Este é o Prólogo escrito por Jimmy Swaggart, autor da “Bíblia de Estudo do Expositor” para vermos a dimensão do seu pensamento ao realizar esse trabalho.
A Bíblia de Estudo do Expositor é uma das mais singulares do seu tipo no mundo de hoje. Foi projetada com um só pensamento em mente, que é o de ajudar o estudante da Bíblia a entender a Palavra mais adequadamente. Para fazer isto, utilizamos alguns dos melhores eruditos do Hebraico e Grego, junto com os nossos sessenta anos de estudo bíblico pessoal.
O propósito do autor é fazer com que a Bíblia seja melhor entendida, a Palavra melhor compreendida. Vamos imaginar um leitor totalmente desprovido de conteúdos prévios sobre a Bíblia, um extraterrestre. Acabou de chegar de um planeta fora do nosso sistema solar, uma personagem interessada em nos conhecer. Foi oferecido então a Bíblia para essa personagem ler. Ela começa a ler e percebe logo a origem da narrativa como sendo de um povo que se sente privilegiado por obedecer a uma figura abstrata, que não consegue ser percebida materialmente com os sentidos naturais, mas que possui poder sobre a natureza, que possui emoções muito parecidas com aquelas do povo que O cultua. Observa que esse povo começa a caminhar pela sua terra interagindo de forma negativa, destrutiva, com outros povos que encontra pelo caminho, povos que cultuam outros deuses, que formam outras culturas, que têm outros ideais. Então, aparece um autor que deseja que essas Palavras que estão na Bíblia sejam melhor compreendidas por povos que descendem daqueles que foram tão atacados dentro dessa narrativa... interessante!
As duas palavras, “Expositor” e “Comentário” são muito similares em significado, entretanto, a palavra “Expositor” se refere a um enfoque mais clínico, que se refere ao fato de que demos poucos pensamentos pessoais com respeito ao Texto, mas fizemos todo o possível em analisar cada Escritura de acordo com seu significado. Desta maneira, acreditamos que estamos seguindo fielmente o que o Espirito Santo, o Qual é o Autor da Palavra de Deus deseja.
Muito bem, então essas Palavras escritas na Bíblia foram feitas pelo próprio Deus através do Espírito Santo que intuiu algumas pessoas privilegiadas para escreverem o que foi escrito. Então, um Expositor que irá falar sobre a Bíblia deve retirar da mensagem que transmite qualquer conteúdo pessoal, deve seguir fielmente o que o Espírito Santo queria transmitir. Portanto, o meu trabalho aqui não se enquadra como Expositor, e mais como Comentarista, colocando sobre o texto fortes conteúdos pessoais.
Somos educados, majoritariamente, no ocidente, com os fundamentos da Bíblia, Velho e Novo Testamento. Costumam dizer que ali está escrita a palavra de Deus, como se Ele próprio tivesse escrito, segundo a compreensão das massas, sem nenhuma interferência dos homens e sua natureza animal.
Sempre fiquei curioso com a falta de lógica, de coerência existente nesse livro que se pretende divino, principalmente no Velho Testamento. Isso acontecia, pois, a minha leitura sempre tinha um “olhar crítico” no lugar de uma aceitação pela fé de tudo que estava escrito.
Portanto, resolvi fazer uma revisão da Bíblia, apoiada nos valores éticos e morais aceitos por minha consciência. A Bíblia que escolhi para fazer este trabalho é uma “Bíblia de Estudo do Expositor”, trabalho feito por Jimmy Swaggart, publicada em 2012 pelo Ministério de Jimmy Swaggart, Baton Rouge, LA, EUA.
Também poderei fazer enquetes com pessoas próximas, ligadas a algum templo de natureza cristã, católico ou protestante, para avaliar o nível de compreensão que o povo tem sobre os conteúdos da Bíblia.
Por exemplo, não entendo que a Bíblia seja a palavra de Deus, como os crentes admitem e querem que todos também aceitem o que eles entendem como verdade. Também sou crente na existência de Deus, mas convivo com pessoas que pensam diferente de mim, e com certeza o pensamento delas é majoritário dentro da comunidade de crentes.
Pois vejamos uma pergunta como esta, com referência a Bíblia: que significa este livro para você? Para mim significa um relato de um povo crente de um Deus único, que podia se relacionar e proteger a todos de sua raça com exclusividade, inclusive invadindo territórios de outros povos e destruindo os inimigos sem piedade. Um Deus que muda dramaticamente de personalidade, do Velho para o Novo Testamento.
Fazendo a mesma pergunta ao Google observo as seguintes respostas:
- A Bíblia é a Sagrada Escritura, o conjunto de livros do Antigo e Novo Testamento, que contém as doutrinas que orientam o comportamento dos cristãos.
- É o relacionamento entre Deus e a humanidade e como isso afeta cada um de nós.
- Aproximadamente 40 homens escreveram os 66 livros da Bíblia, contudo a Bíblia tem um único autor intelectual que foi o Espírito Santo de Deus. Significa dizer que os autores dos livros não escreveram aquilo que queriam, mas o que Deus queria que eles escrevessem. A Bíblia é divinamente inspirada, portanto, ela é a palavra de Deus para o homem.
Este é o livro que orienta, majoritariamente a conduta das civilizações ocidentais e que se pretende cobrir toda a humanidade, principalmente com o Novo Testamento, com as lições de Jesus, reformulando muitos conceitos.
Participando de reuniões de A.A. observei que lá existe a Sacola da Gratidão, onde os membros que podem e querem colocam suas contribuições financeiras. Fazem isso porque eles são autônomos, não dependem de nenhuma contribuição de fora para a existência dos serviços que pregam. Ao fim da reunião é recolhido o dinheiro depositado e o valor divulgado de imediato no mural de avisos e entregue ao tesoureiro para fazer os devidos pagamentos.
Participando de reuniões de grupos espíritas, observo que não existe um sistema parecido com o do A.A. nem de nenhuma outra igreja cristã que conheço, onde sempre tem algum recurso bastante explícito de doações, e muitas vezes até de exigência de um dízimo a ser pago mensalmente.
No Centro Espírita a pessoa chega, senta, assiste as palestras, recebe passes, toma água fluidificada, diálogo fraterno e qualquer outra ação que seja indicada para seu caso, e vai embora sem ser confrontado com as necessidades financeiras do Centro. Os trabalhadores são os responsáveis exclusivos para o cumprimento das exigências financeiras. Nem o A.A. que tem todo o rigor em não receber doações de fora tem esse comportamento. Eles mantém uma “sacola da gratidão” à vista de todos e recebem doações de todos os visitantes que chegam e se sentem tocados pela Consciência Coletiva, expressão do Poder Superior.
Acredito que possamos fazer algo parecido no Centro Espírita, deixar correr entre os presentes, na hora da palestra evangélica, um Envelope da Cooperação, identificado com esse título e explicando de forma sucinta que servirá exclusivamente para a melhora dos serviços a serem prestados, onde quem queira e possa colaborar, pode depositar sua contribuição de forma anônima.
O valor arrecadado dentro do envelope será publicado no mural de informações junto com o valor arrecadado pelos membros. Ao lado será publicado também as despesas ocorridas no mês, uma prestação de contas para mostrar com transparência a Receita e a Despesa que o Centro movimentou no referido mês.
Não acredito que uma ação como essa venha descaracterizar o trabalho evangélico que o Centro Espírita desempenha, pois até no colegiado do Cristo existia a figura do tesoureiro, Judas, que recebia contribuições de fora para ajudar ao Mestre cumprir a responsabilidade da sua missão.
No entanto reconheço a responsabilidade de se lidar com dinheiro, como ele pode desvirtuar as mais nobres intenções. Mas a transparência em nossos atos serve de antídoto para que não sigamos o caminho de Judas. O dinheiro quando bem empregado é uma virtude, como ensinou Jesus na parábola dos talentos.
Encontrei um texto na net, de autoria de Pedro Superti, que faz a avaliação do desempenho do Brasil no futebol e a evolução dos países e que merece nossa reflexão.
Em questão de segundos, tudo mudou. A animação inicial deu lugar a um calafrio. Os favoritos levavam o primeiro baque: o primeiro gol que os tiraria da copa.
Referência mundial no futebol, os brasileiros sempre encantaram o mundo. Mas parece que algo mudou.
Fábrica de craques, nosso país criou gênios da bola. Por definição, um gênio é aquele que faz milagres. Que faz o que é impossível para os outros. Faz coisas que não se entende, que não se explica.
Nos anos 70, 80 e 90 foi assim. Nossos jogadores eram tão imprevisíveis, com tanto talento, que eram disputados a peso de ouro. Pareciam mágicos irreplicáveis. Quem tem, tem, quem não tem, chora.
Mas só que não é mais assim.
Os europeus tinham menos talento. Menos gingado. Menos criatividade. Eram quadrados, previsíveis. Mas nunca foram bobos.
Os maiores clubes do mundo começaram a contratar especialista para analisar os movimentos e jogadas de seus craques brasileiros. Como corriam, como passavam e como improvisavam.
Aos poucos, a genialidade começou a fazer mais e mais sentido. Pedaladas, voleios e trivelas começaram a ser desenhadas, desvendadas. Não era com tanto estilo, mas agora outros poderiam ser treinados, instruídos no que antes parecia ser poder divino.
O talento virou processo.
E processos podem ser melhorados, estudados e replicados. Podem ser compartilhados e em pouco tempo dezenas ou milhares podem chegar no mesmo resultado.
Precisamos acabar com a cultura da adoração ao talento. Do empoderamento daqueles que parecem ter “nascidos prontos”. Precisamos começar a focar no trabalho duro, mas inteligente. Na disciplina libertadora de fazer algo tantas vezes até que seja entendido, melhorado.
Uma cultura que coloca as esperanças em um só indivíduo nos torna fracos. Se ele ganha, ganhamos. Se perde, sofremos.
E isso, na minha opinião, é talvez a mais poderosa lição que tiro da Copa.
Chega de esperar o camisa 10 resolver sozinho. Chega de achar que o presidente vai mudar tudo. O diretor. O policial. O síndico. Não é uma pessoa com superpoderes que vai nos salvar. Somos nós mesmos.
Talento é bom, mas não é a solução. É o início.
O fraco aplicado, se bem treinado, é mais confiável do que o gênio que é volátil. Que faz quando quer e que nunca se sabe se vai querer. De lua.
Na vida, perdemos tempo demais esperando o camisa 10 resolver o jogo. Quando o jogo precisa ser resolvido por cada um de nós, na sua posição. Melhorando a cada dia, não por ter superpoderes, mas por pagar um preço que poucos estão dispostos a pagar.
Trabalho duro, mas com inteligência. Não individual, milagroso e sobre-humano. Mas consciente, coletivo, replicável.
Na vida, precisamos esperar menos dos craques. E produzir mais jogadores simples, mas que não desistem da bola.
Na escola. Na empresa. Na família. Na igreja. Até mesmo nos esportes. Não é esperar por mais gênios, é treinar mais pessoas comuns que podem ser bem acima da média.
Precisamos inspirar nossos jovens a ser a sua melhor versão de si mesmos. Não a serem uma cópia de um craque que jamais será alcançado. E que é apedrejado quando falha.
Eu não sou contra o craque. Sou contra uma estratégia de vida que só conta com craques e que desestimula quem não “nasceu com talento.”
Menos talento e mais trabalho. Menos terceirizar a esperança e mais “deixa que eu resolvo”.
Quero que meu filho queira usar camisa da seleção com o nome dele, não com o do craque do momento.
Talento ajuda. Mas campeão de verdade não nasce pronto. É lapidado.
Quem entende isso, hoje em dia, ganha o jogo.
Uma avaliação pertinente. Não podemos ficar na dependência de qualquer pessoa que se destaca na comunidade por méritos próprios ou por méritos fabricados por falsas narrativas. Temos que elogiar e até destacar quem tem raro desempenho, um talento especial. Podemos até aprender com eles, mas o importante é que destaquemos nossa autonomia, aprendamos com os craques em qualquer nível, e não fiquemos acomodados em nosso sofá.
Todos sabemos da existência da alma que anima o nosso corpo. A alma tem um objetivo nobre, de evoluir adaptado à natureza e ajudando no entorno de sua existência, a todos evoluírem da mesma forma positiva.
Todos nós juntos, organizados em países, cidades, comunidades, formamos uma civilização. Então podemos fazer uma comparação de uma civilização com o organismo humano. O organismo é composto de trilhões de células, organizadas fisiologicamente para se manterem íntegras, viáveis e capazes de reprodução. A civilização é composta por bilhões de seres humanos, organizados socialmente para se manterem íntegros, viáveis e capazes de reprodução.
A alma humana tem objetivos que muitas vezes se confrontam com os objetivos do organismo. Este tem como foco prioritário a subsistência e desenvolve os instintos para a prática de um comportamento voltado exclusivamente para seus interesses, o egoísmo. A Alma, que é o Espírito encarnado nesta organização biológica, capaz de expressar uma inteligência mais elevada, capaz de avaliar e respeitar os conceitos morais, está responsável pelo comportamento dessa pessoa. A alma não pode deixa-la livre para executar o que deseja sem se importar com o mal que possa fazer ao redor, com seus semelhantes.
Da mesma forma podemos imaginar uma Alma para a civilização, uma entidade acima dos limites materiais, mas capaz de impor o ritmo de ações num campo evolutivo satisfatório para cada pessoa em particular e para a sociedade no geral.
Ora, se podemos dizer que uma pessoa que age como um animal, focado apenas nos seus interesses, com amplo egoísmo, é uma pessoa cuja Alma está ausente ou incapacitada de exercer o seu papel fiscalizador e orientador das ações de cada célula em particular, de cada órgão ou dos instintos que se expressam no campo mental e formatam assim o egoísmo, podemos dizer que a civilização também pode perder ou ficar momentaneamente sem a sua Alma.
Quando observamos o egoísmo ser fator predeterminante na sociedade, quando as pessoas na sua maioria procuram vantagens pessoais, independente do mal que possam causar a quem quer que seja, a criminalidade com armas ou com canetas avolumar-se em todas as direções, podemos pensar que também esta civilização perdeu a sua Alma.
É o que acontece no Brasil e na maioria dos países que compõem o nosso planeta. Por esse motivo ele é considerado um “planeta de provas e expiações” onde os espíritos embrutecidos têm que passar por aqui, com sua carga de ignorância, na prática do mal ao próximo, sem compaixão.
Podemos pensar dessa forma, que a nossa civilização ainda tem um deserto no lugar da Alma, que ela certamente irá chegar como um fator evolutivo que todos tem que passar, inclusive o planeta.