Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
18/08/2018 23h59
PERDÃO, COMO DEVE SER?

            Sempre encontro dificuldades na compreensão de como deve ser exercido o perdão. Na palestra que realizei hoje à noite em Ceará-Mirim, que fala das famílias-problemas, e que foi abordado o tema do perdão, encontrei fortes divergência na forma de ser o comportamento de quem pratica o perdão para com a pessoa que praticou contra si algum tipo de pecado, de ofensa.

            Posso estar errado nas minhas argumentações, portanto fui ao google e coloquei para pesquisa a frase: “a prática do perdão”. O primeiro site que surgiu eu fiz uma colagem e trouxe para cá, para trabalhar sobre ele argumentando sobre o que diz, para saber se descubro as raízes do meu equívoco, porque não consigo me fazer entender...

            A PRÁTICA DO PERDÃO

            Em um colégio cristão, um professor de teologia prática dava uma aula sobre perdão. Percebendo que era difícil tratar este assunto apenas na teoria, teve uma ideia: pediu que seus alunos trouxessem para a aula batatas em um saco plástico. Então, instruiu: - Escrevam nas batatas os nomes das pessoas de quem vocês têm algum tipo de mágoa, uma batata por nome. Depois, coloquem nos sacos plásticos e guardem nas mochilas. Vocês deverão levar essas batatas consigo por onde forem até terem permissão para se livrar delas.

            Então, aquelas batatas foram se deteriorando. Além do peso, tinham que suportar um terrível mau-cheiro. Assim, reuniram-se e pediram ao mestre.

            - Professor, podemos jogar esse lixo fora?

            Ao que ele respondeu:

            - Claro que sim. Devem jogar essas batatas podres fora, desde que, junto com elas, vocês também joguem fora toda a mágoa e os ressentimentos que elas representam. Caso contrário, o peso e o mau cheiro não sairão de seus corações.

            Depois dessa historieta o autor coloca um trecho da carta de Paulo a Filemon (1-25) que não irei reproduzir aqui, e sim as considerações que ele faz da leitura da carta.

            O perdão é uma prática essencial do cristianismo que tem o poder de libertar as partes envolvidas. Liberta quem ofendeu de seu erro e liberta a parte ofendida da mágoa, do rancor, da raiz de amargura, que consomem o ser humano e minam sua comunhão com Deus, sua alegria de viver, sua saúde, sua vida.

            Filemon era um rico da cidade de Colosso que conhecera o Evangelho através de Paulo. Onésimo era seu escravo que fugiu, furtando-lhe algum bem.

            Depois da fuga, Onésimo conheceu Paulo, aceitou a fé e passou a servir o apóstolo na prisão.

            Nesta carta, Paulo intercede por Onésimo, pedindo o perdão e a restituição de sua posição na casa de Filemon.

            Perdoar é algo que desafia nosso orgulho, nossa natureza decaída, pois não há justiça no perdão. Aliás, não há coisa mais injusta do que o perdão, pois perdoar é não imputar culpa e o castigo que a pessoa os merece. Na verdade, só perdoamos pessoas que não merecem, afinal, se elas merecessem, não seria perdão, seria crédito.

            Um exemplo disso, e o maior deles, é o Senhor Jesus, que nos perdoou sem um mínimo de mérito de nossa parte.

            Nessa carta, Paulo faz um apelo ao perdão genuíno, dando algumas importantes características desse perdão.

            A base do perdão é o amor de Deus em nós.

            Paulo apela ao amor de Filemon. Este, não provinha de sua natureza humana, mas de sua fé. Esse amor é inerente aos cristãos e é ele que nos mantém unidos como igreja. Não é algo natural, mas vem do coração de Deus.

            Paulo ora para que esse amor seja eficaz.  

            O amor cristão não pode ser apenas teoria, frases bonitas. Amar envolve atitudes que por vezes contrariam nossa natureza, pois nossa vontade humana é vingar, é fazer justiça; mas Cristo deixou exemplo para que sigamos as suas pisaduras, marcadas pela renúncia, pela auto negação, pelo sangue de uma nova aliança e pelo amor do Deus Pai que enviou seu unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

            Paulo ensina que o perdão é baseado no amor.

            Assim, quem não ama não pode perdoar. Logo, quem não perdoa não ama e se não amamos, não temos a principal marca de Cristo, pois quem não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor.

            O perdão é um mandamento de Cristo, mas deve partir do coração.

            Paulo poderia dizer: é tua obrigação recebe-lo. Afinal, Filemon tinha uma igreja em sua casa, era um obreiro. Mas Paulo não age assim.

            Filemon também era um homem rico, poderia desprezar um escravo. Eu gostaria de dizer que não existe acepção de pessoas na igreja. Que as roupas, o carro, o dinheiro que têm não importam, mas essa não é a verdade. Há pessoas que amam por interesse, amam em troca.

            O verdadeiro amor cristão não é assim. O amor, o perdão não são dons celestiais a serem buscados em campanhas. Não adianta ficar orando pra Deus tirar a mágoa, o rancor. O verdadeiro amor é mandamento de Deus e o perdão é fruto desse amor. Tem que amar. Tem que perdoar. Mas, ainda assim, Paulo diz que deve partir de nós.

            Perdoar é uma escolha, uma dolorosa e contraditória escolha. Cristo escolheu perdoar, escolheu dar outra chance a pessoas que não mereciam e quando fez isso, abriu mão da nossa culpa, dos nossos erros, da justiça que nos cabia.

            Assim, perdoar é abrir mão do orgulho, da justiça própria, da vingança, de si mesmo, como Cristo da glória celestial. Sendo uno com Deus, foi humilhado como homem, sofreu, chorou, temeu e morreu para nos alcançar este tão precioso perdão.

            Perdoar envolve sacrifício.

            O nosso sacrifício é abrir mão de nós mesmos, de nossa medíocre justiça humana. É escolher. É dizer de quem nos feriu: “Merecia vingança, o troco, o desprezo, mas eu escolho dar o perdão, assim como eu não merecia, mas também recebi do meu Senhor.

            Perdão é receber de volta, é restituição.

            Nós costumamos oferecer um perdão medíocre: “Eu perdoo, mas é você lá e eu aqui”. Isso não é perdoar de fato. Perdoar é receber de volta. É dizer: não me deve mais nada, não haverá mais mágoa. Agora será daqui para a frente.

            O erro, a mágoa, geram separação, é claro.

            Mas se houver perdão, a comunhão é restaurada, sem desconfiança, sem mágoa. Não acredita? Também acho difícil, mas em Deus, isso é possível. Nele, que é a fonte de todo o bem, de todo o amor e de todo o perdão, o nosso exemplo maior, nosso padrão perfeito de vida, a relação, a amizade, o amor, podem ainda ser melhores do que antes. E em Deus eu acredito sem reservas.

            O perdão mexe com as emoções.

            Nos leva a renunciar tanto de nós mesmos que quando fazemos, tornamos mais parecidos com Jesus e podemos, sem ressentimento, nos aproximar uns dos outros e desfrutar a plenitude do amor de Deus. Quer mais do que isso?

            Perdão é deixar erros passados.

            Perdoar é esquecer? Não no sentido racional. Não se pode apagar as memórias. Mas perdoar é esquecer no sentido emocional. Tome Deus como exemplo. Quando você fala pra Deus:

            - É a segunda vez que cometo este erro!

            Ele responde:

            - Não me lembro da primeira.

            Deus por acaso se esquece? É claro que não. Deus escolhe tirar das lembranças

            Meus irmãos, perdoar é não dar lugar a pensamentos de mágoa. É abandonar, é deixar no passado. Não escolho os pensamentos que vêm à minha mente, mas escolho aqueles que alimento. Não devo alimentar o que me faz mal.

            A prática do perdão dá ânimo aos corações.

            Perdoar é um desafio doloroso que exige muito de nós, mas seu resultado não é terreno, é celestial. Os efeitos espirituais são irrefutáveis, pois perdoar é fazer a vontade de Deus e, ao agir assim, desfrutamos de sua bênção: corações são reanimados pelo amor de Cristo.

            E como é bom, como é importante um abraço sincero da pessoa que te perdoou ou da pessoa que você perdoou. Isso é coisa de cristão. É coisa de Deus.

            O perdão deve ser liberado em suas emoções. Isso te torna mais parecido com o Cristo e faz de você uma pessoa melhor.

            Quando estamos na posição de Onésimo e quebramos um relacionamento por erro nosso, devemos nos arrepender, buscar o acerto, buscar o perdão. Deus abençoará.

            Quando estamos na posição de Filemon, ofendidos, prejudicados, machucados por alguém que era próximo, devemos nos permitir perdoar, deixar o amor de Deus fruir em nós.

            Quando estamos na posição de Paulo, e vemos nossos irmãos com os relacionamentos rompidos, devemos ter empatia, amor cristão, fazer o papel de mediadores e promover a reconciliação.

          Uma boa reflexão e faz me sentir mais confiante com minha forma de pensar e agir. Parece que não estou tão errado como tentam passar nas discussões.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/08/2018 às 23h59
 
17/08/2018 23h42
ZONA PROIBIDA

            Hermes Trimegisto já dizia que tudo que existe acima, reproduz o que existe abaixo. Podemos ver o exemplo do átomo com seus elétrons em torno do núcleo... não parece reproduzir o sistema solar com seus planetas girando ao redor do sol?

            Foi esse tipo de comparação e ainda envolvendo o próprio átomo, que me levou a novas reflexões. Estudamos no segundo grau a composição do átomo com seus elétrons e os prótons e nêutrons que formam o núcleo. Os elétrons giram em torno do núcleo obedecendo as faixas de eletrosferas onde podem estar em qualquer lugar, em qualquer momento dentro desta faixa. Um elétron pode saltar de uma faixa para outra passando por uma área onde ele não é identificado, chamado a zona proibida. Proibida porque não se percebe nada acontecendo ali dentro, mesmo que, para o elétron passar para outra faixa de eletrosfera, ele tenha que passar por essa zona paradoxal. Isso é de conhecimento da ciência, sabe que esse salto do elétron é um fato, só não consegue explicar porque ele não é identificado nessa passagem pela zona proibida.

            Agora, posso fazer um paralelo com essa informação sabendo o que acontece conosco, seres humanos, encarnados numa espécie de faixa materialista. Chega um momento de falência de nosso corpo material e temos que voltar para o mundo espiritual e planejar uma nova reencarnação voltando ao mundo material. Quando damos esse salto de uma faixa material para entrarmos em outra faixa material, parece que nos comportamos como os elétrons. Penetramos numa zona proibida onde as pessoas que permanecem na zona materializada não conseguem mais nos perceber. É como se tivéssemos entrado numa zona proibida que chamamos de mundo astral.

            Sabemos pelas informações dadas pelas inteligências que habitam o mundo espiritual, a faixa proibida para nossos olhos materiais, que a verdadeira vida se realiza ali. É do mundo espiritual que recebemos todas as informações das diversas vivências e que planejamos como será o nosso retorno nas faixas materialistas para obter novos ensinamentos.

            Com essa informação, que a zona proibida do elétron corresponde ao mundo astral do nosso espírito desencarnado, e que ali no astral é que se procede a verdadeira vida, então surge outra consequência dessa forma de raciocínio: a vida real acontece tanto na zona proibida do elétron quanto no mundo astral dos espíritos. A ciência materialista se preocupa em estudar exclusivamente os corpos materiais, não encontra uma metodologia para adentrar no mundo astral, na zona proibida.

            Mesmo que não tenhamos nenhuma sensibilidade para perceber o que contém essas zonas proibidas, tanto no elétron quanto em nossas vidas, tanto no micro quanto no macrocosmo, mas somente a perspectiva que esta narrativa esteja correta já nos deixa mais confiantes e seguros com o que devemos fazer ou deixar de fazer.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/08/2018 às 23h42
 
16/08/2018 23h59
LAR...BORATÓRIO DA JUSTIÇA

            Observamos que sempre existe algum tipo de problema dentro dos lares, às vezes com bastante gravidade. São irmãos que se antagonizam, cônjuges em lamentáveis conflitos, animosidade entre pai e filhos, farpas de ódio entre filha e mãe...

            Os afetos conjugais que antes pareciam tão harmônicos, se transformam em azedume, os sorrisos filiais de antes se transformam em rituais de vingança, desabam entre os parentes tempestades verbais em discussões hostis.

            Muitas vezes surgem agressões infelizes com consequências fatais, gerando tragédias nas paredes estreitas do domicílio. Também surgem enfermidades rigorosas exacerbadas pelo chicote da maldade.

            Outras vezes, pais envelhecidos, com mãos enrugadas, sofrem sob o tormento de filhos dominados pelo ódio, ou são pais enfermos que se sentem açoitados por filhos obsidiados pela ira, ou são irmãos dependentes químicos e emocionais sofrendo agressões, queixas e recriminações.

            A lei divina é incorruptível. Todos que geram dívidas tem que pagá-las. O infrator renasce ligado à infração que cometeu. A justiça determina que a sementeira é livre, devemos respeitar o livre arbítrio, mas a colheita é obrigatória.

            O esposo negligente de ontem recebe no lar de hoje a filha ingrata e maldizente; a noiva irresponsável de ontem recebe hoje nos braços o esposo traído como o filho cruel; o companheiro do passado culposo hoje se vincula pela consanguinidade à vítima desesperada; o braço açoitador se imobiliza frente a visão de um retardado mental.

            Os cobradores estão reencarnados junto às dívidas no aconchego do lar.

            Chega o momento de acender a luz do Evangelho dentro do lar, amar a família problema da qual fazemos parte, exercitando humildade e resignação. Preservemos a paciência elaborando o curso do amor nos exercícios diários do silêncio entre os planos da piedade.

            Sempre atento... não renascemos em determinada família-problema por acaso. Há sempre um planejamento. Escolhemos aqueles que dividirão conosco as aflições dos próprios desenganos. Solicitamos a bênção da presença dos que nos cercam para vencer as dívidas contraídas e rumar para o Pai. Sem essas pessoas faltariam as bases da justiça nos erros cometidos. Sem a exigência deles não seríamos dignos de compartilhar os avanços espirituais que nos espera.

            São os parentes severos nos trajes de verdugos inclementes, a lição de paciência que necessitamos viver, aprendendo a amar os difíceis de amor, para nos candidatar ao amor que todos ama.

            O amor que o Cristo nos ensinou deve brilhar em nosso espírito se transformando em farol de compaixão e sabedoria. É o remédio-consolo para as nossas dores no lar, o antídoto e o tratado de paz para o campo de batalha que pode se tornar o lar.

            Devemos esgrimir com maestria as armas da fé e da bondade, apaziguando, compreendendo, desculpando, confiando em horas e dias melhores no futuro.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/08/2018 às 23h59
 
15/08/2018 23h47
AO CHAMADO DO CRISTO

            Ao observarmos as condições de convivência e relacionamento do homem com a Terra, temos a impressão que ela está se deslocando no espaço obedecendo a mecânica dos corpos celestes, de forma desorganizada, sem consciência do seu rumo, onde irá chegar, sem ter algum determinismo, sem um timoneiro eficaz.

            Verificamos a miséria estampada por toda a parte, como uma máscara horrível de ironia e perversidade a cobrir todos os rincões do planeta, como se estivesse triunfante, soberana, invencível. O galope desenfreado do sofrimento lembra fantasmas horripilantes criados por mentes sensibilizadas, exacerbadas. A calamidade, a injustiça, sensualidade são lugares comuns na Terra, onde quer que estejamos.

            Diante de tanto desequilíbrio, personagens que davam expressões tão convincentes de honradez, se desmancham ao impacto das investigações policiais. Pessoas que davam tão eloquentes atestados de fé, do alto dos púlpitos, se esfacelam no confronto das delações. Incontestáveis servidores do bem debandam suas convicções ao verem a avassaladora invasão da corrupção por todos os lados. O campo ético se torna ermo, habitado apenas pelos fantasmas das ideologias do bem que um dia quiseram germinar.

            Assim segue o nosso planeta, nosso domicílio neste estágio carnal. Este é o solo pantanoso que devemos drenar, a gleba a cultivar ao chamado do Cristo, cuja voz nas palavras do Evangelho ressoa na acústica da alma.

            Quem escuta o chamado do Cristo e procura segui-Lo, não irá desfrutar de paisagens risonhas coroadas de sol, nem de noites formosas vestidas de estrelas. Essa pessoa caminha muitas vezes sozinha, mesmo no meio da multidão, cantando a melodia da tristeza, em contrações de forte agonia. Tem os passos seguidos por interesses mercenários, busca repouso, mas desperta a cada momento chamado pela aflição.

            Dessa forma vai, incompreendido, vê os teus sonhos convertidos em pesadelos. Deseja melhorar a paisagem de sombras, mas sofre o conflito decepcionante do que fez ser transformado por línguas maliciosas no que dizem que foi feito. Buscando refúgio na família consanguínea, até aí sente-se como um estranho.

            O cristão coerente, abraçando a grande família humana, vê-se renegado. Parece não haver lugar na Terra para quem ouviu o chamado dEle. No entanto, mesmo com todos esses obstáculos, é imperioso que possamos manter, de forma incorruptível, o ideal de amar que o Cristo nos ensinou e nossa consciência pode adaptar às circunstâncias atuais. Sentir que estamos servindo ao Mestre, ouvindo a sua voz no emaranhado de nossas convicções.

            Pode ser que ninguém perceba ou considere o nosso esforço de ser um discípulo aplicado do Mestre, mas, da mesma forma, podemos perceber a lição da semente, que mesmo desconsiderada, consola-se no silêncio das profundezas da terra, sabendo que um dia também irá romper a crosta que lhe impede a germinação e brotará para a luz, dando os diversos frutos pertinentes à sua natureza.

            Pode ser que ninguém nos entenda nessa caminhada, procurando fazer o bem e sendo ignorado, às vezes distorcendo para ruim o que fazemos de bom, mas vejamos o exemplo do rio que corre ao nosso lado, pois mesmo sendo poluído pelas mentes insanas, não deixa de trazer vitalidade para as terras que permitem a sua passagem.

            Pode ser que ninguém nos compreenda ou respeite nossas intenções e ações, mas não esqueçamos da lição do grão de trigo, que sendo moído, assado, maltratado, mesmo assim não deixa de trazer o sabor e sustança para nossos corpos.

            No passado, os futuros reis eram ungidos com óleo pelos sacerdotes, em nome do Senhor, para que pudessem reinar sobre o seu povo. Hoje, não é preciso esse óleo para nos ungir e nos capacitar a ser um cidadão do Reino de Deus. Basta nós mesmo nos ungir com o óleo simbólico do Amor Incondicional, criando um halo de luz capaz de deixar voluteando ao nosso redor as almas carentes de ajuda e compaixão. Assim caminharemos, todos juntos, sob o comando divino do Mestre Nazareno, para os rumos superiores da vida. Não desfaleçamos ou desesperemos no fragor da batalha, no ardor das fogueiras das vaidades que tantas pessoas armam no espírito.

            Tenhamos a consciência de que um dia reclinaremos a cabeça, na falência dos órgãos e tecidos, e nossa alma procurará o repouso justo. Repassaremos no recôndito da nossa alma as agonias da pelejas e quando as lágrimas brotarem, então planaremos além e acima das vicissitudes, seguindo para Jesus, sempre ouvindo o seu chamado.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/08/2018 às 23h47
 
14/08/2018 23h21
FOME DE AMOR

Peço-te, Deus perdão por minhas faltas

Deixa que eu saia dessa escuridão

Dos labirintos infindos dessa solidão

Tem pena dessas almas, tão pobres e incautas

 

Bem que eu queria ser obediente

Bem que eu tentei aprender como amar

Mas só ouvia em resposta o chorar

E de quem tão perto, logo tão ausente

 

Agora tenho em ferida o meu peito

Agora sinto angústia e sofrimento

E não encontro, tampouco linimento

 

Desculpa, Pai, por querer ser tão perfeito

Deixa-me lavar com lágrimas minha dor

Deixa-me sofrer a fome de amor

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/08/2018 às 23h21
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