São João Batista era filho de Zacarias e de Izabel. Chamava-se Batista pelo fato de ser um batizador. João cujo nome quer dizer “Deus é propício”, nasceu em idade avançada dos seus pais. Parente de Jesus, foi o precursor do Messias. De si mesmo deu este testemunho: “Eu sou a voz do que clama no deserto; endireitai os caminhos do Senhor...”. São Lucas, no primeiro capítulo do seu Evangelho, narra a concepção, o nascimento e a pregação de João Batista, marcando assim o advento do Reino de Deus no meio dos homens.
O início da missão do Cristo entre nós pode ser considerada a realização desde Reino de Deus, confirmando a pregação do Batista. Isso porque, Jesus ensinava que o Reino de Deus iria ser instalado a partir do coração de cada pessoa, cheio de Amor, capaz de se derramar ao redor nos diversos relacionamentos, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Como Ele demonstrava ter essas características, então o mundo observou entre os humanos um cidadão do Reino de Deus na figura de Jesus.
Cada um de nós pode também se transformar em cidadão do Reino de Deus, basta se esforçar para fazer essa reforma íntima: encher o coração de Amor, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Portanto, o Reino de Deus pode ser difícil ou quase impossível de ser alcançado a curto prazo, mas cada pessoa pode alcançar essa situação individualmente. Passa a viver dentro de um paradoxo, está dentro de uma cultura materialista, cumprindo as leis humanas, temporais, mutáveis, mas obedecendo com prioridade a Lei de Deus, eterna e imutável.
O próprio Batista, precursor do Messias e anunciador do Reino de Deus, parecia não ter as mesmas características do Mestre, por se mostrar tão ríspido nos seus relacionamentos, parecia não ser um cidadão do Reino de Deus, capaz de amar ao próximo com a si mesmo, sem julgar ou condenar ninguém.
A vinda de João Batista, com seu propósito claro de anunciar a vinda do Messias, para assim mostrar a instalação do Reino de Deus, parece obedecer um roteiro espiritual bem delineado, onde várias personalidades dele fizeram parte, desde há muito tempo, com a vinda dos profetas, principalmente Elias, que sempre anunciavam a vinda de um redentor.
Então, estamos aqui, 2000 anos após essa vinda do Salvador precedida por seu anunciador. Um Evangelho foi escolhido (4) para nortear o comportamento humano, mesmo assim o homem continua mergulhado nas trevas da ignorância. Sabemos o que fazer para alcançar a condição de cidadão do Reino de Deus, mas como parece que é distante, a teoria da prática!
Após ter participado de uma entrevista na TV Metropolitana, em Natal-RN, para falar sobre a auto-hemoterapia (AHT), fiquei a racionalizar fazendo um paralelo com a minha área de atuação, a psiquiatria.
Atualmente no Brasil está proibida a técnica da AHT pelas agências reguladoras, com o argumento de que não existem evidências científicas de sua eficácia, esquecendo as inúmeras vozes que se levantam para dizer dos benefícios. Também não considera a explicação do mecanismo incontestável pelo qual isso acontece: o aumento do número de macrófagos nos tecidos biológicos.
Na área da psiquiatria também existe um procedimento que é realizado com muita semelhança no desconhecimento do seu mecanismo de ação: o que realmente acontece para a eletroconvulsoterapia (ECT) promover a melhora? Parece ser o mesmo caso da AHT: o que realmente acontece para a AHT promover a melhora? Mesmo assim a ECT tem indicação e uso bem estabelecidos para Risco de suicídio, Episódios depressivos resistentes, graves, com sintomas psicóticos, em idosos, Episódios maníacos em gestantes, graves, com sintomas psicóticos, Depressão na Doença de Parkinson, e Síndrome Neuroléptica Maligna.
Sabemos que quando aplicamos a ECT ocorre uma liberação generalizada de neurotransmissores que descarregam os sinais em todos os terminais dos neurônios e que isso implica na despolarização das membranas musculares causando a convulsão. Como esse procedimento usa a energia elétrica, seguida da despolarização que provoca a convulsão muscular, e leva à melhora clínica do padecimento mental do paciente, justifica chamar o procedimento de eletro-convulso-terapia (ECT). A observação empírica mostra que, quando todos os demais recursos terapêuticos falham em recuperar a condição clínica do paciente, a ECT é capaz de provocar a melhora na maioria dos casos, retirando muitas vezes o paciente de uma morte prognosticada. No entanto, o mecanismo de ação exato da ECT ainda não é conhecido e apenas se acredita na resposta bioquímica do cérebro dentro de três teorias: 1) a teoria do neurotransmissor na qual a ECT estimula a neurotransmissão adrenérgica, serotoninérgica e dopaminérgica; 2) a teoria neuroendócrina onde os hormônios pituitários e hipotalâmicos são liberados; e 3) e a teoria anticonvulsivante sobre o cérebro devido ao aumento do limiar convulsivo ao longo do curso do tratamento. Todas essas teorias sugerem um efeito antidepressivo.
Por outro lado, sabemos que quando aplicamos a auto-hemoterapia, tiramos sangue direto da veia, 5 a 20ml e aplicamos de imediato no tecido extra vascular do músculo. Nessa intervenção ocorre uma reação de rejeição do músculo, estimulando o Sistema Retículo Endotelial na medula óssea para a produção de mais monócitos na circulação e que vão colonizar os tecidos orgânicos, daí recebendo o nome de macrófagos com um aumento cerca de 400% no número, que se eleva de 5% e pode chegar até a 22%. São os macrófagos grandes glóbulos brancos que ingerem bactérias, vírus, proteínas, hidratos de carbono, células cancerosas e toxinas que podem atuar como antígenos. Assim, os macrófagos tem a importante função de remoção de detritos celulares necróticos presentes nas inflamações crônicas e digerir, cada um deles, mais de 100 bactérias antes de finalmente morrerem devido aos seus próprios compostos digestivos. Finalmente, é uma ação de limpeza do organismo, os lixeiros orgânicos, e concomitantemente, de fazer resistência aos invasores microbianos ou viróticos, os policiais orgânicos. Em função disso surge uma grande lista de indicações da técnica, que o senso comum logo aprova e que são comprovados na prática.
No entanto, a técnica é condenada oficialmente no Brasil pelas agências reguladoras com alegação de “possíveis riscos à saúde dos pacientes”, sem indicar a fisiopatologia científica desses riscos. Diz que a Técnica oferece riscos (não comprovados cientificamente) e que não existem pesquisas comprovando a sua eficácia e por isso os médicos são proibidos de praticá-la.
Dentro dessa perspectiva entra aqui a seguinte racionalização. Desde que a ECT é tão parecida com a AHT em sua essência prática (terapia biológica), filosófica (desencadeador de um fator protetivo genérico) e curativa (observação de efeito terapêutico genérico), como será que as agências reguladoras iriam perceber a incoerência de permitir uma e proibir outra? Será que o uso da denominação injetomacroterapia (IMT), significando que a injeção do próprio sangue, seguido de elevação de macrófagos, é o meu objetivo terapêutico, da mesma forma que a aplicação de uma descarga elétrica, seguida de alterações na fisioquímica neuronal, é o meu objetivo terapêutico na ECT?
São essas considerações movidas pela lógica e coerência que pode antecipar a verdade de como esses dois procedimentos atuam dentro de uma provável certeza fisiopatológica e que a ciência ainda não chegou a encontrar em ambos os casos.
Enquanto isso os médicos que prestam o juramento de Hipócrates (exercer a arte da medicina com consciência e dignidade, com a saúde do doente sendo a primeira preocupação, não permitindo que considerações de religião, nacionalidade, raça, partido político ou posição social se interponham entre o meu dever e o meu doente) após a sua formatura estão obrigados moralmente a seguir essa FÓRMULA DE GENEBRA e adotada pela Associação Médica Mundial em 1983, mesmo que isso implique em ficar marginalizado frente às agências de fiscalização brasileiras.
Enquanto isso os pacientes que se sintam esclarecidos e prejudicados devem procurar os seus médicos, falar sobre a possibilidade do procedimento da AHT/IMT ajudar na resolução de sua patologia e ver se é conveniente aplicar a Declaração de Helsinque, aprovada pela Associação Médica Mundial (WMA) em 1964, no item 37 que trata das Intervenções não comprovadas na prática clínica: “No tratamento de um determinado paciente, onde intervenções comprovadas não existem ou outras intervenções conhecidas se mostrarem inefetivas, o médico, depois de buscar conselho especializado, com consentimento informado do paciente ou de representante legalmente autorizado, pode usar uma intervenção não comprovada se em seu julgamento ela oferece esperança de salvar a vida, restabelecer a saúde ou aliviar o sofrimento. Esta intervenção deve, em seguida, tornar-se objeto de pesquisa desenhada para avaliar sua segurança e eficácia. Em todos os casos, a nova informação deve ser registrada e, quando apropriado, tornada disponível publicamente.” (Tradução do Dr. Miguel Roberto Jorge, Diretor de Relações Internacionais da Associação Médica Brasileira e Professor Associado de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina).”
Acredito que esses dois procedimentos consigam atenuar os prejuízos que a população brasileira reclama, por não ter ao seu dispor oficialmente uma prática tão salutar e econômica, e aos colegas médicos a dignidade de cumprir o Juramento de Hipócrates que selou a sua vocação na Arte da Medicina.
As 19h do dia 22-06-16, na casa de Paulo Henrique, teve início mais uma reunião do Projeto Foco de Luz e AMA-PM, com a presença das seguintes pessoas: 01.edinólia; 02. Radha; 03. Jaqueline; 04. Francisca; 05. Mano; 06. Ana Paula; 07. Cláudia; 08. Nivaldo; 09. Carlos Volu; 10. Paulo; 11. Francisco; 12. Luzivan; 13. Netinha; 14. Rosália; 15. Davi; e 16. Silvana. Após os 30 minutos iniciais de conversas livres, foi lido o preâmbulo espiritual “Tende Calma” uma citação do Evangelho de João (6:10). Foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada por todos sem ressalvas. COMUNICADOS: Francisco informa que os três livros necessários para levar ao cartório e registrar a Associação já estão prontos a espera do advogado; que Mano entregou o modelo de um jornal informativo de bairro para orientar na confecção do nosso, a partir do trabalho de Davi; que Paulo entregou os ofícios que deverão ser levados por Luzivan e outras pessoas com disponibilidade à EMATER; que foi apresentada Cláudia que vem pela primeira vez à reunião; que foi colocado sobre a mesa por Mano folders de curso evangélico para os interessados. Edinólia informa que o São João realizado na Escola Padre Monte teve pouca participação de pessoas, a barraca da AMA-PM ficou isolada e que não foi anunciado o sorteio do balaio. Carlos Volu informa que está havendo uma dificuldade de adaptação/casamento da escola com a associação, e que isso deve levar algum tempo. Diz que a escola tenta se levantar de um caos, funcionando dentro da violência, de furtos, da evasão, dos professores que não se envolvem em atividades extra-classe e considera que foi uma vitória a festa de São João ter acontecido. Elogia a participação dos Curumins e da Academia Pré-Militar. Quanto a festa ter acontecido no mesmo dia que as outras escolas realizavam as suas festas, é devido o calendário escolar que obedece a um só dia proposto pela Secretaria de Educação. Paulo enfatiza que é importante que aconteça a sintonia da escola com a Associação e com a comunidade e que ver que isso já está acontecendo, mesmo que seja de forma lenta. Davi sugere que seja feita a compra pela Associação de uma tenda, mesa e cadeiras para que se torne independente dos favores ou dos gastos com aluguel. Luzivam informa que irá deixar o ofício na EMATER na próxima semana e irá marcar um via para a visita do órgão na Escola, que poderá ser, segundo Carlos Volu, de segunda a sexta feira no turno da manhã. Ezequiel informa que está na organização da festa do II São João na comunidade na próxima terça feira, no mesmo espaço do ano passado, ao lado do hotel Reis Magos. Conta com o apoio de todos, principalmente da Associação que irá montar uma barraca identificada dentro da festa, para venda de produtos e filiação de interessados na participação voluntária dentro da comunidade, obedecendo ao princípios cristãos. As 20:30h a reunião foi encerrada, Paulo conduziu a oração do Pai Nosso, fizemos a foto coletiva e nos despedimos fraternalmente.
A pergunta clássica da filosofia, comum ou técnica, sempre está circulando na nossa mente: “quem sou, de onde vim, para onde vou”. A primeira pergunta o filósofo Sócrates coloca como uma incógnita da qual temos que descobrir: “conhece-te a ti mesmo”. A segunda pergunta, em termos mais gerais de origem da vida e não origem do indivíduo, recebe da ciência uma tentativa de resposta. Explica que tudo começou a partir de uma grande explosão (Big-Bang) cósmica que iniciou a criação e a expansão do universo, fato que acontece até hoje.
As religiões também tentam explicar essa nossa origem cósmica. Dentre elas existe a hipótese de um Deus: Criador, Incriado e Eterno. Dotado de sabedoria máxima, inalcançável por nossos recursos cognitivos, se expressa na Natureza, quer seja ou não alcançável por nossos órgãos dos sentidos ou capacidade imaginativa.
Mesmo sabendo de minhas limitações cognitivas, me atrevo a raciocinar sobre essa origem e tenho que aceitar a lógica da Ciência ao apontar para o Big-Bang. Por outro lado, tenho que aceitar a lógica das religiões de que se existe um efeito é por que existiu uma causa. E se o efeito foi o Big-Bang, a causa tem que ser encontrada. Como a Ciência emudece nesse ponto, sou obrigado a aceitar a hipótese das religiões que dizem ter sido obra de Deus, qualquer que seja o formato que as religiões o aceitem.
Portanto, a inteligência matemática que criou o universo conhecido e possíveis universos desconhecidos, aceito com o nome de Deus. Se a Ciência designa essa causa com o nome de acaso, eu não me incomodo, simplesmente entendo como sinônimo. Peço apenas licença para colocar dentro dEsse acaso que considero Deus, seus atributos de inteligência e sabedoria máxima, que irradia a energia mais poderosa, sublime e sutil de todos os universos, a energia do Amor.
Essa forma de eu encarar o Acaso, destoa da forma que muitos colegas da academia encara o acaso, algo sem sentido, sem inteligência, sabedoria ou qualquer atributo nobre. Portanto, se esse acaso foi o criador de sua existência enquanto ser humano, não tem nenhum dever de reconhecimento por esse ato. Enquanto o Acaso/Deus que entendo ser responsável por minha criação, tenho com Ele toda uma responsabilidade de filho para Pai e procuro conhecer a Sua vontade e realiza-la, como fazemos com os pais biológicos.
Posso ser visto por esses colega de forma irônica, por acreditar num Pai transcendental reverenciado por uma corte de espíritos, encarnados e desencarnados. Não sei porque, deveria me considerar humilhado por ser assim considerado, um coitado que se tornou encantado por estórias da carochinha, mas, pelo contrário, sinto-me tão seguro, mesmo órfão de pai biológico! Sinto que tenho um Pai presente a cada momento, sábio e bondoso, que deseja o meu crescimento evolutivo para chegar próximo dEle.
Sinto que o leque de relacionamentos que podem ser caracterizados dentro de tal família ampliada está cada vez mais se abrindo. Uma dificuldade surge em função dessa ampliação, que não deixa de ser o objetivo a ser alcançado... surge a dificuldade de eu não poder estar em todos os lugares que tem pessoas caracterizadas como membro desta família. Isso poderia ser um elemento negativo nesse formato da família ampliada, pois na família nuclear a presença do outro é garantida.
Acontece que existe uma pressão muito grande para os relacionamentos serem formados além da família nuclear, e isso termina acontecendo de forma clandestina, com a pecha do pecado ou culpa do adultério, tanto pelo homem quanto pela mulher.
Esse tipo de relacionamento, nuclear mas com diversos encontros adúlteros, implícitos ou explícitos, é o que se observa como normalidade na sociedade. Então, para evitar essa situação de anomalia, devemos colocar esse comportamento adúltero que se tornou normalidade, dentro de um paradigma diferente, que dê dignidade ao homem e mulher que assim proceder.
A construção desse paradigma, com base na honestidade e na verdade, irá construir a família ampliada, pois não será concebível que dentro de uma relação harmônica, o relacionamento sexual seja realizado sem um laço forte de afetividade. Sem isso estaríamos nivelado aos animais, infelizmente é o que se observa também com muita regularidade. Mas não posso entrar nesse campo da sexualidade instintiva sem respeito à dignidade do outro, pois estaria tratando com um animal travestido de humano.
O que quero demonstrar aqui é a válvula de escape para os instintos sexuais serem realizados dentro da verdade, coerência com os interesses de todos os envolvidos, e alimentar o sentimento do Amor que foi desencadeado pela força da paixão. Por isso a família ampliada se torna necessária e se tudo correr dentro dos princípios do Amor, alcançaremos a família universal, e, enquanto espécie, a sociedade característica do Reino de Deus.
O aspecto negativo da falta de uma pessoa específica junto da outra, pode ser compensada de forma ampla pelas diversas pessoas que giram em torno da amizade e afetividade, nesse círculo familiar. O sexo não pode ser considerado tabu, se ele está a serviço do Amor, mas tem que ser evitado se ele induz a exclusão de outras pessoas.
Senti a necessidade de fazer este texto ressaltando as novas perspectivas dentro da família ampliada, porque vejo essa necessidade estar surgindo em diversos campos, mesmo além do envolvimento sexual, que antes era o principal fator. Desde uma pessoa que fez um benefício para mim no passado e deixou registrado no mármore da minha memória a gratidão, essa pessoa e seus descendentes e antecedentes devem ser considerados como membros da família; uma pessoa que no passado distante se envolveu sexualmente comigo e agora se aproxima com outras demandas, também está registrada no mármore de minha memória. Até mesmo um paciente, companheiro de trabalho ou aluno, que mostre afinidade pelo pensamento e afeto pelos participantes, tende a entrar também nessa família ampliada.
Tudo isso acontece no campo da minha consciência e percebo diversos caminhos se abrindo, cada vez com mais diversidade. Chega a um ponto que fico confuso na forma de melhor administrar tudo isso, uma vez que o egoísmo ainda prevalece e tende a desarmonizar o conjunto. Mas deixo todas essas dificuldades nas mãos de Deus, pois sei que esse trabalho pertence a Ele, e sou apenas um simples instrumento.