isso, nossa comunhão com a única fonte de vida será rompida.
Enquanto discursava em Atenas, uma cidade mergulhada em idolatria, Pulo lembrou seus ouvintes que é no Deus Criador que “...vivemos, nos movemos e existimos” (Atos 17:28). Não esqueça: escolher outros deuses nos afastará do Deus único.
Pois esta carapuça me caiu direitinho. Também me leva a refletir sobre alguns aspectos além do esquecimento, o que é sua causa, por exemplo, priorizar as criaturas ao invés do Criador... A quem estarei priorizando, entre coisas e pessoas que me fazem esquecer do Criador: que esqueço de orar, as vezes nem sei como fazer? Tenho que fazer dessa reflexão uma constante do meu cotidiano para ver onde estou sendo falho com o Criador no qual estou imerso, no qual caminho, vivo e confio.
Depois que Paulo fez a pregação no Areópago, o supremo concílio de Atenas, decidiu nada saber sobre o mundo, a não ser Jesus Cristo, e este na condição de crucificado. Alguns comentaristas acreditam que ele tomou essa decisão porque seu discurso aos filósofos foi um fracasso, muito intelectual e centrado na criação e não na cruz. Assim, a caminho de Corinto ele se arrependeu e tomou a decisão de pregar somente sobre a cruz. Lucas, no entanto, não parece acreditar que o discurso de Paulo foi um fracasso. Ao contrário, ele o considera um modelo de pregação para intelectuais. Além disso, alguns creram, e Paulo não mudou sua tática ao chegar a Corinto.
Não, a decisão de Paulo foi por outro motivo. Certamente o que o impeliu foi o orgulho e a imoralidade dos coríntios, uma vez que a cruz se coloca em franca oposição a ambos, orgulho e imoralidade. Os coríntios tinham orgulho de sua cidade por sua riqueza, cultura e jogos. Também era a capital da província da Acaia, ocupando uma posição superior até mesmo a Atenas. Mas a cruz destrói todo orgulho humano. Corinto também estava associada a imoralidade, uma vez que korinthiazai significa praticar imoralidades. No ponto mais alto do Acrocorinto (fortaleza situada na Acrópole de Corinto), atrás da cidade, ficava o templo de Afrodite ou Vênus, a deusa do amor, e mil escravas vagavam pelas ruas da cidade à noite como prostitutas. O evangelho do Cristo crucificado, no entanto, convocava os coríntios ao arrependimento e à santidade. É nesse sentido que a cruz de Cristo, com seu chamado ao arrependimento e à autonegação, era uma pedra de tropeço para os coríntios orgulhosos e pecadores. Por isso Paulo se dirigiu a eles com fraqueza, temor e tremor (1Co 2:1-5).
Esses dois fatores, orgulho e imoralidade, continuam presentes na intelectualidade de hoje. Mesmo que a ciência e a tecnologia tenham ocupado a forte presença da mitologia existente nos filósofos da época, isso não alterou em nada a força do orgulho e imoralidade nos cientistas e acadêmicos de hoje, com os devidos retoques que a ética trouxe à civilização. Podemos ver o orgulho presente e ostensivo em todos os setores da comunidade, desde o militar onde é considerado uma virtude, até o eclesiástico onde não deveria existir. Podemos ver a imoralidade campeando nas ruas, não como escravas à serviço de Vênus, mas como prostitutas de todas as condições sociais e faixas etárias à serviço do dinheiro. A cruz de Cristo representa até hoje forte oposição a esses dois fatores culturais.
Então, a mesma dificuldade que Paulo tinha quando sabia que iria fazer esse enfrentamento, eu também o tenho com as mesmas características: fraqueza, temor e tremor. Uma qualidade que Paulo tinha e que até hoje eu não conquistei, foi sobre o domínio do corpo. A preguiça e a gula são dois adversários internos que dificultam eu fazer o enfrentamento tal qual Paulo o fez. Mas tenho a esperança viva dentro de mim que superarei esses problemas, pois tenho ao meu lado a verdade sem retoques, que denuncia para o mundo as minhas fraquezas e isso enfraquece o meu ego; tenho também a convicção de cumprir a vontade de Deus que Ele colocou em minha consciência e com as lições do Mestre Jesus, com o símbolo da cruz como humildade e ética, eu conseguirei atingir os meus objetivos, mesmo que seja tão vagaroso o caminho que sinto percorrer. A pregação para os intelectuais que são os meus pares na academia, evoca dentro de mim todo o temor que existia em Paulo, mas assim como ele estava sintonizado com a missão que o Cristo lhe confiara, eu estou sintonizado com a Missão que Deus me deu, de praticar o amor incondicional em todos meus relacionamentos. É esta base espiritual que me levará ao cumprimento de minha missão, assim como aconteceu com Paulo, apesar de todos os medos, de todas as consequências desse enfrentamento cristão com o mundano.
Tenho também comigo, na consciência, além da missão de aplicar o Amor Incondicional em todas as circunstâncias de minha vida, o propósito de divulgar a Palavra de Deus principalmente entre meus pares, as pessoas da Academia, revestidas da sabedoria humana, dos avanços da ciência, dos recursos tecnológicos. Da mesma forma que tenho dificuldade de entre parentes e amigos falar da Palavra de Deus, também sinto enorme dificuldade de fazer isso com os meus pares. Não é que eu tenha vergonha de falar da minha fé, é que não encontro uma forma que não agrida a “sabedoria” deles, que mostre a superioridade da Palavra de Deus sem causar humilhação na enorme ignorância sobre a Verdade que todos imaginamos possuir.
Dessa forma eu procuro inspiração nos trabalhos de evangelização de Paulo pelo mundo. Os ídolos atenienses, berço da cultura ocidental, despertaram em Paulo um profundo e arrebatador zelo pelo nome de Deus. Por isso ele discutiu na sinagoga e no mercado com todos que estavam lá. Então, alguns filósofos estoicos e epicureus começaram a questioná-lo. Aí entra a primeira lição, a versatilidade de Paulo ao compartilhar o Evangelho com diferentes tipos de pessoas. Seu diálogo com os filósofos fez com que ele fosse convidado para uma reunião no mundialmente famoso supremo concílio de Atenas, o Areópago.
Tomando a palavra, Paulo usou como ponto de partida um altar que havia encontrado com a inscrição: “Ao Deus desconhecido”, propondo anunciar-lhes esse Deus que eles adoravam, mesmo sem conhecer. Paulo então o apresentou como o Criador do universo, o Senhor dos céus e da terra; como aquele que dá sustento a todos, portanto não tem necessidade de nada; como o soberano das nações, aquele que determina o tempo e os lugares; como o Pai dos seres humanos, de quem somos descendência (nas palavras do filósofo estoico Aratus); e como o Juiz do mundo, que não levou em consideração a ignorância do passado, mas que agora ordena a todos, em toda parte, que se arrependam. Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou, ressuscitando-o dentre os mortos. Ao ouvir isso, alguns deles zombaram, outros creram.
O que mais impressiona nesse exemplo de Paulo é a abrangência de sua mensagem. Ele proclamou Deus em sua plenitude, como Criador, Sustentador, Soberano, Pai e Juiz. Tudo isso é parte do Evangelho, ou, no mínimo uma introdução necessária ao Evangelho. Muitas pessoas têm rejeitado o Evangelho não por entenderem que ele é falso, mas por considerarem sua mensagem trivial. Elas estão a procura de uma visão de mundo integrada, que faça sentido à sua experiência de vida.
Paulo ensina que não podemos pregar o Evangelho de Jesus separado da doutrina de Deus, ou falar da cruz sem falar da criação, ou da salvação sem o juízo, e vice-versa. O mundo atual precisa de um Evangelho mais amplo, um Evangelho pleno de sua aplicabilidade dentro do pragmatismo moderno.
Esta é a minha tarefa com os meus pares. Adaptar a linguagem e sabedoria da Palavra de Deus aos conteúdos acadêmicos que nós possuímos. Mostrar que assim como os gregos tinham um altar ao Deus desconhecido que eles nem mesmo consideravam ou sabiam do seu conteúdo filosófico, também temos na atualidade dentro dos nossos hospitais as diversas capelas pelas quais passamos por elas sem um pingo de reverência ou reconhecimento ao conteúdo cognitivo que elas podem oferecer. Sei que ao fazer assim estarei jogando a semente da verdade nos terrenos de diversos corações e que nem todos irão deixar germinar. Mas tenho que cumprir a minha tarefa de semeador e até de jardineiro, caso exista a possibilidade de cuidar do terreno, de adubar e retirar suas pedras.
A “palavra de Deus”, que é a essência do Amor Incondicional, está escrita de forma simples e complexa em diversos livros espirituais. Ainda assim os “sábios e entendidos” não a entende, enquanto os pequeninos recebem a verdade dela sem dificuldades. Será por que Deus bloqueia a mente dos “sábios”? Não! Isso acontece porque quem confia em sua própria sabedoria acaba criando estruturas de pensamentos contrárias à Palavra de Deus. A sabedoria deles lhes diz que a salvação só pode ser obtida pelas boas obras, e quando Deus afirma que “pela graça sois salvos, por meio da fé” (Efésios 2:8), isso é totalmente contrário ao que os conceitos deles dizem. Eles são muito sábios para alcançar a simplicidade de Deus!
Para captar a linguagem de Deus é preciso dependência dEle, pois é o espírito de Deus que nos revela as riquezas de Sua Palavra. Tentar usar esquemas humanos para desvendar a palavra de Deus é colocar obstáculos que nos impedem de desfrutarmos das maravilhas contidas nela.
Uma criança bem pequena consegue assimilar João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”. Não importa quanto seja difícil para a nossa mente humana entender, quando Deus fala tudo é verdade. Isso exige fé, não mais sabedoria humana, nem intelectualidade, mas submissão do coração.
Sei que o nosso racional deve estar sempre atento para as mentiras que estão ao nosso redor e que podem até se pronunciar como falsos deuses. Mas, usando o juízo crítico, devemos identificar a fonte fidedigna da Palavra de Deus e a partir daí deixar a fé assumir o comando de nossas decisões.
Antes eu tinha muita dúvida quanto a veracidade da Palavra de Deus, cheguei até a me considerar ateu por certo tempo. Porém a minha dúvida persistia nesse mundo que eu imaginava que foi criado sem intervenção divina. Terminei por achar essa última hipótese mais improvável e passei a aceitar a existência de um Criador, mesmo que seja uma forma difícil de caracterizar devido as limitações de minha inteligência, onde o máximo que eu posso conceituar é de “Inteligência suprema”, de “Essência do Amor Incondicional”. A partir daí eu pude verificar como o meu mundo se ampliou inclusive as minhas potencialidades evolutivas, da meta que eu posso alcançar usando a eternidade como ferramenta.
Hoje eu continuo a trabalhar e conviver no mundo acadêmico, universitário, onde a ciência é privilegiada à exaustão e até desconsiderada outras formas de ver a vida e que possam ser concorrentes. Não tenho mais dúvidas da existência de um Poder Superior e criador. Sinto agora a responsabilidade de passar o conteúdo que eu aprendi aos meus pares, sabendo a natureza da resistência que eles oferecem e procurando ter a sabedoria de mostrar que a complexidade dos seus pensamentos não servem para traduzir a beleza e a dimensão da Palavra de Deus; que teremos de voltar a simplicidade das crianças e trocar a nossa sabedoria humana pela fé raciocinada.