Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
02/04/2016 23h59
POLÍTICA (4) - MENTE NORMAL E CONSCIÊNCIA MORAL

            Acredito que tenho um fragmento de Deus na minha constituição enquanto ser imortal, assim como todos os meus irmãos criados pelo mesmo Pai. Este fragmento de Deus reside no meu intelecto e no intelecto de cada ser humano aqui na Terra que se exterioriza na mente normal com uma consciência moral.

            Este fragmento de Deus também serve como um Ajustador de consciência, quando por equívoco entro em algum caminho errado. Portanto, não preciso me deslocar para lugares distantes, países exóticos para contemplação especial do divino. Posso encontra-Lo dentro da minha própria experiência pessoal e alcançar a comunhão com Ele.

            Desde que eu possua uma mente normal, que desenvolve a consciência moral dentro de qualquer relacionamento, posso fazer contato com o Pai, ou com entidades mais próximas dEle do que eu estou. Entendo que Deus proporcionou às Suas criaturas a oportunidade de crescerem por si mesmo, com o seu próprio esforço pessoal, com o livre arbítrio, superando as amarras do egoísmo e ampliando na consciência cada vez mais o sentimento de justiça e solidariedade universal.

            Vejo agora no ambiente político do Brasil o desenvolvimento de uma verdadeira guerra de interesses, geralmente de cunho egoísta, mesmo que por trás exista uma conotação de justiça social. Ao aprofundarmos nos escaninhos do comportamento e conseguimos resgatar informações que se procuram ocultar o máximo possível, verificamos que esses atores políticos e seus associados, agem de forma lesiva aos interesses públicos, mesmo que suas ações de maquiagem consigam iludir boa parte da população e deixar outra parte amarrada com o rabo preso dentro das mesmas artimanhas lesivas à coletividade.

            Quando associo a mente normal a uma consciência moral, é porque entendo que a consciência moral é pré-requisito indispensável para uma mente normal, uma mente que se dirige para Deus. Caso não exista ainda a consciência moral, não poderá existir uma mente normal. O que é mais complicado é discernir a verdadeira consciência moral, pois todos os contendores defendem a moralidade nos seus atos.

            Colocando a atual crise brasileira como exemplo, veremos que o partido dirigente da nação aplicou os recursos em diversas áreas, algumas importantíssimas como a educação e o combate a miserável pobreza. Mas por outro lado colocou recursos nos próprios bolsos e dos seus aliados, tanto dentro como fora do pais. Isso facilitou a perpetuação no poder para as mesmas pessoas, a maquiagem da verdade com a divulgação dos atos positivos e do encobrimentos dos atos nocivos. A consequência disso se observa nos diversos índices negativos da economia e na deterioração dos diversos serviços essenciais que precisam ser prestados à população.

             Verificando esses dados da realidade, podemos constatar que a mente dos atuais dirigentes não está normal, não está se dirigindo para Deus, pois a consciência moral que eles desenvolveram e aplicaram em suas ações levou o pais à bancarrota, ao empobrecimento dos cidadãos, enquanto tais dirigentes, seus familiares, amigos e correligionários se tornaram milionários.

            Com uma mente assim prejudicada, mais voltada para os interesses egoístas, pessoais, familiares; e distantes ou mesmo nociva aos interesses das demais criaturas, essa pessoa está afastada dos caminhos de Deus e todos seus atos nocivos deverão ser corrigidos pela justiça. Caso a lei humana não consiga alcançar o meliante, a justiça divina com certeza não falhará. Teremos toda a eternidade para corrigir os maus atos que praticamos, ou que apoiamos, por ignorância ou por interesses mercenários. A nossa existência nesta atual materialização do espírito é apenas um pequeno intervalo da nossa vida eterna. Com certeza, em outras oportunidades de reencarnação, o espírito terá oportunidade de pagar pelos seus malfeitos. Se encontrarmos alguém na condição de indigente por ter nascido sem condições, vamos procurar ajudar e minimizar o sofrimento dessa pessoa, mas compreendendo que essa situação é simplesmente a justiça divina em ação. Talvez agora essa pessoa possa refletir melhor sobre a consciência moral e redirecionar sua mente para o Criador.  

 

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em 02/04/2016 às 23h59
 
01/04/2016 23h59
PAI, FILHO, ESPÍRITO SANTO

            Posso fazer uma comparação da Santíssima Trindade, com os trabalhos realizados por todos aqueles que se consideram como irmãos e estão dispostos a ser colaboradores nos mais diversos projetos desenvolvidos em nome do Pai.

            O Pai é aquela instância supra que permeia tudo que Ele mesmo criou e sustenta ao longo do tempo no processo de evolução positiva. Assim, ao nível material de nossa condição de encarnados, o Pai seria o conjunto das mentes sintonizadas com o Criador e que pretendem fazer aqui a Sua vontade.

O Filho seria as diversas possibilidades concretas que podemos criar para realizar essa vontade do Pai, assim como Deus enviou Jesus como instrutor da Sua vontade para nos ensinar sobre a Lei do Amor. Aqui poderia ser exemplificado pela realização do Projeto Foco de Luz, da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio, e agora com a possibilidade de transformarmos a Escola Estadual Padre Monte em mais um ente educador e fomentador da vontade de Deus.

O Espírito Santo corresponde ao sopro de Deus que está sempre ao nosso redor e influenciando o nosso pensamento, capaz de nos motivar à ação, desde que estejamos capacitados, libertos do orgulho, do egoísmo, intolerância, raiva, ódio, ressentimento, vingança... e dispostos a cumprir a Lei do Amor, aplicando a justiça, a solidariedade, a compaixão, a humildade. Nessas condições a pomba do Espírito Santo tem condições de pousar sobre nós e nos conduzir dentro de qualquer dificuldade.

Então, pela vontade de Deus (nossas mentes sintonizadas com o Pai) estamos criando três filhos (Projeto Foco de Luz, AMA-PM e Escola Padre Monte) para cumprir a Sua vontade, com a inspiração constante do Espirito Santo.

O Espírito Santo, cumprindo a vontade do Pai, inspira em cada um de nós o estímulo para desenvolvermos os nossos talentos. No meu caso, sinto a cada momento as ideias chegando, tanto para criar condições como para manter as que começam a funcionar.

Sinto que agora é necessário criar um cadastro onde cada voluntário que chega enviado pelo Pai, seja devidamente identificado e convocado nos momentos estratégicos das diversas realizações que se projeta. Sei que esse trabalho pesa sobre meus ombros, não temos autonomia suficiente para alguém poder assumir esse trabalho na minha ausência com a mesma filosofia

O problema é que quanto mais ideias chegam, mais trabalho termina ficando sob a minha responsabilidade, pois mesmo não tendo a obrigação de realiza-lo no campo, sinto a obrigação de monitorá-lo. Isso certamente vai ocupar o tempo que tenho cada vez mais curto.

Sei que a orientação de uma melhor conduta na realização de trabalhos é ter a mente e as ações focadas em poucas atividades, pois quanto mais abrangemos atividades, mas elas perdem qualidades e podem fracassar por inanição. Acontece também que eu não posso negar uma ideia que surge e de boa qualidade. O que devo fazer com mais eficiência é encontrar a pessoa certa para tocar com competência e compromisso o trabalho que precisa ser feito.

Nesse caso estamos ainda muito debilitados e isso termina por comprometer a ação do Filho. É como se Jesus tivesse vindo para a Terra ainda debilitado para executar suas funções. Certamente não teria o êxito que teve.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/04/2016 às 23h59
 
31/03/2016 23h59
DUELO DE CONSCIÊNCIAS

            O que se passa hoje no Brasil, que alimenta a crise política, é o duelo de consciências. Uma nação democrática implica que as consciências de seus cidadãos sejam livres na defesa do bem comum e contra os privilégios de qualquer espécie. Caso consigamos agir assim, estaremos no caminho evolutivo correto para construir o Reino de Deus, como Jesus ensinou, com base na Lei do Amor.

            Há 13 anos o Partido dos Trabalhadores conquistou o poder político no Brasil com o discurso de Justiça Social e de combate à corrupção. Logo que assumiu as cadeiras do poder a sua prática política mudou radical e sub-repticiamente. A Justiça Social foi desvirtuada com as benesses financeiras aos “amigos” do poder, mesmo que isso implicasse em atos profundos de corrupção.

            Felizmente a Justiça descobre paulatinamente a verdade e os criminosos vão sendo identificados e punidos de acordo com a lei. Acontece que esses criminosos conseguiram contagiar com o seu vírus de privilégios, muitos representantes das instituições republicanas divididos nos três poderes da nação. Isso faz surgir dois campos distintos de luta entre consciências. Por um lado temos a consciência da maioria da população brasileira, que enche as ruas de forma espontânea, revoltada com tanta roubalheira; por outro lado a consciência das pessoas que integram o poder corrupto ou que se locupleta de alguma forma com ele, que pagam outras consciências com valores mínimos e aviltantes, como 30 dinheiros, pão e mortadela.

            Quando vamos avaliar o porquê de tais consciências existirem, ficamos perplexos por uma constatação que salta aos olhos, mas parece circular como um fantasma entre os envolvidos nos chamados “comportamento de esquerda”. O “comportamento de direita” passa a ser usado pelos usuários de camisas vermelhas como forma de atacar as consciências que se revoltam com os atos criminosos e exigem a saída democrática, através do impeachment, da presidente eleita através da mentira e do usufruto do roubo transformado em propina. As consciências, em conflito, aberto enchem as ruas com suas armas de retórica, e cores simbólicas; a “direita” usando a verdade extraída pela Justiça e as cores da pátria, e a “esquerda”, empoderada, usando a mentira ou tentando falsear a verdade, com o vermelho de sua ideologia, com acesso aos recursos da nação que disparata aos quatro ventos tentando se fortalecer no poder e influenciar as consciências que são regidas pelo estômago ou pelo bolso recheado, quer seja nas academias ou nas favelas.

            Esta é a maior causa da perplexidade de quem testemunha esses fatos, essa batalha campal entre consciências... Como é que uma consciência, treinada na academia para trabalhar com a verdade, com o método científico que ajuda a tirar a humanidade da ignorância, de repente se ver tão envolvida com as estratégias criminosas dos agentes “vermelhos” e perdem sua capacidade de crítica, de raciocínio, de perspicácia. Permanecem fixados nos benefícios exagerados que foram dados à população carente e ignorante, que recebem tais benefícios como doação de um “pai bondoso”, ou aos benefícios exagerados ao corpo de educadores. Este foi o lance mais ousado, prestigiar acima da normalidade aos educadores para eles perderem o senso crítico, não considerarem a destruição da nação e de suas principais estruturas financeiras, administrativas, legislativas e jurídicas. Os “vermelhos” conseguiram o seu objetivo: a Universidade que antes se juntava ao clamor popular em defesa da liberdade, da democracia, contra o regime militar, nos famosos encontros da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) hoje se transformou em “garoto-propaganda” do poder, se encontra divorciada deste mesmo povo que enche as ruas exibindo com faixas, placas e pixulecos a verdade inquestionável que o lado puro da Justiça consegue divulgar.    

            Neste duelo de consciências que vivemos na atualidade brasileira, o país considerado como o “coração do mundo e a pátria do Evangelho”, temos a satisfação de saber que a grande maioria da população tem ao seu lado a Verdade que o Mestre ensinou há 2.000 anos que ela nos libertará; que poderá libertar a consciências de pessoas de bem que no momento ainda se encontram hipnotizadas pelas forças das sombras.

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em 31/03/2016 às 23h59
 
30/03/2016 23h59
FOCO DE LUZ (96)

            No dia 30-03-16, as 19h, na Escola Estadual Padre Monte, teve início mais uma reunião do Projeto Foco de Luz e da AMA-PM, com a presença das seguintes pessoas: 01. Paulo; 02. Rosário; 03. Francisco; 04. Ana Paula; 05. Aninha; 06. Clóvis; 07. Netinha; 08. Silvana; 09. Nivaldo; 10. Radha; 11. Edinólia; 12. Carlos Eduardo; 13. Luci; 14. Queiróz; e 15. Carlos Volu. Depois da meia hora inicial de conversas preparatórias, foi lida o preâmbulo espiritual com o título “Em ti mesmo”, a partir de uma frase escrita por Paulo em Romanos 14:22. Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada com uma observação, de ser incluído o nome de Aninha que estava presente e não foi registrado. Aninha informa que está preparada para iniciar uma Oficina de Arte e Prosa na Capela de Santana, nas quartas-feiras, no horário de 15:30h, com a participação de Graça e apoio de Jaqueline e Edinólia. Também informa que irá ter a vacinação no dia 30-04-16 no Posto de Saúde Comunitário. Rosário sugere que sejam feitas também essas atividades na escola e que sejam incluídas dentro das atividades com os pais dos alunos. Reforça que esses trabalhos junto com os grupos de estudo da construção de Biografias tem o sentido de criar o sentimento de pertença à escola de todos os seus usuários. Queiróz cita que ao lado do trabalho de biografias que tem por objetivo iniciar com a biografia do Padre Monte, seja feito também um trabalho cívico com o Hino Nacional e com a Bandeira Nacional. Diz que a escola possui 447 alunos e que seria muito bom um trabalho como este envolvendo a todos. Costa informa que estará realizando a intervenção social no quiosque da Praia do Meio, em nome da AMA-PM, com a finalidade de evitar o tráfico de drogas naquele setor e de operacionalizar comercialmente produtos para os turistas, inclusive com a abertura de um sebo comunitário, onde os moradores podem comercializar ou doar os livros de suas residências. Também informa que irá se tem alguém designado para a recém-criada Área Integrada de Segurança Pública (AISP), com a sugestão de indicar alguém da comunidade. Paulo informa que a URBANA está envolvida no mutirão do próximo sábado, que colocará 10 homens com ferramentas e máquinas para fazer a limpeza e capinar. Será providenciado um carro de som no período da manhã e da tarde para motivar os voluntários que já estão comprometidos com o trabalho, assim como os moradores e comerciantes do entorno. O pastor Silvestre também se comprometeu com ajuda. Foi distribuído um cartaz de divulgação do Mutirão Escolar que deve ser fixado em pontos estratégicos da comunidade. Carlos Eduardo falou da importância de envolver os comerciantes da praia, principalmente aqueles autônomos que trabalham na areia, pois todos estão desorganizados sem conhecimento do que pode ser feito para o benefício coletivo. Ficou de reunir alguns para uma reunião inicial em data ainda a ser programada. Francisco informa que na próxima quinta feira, dia 07-04-16, será realizada a reunião com o alunado e professores da escola, as 8h e as 19:30h, com o objetivo de ser apresentado o Projeto Foco de Luz e a AMA-PM. Foi entregue 500 cadastros à diretoria da escola para ser distribuídas aos professores que devem orientar aos alunos do seu preenchimento. Esse cadastro deve ser entregue na quarta feira dia 06-04-16, como forma de um primeiro conhecimento sobre as características do alunado. Ficou assim determinado o dia e local das próximas reuniões: dia 05-04, as 10h, no HUOL, para a prestação de contas da AMA-PM; dia 06-04, as 19h, na Escola Padre Monte, reunião ordinária da AMA-PM e Projeto Foco de Luz; dia 07-04, as 8h e as 19:30h, na Escola Padre Monte, para apresentação e sensibilização dos trabalhos voluntários em desenvolvimento na escola; e dia 13-04, as 19h, no quiosque da Praia do Meio, reunião ordinária da AMA-PM e Projeto Foco de Luz. As 20:30h a reunião foi encerrada e Edinólia, como a aniversariante do mês com a data mais próxima do dia de hoje, fez a condução da oração do Pai Nosso. Posamos para a foto oficial e degustamos os bolos e refrigerantes dos aniversariantes do mês, e que estavam representados por Edinólia e por Rosário que patrocinou os comes e bebes.

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em 30/03/2016 às 23h59
 
29/03/2016 23h59
APRENDENDO O QUE NÃO FOI ENSINADO

            Sempre é considerado uma boa técnica pedagógica associar o teórico com o prático, sendo que o prático tem um valor maior. Pois bem, quero abordar hoje a questão da paternidade. Naturalmente os pais são os primeiros instrutores dos filhos, nos dois campos, teórico e prático. Na convivência os ensinamentos teóricos são frequentes com ensinos do cotidiano, dos modos, das ações... e o ensino prático é uma constante, pois o filho ver sempre o que o pai estar fazendo.

            Na minha consciência não está registrada esse ensinamento nem teórico nem prático do meu pai. Minha mãe separou dele e saiu da cidade que ele morava para outra quando eu tinha 5 anos de idade. Tenho uma única imagem dele registrada na minha mente infantil, eu deitado numa rede a me balançar e ele chegando com uma revista. Não sei mais nada além disso, nem sua feição eu consigo distinguir, sua voz, o que ele fez comigo quando chegou.

            No entanto, apesar de não ter tido essa instrução básica e natural oferecida pelo meu pai, eu procurava aprender por outras fontes, e principalmente pela intuição, como deveria ser o comportamento paterno.

            Cheguei a gerar os meus filhos e no primeiro casamento eu acredito que tenha sido um pai perfeito, dentro dos critérios culturais em que vivo. Acontece que minha mente passou a colocar em prioridade um comportamento que entrou em confronto com a cultura, passei a ver o casamento com outra matriz paradigmática. O amor romântico cedeu lugar para o amor incondicional e com isso a exclusividade dos afetos em toda sua dimensão foi trocada pela inclusividade. Essa mudança aconteceu na minha mente, mas não na mente da minha esposa e isso terminou por provocar nossa separação. Perdi a convivência com meus filhos e cheguei até a ser proibido de vê-los, tamanha foi a raiva que a mãe deles teve de mim. Como eu estava vivendo agora dentro de um outro paradigma, não fiz cavalo-de-batalha por essa proibição, fiquei afastado deles, mas atento para ajudar sempre que fosse possível, e até ficar com algum deles se isso fosse necessário.

            Tive filhos com outras companheiras, todas sabendo agora qual era o meu modo de pensar e sabendo que a consequência de um filho seria uma carga maior de responsabilidade para a mãe. Mesmo assim foram gerados dois outros filhos nessas circunstâncias. São meus filhos, mas a minha participação paterna é a distância, com encontros ocasionais e com o apoio financeiro legal e necessário.

            Agora vem a pergunta: então, sou um melhor pai para os meus filhos que o meu pai foi para mim? Acredito que sim, e acredito também que todos concordam comigo, filhos e companheiras inclusive.

            Sei que, apesar dessa comparação com o meu pai ser positiva para mim, algum vazio, algum sofrimento, deve existir ou existiu entre os meus filhos. Mas eu tenho ao meu lado a Verdade e a Justiça, que essa condição aconteceu entre nós não foi por maldade, ou por busca individualista pelo prazer. Estou enquadrado dentro de uma perspectiva missionária, onde a vontade de Deus sintoniza com a minha consciência e eu procuro agir dentro do Amor Incondicional, com todas essas consequências emocionais para construir um modelo de sociedade mais condizente com a cidadania do Reino de Deus.

            Além de ter ao meu lado a Verdade e a Justiça, tem um outro fator que opera positivamente para mim: o Tempo. Só o Tempo é capaz de ajudar a entender o Amor puro, incondicional, só o tempo vai apagar as mágoas sofridas do passado e deixar brilhar os momentos felizes. Só Tempo, na sua essência, vai clarear a Verdade na mente de quem recebeu informações distorcidas, e leva sabedoria para distinguir a melhor forma de agir.

            Finalmente, poderiam me perguntar: por que não deixou de lado essa intuição que fez você se afastar dos seus filhos? Eu responderia que agi assim porque, ao perceber que essa intuição provinha de Deus, o meu pai transcendental, talvez por minha carência do pai biológico, eu tenha tido tanta motivação de aceita-lo no fundo do meu coração e fazer a Sua vontade como filho obediente que eu desejo ser.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/03/2016 às 23h59
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