Fulton John Sheen foi um bispo americano na Igreja Católica, conhecido por sua pregação, principalmente na televisão e no rádio. Faleceu em 09-12-1979 e em 2012 o Papa Bento XVI reconheceu o decreto da “Consagração pelas Causas dos Santos” afirmando que ele viveu uma vida de “virtudes heroicas”, passo importante para a beatificação, por isso é chamado de “Venerável”.
A plataforma Lumine, ligada à Igreja católica, está trazendo uma série sobre ele. No primeiro episódio, “O que é o homem”, no final o apresentador disse uma frase que caracteriza o trabalho do Bispo: “não rezamos por uma unidade da religião, mas pela unidade do povo religioso”.
Achei muito interessante esse primeiro episódio e a didática simples que é utilizada. Compreender Deus como a luz que ilumina nossa consciência e que se dermos às costas a Deus, ficamos de frente para a nossa sombra, e quanto mais caminhamos, mais ela se alonga. No entanto, se ficarmos de frente para Deus, para a luz, nossa sombra ficará para trás, sem importância negativa para a consciência.
No entanto, a frase que o apresentador disse que representava o trabalho dele me trouxe reflexões contraditórias.
Ele faz reflexões sobre religiões. Diz que não reza pela unidade da religião, mas ele é um religioso. Ele não quer unidade na sua religião, a católica?
Por outro lado, reza pela unidade do povo religioso. Mas, de que forma esse povo religioso alcançará a unidade? Fora da religião? Dentro de alguma religião?
É este ponto que parece trazer uma forte contradição: como encontrar unidade dentro de uma religião.
Cada religião defende um ponto de vista espiritual que considera como verdade. Como existem muitas religiões, isso significa que existam muitas verdades? A lógica nos diz que deve existir uma só verdade, mesmo que se façam derivações a partir dela.
Considero as lições que o Cristo nos trouxe, como a Verdade, como o Caminho que devemos seguir em direção à Vida eterna, na intimidade com o Criador. Talvez esta verdade necessite de algum ajuste para se aproximar da Verdade real e imutável. O pensamento humano operando de forma crítica, sempre imagina condições e situações onde essa Verdade que o Cristo nos trouxe pode ser aperfeiçoada. Daí o motivo para a criação de tantas igrejas, mas todas com o mesmo foco principal que o Cristo ensinou: Deus é nosso Pai e todos somos irmãos que devemos agir com fraternidade.
Neste sentido o Bispo Fulton tem razão, na procura de unidade entre as igrejas cristãs. Acontece que existem outras igrejas que defendem a verdade de outra forma, com outros deuses, com outros caminhos. Nesse caso fica incompatível a busca de uma unidade. Ou iremos para a igreja deles, se considerarmos que eles estão com a Verdade, ou faremos todo esforço racional para demonstrar que a Verdade está conosco, com os ensinamentos cristãos.
Fico muitas vezes encucado com o fato de ver tantas pessoas de bem mergulhadas no meio da maldade social, corrupções, prevaricações, injustiças, perseguições, e não conseguem distinguir o mal do bem. Defendem esses perversos que jogam nas redes sociais as suas narrativas e atacam as pessoas de boa índole que querem fazer, e até fazem, com muita dificuldade, as coisas corretas.
Mas nós, cristãos, que seguimos ao Mestre Jesus, devemos olhar a natureza onde estamos incluídos, onde somos parte de tudo como irmãos, filhos do Criador.
Vejamos numa campina florida, dois insetos que sugam as mesmas flores. A abelha com essas flores, faz o mel, mas a vespa tudo transforma em veneno. Duas pessoas também podem se defrontar com a mesma situação, mas somente uma delas irá aprender a lição de fazer o mel.
Isto faz parte de nosso dia-a-dia. Ocorrem milhares de fatos, se abrem diversos caminhos, e de cada um deles fazemos uma leitura pessoal. Cada pessoa vê num acontecimento um pouco de si mesma. O bondoso perceberá a bondade em seus semelhantes, já o invejoso, maldoso, verá inveja e maldade. As próprias palavras passam por esse crivo. Boa parte do sentido é dada por quem as proferem, a outra metade pela pessoa que as escuta.
Percebi isso com muita clareza na comparação com os dois últimos presidentes de nosso país, com as palavras e atos divulgados pela grande imprensa. As palavras e atos de um, mesmo que contivessem um conteúdo de bondade, de justiça e solidariedade, eram divulgadas por um filtro distorcido para enganar a população e fazer pensar que ali estava uma pessoa ruim, que não merecia o voto de ninguém. Enquanto as palavras e atos do outro, com objetivos de manipulação, de corrupção, de perseguição, essa mesma imprensa deixava passar como positivas, benéficas...
Estes são exemplos dos filtros que usamos para ver a realidade ao nosso redor. Algumas pessoas, como as vespas, usam dos mesmos presentes que Deus nos dá a cada dia, para produzir os seus venenos, pois isso também as fortalece. Acontece que nós, pessoas de boa índole, não podemos usar os mesmos filtros que essas pessoas associadas ao mal usam, e, principalmente, não deixar que as palavras que são veiculadas pelos filtros da perversidade consigam enganar a nossa consciência. Mesmo que as abelhas tenham o seu ferrão e às vezes o use para se defender, não podemos devido a isso deixar de ver a bondade que existe por trás da firmeza e força para defesa. Da mesma forma, não devemos deixar de ver a maldade que existe por trás de palavras melífluas, fantasiadas de bondade e solidariedade.
Apesar de toda essa onda de maldade que no momento cobre a nossa realidade, devemos sempre usar um filtro de bondade para ver tudo do nosso jeito, com o coração puro, associado a verdade, como filhos de Deus que queremos ser.
O mal, de alguma maneira, afeta nossa vida, mas não é a única realidade. Somos cercados de bênçãos, recebemos a dignidade de filhos de Deus e o amor do Pai é para sempre. Este é o horizonte que devemos ter em nossas vidas. Mesmo que estejamos presos ou emudecidos, punidos ou perseguidos, estaremos sempre com a dignidade que o Pai espera de nós.
Nós, funcionários públicos, principalmente professores, sempre é bom vir à público esclarecer o que estamos fazendo para o público que paga o nosso salário.
Aproveitando o tempo de Quaresma que estamos vivendo, fiquei motivado para encontrar um espaço que pudesse falar do meu trabalho de conteúdo universitário, discorrendo desde o tempo que comecei os estudos, entrei para trabalhar como professor na UFRN, atuando nas três áreas acadêmicas: ensino, pesquisa e extensão.
Dentro da medicina assumi a especialidade de psiquiatria. Fiz especialização, mestrado e doutorado em Psicofarmacologia, capacitação em Terapia Cognitivo-Comportamental e foquei minha atuação clinica e acadêmica em Dependência Química e Espiritualidade.
Logo que comecei a clinicar percebi que apenas minha atuação no consultório não iria trazer os benefícios mais amplos que queria trazer para os meus pacientes. Entrei na política, tanto comunitária, profissional e partidária. Fui chefe de departamento na UFRN, presidente de Associação Norte-rio-grandense de Psiquiatria, secretário de partido político, PDT, tendo sido candidato diversas vezes para diversos cargos, sem nunca ter sido eleito. Percebi que a prática política não sintonizava com meus ideais políticos, cujo tema sempre foi pela “Dignidade Humana”.
Depois que me senti frustrado e enganado pelos partidos de esquerda nos quais eu militava, deixei a filiação político e encontrei um verdadeiro líder, Jesus Cristo, e senti que este falava a Verdade e que jamais traiu os seus companheiros. Desenvolveu uma ideologia que percebi que era a mais importante para trazer harmonia nos relacionamentos sociais, construindo uma sociedade ideal, um Reino de Deus, como ele ensinou.
Desviei todo o meu esforço acadêmico para o estudo da espiritualidade, principalmente do Cristianismo. Percebi que este é o caminho por onde posso contribuir para ajudar ao próximo, à população, aos contribuintes que pagam o esforço do meu trabalho. É este caminho que quero colocar aqui, nesta entrevista com 10 perguntas.
01 – Qual o foco mais importante do seu trabalho na atualidade?
Analisar com profundidade os ensinamentos de Jesus e sua aplicabilidade para a melhora de nossas relações humanas, coletiva ou individualmente.
02 – Este foco ajuda no tratamento médico?
Sim, principalmente na área da psiquiatria onde os pensamentos são estudados e compreendidos a sua participação na saúde e na gênese de doenças.
03 – Há coerência do estudo científico e do estudo espiritual?
Sim, a ciência sempre foi incentivada pela espiritualidade, a partir do ensinamento de Jesus quando disse que a principal lei que devemos obedecer é amar o Criador, Deus, com toda a alma, coração e entendimento. Isso é ciência, entender para saber.
04 – Espiritualidade é o mesmo que religião?
Não, a religião está dentro do campo espiritual, mas cada uma tem algo que a diferencia das demais.
05 – Como pode a espiritualidade ajudar nas doenças, nos conflitos sociais?
A partir da principal lição que Jesus nos trouxe, amar a Deus que é nosso Pai universal e que devemos agir como irmãos, segundo a vontade d’Ele.
06 – Qual a vantagem da ideologia cristã comparada as outras ideologias?
É a única ideologia que foca na fraternidade, amar ao próximo como a nós mesmos
07 – Por que tanto conflito nas igrejas que atuam dentro do Cristianismo?
Cada uma desenvolve algum detalhe da interpretação do que está na Bíblia.
08 – Qual a estratégia do Cristianismo para a construção da Sociedade ideal?
Ensinar ao homem o controle egoísta dos nossos instintos animais.
09 – Essa catequese do Cristianismo não fomenta mais conflitos?
Ela tem por base o convencimento pela paz, coerência, liberdade e justiça.
10 – Quais suas palavras finais tema.
Todos somos interessados em construir uma sociedade ideal, com base nesses ideais positivos, como liberdade, igualdade e fraternidade. Mas não podemos ser iludidos por pessoas de má índole e que usam seus instintos animais para induzirem pessoas de boa fé a cometerem crimes pensando que está praticando a justiça. Este é o maior compromisso do cristão. Fazer o discernimento do certo e do errado e não se deixar cooptar pelo mal, mesmo que ele seja apresentado com diversas cores e sabores agradáveis aos nossos sentidos materiais, mas que são venenosos aos interesses da nossa alma.
Na continuação da leitura do livro bíblico 3Reis 9:1-9, observamos a resposta que o Senhor Deus dá a Salomão. Isso pede que façamos uma atualização da promessa que Deus fez ao povo eleito para entendermos como continua a presença e juízo d’Ele entre nós. Vejamos...
Segunda aparição a Salomão
Sucedeu, pois, que tendo Salomão acabado de edificar a casa do Senhor, e o palácio do rei, e tudo o que tinha desejado e quisera fazer, lhe apareceu o Senhor segunda vez como lhe tinha aparecido em Gabaon. E o Senhor lhe disse: Eu ouvi a tua oração e a tua súplica que fizeste em minha presença; eu santifiquei esta casa que me edificaste, para nela estabelecer para sempre o meu nome, e nela estarão sempre os meus olhos e o meu coração. Se tu também andares na minha presença, como andou teu pai, em simplicidade de coração, e em equidade; e se fizeres tudo o que te tenho mandado, e guardares as minhas leis e as minhas ordenações, eu estabelecerei o trono do teu reino sobre Israel para sempre, como eu o prometi a Davi teu pai, dizendo: não faltará varão da tua linhagem sobre o trono de Israel. Mas, se obstinadamente vos desviardes de mim vós e vossos filhos, não me seguindo, nem guardando os meus preceitos, e as minhas cerimônias, que eu vos prescrevi, mas se vos retirardes e derdes cultos a deuses estranhos, e os adorardes, eu exterminarei Israel da superfície da terra, que lhes dei, e lançarei longe da minha presença o Templo que consagrei ao meu nome, e Israel será o escárnio, e a fábula de todos os povos. E esta casa servirá de exemplo: todo o que passar por diante dela ficará pasmado, e a insultará, e dirá: Por que se houve o Senhor assim com esta terra, e com esta casa? E responder-lhe-ão: Porque estes povos deixaram o Senhor seu Deus, que tirou da terra do Egito a seus pais, e porque eles seguiram deuses estranhos, e os adoraram, e lhes renderam culto; por isso o Senhor descarregou sobre eles todo este mal.
O primeiro ponto que devemos compreender é que houve uma atualização nessa história e que foi trazida por Jesus a pedido do próprio Deus, Pai d’Ele e de todos nós como foi ensinado. Então, o povo de Deus deixa de ser exclusivamente os judeus, que não creram na vinda do Filho de Deus entre nós. A aliança que Deus fez com Abraão, Isaque e Jacó, incluía o reconhecimento do Seu Filho que seria enviado, de acordo com os profetas, para dar a oportunidade de salvação a toda humanidade, ensinando o Caminho correto da Verdade para alcançarmos a Vida eterna. Saulo foi convocado pelo próprio Cristo para deixar a vida cega de perseguidor dos cristãos para se tornar Paulo, o apóstolo dirigido aos gentios, por todo o mundo. Cada uma das pessoas que ouvindo o Evangelho, a história do Cristo sobre a Terra, reconhece na mente e no coração essa Verdade, deixa o mundo dos erros em que vivia e se converte ao Reino de Deus anunciado por Jesus. Esta conversão marca a introdução da pessoa na família universal do Pai divino. E cada pessoa tem a responsabilidade de construir, tal qual Salomão, sem a mesma ostentação, mas com a mesma fé e dedicação dos seus atos conforme os seus recursos. Assim, cada pessoa reina na intimidade do seu lar ou em qualquer cargo que venha a assumir, mas sempre adorando e procurando seguir a vontade do Pai. Poderá construir templos humildes com a intenção de ser a casa de Deus, e assim será respeitado por Deus e toda a sua geração, se o mesmo respeito for recíproco. Assim encontramos espalhados pelo mundo diversos templos, casas de Deus, onde a mesma mensagem de Cristo está sendo difundida com o propósito universal, de transpor o Reino de Deus que construímos em nossos corações para a sociedade material que habitamos na carne. Assim colocaremos a Terra em novo nível evolutivo, de regeneração de nossas almas e caminharemos com mais firmeza em direção à Vida eterna na intimidade com o Pai.
No livro bíblico 3Reis 8:22-53 encontramos as preces de Salomão, quando ele conclui a construção do templo de Deus, prometido por seu pai, Davi. Esta prece, na presença do povo que ele convidou, se dirige à Deus naquele tempo, mas pode tocar nosso coração e compreensão ainda hoje, em dias tão conturbados... vejamos.
PRECES DE SALOMÃO
Depois pôs-se Salomão diante do altar do Senhor à vista do ajuntamento de Israel, e estendeu as suas mãos para o céu, e disse: Senhor Deus de Israel, não há Deus semelhante a ti, nem no mais alto do céu, nem abaixo sobre a terra. Tu conservas o pacto e a misericórdia para os teus servos, que caminham adiante de ti de todo o seu coração. Tu guardaste ao teu servo Davi meu pai, o que lhe prometeste. Tu lho disseste por tua boca, e cumpriste pelas tuas mãos, assim como o prova este dia. Agora pois, Senhor Deus de Israel, conserva ao teu servo Davi meu pai, o que lhe prometeste, dizendo: Não te faltarão descendentes, que diante de mim se assentem sobre o trono de Israel; contanto todavia que teus filhos guardem os teus caminhos, andando em minha presença, como tu andaste diante de mim. Agora, pois, Senhor Deus de Israel, cumpram-se as tuas palavras, que disseste ao teu servo Davi meu pai.
É, pois, crível que Deus habite verdadeiramente sobre a Terra? Porque se o céu, e os céus dos céus te não podem compreender, quanto menos esta casa, que eu edifiquei? Mas atende, Senhor Deus meu, à oração do teu servo. Ouve o hino e a oração que teu servo faz hoje em tua presença; para que os teus olhos estejam abertos de noite e de dia, sobre esta casa, da qual disseste: O meu nome estará nela; para ouvires a oração que teu servo te oferece neste lugar. Para ouvires a deprecação de teu servo, e do teu povo de Israel, em tudo o que te pedirem neste lugar; e para as ouvires do lugar da tua morada no céu, e para que, tendo-as ouvido, lhe sejas propício.
Quando algum homem pecar contra seu próximo, e houver de fazer algum juramento, com que se ligue; e vier a tua casa por motivo do juramento diante do teu altar, tu ouvirás do céu; e farás justiça a teus servos condenando o ímpio, e fazendo recair a sua perfídia sobre a sua cabeça, e justificarás o justo, e retribuindo-lhe conforme a sua justiça.
Quando o teu povo de Israel tiver fugido diante dos seus inimigos (porque algum dia pecará ele contra ti) e fazendo penitência, e dando c glória ao teu nome, vierem, e orarem e te implorarem nesta casa; ouve-os do céu, e perdoa o pecado do teu povo de Israel, e torna-os a levar à terra, que deste a seus pais.
Quando o céu se tiver fechado, e não cair chuva alguma por causa dos seus pecados, e eles orando neste lugar fizerem penitência em nome do teu nome, e se converterem dos seus pecados por causa da sua aflição; ouve-os do céu, e perdoa os pecados de teus servos, e do teu povo de Israel; e mostra-lhes o caminho direito por onde andem, e derrama chuva sobre a tua terra, que tu deste ao teu povo para a possuírem.
Quando vier sobre a terra fome, ou peste, ou corrupção do ar, ou ferrugem, ou gafanhoto, ou qualquer maligno humor, ou quando apertar ao teu povo o seu inimigo sitiando as suas portas, toda a praga, toda a enfermidade, toda a rogativa, e súplica, que fizer qualquer homem do teu povo de Israel; se algum conhecer a chaga do seu coração, e estender as suas mãos para ti nesta casa, tu o ouvirás do céu no lugar de tua morada, e tu propício te reconciliarás com ele, e obrarás dando a cada um conforme todas as suas obras, e segundo vires o seu coração (porque só tu conheces o interior dos corações de todos os filhos dos homens), para que eles tenham temor de ti por todo o tempo que viverem sobre a face da terra, que tu deste a nossos pais.
Também quando algum estrangeiro, que não é de teu povo de Israel, vier de algum país remoto por causa do teu nome (porque ouvirá a grandeza do teu nome, e a força da tua mão, e o poder do teu braço, dilatado por toda a parte) quando vier por isso fazer oração neste lugar, tu o ouvirás do céu, do firmamento da tua morada, e farás tudo que o estrangeiro de pedir; para que todos os povos da terra aprendam a temer o teu nome, como faz o povo de Israel, e para que experimentem que o teu nome foi invocado sobre esta casa, que eu edifiquei.
Quando o teu povo sair à guerra contra os seus inimigos, indo pelo caminho, por que tu o tiveres mandado, se te fizerem a suas preces olhando para o caminho da cidade, que tu escolheste, e para a casa, que eu edifiquei ao teu nome, tu também ouvirás do céu as suas orações, e as suas preces, e lhes farás justiça.
Porém se pecar contra ti, (porque não há homem que não peque) e tu irado os entregares nas mãos de seus inimigos, e eles forem levados cativos ou perto ou longe para terra inimiga, e fizerem penitência no íntimo do seu coração no lugar do seu cativeiro, e convertidos te suplicarem no seu cativeiro, dizendo: Nós pecamos, nós cometemos a iniquidade, nós obramos impiamente, e se eles se voltarem para ti de todo o seu coração, e de toda a sua alma na terra de seus inimigos, para onde foram levados cativos, e orarem voltados para o caminho da sua terra, que tu deste a seus pais, e para a cidade que tu escolheste, e para o templo que eu edifiquei ao teu nome; tu ouvirás do céu, no firmamento do teu trono, as suas orações, e as suas preces, e defenderás a sua causa; e te mostrarás propício ao teu povo que pecou contra ti, e perdoarás todas as suas iniquidades com que tiverem prevaricado contra ti; e inspirarás ternura aos que os levaram cativos, para deles terem compaixão. Porque eles são o teu povo, e a tua herança, a quem tiraste da terra do Egito, do meio da fornalha de ferro.
Os teus olhos estejam abertos às deprecações do teu servo, e do teu povo de Israel, e os ouçam em tudo por que eles te invocarem. Porque tu, ó Senhor Deus, os separaste de todos os povos da terra para tua herança, como tu o declaraste por teu servo Moisés, quando tiraste a nossos pais do Egito.
Eis mais uma prova da sabedoria de Salomão, orando em público para Deus, na presença de tantas pessoas naquele momento, mas que suas palavras alcançam bem mais pessoas por todo o mundo e por todo o tempo, e com um conteúdo tão atual, e mostrando os caminhos por onde devemos encaminhar as nossas súplicas, deprecações, para corrigir o mal que nos aflige, as iniquidades, as prevaricações.