Por ocasião do encontro festivo de troca de fichas (2 e 22 anos) de dois companheiros de AA, tive oportunidade de ir a cabeceira de mesa e falar o que transcrevo abaixo.
Bom dia, amigos. Hoje é um dia festivo, é dia de aniversário e gostaria de dar um toque sobre essa questão de aniversários. Isso significa um ano, que corresponde ao giro que a Terra faz ao redor do sol voltando a posição inicial e começar um novo ciclo. Isso marca o tempo, e o tempo significa evolução, o tempo que Deus nos dá para crescermos em direção a Ele. Assim nós evoluímos da condição de animal até a condição de anjo, adquirindo experiências, superando dificuldades. Este é o projeto de Deus para conosco, suas criaturas. Mas, tem as forças contrárias que tentam interromper essa trajetória, as forças do demônio que está ali querendo atrapalhar os projetos de Deus através de nós. Daí se forma uma batalha espiritual que nós convivemos com ela até hoje.
Deus mandou o Seu filho mais evoluído, Jesus Cristo, há 2.000 anos, para nos mostrar o caminho... o caminho, a verdade e a vida. Mas, existe a pedra no caminho.
Como se dá essa evolução no contexto do ser humano? Contamos os aniversários a partir da nossa própria vida. Calculamos isso após os nove meses de gestação. Entramos na luz, nascemos, marca o aniversário da nossa vida. Aí vem o casamento, aniversários de casamento; vem trabalho, contagem do tempo de serviço até a aposentadoria; vem os filhos, e tudo isso está marcando o tempo com os aniversários de fatos importantes de nossa vida. De repente, tem a pedra no caminho: o álcool. Faz com que a gente desvie dessa rota natural que Deus nos deu e caiamos na berlinda, nas calçadas, nas praças, canteiros, perca a dignidade, família, trabalho... a própria vida!
Deus não deseja que essa estratégia do demônio prospere e acabe com a sua criatura, com a pessoa humana que vinha em sua direção. Então, o que Deus fez? Qual foi a fórmula encontrada para essa pedra sair do caminho? Colocou duas pessoas, Bill e Bob, alcoólicos, americanos, para conversarem sobre seus problemas, em Ohio, Estados Unidos. Esses dois alcoólicos que até aquele momento não encontravam solução para seus problemas com o álcool, de repente perceberam que não sofriam a compulsão de ir em busca do álcool durante a conversa. Surgiu uma força associada ao poder de Deus, o Poder Superior, em junho de 1935. Portanto, completa neste mês, 84 anos.
Daí se espalhou pelo mundo essa tradição dos 12 passos, das 12 tradições, dos 12 conceitos, e chegou no Brasil em setembro de 1947. Em setembro deste ano completará 72 anos de AA no Brasil. Percebamos um detalhe: AA foi criado em 1935 antes da Segunda Guerra Mundial e chegou ao Brasil em 1947, após o seu término. Será que tem algo a ver com a proposta espiritual do Brasil se tornar o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho, após as grandes potencias terem gasto tanto vigor material e espiritual?
Aqui em Ceará Mirim o AA chegou em abril de 1983, portanto, completou 36 anos em abril próximo passado. Então, essa marcação do tempo serve para todos, indivíduos e instituições. Eu não sou alcoólico, mas tenho minha marcação do tempo junto com AA. Terminei minha graduação médica no UFRN e fiz mestrado e doutorado pela Escola Paulista de Medicina (EPM), atualmente Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Sou doutor em Psicofarmacologia e Psiquiatra. Conclui os cursos em 1985 e comecei a clinicar. Apesar da minha importante formação, baseada na ciência farmacológica, eu não conseguia curar os alcoólicos, uma doença aparentemente mais simples, pois quando o doente não estava alcoolizado, aparentava ser uma pessoa normal. O medicamento que eu estava tão capacitado para prescrever ou o hospital para internar, não conseguia chegar na mente do alcoólico e retirar a compulsão pelo desejo de voltar a beber. Mesmo usando medicação, mesmo tendo acabado de sair da hospitalização, esses doentes voltavam a beber e me deixavam frustrado. Apesar, tantos anos de estudo para nada? Foi aí, nessa época, em 1985, há 34 anos que eu conheci o AA. Percebi que os alcoólicos que frequentavam as reuniões, que cumprem sua programação, permaneciam sem beber durante anos. Percebi que essa irmandade poderia me ajudar e muito no tratamento dos meus pacientes. Percebi que eu precisava também de AA, mesmo não sendo alcoólico, mas que eu poderia ajudar meus pacientes alcoólicos fazendo essa parceria com a irmandade, fazendo também a sintonia com o Poder Superior. Levantei minha mão pedindo ajuda e AA me acolheu e por isso estou hoje, aqui, com vocês, neste momento festivo no qual também me sinto incorporado.
Meus parabéns aos dois companheiros que trocam as fichas que sinalizam mais um ano dentro da irmandade, dentro da vida real que Deus nos deu. Meus parabéns para o AA mundial que também conclui mais um ano de existência neste mês.
Como Jesus poderia ensinar aos seus primeiros discípulos qual seria o caminho que eles iriam percorrer, ao fazer a vontade do Pai? Vamos imaginar mais uma vez a seguinte conversa.
Jesus – Então, Simão, Abigail, tua mulher, acha que você deve me fazer mais perguntas.
Simão – Hum... a coisa do pescador de homens, por exemplo. Isso não está bem explicado.
Jesus - Diga que vamos nos dedicar a curar e ensinar. Que esse vai ser seu trabalho daqui em diante. Na verdade, esse vai ser o trabalho de vocês todos.
João – Curar endemoninhados, como hoje de manhã?
Jesus – Curar em geral. Os que sentem dor, os que estão sofrendo.
Simão – E o que acontece com quem sofre porque merece? Por exemplo, quem pecou e por isso ficou doente?
Jesus – Que a compaixão venha antes do juízo. Vamos ajudar a todos que sofrem. Vamos fazer mais que isso. Vamos nos pôr no lugar deles. Vamos pensar, sentir, colocar-nos em seu corpo. Vamos chorar com eles, se necessário.
André – E o que vamos ensinar? As escrituras, como os rabinos?
Jesus – Digamos que as escrituras perderam o sentido. Foram mal interpretadas. Vamos ensinar a Lei de Deus. Vamos ensinar a Palavra de Deus. E não vamos só ensinar, vamos praticá-la.
Tiago – E quanto a nós? Como vamos manter nossas famílias?
Jesus – Que Deus se encarregue disso.
Simão (rindo) – Duvido que Abigail se conforme com sua resposta.
Jesus (observando a chegada de Felipe e Bartolomeu) – Aí vem um verdadeiro israelita, de coração puro.
Felipe (irmão de Bartolomeu) – É ele, Jesus de Nazaré.
Jesus – Bem-vindo, Bartolomeu.
Bartolomeu – Eu nunca tinha te visto. Como me conhece?
Jesus – Te vi debaixo da árvore antes de Felipe te chamar.
Bartolomeu – Mestre! É o filho de Deus. É o rei de Israel.
Jesus – Em verdade vos digo. Verão o céu se abrir e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem.
Esta lição é crucial. É o amor incondicional na prática. Vejamos como eu poderia aplica-la nos dias atuais. Tem um corrupto preso, mentiroso contumaz, desviou milhões de reais do pagamento dos impostos para seus bolsos e de seus familiares e companheiros. Foi pego pela justiça e agora sofre a punição de uma prisão. Continua tentando enganar a nação apesar de toda as provas em contrário e as evidências em nossa mente. Devo ter compaixão, me colocar no lugar dele, pensar, sentir e me colocar em seu corpo... chorar com ele se necessário. Como poderei fazer isso se essa pessoa não mostra arrependimento pelo que fez? Que se mostra mentiroso e prepotente?
O amor incondicional implica que eu tenha que amar tal pessoa, mas não acredito que essa lição de Jesus possa ser aplicada ao corrupto convicto que está correto. E sim ao arrependido. Esta pergunta os primeiros apóstolos não fizeram e resta agora invocar o Mestre na intimidade da nossa alma.
- Como amar a tal pessoa, Mestre?
Tiago e João eram irmãos, a dupla de discípulos que abriu e fechou o testemunho de fidelidade ao Mestre. Tiago foi o primeiro mártir do colégio apostolar, morto pela espada a mando do rei Herodes. Antes de ser martirizado, Tiago abraçou o carcereiro desejando-lhe a “Paz de Cristo”. Este gesto converteu o carcereiro que, assumindo a fé em Jesus, foi martirizado juntamente com o apóstolo.
João foi o último dos 12 que selou o Evangelho com uma vida de disciplina aos 95 anos. Apesar de tentarem a sua morte em óleo quente, de onde saiu ileso, foi deportado para a ilha de Patmos onde escreveu o último livro da Bíblia, o Apocalipse.
A mulher de Zebedeu e mãe de Tiago e João, conscientizada que Jesus era verdadeiramente o Messias anunciado pelos profetas, pediu para Ele, na sua ingenuidade, que seus filhos pudessem tomar lugar no reino que lhe pertencia, um à direita e outro à esquerda. Jesus deu a entender que somente a Deus caberia aceita-los ou não. No entanto, respondeu com lealdade à mãe que exagera no zelo pelos filhos. Ele disse: “Será que poderão beber do cálice que eu vou beber?”
Instintivamente, responderam os dois: Podemos!
A história mostra que beberam e que o Pai Celestial permitiu, na figuração que lhe é própria, um à esquerda do Mestre, e outro à direita, só que não foi da maneira que a mãe extremosa idealizava, mas como a vida achou mais acertado.
Zebedeu e Salomé tiveram a honra de ter dois dos seus filhos libertados das amarras da ignorância pela sapiência do Messias. Foram chamados, aceitando sem pensar nos obstáculos que poderiam surgir, pela transformação dos seus costumes. Decidiram, por amor, pela causa de servirem ao bem comum, sem nada pedir para si, tendo o Cristo como meta de pureza espiritual e Deus como segurança que pulsa na eternidade.
Tiago era muito amigo de Pedro e André, e tinha uma sensibilidade à flor da pele e era muito agitado, carecendo de certa educação. Ao conhecer Jesus, pela insistência de João, já ficou inseguro, achando que no encontro com um homem de tal pureza as suas emoções se tornariam piores. Tinha medo de um desequilíbrio mental. Contudo, a razão reforçava o ânimo: “Como as coisas dos céus podem ser motivo de medo?”. Se esse for verdadeiramente o Messias é justo colocar a educação e a disciplina de todas as forças da alma em primeiro plano de vida.
Ao cair da tarde, como sempre faziam, Tiago foi ao encontro de Jesus e reunido junto com seus companheiros teve a oportunidade de fazer uma pergunta que ele estava em dúvida, inquirindo o Mestre, desta forma:
Jesus! Se me permites saber, queria que o Senhor ampliasse para o meu conceito o que seria exatamente a Gratidão.
- Tiago, a Gratidão é um modo de ser das pessoas que a usam, muito importante na vida! É saber cuidar com zelo daquilo que recebemos dos nossos semelhantes, e lembrar dos nossos benfeitores com respeito e amor. Apesar disso, a experiência nos reclama certa vigilância, para que o reconhecimento não se transforme em subserviência, que é o adubo principal da vaidade. O maior obstáculo que vais encontrar na Gratidão aos outros é dentro de cada um mesmo.
‘As pessoas, por mais que se esforcem para serem reconhecidas, encontram alguma coisa rodando no seu coração, dizendo ser filha do egoísmo e parecendo muito com o zelo próprio. Mas, ao tirar a capa, é a mesma vaidade querendo florescer, é a auto grandeza que não se conforma que alguém seja maior. Não deixa de ser o orgulho procurando se expressar como o comandante da vida.
‘A Gratidão necessita da humildade e jamais deixa de usar o bom senso. Essa Gratidão é valorosa e enriquece a amizade. É, por assim dizer, o amor que mostra, ao benevolente, que vale a pena amar. Tudo no mundo tem uma resposta. O reconhecimento é a resposta prática da caridade.
‘Se fazes o bem constantemente e ainda não fostes alvo da Gratidão, não esmoreças com isso. Ela deve estar à caminho. Se não for pelo objeto visado pelo teu amor, será pelos meios que Deus sempre usa para nos premiar; mas sempre receberás em troca aquilo que dás. Se queres ter um lugar de maior relevo no coração da vida, nunca deves pensar no comércio dos próprios dons espirituais. A exigência desnorteia os valores da alma, e a troca interesseira entorpece a dádiva.
Judas Iscariotes não perdeu uma só palavra do Mestre, encontrando dificuldade, não no entendimento, e sim na prática dessa virtude, pensando: “Então ficaremos devedores para sempre dos nossos benfeitores? A vida não é uma troca natural de atos e coisas? Por que esse empenho em ser reconhecido? ”
Jesus, psicólogo incomparável da natureza humana e espiritual das criaturas, esclareceu com firmeza:
- Gratidão, meus filhos, não significa compromisso com o benfeitor. É completamente o contrário. Ela nos liberta da dívida, quando a consciência exige de nós alguma paga. Quando fazeis alguma coisa malfeita, não é o arrependimento que abre as portas da reparação? Ao receber algo de bom dos outros, é o reconhecimento que desperta em vós o amor que existe em todas as almas e que, por vezes, dorme. O Amor é a verdade, e a verdade sempre liberta as criaturas das amarras da ignorância.
‘Não vamos ficar repetindo Gratidão em voz alta para todos que passam a reconhecer em nós virtudes que às vezes não existem, eis a falsa Gratidão. Ela opera no silêncio da conduta e, quando a oportunidade chega, é bom que se prove, com a naturalidade que a sinceridade expressa, que não somos petrificados, mas sim sensíveis aqueles que nos ajudam no caminho e procuram aliviar a nossa cruz.
‘A caridade é Deus se fazendo visível para nós por intermédio dos outros e a Gratidão é o mesmo Deus se expressando aos outros pelo que eles fizeram por nós. E é por essas vias que o amor que temos a Deus sobre todas as coisas começa a nos fazer sentir que devemos tê-lo para com o próximo, amando-o como a nós mesmos.
Finalmente, o Cristo conclui:
- Sou grato a todos vocês que reunis aqui comigo, por amor a Deus. Quantos esforços são feitos pelos companheiros para não faltar aos compromissos assumidos pela consciência? E sou eternamente grato e peço ao Pai que vos dê a felicidade como recompensa de tamanha dedicação.
‘Meus filhos, se soubésseis, na profundidade da expressão, o que é servir por servir, amar por amar, seríeis reconhecidos do fundo dos corações a Deus, por nos ter permitido trabalhar uns pelos outros.
Judas parecia mastigar algo que não tinha na boca
Tomé balançava a cabeça tentando limpar a mente
Tiago, embebido nos argumentos do Mestre, na sua simplicidade, não pressentiu quando Jesus saiu com seus companheiros, e ficou sozinho, satisfeito com a vida e disposto a trabalhar, sem sentir escravidão no labor.
No nosso exercício de ler com olhar crítico as diversas narrativas que são lançadas na mídia, encontrei a narrativa abaixo, sem identificação do autor, que serve para o nosso propósito. Vejamos do que se trata.
Resumão, pra quem ainda não entendeu:
- Moro só poderia garantir a prisão de Lula, se Teori saísse de cena.
- Teori, ministro do Supremo, era crítico da Lava Jato. Ele poderia reconhecer a inocência de Lula, mas sofreu o único 'acidente' de avião em 2017.
- O delegado da PF que investigava a morte de Teori foi assassinado por um frequentador do Clube de Tiro 38, o mesmo clube que os Bolsonaro frequentam.
- Adélio, autor da facada, foi a este mesmo clube no mesmo dia que Carlos Bolsonaro foi.
- Adélio estava desempregado, mas teve dinheiro para pagar 600 reais por uma hora no Club, ficar hospedado por vários dias em Florianópolis, viajar para Juiz de Fora e também pagar 400 reais em dinheiro vivo para se hospedar numa pensão.
- Após estar no mesmo local de Adélio, Carlos Bolsonaro também foi para Juiz de Fora acompanhar uma passeata do pai, coisa que ele nunca fazia.
- Uma semana depois da facada, a dona da pensão morreu e também um outro antigo hóspede foi encontrado morto.
- O Assassino de Marielle é vizinho de Bolsonaro, na Barra.
- Os filhos de Bolsonaro já prestaram inúmeras homenagens a policiais milicianos, condenados pela Justiça, acusados de matarem a Juíza Patricia Acioli, em São Gonçalo, que era rigorosa com a milícia.
- A família Bolsonaro contratou vários desses milicianos e seus familiares como assessores.
- Moro prende Lula em segunda instância, em acordo com os desembargadores do TRF4 em tempo recorde e sem provas, inviabilizando a sua candidatura. A prisão é ilegal, mas Moro atropela a Constituição e faz valer o interesse político.
- A seis dias do segundo turno das eleições, Moro divulga o conteúdo de parte da delação de Palocci, que foi desprezada pelo MP por falta de consistência e provas, com acusações contra Lula, interferindo no andamento das eleições.
- Moro torna-se Ministro do governo Bolsonaro.
- Moro recebe promessa de indicação de Bolsonaro à próxima cadeira do STF, ainda no exercício do cargo de juiz.
As informações acima foram amplamente publicadas na mídia e reunidas nesta postagem.
#VazaJato
Não irei colocar a minha opinião sobre esse texto. Ele deve servir para meus leitores tentarem identificar, com a mente aberta, a coerência lógica dos argumentos e dessa forma deixar a consciência livre para aceitar ou rejeitar o que se deseja induzir.
A Bíblia está cheia de mensagens proféticas que anunciavam a vinda do Messias. Eram ditas por pessoas designadas e preparadas (profetas) e sua voz era respeitada na comunidade. Essas pessoas parecem não existir mais em nossas comunidades, nem os profetas nem os messias. Mas será que não precisamos ainda dessas pessoas? Da influência de Deus direta e publicamente em nossas vidas?
Talvez com o avanço da ciência que conquistamos, com uma nova conscientização do mundo e dos seus valores materiais e espirituais, essa forma de comunicação do divino conosco seja realizada de maneira mais sutil, dependendo da perspicácia de cada um com os acontecimentos ao redor e perceber os recados que a divindade envia para si ou para os outros.
Foi assim que percebi fatos relacionados ao atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que havia uma preparação para ele atingir o posto, apesar de toda conjuntura oposicionista ao projeto que parece foi delineado pelo mundo espiritual.
Da mesma forma que, acredito, tenha acontecido com o Jair Bolsonaro, pode acontecer com qualquer um de nós. Desde que não nos tornemos instrumentos das iniquidades, das ações que estão longe ou antagônicas à vontade Divina. Também que não nos tornemos hipnotizados com as falsas narrativas, que percamos a capacidade de identificar a verdade, instrumento de nossa libertação.
Caso não estejamos dentro de nenhuma dessas condições, que permanecemos com nossas mentes abertas capazes de avaliar criticamente qualquer narrativa ou fato que nos seja apresentado, não é nenhuma força de mídia ou de autoridade de determinada personalidade que fará nosso pensamento e comportamento ser robotizado. Nessa condição é que estaremos capacitados para ver os sinais de Deus acontecerem, as profecias se manifestarem e os homens de boa vontade se tornarem capacitados para as realizarem.
Olho para trás e vejo a minha trajetória cognitiva e pragmática se modificar. Antes eu agia como militante de partidos de esquerda, e hoje com os dados de verdade que chegaram à minha consciência, vi o quanto permaneci hipnotizado dentro de falsas narrativas. Reajustei os meus paradigmas de vida e vi pequenos detalhes do passado se ajustarem melhor com minha nova realidade. Por exemplo, como fui estudar o segundo grau aqui em Natal, na condição de militar da Marinha do Brasil, numa escola chamada Winston Churchill? Por que fui encontrar por “acaso”, em Caicó, cidade do interior do Rio Grande do Norte, um livro intitulado “Winston Churchill – Memórias da Segunda Guerra Mundial”? Se nesse livro eu encontro as informações bélicas de países que eu acreditava ser a inspiração de minhas ações, ser tão perversas e maldosas, covardes e aproveitadoras? Influências essas que contaminam um tão grande contingente de pessoas em minha pátria, muitas delas que são minhas amigas, pessoas tão próximas do meu coração, e que não sei mostrar o caminho que entrei para sair do hipnotismo?
Fico um tanto atordoado com esse grau de hipnotismo que envolve os meus patrícios e tanta gente no mundo, e que há pouco tempo eu também estava dentro dele. Vejo que os partidos políticos estão sendo conduzidos por pessoas que facilmente se envolvem com as iniquidades dentro de uma compulsão de se manterem dentro do poder de qualquer forma. Vejo que a única forma de evitar ser contaminado ou de seguir o comando dos infectados, é assumir as lições do Mestre Jesus, que veio para ensinar o amor e corrigir a prevalência do egoísmo dentro de nossas ações. Por isso vejo as ações do Jair Bolsonaro sintonizadas com as lições cristãs, e, por isso, atacado de todos os lados por quem deseja manter ou se beneficiar das ações das iniquidades.
Que cada cidadão de mente aberta, de boa vontade, seja capaz de identificar a verdade no meio de tantas narrativas contraditórias, e agir descobrindo a vontade do Pai em sua consciência.