Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
15/01/2018 09h34
LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA – POSIÇÃO DA FAMÍLIA REAL (3)

            Continuamos a reproduzir a entrevista de Luis de Orleans e Bragança iniciada neste diário em 13-01-2018, para nossa reflexão:

            Qual é a posição da família real neste momento?

            A restauração monárquica não está nem em pauta. É um movimento social. É o povo se levantando e a família dizendo: “Ok, estamos aqui, sabe? Estamos à disposição. Não precisamos ir à Brasília para fazer nosso ativismo, para ser relevante à sociedade brasileira”. D. João VI, D. Pedro I, Leopoldina, D. Pedro II e Princesa Isabel: se a história deles não tivesse sido positiva para o Brasil e para a sociedade brasileira, hoje eu não estaria aqui falando com você. Conheço famílias que eram de ex-reinantes tirânicos que não podem nem entrar no país dos seus antepassados. Portanto, tudo que a gente pode representar são essas duas coisas: a proteção daquilo que é a “nação-estado” brasileiro e proteção da sociedade brasileira. Protegendo esses dois, que são o legado da família, a gente está no caminho certo. Tenho feito palestras por todo o Brasil e você vê que os caras não aguentam mais. Não aguentam Brasília, olham Brasília como uma interferência de fora na vida deles.

            Para nós brasileiros que não conhecemos a verdadeira história brasileira, e sim os conhecimentos que nos são oferecidos truncados pelos interesses subalternos dos dirigentes, é difícil criar uma massa popular operante capaz de restaurar aquilo de bom que perdemos.

            Por outro lado, a família real, conhecedora de toda a história, mas ilhada dentro das circunstâncias pelas forças políticas na sua quase totalidade infectada pelo vírus da corrupção, assim como a maior parte da população, com o seu famigerado “jeitinho brasileiro”, torna-se incapacitada para um ativismo mais significativo.

            Assim, parece que o primeiro passo mais importante para nos movimentat em direção à verdade e restaurar o que perdemos, seja a criação de um Partido Monarquista Nacional, com o objetivo de criar e organizar a militância monarquista em todos os estados brasileiros, divulgar os fatos que aconteceram dentro de uma narrativa mais próxima da verdade, sem o viés republicano que observamos hoje.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/01/2018 às 09h34
 
14/01/2018 21h41
LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA – LEGITIMIDADE INSTITUCIONAL (2)

            Continuamos a entrevista iniciada ontem com o integrante da Casa Imperial, que serve para nossas reflexões:

            A restauração monárquica daria legitimidade às instituições porque elas não são mais legítimas ou porque nunca foram na República?

            Atualmente temos uma crise pontual que é a crise de legitimidade dessa organização jurídica baseada na constituição de 1988. Isso de fato precisa ser olhado de maneira mais de curto prazo. Precisa descentralizar o poder, dar mais soberania popular e dar mais poderes de veto para a população. Além disso, é preciso acabar com a intervenção do estado na economia. A cereja do bolo seria o modelo parlamentarista. Aí, se vai ser monarquia ou se vai ser presidencialista, o debate precisa acontecer. Hoje temos muitos mitos: “Ah, monarquia são Luis XVII, Luis XIV, pompa e circunstância, etc.”. Não é a realidade das monarquias hoje da Europa. Como é a vida dos chefes de Estado que são monarcas? Vida de classe média. A realidade é essa. Eles estão muito bem inseridos na sociedade como um todo. Não têm uma vida completamente distinta e isolada. Do outro lado, temos que entender se pode ser um parlamentarismo presidencial. Quais são os benefícios de se ter um presidente, como é que ele tem que ser, ele será eleito para qual função? Ele tem que ser eleito como representante, como uma pessoa qualificada dentro das instituições e que vai saber interferir na hora certa. A gente precisa entrar nesses debates com menos mitologia e com mais consciência de como é que é a qualificação de um, qual são os prós e contras, porque essas opções o Brasil tem.  

            Entendendo que a crise de legitimidade acontece quando o poder passa a ser exercido sem a aprovação da maioria da população, segundo os critérios democráticos, teremos que acatar por força de coerência, que a proclamação da República, instituída por um golpe militar, sem a consciência do povo, sofre de falta de legitimidade desde o seu início. A partir daí, todos os movimentos e criações institucionais, inclusive a própria constituição, carece de legitimidade, por mais que seus integrantes tenham sido eleitos no processo democrático.

            Para resgatar a legitimidade do poder no Brasil, é necessário que a população seja verdadeiramente educada sobre a gerência do Brasil sob o poder da Monarquia, saber os motivos da ocorrência do golpe de Estado para a implantação da República, e decidir por plebiscito se deve continuar o regime presidencialista ou devemos retornar ao regime monárquico.  

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em 14/01/2018 às 21h41
 
13/01/2018 05h17
CASA REAL

            O site “A Crítica” traz uma entrevista feita em 09-01-18, com Luiz Phillipe de Orleans e Bragança, membro da Casa Real, que acredita que a restauração monárquica é um dos caminhos para solucionar a crise política pela qual passa o Brasil, e assim, é muito importante refletirmos sobre ela.

            Em meio à crise republicana que o Brasil atravessa desde o impeachment da “presidenta” Dilma Rousseff (PT), em 2015, diversas alternativas políticas despontaram no país. Uma delas que cresceu significativamente nas redes sociais, é o retorno da Casa Real ao poder. Nas recentes manifestações contra o governo e a favor da Lava Jato, por exemplo, membros da “realeza” nacional marcaram presença, assim como apoiadores do movimento.

            Um dos principais articuladores da proposta é o administrador Luiz Phillipe de Orleans e Bragança, filho de D. Eudes de Orleans e Bragança, irmão de D. Luiz, que seria o imperador brasileiro caso o país fosse uma monarquia. O assunto chamou a atenção depois que o jornal britânico Financial Times fez uma matéria mostrando que os Bertrand e Luiz, ao contrário do que se poderia pensar, não vivem em uma grande casa, mas em um apartamento alugado em uma região nobre de São Paulo.

            Em outubro, Luiz lançou seu primeiro livro, “Porque o Brasil é um país atrasado” (Novo Conceito, 248 páginas), em que defende o liberalismo econômico e político e sugere a restauração monárquica como uma das alternativas para acabar com a crise.

            Eis a entrevista que ele deu “A Crítica”:

            Em seu livro você reclama uma legitimidade do governo perdida em 1889, com a proclamação da República. Reconquistá-la passa pelo processo de retorno da Monarquia?

            Olha, não vou excluir isso. O movimento tem crescido de maneira espontânea. A família não está organizada para isso. Não temos recursos financeiros para engajar o povo. Quando há esse problema fundamental de criação de algo ilegítimo, perdurar nisso é uma coisa que, em algum momento da sua história, terá que haver uma reconciliação com o passado. A restauração da Monarquia é uma proposição que está vindo aí. Como recuperar a legitimidade por meio da República? Ela se assemelharia a um poder parlamentarista, fragmentado e com poderes validados publicamente. Há modelos parlamentaristas republicanos e modelos parlamentaristas monárquicos.

            Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) oferece sustentação política (apoio direto ou indireto) para o poder executivo. Logo, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser formado e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, geralmente, exercido por um primeiro-ministro (chanceler).

            A vantagem do sistema parlamentarista sobre o presidencialista é que o primeiro é mais flexível. Em caso de crise política, por exemplo, o primeiro ministro pode ser trocado com rapidez e o parlamento pode ser destituído. No caso do presidencialismo, o presidente cumpre o seu mandato até o fim, mesmo havendo crises políticas.

            O parlamentarismo pode se apresentar de duas formas. Na República Parlamentarista, o chefe de estado, com poder de governar, é um presidente eleito pelo povo e nomeado pelo parlamento, por tempo determinado. Nas monarquias parlamentaristas, o chefe de governo é o monarca, que assume de forma hereditária. Neste último caso, o chefe de estado, que governa de fato, é um primeiro-ministro, também chamado de chanceler.

            O monarca, sendo de origem hereditária, não irá passar pelo voto popular, deixará de ficar exposto às negociatas em busca do poder e que traz ao dirigente eleito vários compromissos espúrios à nação que o elegeu. Por outro lado, o monarca pode se preparar desde cedo para ser um fiel protetor da nação, não tem compromisso com o voto e sim com as pessoas do seu estado, do seu reinado.

            Do ponto de vista espiritual, a monarquia está mais sintonizada com o Reino de Deus, sendo Este o Pai de toda a humanidade, e o rei o pai da nação, com sintonia de intenções.

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em 13/01/2018 às 05h17
 
13/01/2018 00h59
RAIZES E FRUTOS

            A alegoria de raízes e frutos dentro dos estudos espirituais é bem interessante. Raízes são aqueles valores que estão interiorizados dentro do Eu, valores que sendo bons ou ruins irão dar frutos bons e ruins, respectivamente.

            As raízes boas são as boas virtudes, como compaixão, solidariedade, amor, tolerância, compreensão, perdão, etc. Essas boas virtudes devem ser conquistadas através do exemplo, da educação, que podemos receber nos ambientes por onde vivemos e circulamos, principalmente na família e na escola.

            A verdade é o terreno fértil onde as virtudes são cultivadas. Por mais que as circunstâncias sejam adversas, onde a verdade seja necessária, não podemos fugir das dores e consequências que a ela poderá trazer a quem a veicular e a quem por ela for atingido. O tempo será o grande avalista do poder salutar da verdade e da natureza boa dos frutos que daí sairão.

            Por outro lado, as raízes más são os vícios, como drogas, ciúme, raiva, ira, gula, ressentimentos, mágoas, inveja, preguiça, falsidade, hipocrisia, etc. Esses vícios podem se instalar naturalmente, alimentados pelo vigor do Ego que está presente em cada corpo biológico, e que é importante para a sobrevivência do indivíduo, mas pode ser bastante lesivo ao corpo social se não for devidamente educado, instruído.

            A mentira é o terreno fértil onde os vícios florescerão. No ambiente social do planeta Terra, considerado ainda um planeta de provas e expiações, iremos encontrar um predomínio do mal. Isso traz a tendência da educação da maioria dos humanos para a maldade, o egoísmo, a mentira presente em quase todos os relacionamentos.

            Em função dessa situação, iremos observar que os frutos produzidos por cada pessoa, tem como resultado coletivo, a predominância dos maus frutos.

            A nossa grande missão enquanto cristãos, nascidos e morando no Brasil, país considerado o “Coração do mundo e pátria do Evangelho”, é reverter essa situação e transformando o planeta para a categoria de “regeneração”.

Mesmo estando cercados de frutos ruins, ás vezes sendo obrigados a se alimentar deles, por questão de sobrevivência, devemos fazer todo o esforço para tornar o conteúdo nutritivo em matéria prima transformada para a formação de bons frutos de nossa parte. Isso significa dizer que estamos aplicando na prática a mais fortes lições do Mestre: “dar a outra face quando esbofeteado” e “perdoar até sete vezes setenta”.

Se conseguirmos um número suficiente de cristão praticando essas lições, com certeza nos tornaremos o sal da Terra, e atuaremos como o fermento que fará brotar no coração dos irmãos a fraternidade necessária para construirmos o Reino de Deus.    

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em 13/01/2018 às 00h59
 
12/01/2018 00h22
EXÉRCITOS DO ÓDIO

            A revista “Isto É” trouxe uma matéria que reflete bem o clima hostil que toma conta na atualidade da sociedade brasileira. Como estamos indicados para ser o “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, é interessante refletir sobre o que foi escrito.

            Quem são e como atuam os radicais de extrema esquerda e direita que incentivam guerrilhas digitais, acentuam a intolerância e tentam sufocar, por meio de linchamentos e agressões virtuais ou não, o contraditório.

            Ano decisivo para o país, 2018 emerge a partir de um ambiente polarizado, tóxico e extremamente radical. É como se o não menos intimidatório “nós contra eles”, criado e aprofundado pelo PT em meio à campanha eleitoral de 2014, tivesse ganhado musculatura própria para se espraiar como rastilho de pólvora nas ruas e, sobretudo, nas redes sociais – só que dessa vez, à esquerda e também à direita.

            Nos extremos das trincheiras, não se salva ninguém. A atmosfera polarizada reproduz rinhas, como de ferozes pitbulls, onde a cara de um é o focinho do outro. A virulência dos extremos contaminou as discussões que deveriam se pautar pela troca de ideias, pela aceitação do contraditório e pela construção de agendas comuns para o Brasil. Nada disso, no entanto, tem espaço nessa peleja no qual sagra-se vitorioso quem melhor domina a arte de calar o oponente. Em geral, o objetivo é o de sufocar qualquer tentativa de debate.

            A disseminação do ódio, evidentemente, não age como um vírus de gripe, alheio à ação humana. Independentemente do consentimento ou do estímulo de seus morubixabas, em especial Lula (PT) e Jair Bolsonaro, tratados não raros como mitos, ou mesmo como uma espécie de líderes sectários, sobre os quais – na ótica de seus seguidores – paira uma aura divina, existe um exército.

            Um exército de radicais com caras e rostos dotados de muita disposição e energia para linchar e moer por meio de uma máquina muito poderosa quem ousa pensar diferente. “Muito se fala dos autômatos que divulgam as notícias falsas e os boatos. Mas muitos esquecem que o autômato mais utilizável é o indivíduo humano, que se torna uma máquina a serviço da matança do espírito de quem não concorda com ele”, lamenta Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia na UNICAMP.

            Durante um mês, ISTOÉ fez um mergulho no mundo desses haters – palavra de origem inglesa usada para designar “os que odeiam” e “promovem o ódio”. A principal conclusão foi de que as táticas da guerrilha dos exércitos de esquerda e direita são primas-irmãs, na forma e no conteúdo. Ou seja, cores de camisa, emblemas e matizes partidários à parte, todos se comportam de modo muito semelhante. Nas redes sociais, as hordas de radicais atuam organizadas como manada.

            Em geral se lançam desbragadamente contra o indivíduo que se atreva a fazer uma crítica contra o político de seu coração ou ao partido no qual militam. Partem para desqualifica-lo de todas as formas, seja com críticas ferozes ao comentário, seja com reparos à aparência física da pessoa ou à sua inclinação ideológica. Ato contínuo, o comentário é replicado para o exército organizado que, imediatamente, passa a promover uma espécie de linchamento público do autor da opinião indesejada.

            É uma tentativa de destruição de reputação clássica. Com ajuda de robôs, os ataques são intensificados e os posts distribuídos para um número maior de haters. Normalmente, as agressões duram em média uma semana. Nas ruas, os provocadores são infiltrados em manifestações pacíficas ou não, que envolvam apoiadores do candidato ou da tese adversária. Fora do ambiente digital, ainda existem aqueles que, munidos de uma câmara de celular, fustigam ilustres personalidades políticas ou públicas a fim de provocar tumulto, gerar barulho nas redes sociais e obter promoção pessoal- a partir de visualizações e compartilhamentos. Há ainda os que promovem arruaça, queimando pneus, interrompendo avenidas ou organizando quebra-quebras para atingir propósitos político-ideológicos duvidosos.

            Esse processo já está em andamento em nosso país de forma ampla e cada vez mais crescente. Como fazer para interromper essa escalada de ódio e trazer a solidariedade e harmonia ao meio social? Num país já classificado como a pátria do Evangelho, dado o número de cristão de todas as denominações?

            Este é o nosso desafio, nós cristãos que não estamos envolvidos nessa batalha do ódio, nem dentro de nenhum esquema de corrupção sistêmica.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/01/2018 às 00h22
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