Do ponto de vista espiritual me considero um universalista, aquele que colhe e absorve a palavra de Deus dita em qualquer cultura humana, em qualquer rito religioso, de qualquer forma que ela se apresente. Aceito a personalidade de Jesus como a do ser humano mais perfeito que já esteve entre nós, e aceito suas lições à mando da vontade do Pai, da Lei do Amor como ferramenta básica para a construção do Reino de Deus entre nós, encarnados no mundo material. Por esse motivo também me considero cristão.
Compreendo que o mundo espiritual está inter-relacionado e integrado com o mundo material e sobre ele exercendo fortes influências. Uma das principais fontes dessas influências benéficas são feitas através de livros, principalmente os de conteúdo espiritual. Mas qualquer alma que se dedique ao conhecimento da verdade (ciência) sem colocar em suas descobertas quaisquer preconceitos deformadores em função de qualquer benefício, pessoal, familiar ou grupal, também são instrumentos carreadores dos passos evolutivos em nossa jornada.
Tive oportunidade de conhecer agora, 40 anos depois de lançado, o movimento intitulado NOVA ORDEM DE JESUS, que o mesmo, Jesus, na condição de governador espiritual de nosso planeta idealizou e criou. Esse livro que traz suas mensagens, em dois volumes, foi reproduzido e distribuído gratuitamente pela Gráfica Escola Professor Heitor Carrilho, que é associada a Casa de Saúde Natal, atual Hospital Psiquiátrico Professor Severino Lopes, onde trabalho e não havia conhecido a obra até então. Também vim a saber que Jesus está, desde essa época, mais uma vez entre nós, desta vez na condição de espírito e no território brasileiro, um dos países mais miscigenado e espiritualizado do globo. Quando obtive essa informação, percebendo a coerência com a vida de Jesus, e de acordo com minha consciência espiritual, me senti de imediato convocado. Ao lado de meu amigo e dileto irmão espiritual, Paulo Hecht, que colocou sua casa como base de nossas atividades, passamos a nos reunir semanalmente como trabalhadores da última hora.
Atendendo a um pedido direto de Jesus através de seu colaborador mais próximo, o irmão Thomé, antigo apóstolo de há 2000 anos, é que me dirijo a vocês para repassar essas informações e recomendar os livros da Grande Cruzada de Esclarecimento para que vocês possam inteirar-se também dos magníficos conselhos e ensinamentos espirituais que o Senhor mandou escrever na terra. Os livros são os seguintes:
Também pode ser visto na internet no endereço HTTP://novaordemdejesus.blogstop.com.br/2011 e fazer contato com o Senhor Darci Dickel, Delegado da Ordem: Rua Ludwig Wagner, 75 – Centro. CEP 95780-000 – Montenegro – RS – Brasil. novaordemdejesus@novaordemdejesus – Fone (51) 9739-9884 e e-mail: darcidickel@novaordemdejesus.com.br.
Caso qualquer amigo deseje, podemos programar uma reunião em sua residência ou em local que lhe aprouver, para juntos com seus familiares e amigos apresentar com mais profundidade o assunto e o trabalho da forma que o entendemos.
Muito grato pela atenção de todos que a ler até este final.
O livro de Inácio Larrañaga, “O irmão de Assis”, fala do rompimento de relações que aconteceu entre São Francisco e o seu pai, Bernardone, da seguinte forma:
Fazia tempo que o velho Bernardone carregava uma ferida que ainda sangrava: a volta repentina e vergonhosa do rapaz quando chegou a Espoleto na expedição para a Apúlia.
Um tipo arrogante não pode assimilar uma coisa dessas, e começa a transpirar ressentimento e rancor pela ferida. Por outro lado, não se teria importado se o rapaz tivesse gastado o dinheiro com os companheiros nobres. Afinal isso era uma satisfação para sua vaidade. Mas reparti-lo, a mãos cheias, com os indigentes da rua era demais.
Depois, já fazia meses que o rapaz, perdido na solidão dos bosques e das montanhas, não prestava serviço algum ao negócio de tecidos. E o que mais torturava o rico mercador era que o rapaz constituía uma profunda frustração para os sonhos de grandeza que justamente tinha depositado nele.
É difícil imaginar, mesmo teoricamente, dois polos tão distantes e tão opostos. E Bernardone, espírito de comerciante, era absolutamente incapaz de compreender os novos rumos do jovem sonhador. A situação estava cada dia mais insuportável e tinha de arrebentar por algum lado.
Esse relato feito de acontecimentos há cerca de 800 anos, mostra ainda sua atualidade. Não que seja os casos de forma semelhante tal qual se passou em Assis, mas existem em vários pontos do planeta pessoas sonhadoras que se chocam violentamente com o desejo dos pais. Tenho vivido isso em minha vida e vejo isso acontecer ao meu redor. Caso não tenhamos a firme convicção do que queremos e força para colocar em prática, terminamos por assumir na vida os interesses de terceiros e não nossos. Que o exemplo de Francisco, com toda sua força de convicções, sirva de exemplo para nós, que também sonhamos e que desejamos realizar o que construímos no coração.
Chega um momento que sinto ser deslocado do mundo para outra esfera da vida, que mesmo continuando a viver na terra, já não pertenço a ela. É um sentimento que foi construído lentamente, estruturado em princípios éticos e morais fortes, mesmo que não aparentes ou não identificáveis, até mesmo por mim. O processo principal em que se desenvolveu essa transformação, esse arrebatamento, foi e continua sendo através de leituras.principalmente de livros espirituais. Gradativamente o meu interesse se deslocou de livros técnicos ligados a minha profissão para os livros espirituais ligados a compreensão de meus objetivos na terra. É tanto que mantenho como leitura diária cinco livros, todos espirituais. Procuro também habituar meu comportamento à práticas espirituais, como a prece e meditação, que reconheço como importantes para a evolução nesse campo. E continuo a receber informações e instruções dos livros para ampliar o grau de consciência de quem eu sou e quais meus objetivos na vida. Assim é que, voltei a ler um trecho da Bíblia por recomendação de outro livro, o qual reforça minha compreensão da condição de primogênito, da minha posição na vida frente ao Criador:
“O Senhor disse a Moisés: consagrar-me-ás todo primogênito entre os israelitas, tanto homem como animal: ele será meu.” (Ex 13, 1-2)
Esse trecho é melhor explicado em seguida quando fala da Lei relativa aos primogênitos:
“Quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, como Ele jurou a ti e a teus pais, e te houver dado essa terra, consagrarás ao Senhor todo primogênito; mesmo os primogênitos de teus animais, os machos, serão do Senhor. Entretanto, resgatarás com um cordeiro todo primogênito do jumento; do contrário, quebrar-lhe-ás a nuca. Todo primogênito dos homens entre teus filhos, resgatá-lo-ás igualmente. E, quando teu filho te perguntar um dia o que isso significa, dir-lhe-ás: é que o Senhor nos tirou do Egito com sua mão poderosa, da casa da servidão. E, como o faraó se obstinasse em não nos deixar partir, o Senhor matou todos os primogênitos dos homens até os dos animais. Eis porque sacrifico ao Senhor todos os primogênitos machos dos animais, e devo resgatar todos os primogênitos entre meus filhos. Isso será como um sinal sobre tua mão e como uma marca entre teus olhos, porque foi pelo poder de sua mão que o Senhor nos tirou do Egito.” (Ex 13, 11-16)
O Senhor se refere naquela época ao povo eleito, aos israelitas. Com a vinda de Jesus Cristo e com sua autoridade sintonizada com o Pai, o povo eleito de Deus passa a ser quem acredita nEle e, principalmente, quem procura fazer a sua vontade. Nesse contexto, mesmo eu não sendo israelita, tenho a plena convicção de fazer parte do povo de Deus e desta forma estou submetido às suas ordens. Portanto, este trecho da Bíblia reforça minhas intenções de respeitar a Lei de Deus que está em minha consciência e cumprir a missão que Ele me determinou, até mesmo por cumprimento da ordem de nascimento no qual Ele me colocou no ventre de minha mãe.
Na condição de ser humano estou sempre envolvido com essas duas forças: desejo do corpo e vontade da alma. Os desejos do corpo visam preservar o organismo na sua sobrevivência física e perpetuação reprodutiva. A vontade da alma visa a evolução moral para chegarmos cada vez mais perto da perfeição, do Criador. As duas forças são importantes, mas devemos coloca-las nas suas respectivas posições. O desejo do corpo é importante, pois visa a preservação do veículo que deve ser utilizado pela alma no seu processo evolutivo. A vontade da alma é o principal objetivo, é ela que tem a natureza eterna enquanto o corpo é destruído pelo tempo e transformado em outras condições. No entanto o desejo do corpo é muito mais forte na mente, obscurece com força a vontade da alma. É necessário que façamos um esforço cognitivo para compreender essa hierarquia, senão corremos o risco de desperdiçar a nossa vida correndo atrás dos interesses temporários do corpo, esquecido da necessidade evolutiva da alma em sua eternidade. Nesse contexto as grandes personalidades espirituais como Jesus Cristo nos trouxe um grande benefício quando em nosso meio ensinou na teoria e prática a prevalência dos valores espirituais, da importância de privilegiar a evolução moral e de reconhecer o Criador como o Pai de toda a Natureza.
A harmonia do corpo com a alma deve existir para que tenhamos uma vida com harmonia dentro dos relacionamentos que somos obrigados a construir na existência. Dou muito valor aos princípios espirituais, obedecendo as lições do Mestre Jesus, mas não consigo e também acho que tem sua importância vivenciar os desejos do corpo. Foi assim que ontem participei de um show de humor em restaurante localizado na praia. Predominava os interesses do corpo, alimentação, bebidas, sexualidade... Sentado em mesa mais afastada do palco principal com meus companheiros na ocasião, eu procurava me integrar na alegria reinante no ambiente, as piadas que envolviam uma forte sexualidade, até mesmo bizarra, mas que isso era o motivo principal do riso, o jogo erótico dos corpos, a importância das formas, o exagero das vestes... vez por outra minha consciência sintonizava com minha alma e eu perguntava, que valor eu irei tirar dessa experiência? Tem a importância de estar com os amigos, de rir também das situações... mas... fica algo de muito sério fora do contexto... a evolução moral necessária ao espírito, foi realizada? Fora o fato de que eu estava harmonizado com meus companheiros, que procurávamos ser discretos, que alimentamos o nosso corpo com essas condições que podem até levar a ele ficar excitado... é o suficiente? Sim, acho que devo frequentar esses ambientes da forma que fiz, uma exceção da minha rotina que deve ser mais dirigida aos valores do espírito. Mesmo porque, quando o contento, quando o espírito se sente confortado com a realização de suas obrigações, nada desse divertimento mundano parece ter importância, posso até usar os prazeres da carne, mas totalmente dentro dos valores do espírito. Nada do que vi naquele ambiente, onde nada falava da importância do espírito, de seu crescimento moral. Mas faz parte do nosso aprendizado e não me arrependo de ter ido, pois aprendi como funciona esses ambientes, como reage o meu corpo e a minha alma nessas condições e sei que fui um bom amigo para os meus companheiros naquela ocasião.
Quando Francisco rompe com a sociedade em obediência ao seu paradigma, chega para ele a hora do êxodo, hora de sair, simbolicamente, de sua terra, do meio dos seus parentes. Na prática Francisco deixou a sua casa e não mais voltou, a não ser quando o pai o forçou a ficar preso, sob correntes no calabouço. O santo dirá mais tarde em seu testamento: “E saí do mundo.” O divórcio com o mundo significava um esponsal com Jesus e seu Evangelho. De agora em diante ele não pertence a ninguém, ficou livre para comprometer-se e pertencer só e totalmente a Jesus, e em Jesus a todos os pobres do mundo.
Quando aplico meu paradigma na vida prática, também sinto que devo sofrer uma espécie de êxodo, devo sair do anonimato. Devo dizer da existência do Senhor Amor Incondicional em minha vida. Francisco de Assis tinha a Senhora Pobreza na sintonia com Jesus; eu tenho o Amor Incondicional na sintonia de Jesus. Ambos em obediência a vontade de Deus que se manifesta em cada um de nós de acordo com a preparação espiritual e material que o tempo e as circunstâncias que fomos colocados favoreceu. A minha visão de Amor Incondicional e procurando seguir as lições amplas do Cristo e as colocando em prática, levou-me a libertação do núcleo familiar exclusivista para uma prática cada vez mais ampliada do amor em todas as direções e no favorecimento da família universal, não exclusivista. Lentamente o meu universo foi se transformando, vivo ao lado das pessoas com bondade e tolerância, mas não sigo os seus padrões de relacionamento exclusivista. Tenho a firmeza que o tempo me proporcionou e as lições espirituais reforçam de caminhar com coerência dentro da perspectiva de privilegiar o amor incondicional em detrimento de qualquer outra forma de afeto.
Então, nesse sentido, é que não me considero na terra que antes eu vivia, nos relacionamentos que antes eu aceitava, nas leis sociais que disciplinam toda essa forma de pensar e de sentir. Agora eu sigo a Lei do Amor, a principal Lei que Jesus ensinou está ligada ao Pai e ser o desejo dEle que a sigamos na teoria e na prática.
Sei que é difícil ficar distante dessa terra cheia de preconceitos e de amores interessados, principalmente as companheiras que decidem participara dessa nova forma de relacionamento. Sofremos ironias e críticas de todos que percebem uma realidade diferente e que querem entender de acordo com os seus padrões. É preciso muita paciência e humildade para ouvirmos essas críticas e ironias sem desenvolver raiva ou ressentimento por ninguém, pois eles não sabem os fundamentos do nosso comportamento. Portanto, devemos pedir sabedoria a Deus, para nos momentos cruciais, termos paciência e encontrar as palavras adequadas para dizer da importância do Amor Incondicional, que ele não sintoniza com a exclusão de ninguém e por esse motivo o casamento tradicional que implica na exclusão dos sentimentos, não pode existir para quem deseja cumprir essa forma mais ampla de amor. Devemos explicar que o amor Incondicional é onde está a essência de Deus, que não exclui ninguém dos afetos amorosos, inclusive a própria natureza. Devemos sempre perguntar aos nossos críticos se eles conhecem o que seja o Amor Incondicional, é a nossa grande chance de aplicar a caridade ao nosso redor, pois ao ensinar isso, estamos ensinando sobre o próprio Deus. Então, devemos por nossa parte conhecer a fundo o que seja o amor incondicional.
Ao sair da terra do amor condicional e entrar na terra do amor incondicional, adquirimos outra cidadania, mais próxima de Deus. É caminhar na vida levando compaixão, compreensão, perdão, tolerância, desapego... dar valor ao que realmente tem valor, é não ficar preso a palavras, gestos, fatos, eventos, situações emocionais... é relevar com compaixão as mágoas, as injustiças, as decepções vividas no nosso cotidiano... é compreender que tudo isso é muito pequeno comparado com a grandeza da alma, com a grandeza da vida, com a grandeza de Deus!
Não devemos esquecer jamais! A senha para a entrada nesta nova terra é o Amor Incondicional. Todos merecem a oportunidade de entrar também nessa terra onde será construído o Reino de Deus, até os nossos mais perversos críticos. Quando surgir uma oportunidade, conversar de forma fraterna com ele, explicar o que é o Amor Incondicional e como devemos nos esforçar para o praticar e assim experimentar o sentido de uma nova vida. Quando essa compreensão chegar a mente de cada um, com certeza, os nossos críticos se transformarão. Podemos até propor um jogo de faz de conta, será divertido e ao mesmo tempo muito esclarecedor. Poderia ser assim:
Quem sabe, podemos descobrir através desse jogo de faz de conta, tanto prazer, tanto contentamento, ao ponto de até decidir incorporar a expressão do Amor Incondicional na nossa atitude interna, na nossa postura, na nossa caminhada.
Talvez brincando possamos encontrar a verdade da vida!