Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
24/08/2013 00h50
A PRÁTICA DO AMOR AGAPE

            Sempre que eu falar do Amor sem colocar qualquer outra adjetivação, estarei me referindo ao amor ágape, amor de Deus, amor universal, amor incondicional. Agora vem a pergunta crucial que ouço de muitas pessoas quando advogo a importância de praticar o Amor. Elas dizem que a prática desse Amor não é para nós, simples mortais, dizem que é coisa para os santos, para Jesus Cristo.

            Mas concordo com o pastor Hagin, o Todo-Poderoso não pediria que fizéssemos algo impossível. Se Ele nos mandou amar uns aos outros, é porque isso é possível. Deus é Amor e podemos compartilhar esse sentimento derramado em nosso coração. Quando fomos criados Seu Amor é transmitido a nossa alma pelo Espírito Santo. O Amor aguenta firme qualquer tipo de pressão, suporta tudo e jamais se esgota, não fica ultrapassado nem chega ao fim.

            Ao andarmos com a luz do Amor, nunca enfraqueceremos. Conseguiremos continuar amando as pessoas, quer a nossa natureza humana se sinta, ou não, disposta. Devemos amar o próximo com o mesmo sentimento existente no Senhor.

            Quem está na prática do Amor, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses; o Amor é desinteressado. O Amor não insiste nos seus próprios direitos nem na sua própria vontade, porque não é egoísta. Não coloca a si mesmo nem os próprios interesses em primeiro lugar. Enquanto se tiver a disposição de brigar apenas pelas questões pessoais, não poderá experimentar o Amor.

            Não é possível ter fé integral no Senhor até compreender e seguir Seu Amor, porque Ele é Amor, e a fé típica de Deus atua por meio desse Amor. Portanto, para crer plenamente no Pai celeste e agir segundo a fé, é preciso andar no sentimento que provém dEle.

            Uma característica do Amor é que ele nunca leva em conta uma injustiça sofrida. Essa característica pode ser considerada como o termômetro do Amor. Se acusar febre é porque estamos nervosos, queixosos ou ressentidos. Sempre tomando nota do mal que foi feito. É uma boa forma de medir o Amor! Enquanto levar em conta o mal que sofre dos outros, não conseguirá viver em Amor. Mas se conseguir andar no Amor permanecerá cheio do Espírito Santo e não guardará resentimentos. Se não conseguir esquecer o mal que lhe fizeram, não poderá acreditar no melhor a respeito dos outros.

            O amor comum e natural é o inverso de acreditar no melhor de todas as pessoas. Esse amor humano está sempre disposto a acreditar no pior com referência ao próximo. Há quem até procure defeito nos outros a fim de ter motivo de acusá-los ou fazer comentários indesejáveis.

            O Amor está sempre disposto a sempre acreditar no melhor de cada pessoa. Deus é Amor e, portanto, está sempre disposto a pensar coisas muito boas sobre cada um de nós.

            Considero que tenho passado por mais essa etapa de avaliação no meu grau de Amor, uso o termômetro em mim e não acuso febre.

Graças a Deus! Graças ao Amor!

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23/08/2013 23h07
DEFININDO O AMOR

            O pastor Hagin continua afirmando, já que é tão importante o amor característico de Deus, é necessário sabermos mais sobre essa questão. Podemos compreender, é lógico, que esse amor é diferente do afeto humano, que pode transformar-se em ódio da noite para o dia. No entanto, o amor do Senhor nunca falha. O trecho ampliado de 1 Coríntios 13: 4-8 esclarece bem essa definição:

            4 O amor perdura muito tempo e é paciente e benigno; o amor nunca é invejoso nem ferve com ciúmes; não se ufana, não se ensoberbece, nem se exibe com altivez.

            5 Não é orgulhoso – arrogante e inchado de soberba; não é grosseiro, nem se comporta de modo inconveniente. O amor (o amor de Deus em nós) não insiste em seus próprios direitos nem na sua própria vontade, porque não é egoísta; não se exaspera, nem se queixa, nem se ressente; não leva em conta o mal feito contra ele – não presta atenção a uma injustiça por ele sofrida.

            6 Não se alegra com a injustiça e a iniquidade, mas se regozija quando a justiça e a verdade prevalecem.

            7 O amor aguenta todas as coisas que possam surgir, sempre está disposto a acreditar o melhor a respeito de todas as pessoas, suas esperanças não murcham em nenhuma circunstância, e suporta tudo (sem enfraquecer).

            8 O amor jamais acaba, não se esgota, não fica obsoleto, nem chega ao fim. Quanto a profecia (o dom de interpretar a vontade e o propósito divinos), será cumprida e desaparecerá; quanto as línguas, serão destruídas e cessarão; quanto ao conhecimento, passará (perderá o seu valor porque a verdade divina tomará o seu lugar).

            O apóstolo Paulo estava realmente inspirado pelo amor de Deus quando fez essa definição. Do ponto de vista racional, levando a perspectiva de Deus e do que Ele deseja para nós, não conseguimos fazer nenhuma correção, nenhuma crítica. Devemos agora, já que a consideramos completa, dedicar tempo para que esse amor penetre em nossas mentes e corações.

            Com o amor ágape conseguimos ficar firmes em qualquer circunstância. Será fácil superar tudo com a ajuda do amor que vem do Altíssimo!

            Eu sei que tento seguir essa definição de amor proposta por Paulo e explicada pelo pastor Hagin. Sei que em função disso modifiquei a minha vida radicalmente, comparada ao padrões culturais. Até aqui não encontro desvio do que é proposto como o amor e a sua aceitação e aplicação por mim.

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em 23/08/2013 às 23h07
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22/08/2013 09h57
FÉ, ESPERANÇA E AMOR

            Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor. (1 Coríntios 13:13)

            Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. (1 João 4:8).

            Eu já tenho esse conhecimento, porém a explicação do pastor Hagin fortalece o meu entendimento. Primeiro, ele faz uma crítica sobre a tradução da palavra grega ágape para caridade. É o que acontece na Bíblia que faço a leitura diária (Bíblia Sagrada. Editora Ave Maria Ltda, tradução dos originais mediante a versão dos Monges do Maredsous (Bélgica) pelo Centro Bíblico Católico, Edição Claretiana, São Paulo-SP, 1998).

            Pastor Hagin explica que a definição da palavra caridade segundo os dicionários é boa vontade benevolente à humanidade. No entanto, o termo original empregado na passagem bíblica é ágape, que significa o amor de Deus. Em todo Novo Testamento, a palavra ágape fica melhor traduzida por amor. Em 1 João 4:8b, por exemplo, a Bíblia diz: Deus é ágape, ou seja, amor. O termo grego significa, portanto, o amor característico de Deus.

            Em seguida ele faz a comparação dos três termos. Primeiro, a fé não consegue existir sem o amor. Ela depende dele para agir. O texto de Gálatas 5:6 diz: “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem valor algum, mas a fé que atua pelo amor.” Pode-se perceber facilmente que o amor é maior que a fé, pois ela não consegue ser implementada de outro modo. O amor é necessário para colocá-la em ação.

            Em segundo lugar, Hagin diz que a fé não funciona sem a esperança, que é preciso ter esperança em algo antes de sua fé dar substância a ela, e para isso se apoia em Hebreus 11:1 – “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.” Ele explica que se não tem esperança em coisa alguma, sua fé não poderá funcionar, porque não terá um objetivo em favor do qual deva crer em Deus. Sem a esperança ela é inoperante.

            Estes dois sentimentos, fé e esperança, no meu modo de ver, estão intimamente associados, e ambos dependem do amor. Agora eu também tenho algumas observações a fazer no pensamento de Hagin, que está alicerçado na fé do que eu penso. Hagin diz que esses sentimentos não podem existir um sem o outro. Eu penso que eles estão tão ligados que é impossível dissociar um do outro. Eu tenho fé no que digo aqui, acredito que eu esteja certo, tenho esperança que eu esteja certo. Não vejo nessas considerações sentimentais, da fé e esperança, a necessidade da força do amor, são elucubrações cognitivas para as quais basta a procura do seu derivado, a verdade.

            Outro exemplo: vou para a parada de ônibus com fé que ele passe no horário, isso está misturado com a esperança. Ele não passa no horário, minha esperança junto com a fé se desloca para um horário mais distante, os fatos mostram que ele está atrasado. O sentimento do amor não tem nenhuma influência no decorrer desses fatos, tem sim, influência na geração de emoções negativas dentro de mim. Caso eu não tenha amor, vou ficar revoltado com a situação, não considerarei qualquer circunstância que possa ter causado o atraso.

            Então, nas questões corriqueiras da vida a fé e a esperança estão sempre operando e é bom que o amor esteja presente para uma maior harmonia nos relacionamentos que se formam ao nosso redor a cada momento. Mas acredito que o objetivo de Hagin não tenha sido esse, de tratar das coisas corriqueiras da vida e sim da parte filosófica mais importante, do sentido do universo e do significado da nossa vida dentro da natureza, como ela deve se conduzir no processo evolutivo. Dentro dessa perspectiva, esses três sentimentos parecem ser os dínamos universais com toda a implicação nos objetivos individuais.

            Reconhecendo o amor de Deus, o amor ágape, o amor incondicional, como a maior força do universo, a essência do próprio Deus, e que todos a possuímos como semente no ato da criação, resta fazer o nosso esforço pessoal, usando o nosso livre arbítrio para conquistar sua maturação dentro de nós, como o mais belo fruto do espírito. Nesse sentido surgem a fé e a esperança como as duas pernas que nos farão engatinhar, caminhar ou correr em busca dessa maturação do amor dentro de nós. Se tiver fé em tudo que desenvolvi nesse texto, tenho a esperança de que posso correr em busca de meus objetivos espirituais, se eu tenho dentro de mim a energia do amor suficiente e necessária, então o meu livre arbítrio irá operacionar minha vontade para que eu destrua todo e qualquer tipo de egoísmo dentro do meu coração, pois são os principais adversários do amor.

            Então, resumindo o que aprendi nesta avaliação, devo procurar absorver do Pai e distribuir com benevolência e fartura todo o amor que for possível eu administrar. Sei que o Pai é magnânimo na distribuição do amor, que a fonte jamais irá secar, mas depende de mim a correta distribuição daquilo que é da Sua essência e que Ele me oferta sem reservas.

            Ontem mesmo, na hora de voltar para casa, entrei em conflito com essas forças presentes dentro de mim. A gula fez com que eu comprasse alimentos de forma exagerada. A consciência acusou o fato e no mesmo trajeto eu doei a metade para as garotas que fazem programa nas imediações do meu apartamento. Senti o fluxo do amor incondicional para elas e também o reconhecimento delas por esse tipo de amor, pois da primeira vez que fiz esse gesto de doação, houve a tentativa de sedução, de condicionar o bem recebido a uma troca sexual. Desta vez não houve essa tentativa, apenas o agradecimento e troca de sorrisos fraternos. Considerei que a força da gula foi usada pelo amor incondicional para fazer o bem sem esperar recompensa. Reconheci que já tenho dentro de mim uma quantidade de amor ágape capaz de fazer essa transformação no comportamento. Sinto que estou no caminho certo, pois todo o meu corpo, carne, instintos, agora sabem, que eles podem até influir no meu comportamento em algum instante, mas logo que a consciência entre em ação, vai dar carta branca ao amor incondicional para fazer o que é preciso.  

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em 22/08/2013 às 09h57
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21/08/2013 08h29
CARACTERÍSTICAS DO AMOR DE DEUS

            Deus usa mais um dos seus filhos para me passar importantes lições. Desta vez foi com um livro evangélico, escrito pelo pastor Kenneth E. Hagin, e doado por uma paciente e amiga. O livro tem o título “Amor – o caminho para a vitória”, cujo primeiro capítulo é: Características do amor de Deus.

            Logo ao ver o título do livro eu sabia que era uma mensagem que Deus estava enviando para o meu aperfeiçoamento, e quando li o título do 1º capítulo, não tive mais qualquer dúvida. Pois esse “Amor de Deus”, o amor incondicional, que é a essência dEle, consiste no meu principal tema de estudo e de tentativa de aplicação prática em todos os meus relacionamentos. E por tentar ser e fazer assim termino por me confrontar com as leis humanas e o amor natural (romântico) que se contrapõe fortemente ao amor divino. Surgem assim as dúvidas, tanto das pessoas quanto minhas, se estou realmente no caminho certo, uma vez que meu comportamento destoa tanto do padrão cultural. Apesar de tudo sigo a minha intuição e a convicção que Deus já deu a Sua ordem à minha consciência, de fazer a Sua vontade aplicando o amor incondicional nos meus diversos relacionamentos, principalmente os relacionamentos afetivos em toda a profundidade que Seu amor permitir. Por isso, entendo que este livro enviado por Ele tem os argumentos necessários para que eu amadureça mais ainda o fruto do amor que Ele plantou dentro de mim.

            O pastor Hagin desenvolve o seu pensamento a partir de textos bíblicos, principalmente o encontrado em 1 Coríntios 13: 1-8 da seguinte forma, incluindo dicas do pastor entre parêntesis e uma ampliação do versículo 4 ao 8:

  1.  Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor (do tipo de Deus), serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.
  2. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor (do tipo de Deus), nada serei.
  3. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor (do tipo de Deus), nada disso me aproveitará.
  4. Ampliado – O amor perdura muito tempo e é paciente e benigno; o amor nunca é invejoso nem ferve com ciúmes; não se ufana, não se ensoberbece, nem se exibe com altivez.
  5. Ampliado – Não é orgulhoso – arrogante e inchado de soberba; não é grosseiro, nem se comporta de forma inconveniente. O amor (o amor de Deus em nós) não insiste nos seus próprios direitos nem na sua própria vontade, porque não é egoísta; não se exaspera, nem se queixa, nem se ressente; não leva em conta o mal feio contra ele – não presta atenção a uma injustiça por ele sofrida.
  6. Ampliado - Não se alegra com a injustiça e a iniquidade, mas se regozija quando a justiça e a verdade prevalecem.
  7. Ampliado - O amor aguenta todas as coisas que possam surgir, sempre estar disposto a acreditar o melhor a respeito de todas as pessoas, suas esperanças não murcham em nenhuma circunstância, e suporta tudo (sem enfraquecer).
  8. Ampliado – O amor jamais acaba – não se esgota, não fica obsoleto, nem chega ao fim. Quanto à profecia (o dom de interpretar a vontade e o propósito divinos), será cumprida e desaparecerá; quanto às línguas, serão destruídas e cessarão; quanto ao conhecimento, passará (perderá seu valor porque a verdade divina tomará o seu lugar).

            Entendi assim que Deus quer que eu faça uma revisão dos meus conceitos, pensamentos e comportamentos, amparado nesses textos bíblicos e nos escritos do pastor Hagin. Farei isso com a máxima transparência que caracteriza meu modo de agir e agradeço a minha amiga/paciente por ter sido o instrumento de Deus nessa ocasião.

Como o trabalho é extenso, não posso terminar num só dia dentro do espaço deste diário. Mas procurarei dar uma sequencia ao longo dos próximos dias nessas “Características do amor de Deus” da forma que Ele me apresentou.

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em 21/08/2013 às 08h29
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20/08/2013 08h30
A ILUSÃO DO ORGULHO

            O capítulo 15, verso 5, do Baghavad Gita esclarece um aspecto importante: Aqueles que estão livres do falso prestígio, da ilusão e da falsa associação, que compreendem o eterno,que se enfastiaram da luxúria material, que estão livres das dualidades manifestas sob a forma de felicidade e sofrimento, e que com toda a lucidez sabem como se render à Pessoa Suprema, alcançam este Reino eterno.

            É incrível como Deus está presente em todas as dimensões, localidades, tempo e espaço, culturas e geografias... O filho que reconhece o Pai sabe quando Ele lhe pega pela mão e ensina o que ele precisa saber.

            Entrei num conflito de natureza material e minha mente já estava querendo ficar envolvida quando recebi essa lição do Bhagavad Gita. Meu irmão aniversaria no próximo sábado e surgiram dois locais para comemorarmos com parentes e amigos. Acontece que a inclusão de todos parece difícil em qualquer um dos locais devido aos sentimentos de rejeição e exclusão que existem entre algumas pessoas que são caras para mim. Ficar de um lado é excluir o outro e vice versa. Parece que entrei no dilema do próprio Arjuna quando percebe que deve guerrear contra os parentes.

            Dessa forma Deus usa o Baghavad Gita para a minha instrução. Não devo ficar iludido pelo orgulho, não posso ficar envaidecido e me achar dono da natureza material, das vontades e desejos de cada um. Devo me livrar da ilusão do orgulho, do falso prestígio, de querer honras e de ser obedecido. Sei que vim para esse mundo para permanecer por pouco tempo e então ir embora, não posso ter a falsa impressão de que sou o senhor do mundo.

            Sei que esse conflito que existe em minha parentela, em pessoas que tanto amo, tem origem no orgulho. As pessoas consideram que o planeta pertença à sociedade humana, e não que seja uma escola para o nosso aprendizado do amor. Então, pensam em dividir tudo sob a falsa impressão que são proprietários de coisas e pessoas.

            Não posso entrar dentro desse conceito errôneo geral, e então Deus vem em meu socorro e coloca uma lição de forma indiscutível com esse verso do Baghavad Gita. Mostra que devo me livrar dessa ideia forjada nos laboratórios da família nuclear, das falsas alianças familiares, sociais e nacionais. Essas alianças podem me atar a este mundo material, tenho que ter esse cuidado. Devo desenvolver o conhecimento espiritual e procurar conhecer aquilo que é realmente meu e aquilo que não me pertence. O que é realmente meu é o amor que eu aprendo e os sentimentos que tenho a partir dele; o que não me pertence é tudo que está neste mundo material e ilusório e o sentimento das outras pessoas, que só a elas dizem respeito e que elas possuem o livre arbítrio para os direcionar para onde achem conveniente. Caso eu adquira essa verdadeira compreensão das coisas e das pessoas eu me livro das concepções duais ilusórias e repentinas, tais como felicidade e sofrimento, prazer e dor, pois ligadas à fugacidade da matéria ou dos corpos, jamais atingirei a plenitude que o Pai espera de mim.

Com esta lição do Pai, compreendi que não posso me envolver com esses conflitos domésticos patrocinados pelo orgulho e que devo me render à Sua vontade e não a desejos, conflitos e preconceitos materiais. Darei a minha opinião de como melhor desenvolver as ações para que a data do meu querido irmão seja bem aproveitada por todos, mas não estarei presente em qualquer solução que eu veja prevalecer o orgulho em detrimento da humildade. Não terei condições de tolerar a exclusão de qualquer pessoa, sob nenhum argumento fora da caridade.

Agradeço ao Pai, pois antes da dúvida se cristalizar na minha consciência, Ele me orientou, tal como fez com Arjuna, a melhor ação a realizar.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/08/2013 às 08h30
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