Irei colocar trechos das aulas do Padre Paulo Ricardo aos seminaristas, que foram publicadas no Youtube em 04-01-2012, contando 473 mil visualizações nesta data, 17-02-2022, para enriquecer nossa reflexão.
Marx havia entendido que havia um fator cultural que alienava. Mas isso não havia sido elaborado de forma adequada e teoricamente. Tivemos que esperar o início do século XX para ver essa elaboração feita por dois filósofos que independentes um do outro conseguiram elaborar isso de alguma forma mais sistemática.
Esse dois filósofos, um é húngaro, Georg Lukács, e o outro, filósofo italiano, chamado Antônio Gramsci que elaborou a filosofia vencedora, o que todo mundo acha hoje em dia que é a solução. Claro, ele foi aperfeiçoado, porque as coisas não param com Gramsci.
Quando terminou a Primeira Guerra Mundial estava estabelecida uma grande crise teórica no Marxismo. A crise teórica consistia no seguinte. Por que é que os trabalhadores pegaram em armas para defender os patrões, quando na teoria marxista eles estão oprimidos pelos patrões e iriam se revoltar contra os patrões? Por que não defenderam seus interesses de classe? Quem os alienou?
Gramsci na sua filosofia descobriu que havia três pilares, três colunas que precisavam vir abaixo. As três colunas a respeito das quais o Papa Bento XVI falou no Parlamento da Alemanha: a religião cristã e judaica, a ética judaico-cristã, a filosofia grega e o direito romano.
Para Gramsci e para os marxistas chamados culturais, essas três realidade são uma espécie de poção mágica venenosa que aliena as pessoas e que impede os trabalhadores de lutarem de forma revolucionária.
Gramsci era marxista e durante a década de 20 esteve na União Soviética que era um Estado que estava sendo implantado naquele momento. Os bolcheviques vieram ao poder em outubro de 1917. Na década de 20, Lenin estava estabelecendo as bases do Estado Soviético e Gramsci estava lá na Rússia quando Lenin morreu.
Quando Lenin morreu, Stalin tomou as rédeas do Partido e começou a fazer um expurgo, uma limpeza geral. Começou a mandar matar todos os dissidentes do Partido Comunista, entre os quais, viria a morrer depois, o Trotsky.
Ninguém matou mais comunistas na história da humanidade que os próprio comunistas. Eles não aceitam muita dissidência. Eles se unem enquanto estão lutando. Quando chegam ao poder, começam a eliminar os adversários internos do Partido.
O clima de terror que havia na União Soviética era tal, que quando Stalin chegava numa reunião do Comitê Central do Partido, as pessoas começavam a aplaudir e ninguém parava de aplaudir com medo de ser o primeiro a parar de aplaudir. Aqueles aplausos duravam uma eternidade. Isso para se entender o clima de terror que havia dentro do próprio Partido Comunista. O sujeito era um carniceiro. Mandava matar mesmo! Ele mesmo dizia que não era possível fazer uma omelete sem quebrar os ovos. É necessário matar. É a força do negativo. Destrua! Odeie! Ponha abaixo! Surgirá o paraíso.
Existe algo satânico nesse tipo de pensamento. Odeie e virá o bem. Mate e virá a vida. crie o caos e virá a ordem. Como é possível crer nisso? E no entanto, eles creem! E no entanto, há pessoas dentro da Igreja que fizeram disso um estilo de vida. Que creem profundamente que quanto mais elas forem devassas, quanto mais profanarem o celibato, quanto mais elas conseguirem destruir a sexualidade e a moral tradicional, mais elas estão promovendo o amor.
O Comunismo, derivado das ideias de Marx, tem mostrado que não cumpre o que promete em nenhum lugar do mundo em que instalado. Não é um regime fraterno de agregação de pessoas com base na verdade e justiça social como acontece na aplicação correta do Cristianismo.
Essas narrativas para a condução da humanidade para uma sociedade ideal se mostram majoritárias e oponentes. O Cristianismo com 2 mil anos se espalhou suficientemente pelo planeta, porém não chegou nem perto de construir essa sociedade ideal, pois a reforma íntima que é necessária, a redução do excesso de egoísmo do coração não se fez de forma eficaz com um número significativo de pessoas.
O marxismo criado há dois séculos e operacionado pelo Comunismo no século passado, com a Revolução Russa em 1917, teve um sucesso mais rápido, pois usou justamente o egoísmo que temos em excesso para com a mentira alcançar o poder e se perpetuar nele com o objetivo de se difundir pelo mundo.
O Cristianismo como o principal opositor é logo atacado pelos comunistas, mesmo aqueles que se consideram cristãos, franca incoerência, somente justificada pela ignorância que a massa que se deixa conduzir tem do processo histórico e que são guiados pelo egoísmo inerentes de cada um.
A própria Igreja Católica, quartel-general do Cristianismo, se vê tomada pelo Comunismo, através da militância da Teologia da Libertação que usa os princípios cristãos, focados principalmente na Campanha da Fraternidade que acontece a cada ano.
Os Bispos atuais, sucessores dos Apóstolos, que deveriam ser vigilantes e não foram, se deixarem envolver pelos apelos revolucionários de justiça e liberdade pelo uso da armas. Não seguiram o exemplo do Cristo que foi tentado por Barrabás e seus acólitos e resistiu a condição de ser o líder revolucionário e tomar à força a coroa de Herodes e escapar do jugo do Imperador romano.
Agora, resta a nós, cristãos, com nossa consciência sintonizada com os ensinamentos de Cristo, manter firme o propósito de construir a sociedade ideal que ele chamava de Reino de Deus, procurando manter limpo do excesso de egoísmo o nosso coração.
Irei colocar trechos das aulas do Padre Paulo Ricardo aos seminaristas, que foram publicadas no Youtube em 04-01-2012, contando 473 mil visualizações nesta data, 17-02-2022, para enriquecer nossa reflexão.
O Manifesto Comunista termina assim: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”. Ele previa que os trabalhadores da França iam se unir com os trabalhadores da Alemanha, Inglaterra, Itália, contra a classe capitalista e imporá ditadura do proletariado.
Problema, isso não aconteceu! Marx morreu e não viu a profecia vir abaixo. Ele previa uma Grande Guerra que ele chamava de Guerra Pan-Europeia. Ela de fato aconteceu, foi a Primeira Guerra Mundial. Todo mundo previa um pouco que haveria essa guerra. O próprio Papa São Pio X morreu há 100 anos e dizia continuamente: “A guerra grande acontecerá.”
E de fato aconteceu a Guerra Grande, a Primeira Guerra Mundial. Só que para completa confusão dos marxista os trabalhadores não se uniram. Ao contrário, eles pegaram as armas para matar, horror dos horrores, outros trabalhadores, ou seja, os trabalhadores franceses pegaram em armas para matar os trabalhadores alemães, para defender os interesses de classe dos seus patrões, dos capitalistas. como é possível?
Depois que terminou a Primeira Guerra Mundial o marxismo estava em plena crise teórica. Como era possível que os trabalhadores estivessem tão alienados que não tiveram uma consciência de classe e pegassem em ermas para defender os interesses dos seus patrões. Quem foi que alienou os trabalhadores dessa forma? O próprio Marx já havia identificado que a religião é o ópio do povo.
Isso quer dizer que você está sofrendo e os métodos anestésicos da época, o ópio, foi uma grande descoberta. Era uma grande possibilidade de fazer com que a pessoa fugisse da dor, do sofrimento. E como fugir do sofrimento e da dor existencial? Se drogando. Marx disse que a religião era o ópio do povo. O ópio é muito caro, as pessoas não tinham dinheiro para comprar, então você vai a Igreja, reza o terço, os padres prometem ao povo o paraíso e então as pessoas irão sonhar com o paraíso. Se você nesta terra está “lascado”, numa situação triste, como trabalhador é oprimido, vilipendiado e maltratado pela ambição do capital, não tem problema, reze o terço e espere o paraíso no céu.
Esta alegoria aplicada por Marx ao cristianismo, de ser o Cristianismo o ópio do povo, tem o objetivo de deixar bem claro que a narrativa cristã é a principal opositora da narrativa comunista, movimento político que se realiza com base no pensamento marxista.
As virtudes apregoadas pelo Cristianismo, de favorecer os pobres, lutar pela justiça, liberdade, igualdade e fraternidade, sem armas, com base no amor, tolerância, compreensão e perdão, são as mesmas virtudes apregoadas pelo Comunismo, só que neste é pela revolução, pelo uso de armas, com base no ódio, intolerância, incompreensão e vingança.
Assim são formados os dois exércitos, o cristão capaz de tolerar e perdoar e o Comunista capaz de destruir e se vingar.
Por esse motivo entendemos o porquê de Nossa Senhora vir tantas vezes entre nós para nos advertir dos “erros do Comunismo”. Entendemos a missão da Santa Igreja Católica em estender as lições de Jesus por todo o mundo, e porque o Comunismo logo que tem oportunidade ataca a Igreja Católica e todos os segmentos que defendem o Cristianismo.
Esses dois exércitos possuem estratégias diferentes. Enquanto o Cristianismo usa a Verdade, o Comunismo usa a mentira. Essa estratégia do Comunismo permite que ele se esgueire para dentro da intimidade do seu inimigo, a Santa Igreja Católica, como acontece com as ações da Teologia da Libertação, como uma verdadeira “fumaça de Satanás”, como dizia o Papa Paulo VI.
Cabe a nós, cristãos, vigiar sempre onde se esconde a mentira nos fenômenos da realidade e orar ao Mestre e ao Pai que nos dê forças e coragem para resistir com sabedoria, amor e firmeza aos ataques do mal.
Em verdade, de vinte séculos para cá, fomos visitados por admiráveis construções da inteligência e do saber, que impactaram e transformaram a sociedade humana com uma força descomunal.
De Nero a Stalin, de Barrabás a Gino Meneghetti, de Simão Pedro a Ubaldi, as transformações filosóficas e culturais da humanidade foram expressivas.
A tirania cedeu lugar ao Direito.
A superstição foi superada pela pesquisa científica.
A Mitologia perdeu espaço e foi substituída pelos clarões da religião organizada.
Bibliotecas dissiparam a ignorância.
A filosofia multiplicou perguntas e abriu as portas mentais a novos entendimentos acerca da vida.
A medicina evoluiu das teorias dos humores, estabelecida por Hipócrates e defendida por Galeno, atingindo altíssimo nível de complexidade nos tempos modernos.
Entretanto, a par de tão extraordinários avanços, persiste entre as criaturas a lenta evolução no campo dos sentimentos, ainda se caracterizando a convivência por situações que já deveriam ter sido superadas.
A guerra ainda predomina nos cenários das disputas políticas, ameaçando tão belo acervo de conquistas da inteligência e das artes.
A violência do trânsito arrebata milhares de vidas a cada ano, sem que condutores mudem de conduta ao volante.
Persiste a pena capital em vários países, exterminando o cidadão que se equivocou, atestando a incapacidade do Estado de recuperar essa alma que se perdeu de si mesma.
O rótulo religioso passou a ser mais importante que a conduta.
E inúmeros outros desafios estão postos à nossa frente, convidando-nos a pensar e refletir.
O que nos tem faltado na marcha evolutiva, nos impedindo o acesso a uma cultura transformadora da sociedade no campo da ética e da convivência?
Em dois mil anos de Cristianismo para cá, fracassou a mensagem de Jesus em Sua força de transformação do ser humano ou fomos nós que não atentamos para o vigor de seus postulados?
Erguemos museus e templos faustosos, onde realizamos cerimônias complexas e custosas, espancando a simplicidade.
Escrevemos manuais de conduta para os outros, sem adotá-los nos próprios atos.
Elaboramos complexas filosofias religiosas e existenciais, negando a realidade da vida após a morte, como se nada existisse depois do decesso cadavérico, salvo um céu estanque e um inferno eterno.
Quão contraditórios temos sido até aqui!
O tesouro está diante dos olhos, mas o garimpeiro prefere o cascão do rio. Ignora-se a essência para que triunfe a aparência passageira.
Desvairado por posse e poder, o ser humano desses últimos dois milênios se agarrou a tudo que era do mundo, ignorando o chamado da morte para acerto de contas com a eternidade. Ergueu impérios colossais, que ruíram no tempo quais castelos de areia em praia açoitada por ventos impiedosos e mar agitado.
A noite do túmulo permanece uma goela insaciável, tragando bons e maus, justos e injustos, letrados e ignorantes. A vida terrestre deveria ter sido encarada como uma escola de aperfeiçoamento intelecto-moral, mas se tornou, nas mãos de sátrapas e hierofantes ferramenta de caprichos pessoais e tabuleiro do complicado xadrez da política rasteira.
Em meio ao caos moral que ora se abate sobre os quatro cantos da Terra, estertorando em convulsões de natureza emocional, Jesus se sobressai como alternativa ao desequilíbrio reinante.
Nenhum constrangimento em relação aos Seus discípulos. Convite à transformação pessoal, conduta regida pelo amor, aceitação das diferenças e convivência pacífica e fraterna com quem pensa e age diferente de nós.
Ninguém impossibilitado de O entender pelo coração.
Pessoa alguma excluída do Seu rebanho, com quem esse pastor sublime vem trabalhando nos milênios sem fim.
Que fazes da mensagem de Jesus em teu mundo íntimo?
Ouviste falar D'Ele?
Leste alguma passagem que O evoca?
O Sermão da Montanha tocou tua alma?
Em algum momento de tua marcha no mundo, proferiste a frase que afirma só se fazer aos outros aquilo que desejamos que o outro nos faça?
Então, de alguma maneira és detentor de um esclarecimento que a muitos ainda vai chegar, e teu compromisso com Jesus se agiganta nessa hora de despautério e loucura, anarquia e perda de valores do sentido existencial.
Em tuas mãos e sobre teus ombros uma grave responsabilidade: viver diariamente a mensagem de Jesus diante de um mundo que parece ter perdido o rumo e a direção.
Muitos estão desorientados, aflitos, desencorajados.
Sê tu a esperança que falece, a harmonia que escasseia e a luz na noite escura da alma. E com tua vela modesta, busca acender outras velas que seguem apagadas de teu lado.
Ele ainda acredita em ti e jamais desistiu do mundo.
Marta
Salvador, 20.02.2022
Excelente mensagem! Toca a nossa alma o compromisso que assumimos ao estudar as lições do Cristo e compreender que é nosso dever praticar o que consideramos correto. Mesmo que o mundo esteja tomado pela mentira e estejamos sujeitos a autoritarismo governamentais que implodem nossa liberdade individual e coletiva. Mas o Cristo espera que façamos uso de nossos talentos para que formemos um só corpo cristão capaz de enfrentar as forças demoníacas que tentam solapar o caminho evolutivo que temos que percorrer em direção a Deus.
Agradeçamos a Marta o seu empenho em nos advertir dos nossos deveres enquanto cristãos. Ave Cristo!
Encontrei o pensamento de Yuval Noah Harari mesmo depois de ter adquirido os seus três livros, bastante difundidos no mundo. O autor nasceu em 1976, em Israel, Ph.D. em história pela Universidade de Oxford, é atualmente professor na Universidade Hebraica de Jerusalém. Considerei bastante relevante após ouvir os dois primeiros livros, Sapiens e Homo Deus. Resolvi ler este terceiro livro, 21 Lições para o Século 21, e fazer a exegese por trechos sequenciais. por considerar existir uma falta de consideração com a dimensão espiritual, indispensável para as conclusões que são tomadas em todos os ângulos em investigação histórica. Convido meus leitores especiais a caminhar comigo nesta nova maratona racional onde pego carona com o brilhante intelecto do autor Yuval.
No passado, adquirimos o poder de manipular o mundo a nossa volta e de remodelar o planeta inteiro, mas, como não compreendemos a complexidade da ecologia global, as mudanças que fizemos inadvertidamente comprometeram todo o sistema ecológico e agora enfrentamos um colapso ecológico. No século que vem, a biotecnologia e a tecnologia da informação nos darão o poder de manipular o mundo dentro de nós e de nos remodelar, mas porque não compreendemos a complexidade de nossa própria mente as mudanças que faremos podem afetar nosso sistema mental de tal modo que ele também vai quebrar.
As revoluções em biotecnologia e tecnologia da informação são feitas por engenheiros, empresários e cientistas que têm pouca consciência das implicações políticas de suas decisões, e que certamente não representam ninguém. Parlamentares e partidos serão capazes de assumir essas questões? No momento, parece que não. O poder disruptivo da tecnologia nem chega a ser prioridade na agenda política. Assim, durante a corrida presidencial de 2016 nos Estados Unidos, a principal referência a uma tecnologia disruptivas foi relativa ao escândalo dos e-mails de Hillary Clinton, e, apesar de tudo que se disse sobre o fechamento de postos de trabalho, nenhum candidato mencionou o impacto potencial da automação. Donald Trump avisou aos eleitores que mexicanos e chineses iriam tomar seus empregos, e que, portanto, eles deveriam construir um muro na fronteira mexicana. Ele nunca avisou aos eleitores que algoritmos iriam roubar seu trabalho, nem sugeriu que se construísse um sistema de proteção cibernético na fronteira com a Califórnia.
O animal cheio de egoísmo, criado na era dos tempos pela evolução biológica, permanece dentro do homem moderno com seu colarinho branco. A Bíblia oferece uma pista quanto a isso, no livro de Jó, quando é citado o Behemoth, o monstro energético criado por Deus, com suas 7 cabeças correspondendo aos 7 pecados capitais, para proteger a integridade do nosso corpo. É este homem que conduz as revoluções na biotecnologia e tecnologia da informação. Então, os resultados alcançados, por esse homem animalizado, serão colocados em benefício do próximo?
Pelo contrário, quanto mais longe esse “próximo” se mantiver dos benefícios que forem alcançados com essas novas tecnologias, melhor. Daí as propostas separatistas de levantamento de muros, delimitação de fronteiras e construção de armas. Esta é a evolução que está em curso, numa rota de destruição mútua.
Somente quem pode alterar o destino dessa rota é a narrativa do cristianismo para a construção do Reino de Deus através da nossa reforma íntima.
Irei colocar trechos das aulas do Padre Paulo Ricardo aos seminaristas, que foram publicadas no Youtube em 04-01-2012, contando 473 mil visualizações nesta data, 17-02-2022, para enriquecer nossa reflexão.
O Papa Bento XVI recentemente esteve em seu país, na Alemanha. Esteve no Congresso Nacional, no Bundestag, e dirigiu uma palestra aos congressistas, aos parlamentares do seu país. Palestra na qual foi efusivamente , longamente aplaudido, exceto por uma área da Assembleia que tinha bastante cadeiras vazias, sinal de congressistas que não foram, se recusaram a participar, e os poucos que foram ficaram de braços cruzados. O vídeo está disponível no site do Vaticano, viagem apostólica à Alemanha 22-25 de setembro de 2011.
Neste discurso, nas palavras conclusivas, disse o seguinte: “A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma. Do encontro entre a fé no Deus de Israel (Jerusalém), na razão filosófica dos gregos (Atenas) e no pensamento jurídico de Roma. Este tríplice encontro forma a identidade íntima da Europa, da consciência da responsabilidade do homem diante de Deus e no reconhecimento de sua dignidade inviolável, de cada homem que se encontra sob os critérios do direito, cuja defesa é nossa tarefa neste momento histórico”.
O Papa está dizendo que nós temos que defender essas três grandes colunas da cultura ocidental: a fé cristã, o direito romano e a filosofia grega. Porque existe um movimento revolucionário que quer trazer abaixo essas três colunas, aliás, está derrubando essas três colunas. As três colunas já estão no chão, em frangalhos, e o que nós precisamos fazer é ergue-las. Aqui está o grande conflito, a grande batalha e guerra cultural.
Essa Guerra Cultural que se expressa na destruição destas três colunas básicas da cultura ocidental, ou seja, do legado de Jerusalém, de Atenas e de Roma. O Papa professa publicamente de que lado ele está. Nós iremos estudar quem é o outro lado. Quem são as pessoas que são contrárias ao Papa que quer preservar a herança cultural de Jerusalém, de Atenas e Roma.
Quem são as pessoas que querem destruir e porque isso é importante? Temos que saber porque apanhamos. Por que você com toda simplicidade e candura celebra sua missa, usando sua casula, incenso, com o coroinhas de sobrepeliz, por que você será hostilizado como se você fosse Satanás em pessoa? Por que tanto ódio?
É isso que iremos ver. Lá atrás Hegel e Marx que nos coloca diante desta realidade do trabalho do negativo, da destruição. Hegel quer através do trabalho do negativo, da destruição, trazer abaixo uma ordem e um sistema que está oprimindo o trabalhador, o proletário.
Marx como profeta funcionou pela metade, porque ele profetizava o futuro de uma sociedade justa, sem classes, sem governo, perfeita! O paraíso aqui na Terra. Só que ele previa que isso iria acontecer através de uma revolta dos trabalhadores. Mas, nota de rodapé, ele sabia perfeitamente que isso não era verdade. Ele inclusive falsificou os dados da pesquisa. Ele vivia na Inglaterra, foi fazer pesquisa a respeito da situação dos trabalhadores, a partir dos dados do Governo Britânico e ele, falsificando os números dizia: “vejam, a situação dos trabalhadores é insuportável, eles irão explodir uma revolta”. Ele sabia perfeitamente que as coisas não eram do jeito que ele estava dizendo. Marx é além de profeta imperfeito, é um mentiroso e um sujeito intelectualmente desonesto. Não há dúvida nenhuma nisso.
Ele previa que os trabalhadores iriam sofrer tanto debaixo da pressão dos capitalistas dos burgueses, que a panela de pressão iria estourar e os trabalhadores iriam se unir contra os capitalistas opressores.
É importante a compreensão dessas três colunas que o Papa Bento XVI trouxe para nós. Devemos saber o que está sendo destruído por essa sanha de tanto ódio e violência. Devemos saber quais estratégias estão sendo usadas para nos transformar em robôs teleguiados, sem saber a consequência de nossas ações.
Ouvir a fala de cada ente, público ou privado, como se fosse uma propaganda de algo que não está visível. Só iremos ter mais visibilidade quando observamos o que essa pessoa combate e quer destruir com seu comportamento. Para isso devemos ficar atentos e assim mais uma vez fazer o que o Mestre Jesus orientou: vigiar e orar. Vigiar o comportamento dos propagandistas que estão sempre ao nosso lado, pedindo votos ou qualquer outro benefício; orar para que tenhamos forças para não capitular com as tentações e iniquidades que o mal, as forças do negativo possam nos oferecer.