Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
02/12/2018 02h01
GRATUIDADE DE SERVIÇOS

               Com a perspectiva de uma mudança radical na forma de prestação serviços pelo Estado Brasileiro, este texto assinado por Alfredo Moraes, e publicado em 28-11-18, serve para nossa reflexão.

               Escola gratuita, saúde gratuita, segurança pública gratuita, justiça gratuita e tantas outras gratuidades, quanto custa ao País tudo isso?

               Um contingente grande de pessoas, inclusive quem se considera liberal, advoga a favor de franquearmos produtos e serviços às pessoas sem que seja necessário pagar, no ato ou no futuro, pelo que utilizou de algo que envolveu trabalho e, portanto, custou para ser disponibilizado.

               O argumento principal para essa prática seria o de resgatar, amparar e empoderar indivíduos “carentes” ou assegurar justiça, tudo baseado em conceituação subjetiva, mas plenamente aceitável por expressar a humanidade que nos caracteriza como espécie.

               Quem recebe a dádiva acredita que cavalo dado não se olha os dentes, pega, as vezes reclama da qualidade, mas acaba pegando mesmo assim, afinal é grátis, se não servir não afeta nada e a alternativa de pagar seria impensável.

               Essa prática está tão difundida e enraizada que não se cogita, de maneira crível, mexer nesses pilares de uma sociedade “moderna”, as soberanas políticas de “welfare” (bem-estar) e monopólio Estatal na paz, ordem e organização social.

               Sob o argumento que esse tipo de oferta, por ser gratuita ou de aplicação potencialmente conflituosa, não interessam ou se coadunam com a iniciativa privada, sedimentou-se o entendimento que devam ser ofertadas pelo Estado dado sua suposta neutralidade e desapego mercadológico, só pensa no bem dos outros, não privilegia e não almeja nada para si.

               Essa grande falácia permite que parte significativa da oferta de bens e serviços no País acabe sendo provido por pessoas indiferentes ao cliente, dentro de estruturas pouquíssimo dinâmicas e despreocupados com a concorrência. A bem da verdade o Estado, personificado nos seus agentes, acredita piamente que suas deficiências são uma opção da sociedade representada por políticos que não querem o Estado tomando ou prejudicando os negócios de seus patronos e, portanto, não lhes destinam recursos suficientes para fazer melhor. Se sentem menosprezados, sabotados e, portanto, são incapazes de admitirem erros e autonomamente melhorarem, pelo contrário, são reativos e corporativistas, punindo severamente os que se rebelam dentre os seus.

               Do outro lado, o eleitorado, predominantemente constituído por usuários dos produtos e serviços do Estado, elege representantes quase que aleatoriamente, muitos destes fazendo da política sua atividade fim, sua carreira. Como sabemos, político logo aprende que beneficiar eleitores publicamente, mesmo cientes de que estes pseudo agraciados estão pagando sorrateiramente pelo que lhes é dado, traz enormes dividendos eleitorais e, portanto, vivas às benesses.

               O tumor está aí, claro e identificado. A oferta de produtos e serviços monopolistas ou sem explicitação de preço sob o argumento que é direito do cidadão e dever do Estado, inviabiliza a disciplina de mercado e a opção de escolha do usuário. O preço real acaba sendo altíssimo em termos de ineficiência econômica, miséria, iniquidades, engessamento social, desperdício de talento, conflitos, enfim de dinamismo socioeconômico.

               Até aqui chovi no molhado, mais um diagnóstico para se ponderar e esquecer dado o tamanho do desafio de mudar essa lógica quase universal.

               Realmente o desafio é imenso, mas tem um mote que podemos usar: TRANSPARÊNCIA. Isso, transparência, o direito de sabermos o que custa o que recebemos e quanto pagamos de tributos indiretamente ao Estado no que compramos.

               Se lutássemos para que todo cidadão tivesse o direito de saber quanto recebeu e quanto pagou direta ou indiretamente ao Estado por produtos ou serviços demandados ou disponibilizados e tributos incidentes sobre si ou sobre o que consumiu, começaríamos a abrir essa caixa preta dos usos e fontes dos recursos públicos. Uma contabilidade individual, uma prestação de contas do Estado para cada cidadão sem o escudo de atribuir a empresas ônus que são de fato de consumidores e acionistas pessoa física, permitiria um ganho de racionalidade e entendimento de políticas públicas que em muito ajudariam a busca de avanços e soluções.

               Sabidamente uns pagam mais do que recebem e vice-versa, não é disso que se trata, o importante é saber como recuperar quem não consegue andar com as próprias pernas. Afinal, não existe coisa melhor que andarmos de cabeça erguida orgulhosos de sermos autossuficientes, diferentes entre si, mas igualmente importantes na construção de uma sociedade pujante.

               Muito bom esse raciocínio, mas de igual forma muito difícil a sua implementação. Mas só o fato de estar sendo exposto aqui para nossa reflexão mostra um potencial que, numa sociedade mais justa e mais solidária, ele terá oportunidade de ser acolhido como uma condição importante para a sociedade justa e fraterna, compatível com aquela do Reino dos Céus, da Família Universal.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/12/2018 às 02h01
 
01/12/2018 02h01
ORAÇÃO DEZEMBRO 2018

               Pai, sou eu que Te falo mais uma vez no início do mês que termina o ano. Eu sei que sou falho apesar de minhas boas intenções, talvez cometa muitos erros pensando estar fazendo o correto. Mas estou disposto a corrigir tanto quanto seja necessário, dentro de mim mesmo, fazendo diariamente uma reflexão íntima, como se fosse uma cirurgia moral, para que eu atinja um nível espiritual coerente com o Vosso amor.

               Conheço algumas das minhas falhas, sei que tenho caminhado por terrenos que o Cristo não caminharia, pela gula, preguiça, sexo, orgulho, vaidade... mas fico confuso sobre o certo e o errado, onde existe o pecado ou apenas preconceitos.

               No entanto, estou disposto a mudar de direção naquilo que me deres a sabedoria necessária para distinguir, mesmo que eu não tenha força no momento para me redimir, continuarei a luta, dia pós dia, até alcançar a vitória que sei um dia virá.

               Estou disposto a fazer a Tua vontade e não a minha, em todos os objetivos de “servir” que começam a despontar em mim.

               Confio no Teu amor... ajuda-me a chegar mais rápido ao sucesso espiritual!

               Quero facilitar o livre trânsito do amor que depositas em mim, para aqueles que sofrem e não sentem a Tua presença, que caminham intoxicados por drogas, obnubilados pelas trevas.

               Pai, não deixes que eu ocupe tempo precioso vendo os defeitos alheios, que a minha boca seja motivo de escândalos para alimentar a vingança, o orgulho e a vaidade. Faça-me instrumento da Tua paz em ambientes de discórdia e de maledicência.

               Pai, sinto que o Teu amor conforta o meu coração e por isso Te peço que me ajudes a melhorar ainda mais, pois Tu sabes bem quais são as minhas enfermidades morais. Estou disposto a me operar de acordo com o que colocares em minha consciência, onde está escrita a Tua lei. Quero que o bisturi da boa vontade opere em mim, sem o impedimento da vaidade e do amor próprio.

               Lembra-me, Pai, para que eu adquira a obediência, disciplina e autoeducação, e quando eu tiver cultivado alguma virtude, não critique quem ainda não teve tal oportunidade. Sei que o amor não ofende, não maltrata, não enxovalha, não fere e não exige. Assim, ajuda-me a combater o egoísmo, para que eu não me exalte naquilo que não possuo, que eu me engane a mim mesmo deixando imperar o orgulho e todo tipo de liberdades que podem levar aos prazeres iníquos da carne.  

               Ajuda-me, Pai, na escalada que empreendo, sem ofender os outros e sem diminuir quem quer que seja. Abençoa-me e a todos, mostrando o que devo fazer, sem desculpas, dentro de mim mesmo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/12/2018 às 02h01
 
30/11/2018 02h01
FLASHES DE UM VELHO TEMPO

            Ao observar o ocaso de uma administração pública que tanto impactou o Brasil, observo o predomínio de textos que trazem acusações de quantas iniquidades foram realizadas, encobertas com o falso guarda-chuva da bondade, eficiência e honestidade. Pois vejamos alguns tópicos que circulam na net...

PONTOS A PONDERAR

01 - O MAQUINISTA - A primeira grande comprovação na delação de Palocci é que Lula usou o PT no seu tempo de poder, para transformar a máquina pública numa máquina de lavar dinheiro.

02 - CHANTAGEM MAGISTRAL - A semana começa com o Brasil inteiro sendo chantageado pelos ministros do STF que só abrem mão do 'auxílio-moradia' mediante recompensa de R$ 39.200 mensais.

03 - PLANO CRIMINOSO - O Mais Médicos - ficou bem claro agora - nunca foi um programa... Foi um plano criminoso para a pandilha de Lula ganhar dinheiro usando a saúde como disfarce enquanto aplicava um curativo na depauperada ditadura cubana.

04 - TRATAMENTO DE CHOQUE - O Brasil tem 287 instituições federais que ''estão funcionando''. Todas com alto grau de vulnerabilidade à corrupção. Quanto mais forte e poderoso o órgão, maior o grau de sua contaminação. O organismo público brasileiro precisa de um tratamento de choque.

05 - PERSISTEM OS SINTOMAS - O Ministério da Saúde informa: persistem os sintomas e 96,6% das vagas abertas pela saída dos cubanos do programa Mais Médicos já foram preenchidas. Nada menos de 8.230 profissionais já estão alocados nos municípios em que irão atuar. Agora é usar a dinheirama que ia para os cofres dos ditadores de Cuba para prover os hospitais com equipamentos e remédios aqui nessa enorme casa da Mãe Joana.

06 – FERAS – Os dois grandes caroços para Bolsonaro nessa hora de formatar seu ministério: seu filho, Carlos, 'fera nas mídias sociais' e Magno Malta, 'fera sem papas na língua'. Eu não abriria mão de nenhum dos dois. Carlos dominaria a área da liberdade web de comunicação e Magno Malta, detonaria a liberdade incondicional de credo, pensamento e expressão.

URGENTE: LULA É DENUNCIADO POR LAVAGEM DE R$ 1 milhão

A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou Lula por lavagem de dinheiro, informa o Estadão. “Usufruindo de seu prestígio internacional, Lula influiu em decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que resultaram na ampliação dos negócios do grupo brasileiro ARG no país africano”, de acordo com a acusação levada à Justiça Federal.

Segundo a Procuradoria da República, em troca, o petista recebeu R$ 1 milhão dissimulados na forma de uma doação da empresa ao Instituto Lula.

Além de Lula, o MPF denunciou o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro.

“Os fatos teriam ocorrido entre setembro de 2011 e junho de 2012, quando o petista já não era presidente. Como Lula já tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu para ele, mas não para o empresário.”

Fonte: https://www.oantagonista.com/brasil/urgente-lula-e-denunciado-por-lavagem-de-r-1-milhao/

+E-mails do Instituto Lula e transferência bancária de R$ 1 milhão provam lavagem de dinheiro, diz Leva Jato. Na nova denúncia contra Lula por lavagem de dinheiro, a primeira da Lava Jato de São Paulo envolvendo o petista, a força-tarefa afirma que a transação que teria levado ao pagamento de R$ 1 milhão ao Instituto Lula começou entre setembro e outubro de 2011, registra o Estadão.

A Procuradoria relata que Rodolfo Giannetti Geo procurou Lula e solicitou que o petista interviesse junto ao presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, para que o governo daquele país continuasse realizando operações comerciais com o Grupo ARG, especialmente na construção de rodovias.

“As provas do crime denunciado pelo Ministério Público Federal foram encontradas nos e-mails do Instituto Lula, apreendidos em busca e apreensão realizada no Instituto Lula em março de 2016 na Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava Jato de Curitiba”, informou a Lava Jato.

Em e-mail de 5 de outubro de 2011, relata o jornal, o ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula, Miguel Jorge, escreveu para Clara Ant, diretora do Instituto Lula, que o ex-presidente havia dito a ele que gostaria de falar com Geo sobre o trabalho da empresa na Guiné Equatorial. A empresa estava disposta a fazer uma contribuição financeira “bastante importante” ao Instituto Lula, de acordo com a mensagem. Em maio de 2012, em consequência desses contatos, Geo encaminha para Clara Ant por e-mail uma carta digitalizada de Teodoro Obiang para Lula e pede para levar ao mandatário uma resposta de Lula. Na carta assinada por Lula, o petista informa a Obiang que Geo dirige a Arg, “empresa que já desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”. Lula também afirma acreditar que o país poderia ingressar, futuramente, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A carta foi entregue em mãos a Obiang por Rodolfo Geo. “Na análise dos dados apreendidos no Instituto Lula foi localizado registro da transferência bancária de R$ 1 milhão pela ARG ao instituto em 18 de junho de 2016. Recibo emitido pela instituição na mesma data e também apreendido registra a ‘doação’ do valor. Para o MPF, não se trata de doação, mas pagamento de vantagem a Lula em virtude do ex-presidente do Brasil ter influenciado o presidente de outro país no exercício de sua função. Como a doação feita pela ARG seria um pagamento, o registro do valor como uma doação é ideologicamente falso e trata-se apenas de uma dissimulação da origem do dinheiro ilícito, e, portanto, configura crime de lavagem de dinheiro.”

Fonte: https://www.oantagonista.com/brasil/e-mails-instituto-lula-e-transferencia-bancaria-de-r-1-milhao-provam-lavagem-de-dinheiro-diz-lava-jato/

            Com tantas evidências, como defender uma administração dessa, que tanto prejudicou o país e cada cidadão em particular? Mesmo que haja feito algum benefício se aprofundarmos nosso olhar crítico, veremos, por trás de quaisquer boas ações, sempre têm falsas intenções. Quem continua a defender tal situação, é porque participa das vantagens de forma consciente, ou foi beneficiado e permanece defendendo seu benfeitor, incapaz de usar a lógica para se desvencilhar desse efeito psicológico que foi acometido, muito parecido com um processo hipnótico.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/11/2018 às 02h01
 
29/11/2018 02h01
MINISTÉRIO DE RELAÇÕES EXTERIORES

            Qual o papel que o Brasil representará daqui para a frente no contexto internacional é uma incógnita que esperamos venha referendar o caminhar do país para ser o coração do mundo, como aponta o mundo espiritual. O artigo publicado pelo novo Ministro da Relações Exteriores, Ernesto Araújo, parece apontar positivamente para essa destinação. Pois vejamos:

            Algumas pessoas gostariam que o presidente eleito Jair Bolsonaro tivesse escolhido um chanceler que saísse pelo mundo pedindo desculpas. Queriam uma espécie de Ministro das Relações Envergonhadas que chegasse aos parceiros dizendo algo como “Olhem, os brasileiros elegeram Bolsonaro. Não posso fazer nada, é a democracia. Sabem como é, o povo não entende nada. Mas fiquem tranquilos, pois aqui, na frente externa, nada vai mudar. Estou aqui para aguar todas as posições do presidente, para cozinhá-las e transformá-las no mesmo rame-rame que vocês já conhecem, continuarei falando a linguagem da ordem global. Estou aqui para não deixar nada acontecer”.

Alguém desse tipo é o chanceler que os comentaristas da imprensa tradicional – nutridos pela convivência com diplomatas pretensiosos – gostariam de ver. Alguém que enquadrasse o novo presidente, pasteurizasse as suas ideias, freasse o seu ímpeto de regeneração nacional, sob a desculpa de que política externa é algo demasiado técnico para ser entendido por um simples presidente da República, muito menos por seus eleitores.

Parece prevalecer nesses meios a tese de que um presidente pode mudar tudo, menos a política externa. Para eles, a política externa seria uma região fechada ao mandato popular, uma espécie de no-go zone fechada ao povo; o Itamaraty seria um Estado dentro do Estado, onde o Presidente só aparece como um convidado ilustre nos jantares oficiais, mas não tem voz efetiva, ou onde a voz do presidente – que é a sagrada voz do povo – sai dublada em idioma da ONU, e ao ser dublada perde o sentido, pois no idioma da ONU é impossível traduzir palavras como amor, fé e patriotismo.

Em uma democracia, a vontade do povo deve penetrar em todas as políticas

Isso é um gigantesco equívoco. Em uma democracia, a vontade do povo deve penetrar em todas as políticas. Mas as pessoas daquele sistema midiático-burocrático, que gostam tanto de falar em democracia, não sabem disso. Perguntam-se, assustadas: “O que vão pensar de mim os funcionários da ONU, o que vai dizer de mim o New York Times, o que vai dizer o The Guardian, o Le Monde?”

E o povo brasileiro? Vocês não se preocupam com o que o povo brasileiro vai pensar de vocês? Sabem quem é o povo brasileiro? Já viram? Já viram a moça que espera o ônibus às 4 horas da manhã para ir trabalhar, com medo de ser assaltada ou estuprada? A mulher que leva a filha doente numa cadeira de rodas precária, empurrando-a de hospital em hospital sem conseguir atendimento? O rapaz triste que vende panos no sinal debaixo do sol o dia inteiro para mal conseguir comer? A mulher que pede dinheiro para comprar remédio, mas na verdade é para comprar crack e esquecer-se um pouco da vida? O outro rapaz atravessando a rua de muletas, com uma mochila toda rasgada às costas, na qual pregou o adesivo do Bolsonaro, talvez sua esperança de dar dignidade e sentido à sua luta diária? O pai de família com uma ferida na perna que não cicatriza nunca porque ele precisa trabalhar três turnos para poder alimentar os filhos?

Aí está o povo brasileiro, não está no New York Times. Se a política externa não se relaciona com o sofrimento, a paixão e a fibra dessas pessoas, então não serve para nada.

Alguns jornalistas estão escandalizados, alguns colegas diplomatas estão revoltados. Revoltados por quê? Porque pela primeira vez terão de olhar o seu próprio povo na cara e escutar a sua voz?

Você, leitor, diz que quer acabar com a ideologia em política externa? Eu também quero. Essa é a principal missão que o presidente Bolsonaro me confiou: “libertar o Itamaraty”, como disse em seu pronunciamento na noite da vitória. Mas você sabe em que consiste a ideologia que diz ser preciso eliminar? Você diz que é contra a ideologia, mas, quando eu digo que sou contra o marxismo em todas as suas formas, você reclama. Quando me posiciono, por exemplo, contra a ideologia de gênero, contra o materialismo, contra o cerceamento da liberdade de pensar e falar, você me chama de maluco. Mas, se isso não é o marxismo, com estes e outros de seus muitos desdobramentos, então qual é a ideologia que você quer extirpar da política externa? “A ideologia do PT”, você me dirá. E a ideologia do PT acaso não é o marxismo?

Você aprendeu na escola que o marxismo prega a propriedade coletiva dos meios de produção, e deduz que, se o PT não prega o fim da propriedade privada, então não é marxista. Essa era, talvez, a posição do marxismo em 1917 – você está 100 anos atrasado na sua concepção do marxismo. Você se satisfaz com o que escutou de sua professora de História numa aula do ensino médio, nunca mais estudou nada sobre marxismo ou qualquer outra corrente ideológica, e agora vem pontificar e tentar me dizer o que é ou o que não é ideologia? Os marxistas culturais de hoje dizem que o “marxismo cultural” não existe e você acredita, simplesmente porque não tem os elementos de juízo e o conhecimento necessário. O fato é que o marxismo, há muito tempo, deixou de buscar o controle dos meios de produção material e passou a buscar o controle dos meios de produção intelectual – fundamentalmente, os meios de produção do discurso público: mídia e academia. Quem controla o discurso público, nos jornais e universidades, controla a vida social de maneira muito mais eficiente do que a obtida pelo controle das fábricas ou fazendas. Vencida na economia, a ideologia marxista, ao longo das últimas décadas, penetrou insidiosamente na cultura e no comportamento, nas relações internacionais, na família e em toda parte.

As coisas que eu critico, critico-as porque sei que são parte e continuação da ideologia que você diz repudiar. O alarmismo climático (sobre o qual falarei em outra oportunidade), o terceiro-mundismo automático e outros arranjos falsamente anti-hegemônicos, a adesão às pautas abortistas e anticristãs nos foros multilaterais, a destruição da identidade dos povos por meio da imigração ilimitada, a transferência brutal de poder econômico em favor de países não democráticos e marxistas, a suavização no tratamento dado à ditadura venezuelana, tudo isso são elementos da “ideologia do PT”, ou seja, do marxismo, que ainda estão muito presentes no Itamaraty. Mas, quando eu me posiciono contra todas essas pautas, você diz que eu sou ideológico e sustenta que eu não deveria fazer nada a respeito.

Se você repudia a “ideologia do PT”, mas não sabe o que ela é, desculpe, mas você não está capacitado para combatê-la e retirá-la do Itamaraty ou de onde quer que seja. Ao contrário, você está ajudando a perpetuá-la sob novas formas. Se a prioridade é extrair a ideologia de dentro do Itamaraty, não lhe parece conveniente ter um chanceler capaz de compreender a ideologia que existe dentro do Itamaraty? Alguém que estuda essa coisa nos livros, há muitos anos, e não simplesmente ouviu alguma referência num segmento do Globo Repórter? Muitos pensadores marxistas brilhantes estão há 100 anos trabalhando incansavelmente e programando a penetração da cultura social e política, de maneira velada, mas por isso mesmo profunda, em favor de seu projeto de poder – e você acha que para combater isso basta dizer “não existe mais ideologia no Itamaraty”, ou basta pronunciar “pragmatismo” como uma palavra mágica que se instalará sozinha? Gramsci, Lukács, Kojève, Adorno, Marcuse estão rindo da sua cara. Ou melhor, não estão rindo, porque marxista não tem senso de humor, mas você sabe o que quero dizer.

Você é contra a ideologia? Então é preciso alguém que entenda de ideologia. Para curar uma doença, não basta dizer que a detestamos, é preciso conhecer suas causas e manifestações, suas estratégias e seus disfarces.

Você é a favor da democracia? Então deixe o povo brasileiro entrar na política externa.

Ernesto Araújo, embaixador e diretor do Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty, assumirá o Ministério das Relações Exteriores em 1.º de janeiro de 2019.

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/mandato-popular-na-politica-externa-dz03voyxuwbd3ds9rm0n696gh/

            Com essas colocações podemos avaliar que estaremos indo em direção ao que o mundo espiritual indicou, mesmo que haja resistência para que mudança tão importante possa ocorrer. Mas, o processo evolutivo sempre ocorrerá, mesmo que aconteça alguns retardos pelo caminho.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/11/2018 às 02h01
 
28/11/2018 02h01
COERÊNCIA NO FALAR E NO AGIR

            Este aspecto de coerência no falar e no agir é muito importante, pois diz respeito ao caráter da pessoa. Foi esse um dos principais defeitos da pessoa que Jesus mais criticou, a hipocrisia, condenar uma coisa e ela mesma fazer, ou então apoiar uma causa e não aceitar as consequências dela em sua vida.

            Com esse foco, vou reproduzir um texto que circula na net, feita pela capitã médica do Exército, Fabiana Grossi Machado.

            Aos colunistas e editores do jornaleco Zero Hora:

Quando forem assaltados, alvejados, tiverem alguém da sua família assassinado (a) num latrocínio, uma filha, esposa, irmã ou até você for estuprado, NÃO CHAMEM A BRIGADA MILITAR!

Sejam coerentes e ajam como escrevem. Adotem o marginal, levem para sua casa e o ensinem medidas socioeducativas para serem pessoas melhores. Ofereçam flores ao seu algoz, leiam poesias, dancem com ele ao som de Chico Buarque, Caetano, Daniela Mercury. Troquem seu fuzil por uma rosa.

Repito: NÃO CHAMEM A BRIGADA MILITAR! Sabem por que? Porque policial neste país NÃO É PALHAÇO PARA SERVIR DE CHACOTA PARA SUAS CHARGES E REPORTAGENS REPLETAS DE IRONIA, JOCOSIDADE E MAU CARATISMO!

Este mesmo policial sai às ruas TODOS OS DIAS, arriscando sua vida para defender inclusive a vocês, cretinos de plantão, e suas famílias! Sejam homens e mulheres de verdade e andem SEM SEGURANÇA ARMADO nas ruas de Porto Alegre. Ajam como nós, cidadãos de bem, totalmente à mercê da marginalidade que vocês amam! Veremos a paixão continuar após ter um marginal apontando um fuzil para cabeça de vocês e de sua família. BANDO DE HIPÓCRITAS!

Quando ficarem DOENTES, assim como alguém de sua família, filhos inclusive, NÃO CONSULTEM MÉDICOS BRASILEIROS, OK? Aliás, procurem curandeiros, peguem o primeiro avião, quem puder, vá consultar em Cuba ou Venezuela!

Antes de falarem , porque vocês não passam 30 dias acompanhando a vida de um policial e de um médico que trabalha nos postos de saúde do SUS nas comunidades carentes? Tenham a hombridade e a CORAGEM DE FALAR SOBRE AQUILO QUE SABEM E NÃO SOBRE O QUE O ENGRAVATADO ATRÁS DA MESA OU O AMIGUINHO SOCIALISTA DE IPHONE DIZ PARA VOCES ESCREVEREM.

Bando de fantoches de George Soros. Jornalistas como vocês só sabem distorcer e mentir. Vergonha alheia!

Imprensa medíocre e patética.

            Texto forte onde se nota a revolta por crítica feita por jornalista sobre uma realidade onde o jornalista parece está distante e a capitã parece vivenciar. Não é necessário vivenciar, todos nós estamos acompanhando os fatos da violência que está instalada no país para ser solidários às palavras da capitã.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/11/2018 às 02h01
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