Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
14/03/2025 00h01
O QUANTO EU AMEI... (poesia nordestina)

            Do CD de Moacir Laurentino e Sebastião da Silva, postado no Youtube, em Poetas e Repentes, tirei esta poesia para banhar nossos corações...



 



Numa noite de insônia e de saudade



A angústia invadir meu coração



E senti a maior recordação



Dos amores da minha mocidade



Lamentei, suspirei senti vontade



De beijar a mulher com quem sonhei



Mas sem esse direito eu já fiquei



E nem ela possui o mesmo encanto



Quem quiser ter saudade do meu canto



Sofra e ame o quanto que eu amei



 



Quem me fez padecer tanta ilusão



E deixou todos meus sonhos destruídos



O murmúrio do adeus nos meus ouvidos



E a tristeza rasgando o coração



Já tentei esquecer, mas foi em vão



Só eu sei quantas vezes já chorei



Já gastei todos lenços que comprei



Ensopado nas gotas do meu pranto



Quem quiser ter saudade do meu canto



Sofra e ame o tanto que eu amei



 



Não lamento por falta de dinheiro



Casas boas ou lojas de valor



Só lamento por falta do amor



O amor sincero e verdadeiro



Porque fui enganado no primeiro



E no segundo também me enganei



Perdi outros amores que arranjei



E hoje vivo isolado num recanto



Quem quiser ter saudade do meu canto



Sofra e ame o tanto que eu amei



 



Se me sento pra uma refeição



De estar de jejum, a fome é pouca



Sinto gosto de fel no céu da boca



Penso até que é veneno em cada pão



Mas não é nada disso, é ilusão



Pela fome de amor que já passei



De migalhas de amor me alimentei



E hoje em dia a saudade é arquejante



Quem quiser ter saudade do meu canto



Sofra e ame o tanto que eu amei



 



Ser feliz até hoje ainda não pude



E vejo o prazo já quase se vencendo



Sem amor aos poucos vou morrendo



Sem achar um vivente que me ajude



Nada resta da minha juventude



Fiquei velho depressa e não notei



No espelho da outra me olhei



Quanto estou vivo em espanto



Quem quiser ter saudade do meu canto



Sofra e ame o tanto quanto amei



 



Estou sendo obrigado do destino



A pagar as contas que não fiz



O que fiz foi amar pra ser feliz



Onde o amor fez de mim um peregrino



Talvez seja um castigo do Divino



Pelo mal que não sei se pratiquei



Muitas cruzes nos ombros carreguei



E quem sofreu como eu é quase santo



Quem quiser ter saudade do meu canto



Sofra e ame o tanto que eu amei



 



Este mundo cruel de desencanto



Porque sei a saudade o quanto custa



É horrível o fantasma que me assusta



Me maltrata, me fere, me suplanta



O meu grito está preso na garganta



E já quis explodir, mas não deixei



Até hoje essa mágoa eu dominei



Mas daqui para frente eu não garanto



Quem quiser ter saudade do meu canto



Sofra e ame o tanto que eu amei



 



Assim venho sofrendo há muitos anos



Carregando a bagagem do martírio



Cada sonho que tenho é um delírio



Destruindo as imagens dos meus planos



Retalhado de mágoa e desengano



Várias partes da terra visitei



O que quis procurei não encontrei



Resolvi regressar ao mesmo canto



Quem quiser ter saudade do meu canto



Sofra e ame o tanto que eu amei


Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/03/2025 às 00h01
 
13/03/2025 00h01
O CHAMADO (soneto)

Na linha do horizonte



Do encontro do Céu e Terra



Minha alma busca a fonte



Perto paz e longe guerra



 



Nas lagoas, prados, florestas



Do por do sol ao nascer lua



Dos olhos, gotas modestas



Procura um som, me constitua



 



Ouço ali marulhar das ondas



Acima o farfalhar do vento



E aqui o baticum no peito



 



De repente, um forte aperto



Na mente, o Pai, grande alento



Em tudo chamo, não te escondas


Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/03/2025 às 00h01
 
12/03/2025 00h01
A VIDA ALÉM... (02) SEPARAÇÃO DA FAMÍLIA

            Perguntas feitas ao espírito Atanagildo, no livro “A vida além da sepultura” e suas respostas para nossas reflexões, incluindo os leitores físicos que logo terão essa oportunidade e meus convidados espirituais, principalmente Jesus e seus apóstolos, que contribuirão com suas intuições, aos quais agradeço antecipadamente. Esta é a segunda pergunta do capítulo 9: Considerações sobre a desencarnação.



            Pergunta - E como sentiste a separação da família terrena?



            Resposta – A minha desencarnação significou-me a revelação positiva do mundo que já palpitava em mim, uma vez que já havia me libertado das ilusões provisórias da vida material. Embora eu ainda permanecesse operando num corpo de carne, em verdade o meu espírito participava demoradamente da vida astral do “lado de cá”, porque de há muito desistira de competir nos debates aflitivos do personalismo da matéria, para ser apenas o irmão de boa vontade no serviço do bem ao próximo.



            Encontrava-me no limiar dos vinte e oito anos e vivia sozinho, pois meu pai havia falecido aos quarenta e oito anos de idade, deixando-me criança, em companhia de uma irmã de quinze anos. Embora eu tivesse noivado poucas semanas antes de desencarnar, ainda não me deixara escravizar pela ideia fixa de só ser feliz constituindo um lar material. Eu considerava o casamento como grave responsabilidade espiritual, certo de que na vida prosaica do lar doméstico teria de por à prova minha bagagem de afetos ou aversões, que ainda pudesse trazer de vidas pregressas. À medida que vamos nos libertando dos preconceitos, paixões e caprichos humanos, também nos desinteressamos de garantir a identidade de nossa personalidade nas formas do mundo material. Compreendemos, então, que todos os seres são nossos irmãos, enquanto que o exclusivismo da família consanguínea não representa a realidade da verdadeira família, que é a espiritual. Embora os homens se diferenciem através dos seus organismos físicos e raças à parte, todos provém de uma só essência original, que os criou e os torna irmãos entre si, mesmo que queiram protestar contra esta afirmativa.



            O lar tanto pode ser tranquila oficina de trabalho para as almas afinadas desde o passado, como oportuna escola corretiva e de ensejos espirituais renovadores entre velhos adversários, que podem se encontrar algemados desde os séculos findos. Sem dúvida, o ninho doméstico é generosa oportunidade para a procriação digna de novos corpos físicos, que tanto auxiliam os espíritos desajustados do Além, aflitos para obterem o esquecimento num organismo de carne, a fim de atenuarem o remorso torturante do seu passado tenebroso.



            Mas é evidente que, quando há grande capacidade do espírito para amar a todos os seres, isto lhe enfraquece a ideia fundamental de constituir família consanguínea e normalmente egocêntrica, sem que esta atitude represente um isolacionismo condenável. Jesus manteve-se solteiro e foi o mais sublime amigo, irmão e guia de toda a humanidade. E durante a sua desencarnação, certamente não sofreu pela separação da família carnal, porque, em vida, o seu coração já se revelara liberto da parentela física. E ele bem nos comprova esse grande amor por todos, quando formula a sibilina indagação à sua mãe: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”



            Deste modo, ser-vos-á fácil compreender que não passei pelo desespero e pelas angústias perturbadoras no momento da separação da minha família consanguínea, porque em vida física já me habituara à confraternização sincera com todos os seres que cruzavam o meu caminho, resultando que a minha saudade abrangeu uma família bastante extensa e paradoxalmente desligada da ilusão consanguínea.



            Tenho também esta convicção da família universal e por isso o meu comportamento frente aos familiares consanguíneos parece muito estranho, tanto para os parentes como para tantos que me observam. Parece que fui bem além com a compreensão do amor incondicional, não exclusivista, o que fez mudar a minha visão do casamento com sua exigência da fidelidade conjugal que eu passei a entender como um reflexo do amor exclusivo, contrário o que eu agora considerava correto, o amor inclusivo, acima de qualquer preconceito, desde que obedecesse a lei principal que Jesus nos ensinou. Não encontro reprovação a esta forma de pensar, mesmo na presença do Mestre e de seus apóstolos.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/03/2025 às 00h01
 
11/03/2025 00h01
A VIDA ALEM... (01) REFLEXÕES EXTRA-FÍSICAS

            Perguntas feitas ao espírito Atanagildo, no livro “A vida além da sepultura” e suas respostas para nossas reflexões, incluindo os leitores físicos que logo terão essa oportunidade e meus convidados espirituais, principalmente Jesus e seus apóstolos, que contribuirão com suas intuições, aos quais agradeço antecipadamente. Esta é a primeira pergunta do capítulo 9: Considerações sobre a desencarnação.



            Pergunta – Após abandonardes o corpo físico, quais foram as primeiras reflexões que vos acudiram ao espírito?



            Resposta – Não senti grande diferença ao mudar-me para o Mundo Astral por ter-me devotado profundamente em vida, à melhoria vibratória do meu espírito, do que resultou-me uma desencarnação bastante feliz.



            Mesmo quando nos encontramos ainda no corpo carnal, já podemos viver parte do ambiente astral superior ou inferior em que iremos penetrar depois da morte corporal. Os hábitos elevados, cultuados na vida física, significam exercícios que nos desenvolvem a sensibilidade psíquica para depois nos sintonizarmos às faixas sutilíssimas das esferas do Além, assim como o cultivo das paixões denegridas também representa o treino diabólico que, depois, nos afundará implacavelmente nos charcos tenebrosos do Astral Inferior. Todo impulso de ascenção espiritual é consequente do esforço de libertação da matéria escravizante, assim como a preguiça ou o desinteresse por si mesmo se transformam em perigoso convite para as regiões infernais. Os nossos desejos se rebaixam em virtude dessa habitual negligência espiritual para com o sentido educativo da vida humana, assim como também se elevam, quando acionados pelo combustível da nossa aspiração superior e mantidos heroicamente à distância do sensualismo perigoso das formas.



            Não importa que ainda permaneçamos no mundo de carne, pois, desde que sejam cultuadas as iniciativas dignas, também estaremos usufruindo o padrão vibratório do Astral Superior, porque, a entidade angélica que vive em nós, sintonizada aos mundos elevados, esforça-se para sobrepujar a organização milenária do animal instintivo. Sob esse treino mantido pelo exercício contínuo da ternura, da simplicidade, da simpatia, do estudo e da renúncia às seduções da matéria transitória, a desencarnação significa para nós um suave desafogo e mudança para melhor, que é o ingresso positivo no panorama delicado que já entrevíamos em nossa intimidade espiritual ainda reencarnada. E a vida humana, em lugar de significar o famigerado “vale de lágrimas”, torna-se breve promessa de felicidade, assim como no céu plúmbeo e tempestuoso podemos entrever as nesgas de nuvens que hão de permitir a passagem dos primeiros raios do Sol da bonança.



            Quando sentimos vibrar no âmago de nossa alma os primeiros reflexos do futuro cidadão celestial, modifica-se também a nossa visão da vida humana e do esforço criador da natureza; pouco a pouco, sentimo-nos unidos à florinha silvestre perdida na vastidão da campina, ao pássaro no seu voo tranquilo sob o céu iluminado e ao próprio oceano que ruge ameaçadoramente. É a mensagem direta da vida cósmica que se expressa em nós, convidando-nos aos voos mais altos e à libertação definitiva das formas inferiores, para nos integrarmos ao espírito imortal que alimenta todas as coisas.



            Quando me senti completamente desembaraçado do corpo físico, embora no meu perispírito ainda estrugissem os desejos e as paixões do mundo que deixava, não me deixei perturbar espiritualmente, porque já havia compreendido o sentido da vida material. Os mundos planetários como a Terra, não passam de sublimes laboratórios dotados das energias de que a alma ignorante ainda precisa para tecer a sua individualidade, na divina consciência de “existir e saber”.



            Esta resposta é totalmente coerente com os ensinamentos do Senhor Jesus, que certamente concorda que possamos cuidar do nosso comportamento e procurar conquistar as luzes, aqui em nossa experiência corporal na dimensão material, para que quando, ocorrer a morte do corpo físico, cheguemos à dimensão espiritual em condições de dar mais um passinho em direção à divina essência do Pai.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/03/2025 às 00h01
 
10/03/2025 00h01
UMA PROPOSTA DE LUZ

            Como sempre o Pai aponta-me caminhos para que eu aperfeiçoe a minha vontade de fazer a Sua, acima de qualquer interesse material que me venha à mente. Foi assim que fui levado à releitura do livro NOVA ORDEM DE JESUS para que eu alinhasse a minha necessidade de organização de um movimento que agregasse pessoas com o mesmo propósito de seguir o caminho que Jesus ensinou.



            Hoje, portanto, dia 06-03-2025, quinta-feira, quando estou sozinho no apartamento, como sempre acontece nas quintas-feiras. O Pai coloca literalmente um livro que eu estava lendo há 9 anos, em 04-02-2016. O livro é uma obra psicografada pelo médium Hercílio Maes que transmite o pensamento do espírito Ramatis. Neste livro com o título “Ramatis – Uma Proposta de Luz” são colocados capítulos de cada livro que foi psicografado pelo médium. Parei a leitura no capítulo dedicado ao livro “A vida além da sepultura” onde há perguntas a uma entidade espiritual chamada Atanagildo que observo suas respostas se enquadrar muito bem na direção que o meu pensamento está tomando, tentando colocar em prática, dentro dos meus talentos e circunstâncias de vida, o que é ensinado nas Mensagens enviadas pelo Senhor Jesus. Tem a informação que Ele está a nossa disposição à noite, em qualquer dia da semana que for mais propício por quem tem interesse, de se deslocar durante o sono e ter uma reunião com Ele na dimensão espiritual, onde Ele está instalado à nível de Brasil, mas atento ao que acontece em qualquer parte do mundo.



            Verifiquei que o dia mais propício para mim seria na quinta-feira por volta da meia noite, quando estou sozinho no apartamento e posso colocar todos os meus talentos dentro deste propósito de fazer a vontade do Pai da melhor forma possível, com a orientação do Mestre Jesus e com tantos outros espíritos de Luz, que como nós queremos fazer a vontade do Pai.



            Com a leitura deste livro de Ramatis, observo que será mais prático para mim, conduzir esta reunião dentro do apartamento e na dimensão material. Sei que o Mestre está pronto a participar onde dois ou mais estiverem reunidos em Seu nome. Eu estarei só no apartamento, mas convidarei para estarem comigo todos os espíritos de luz que sempre estão me intuindo e protegendo, principalmente os primeiros apóstolos do Cristo, que tão bem realizaram suas missões e hoje continuam nos seus trabalhos juntos ao Senhor Jesus, como acontece com o apóstolo Tomé que auxilia no trabalho de difusão das Mensagens do Mestre dentro da Nova Ordem de Jesus.



            Colocarei ao meu lado, durante o trabalho de digitação para o material que produzo neste dia, para a publicação neste diário, uma escultura da Santa Ceia onde todos os apóstolos estão reunidos ao redor do Senhor Jesus. Farei um convite para todos estarem presentes neste momento em que a minha oração se confunde com o trabalho de vários irmãos de luz que estarão conosco como convidados na exposição dos seus pensamentos, como acontece agora com Atanagildo, dando suas respostas e nós aqui fazendo as reflexões do que sintoniza com o ensinamento de Jesus e principalmente com a vontade do Pai.



            Os seguintes textos terão essa finalidade, de serem colocadas as perguntas para Atanagildo e refletirmos sobre suas respostas.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/03/2025 às 00h01
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