Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
28/10/2013 01h01
LIÇÕES PARA O COMBATENTE

            Ficou bem claro que minhas ações atuais estão ainda bem longe daquilo que Deus colocou dentro de minha consciência. Num primeiro momento existe a tendência de entrar em depressão, por reconhecer tamanha falha, por sentir a incapacidade de realização de um projeto que sei da máxima importância, a substituição do amor romântico pelo Amor Incondicional em todos os relacionamentos, principalmente os afetivos. Até mesmo no espaço dos meus relacionamentos mais íntimos eu sinto que ainda não exerço o Amor Incondicional à contento, ainda fico inibido até mesmo com a comunicação, evitando causar sofrimentos por causa do amor romântico.

            O combate está se desenrolando na minha frente. Vejo e sinto os efeitos do mal ao meu redor: a miséria, a violência, a prostituição, o abandono, a fome, a loucura... Tudo isso convivendo com a opulência, com as mansões, os carrões, as fortunas...

            Eu, combatente nas hostes do Cristo, com a missão dada pelo Pai, vejo tudo isso acontecendo e não consigo me colocar no front do combate. Lições e orientações são o que não falta. O Pai acaba de me levar a um outro nicho de espiritualidade e fez eu adquirir um livrinho intitulado “A Umbanda às suas Ordens”, onde coloca em síntese os principais dogmas do espiritualismo, que é o campo que deve ser bem compreendido pelos soldados do Cristo e que eu devo conhecer e intuir:

  1. Acreditar em Deus, eterno, imutável, único, onipotente, inconcebível em sua plenitude, embora eu possa senti-lO e compreender a obra de Sua criação, crer no Deus que fez os homens e não no deus que os homens fizeram;
  2. Ter a encarnação como um conhecimento científico, verificável e reproduzível;
  3. Saber da existência de seres fora da matéria, na sobrevivência da alma apos a morte e dissolvição do corpo físico;
  4.  Da possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados através da faculdade mediúnica que todos possuímos;
  5. Saber da lei de causa e efeito, pela qual colhemos tudo aquilo que plantamos, que somos nessa encarnação o fruto da semente que semeamos nas precedentes, que não há acaso, tudo é conseqüência;
  6. Saber que o meu progresso ou as situações da minha vida são produtos de meu livre arbítrio ou escolha de provas com antecedência, antes da descida à matéria;
  7. Saber que não há diferença entre o natural e o sobrenatural, apenas aparente distinção de estados vibratórios;
  8. Saber e aplicar o lema dos soldados do Cristo, “amai-vos uns aos outros”, e que deve estar presente em qualquer religião cristã como base para a prática da caridade ao irmão necessitado;
  9. Acreditar na existência de outros planetas habitados, não constituindo a Terra exceção no Universo, que há mundos mais adiantados e outros mais atrasados, e que a Terra é um campo de expiação e de correção moral;
  10. Saber que não há espíritos eternamente voltados para o mal, mas entidades em estágio de aprendizado, que a condição de mau é apenas imperfeição temporária, própria da fase de desequilíbrio pela qual passa o espírito;
  11. Saber que tenho um guia espiritual que me acompanha no molde dos anjos, como ensina a igreja católica, com a capacidade de se comunicar comigo através da mediunidade;
  12.  Reconhecer que Jesus Cristo foi o espírito de categoria mais elevada que já encarnou entre nós, que é o irmão sublime que desceu das esferas superiores para ensinar, pelo Evangelho, conduta moral à humanidade; e
  13. Saber que todos somos iguais na condição de filhos de Deus, criados para cumprir seus sábios desígnios, que não há superioridade de uns sobre outros, exceção àqueles que já despontam vibrações superiores provenientes do grau de adiantamento espiritual alcançado pelo próprio esforço e merecimento, através de conduta exemplar em benefício de seus semelhantes.

São essas as lições que o Pai condensou para a minha aprendizagem, para que eu possa guardá-las na memória, para que eu possa caminhar ao lado do meu general, Jesus, e possa agir dentro do combate e fazer diferença.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/10/2013 às 01h01
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27/10/2013 01h01
... E NÃO FAÇO NADA!

            Foi citado no texto do dia 25 que estamos dentro de um combate, como disse o apostolo Paulo, desde que resolvemos seguir as lições do Mestre Jesus. Nesta minha visita à Curitiba, uma cidade bastante espiritualizada, pude observar esse campo de batalha e os seus diversos atores.  

            Existe uma massa amorfa de pessoas, que não se destacam para o bem ou para o mal, que são conduzidas mais pela lei da sobrevivência e que procuram seguir as leis que são ditadas para elas, por sacerdotes e juristas, principalmente. Podem ser consideradas as ovelhas de Deus para as quais Ele envia os bons pastores, um deles foi Jesus. Esses pastores nos ensina a vencer os apelos da carne, o egoísmo que herdamos desde os gens de nossos pais. São os dragões que existem dentro de nós, são as bestas que produzimos fora de nós, são os falsos profetas que criamos para iludir as ovelhas desatentas. A justiça humana e as leis religiosas das diversas correntes espirituais tentam nos manter numa linha de justiça e ética para com os nossos semelhantes, domesticar os dragões, evitar as bestas e os falsos profetas. Todos somos filhos de Deus e Ele deseja que todos consigamos superar a ignorância e nos aperfeiçoar ao longo do tempo para assim nos aproximarmos dEle cada vez mais. Dessa forma Ele intui nos seus filhos mais sensíveis e dispostos a obedecê-lO atitudes a desenvolver nesse campo de batalha que está colocado ao nosso redor, a qualquer momento do dia ou da noite.

            Há muitas formas de Deus se manifestar em nossa vida cotidiana, nas forças da Natureza, nos grandes acontecimentos da vida e também em tudo e em todos. Ele age incessantemente através de nós e, muitas vezes, através de nós. Deus conta com nosso coração enternecido para estender a mão aos seus filhos desamparados. É como o pai que conta com os filhos maiores para cuidar dos menores. O Criador em sua bondade infinita conta com as mãos generosas de todos aqueles que praticam o bem, para instaurar na Terra, pouco a pouco, a paz permanente. Ele conta com a sensibilidade e compaixão daqueles que não suportam ver o sofrimento alheio e tomam atitudes imediatas para amenizá-lo de alguma forma. Ele conta com a coragem dos seus filhos esclarecidos, que já podem defender os fracos, ainda tão maltratados pelos interesses mundanos reinantes.

            Assim é que entendo todo o conhecimento que Deus permitiu que eu tivesse alcançado, que eu me habilitasse a compreender a razão de tanto sofrimento com base na raiz egoísta que não conseguimos podar, mesmo com mais de dois mil anos do ensinamento do Mestre. Foi assim que cheguei a compreensão da força do amor romântico como seiva dessa raiz egoística que mantém a miséria humana apesar de toda evolução científica e tecnológica que alcançamos. Tenho a missão hoje, como soldado do Cristo, dentro desse combate que se desenvolve no dia-a-dia, de substituir o amor romântico pelo Amor Incondicional.

            Mas, quando avalio o meu comportamento de soldado do Cristo, dentro desse burburinho humano, vejo o quanto ainda estou incapacitado. Vejo crianças e velhos abandonados vivendo, dormindo e roubando pelas ruas, e não faço nada! Vejo adultos esmolambados, falando só pelas calçadas, pedindo moedas com o sexo trocado, e não faço nada! Vejo artistas que pintam Jesus, o meu general, como zumbi, nessas batalhas e não faço nada! Vejo garotas que se prostituem ao meu lado, e não faço nada!

            Sou um soldado do Cristo, com uma missão do Pai, capacitado para a ação; assim eu penso, assim eu ajo?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/10/2013 às 01h01
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26/10/2013 01h01
O TEMPO E O SENSO

            Como é interessante o efeito do tempo sobre os nossos pensamentos e sentimentos. O que antes causava forte emoção, tanto para a dor quanto para o prazer, agora são atenuados. Porém existe um detalhe, as lembranças conflituosas devem dar lugar a outras metas e que tenham forte apelo material e espiritual, senão as dores e ressentimentos se cronificam e a reconciliação das almas não se verifica.

            As pessoas terminam por assumir determinados postos hierárquicos no relacionamento, com determinado poder de um sobre o outro, desde que o inferiorizado aceite essa condição. Ás vezes o inferiorizado não tem como escapar dessa condição, principalmente quando existe a preponderância econômica e educacional de um sobre o outro.

            Trago essas considerações depois que percebi lágrimas de reconhecimento nos olhos de minha irmã por termos ido até a casa da avó do seu filho, com quem ela teve um relacionamento muito conflituoso no passado, inclusive com ameaças de nunca mais vê-los. Em função disso a minha irmã nunca mais se aproximou da avó do seu filho e até mesmo agora, que o seu filho foi convidado a morar com os avós, o medo dominava a sua alma, com medo de toda aquela agressão do passado. Ela deu poder a essa senhora de se comportar dessa forma, infelizmente ela não tinha outra alternativa, não tinha dinheiro nem conhecimentos para se contrapor na pressão. O tempo atenuou a raiva e o ressentimento que foi formado entre ambas, mas o medo das reações ainda era forte em minha irmã. Ela deixava perceber que poderia voltar a ser agredida e isso a deixava incapacitada para falar com ela, tinha dito antes de sair de casa que não queria esse encontro com ela. Mas eu sentia que o encontro delas duas podia ser positivo.

            Assim, apostei que o tempo traria consigo o bom senso. Fizemos o encontro, nos reunimos, conversamos, coloquei um pouco da epopéia da minha família, o motivo que ela tinha chegado tão distante, porque se encontraram as famílias.

            Foi esse o ponto gerador das lágrimas de reconhecimento de minha irmã. Ela sentiu que não estava abandonada por sua família, os irmãos estavam com ela nesse momento difícil, que o seu filho nem ela eram pessoas abandonadas.

            Eu não disse nada sobre as palavras de agradecimento dela. Deixei que as lágrimas terminassem de lavar o seu medo. Deixei ela perceber por si só que tem uma saída neste mundo de egoísmo que transforma a vida de cada um em um inferno. Deixei ela perceber que a sua mente é a saída de qualquer inferno que a própria mente tenha criado. Deixei ela perceber que o coração é o caminho para os Reinos Superiores de Amor e alegria, compaixão e beleza. 

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em 26/10/2013 às 01h01
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25/10/2013 01h01
SONHOS E REVELAÇÕES

            Tive dois sonhos relacionados com a sexualidade: um com uma adolescente que não desenvolveu relação afetiva comigo devido a diferença de idade e das expectativas de vida destoantes da minha; o outro envolvia dois homens que desenvolviam uma relação homossexual na minha frente e que me deixava um tanto encabulado pelo que eu via. Fiquei a refletir sobre o significado desses sonhos em plena Curitiba, envolvido com ações muito diferentes da minha rotina. Reflito que quando estou de volta ao hotel e digito esses textos para a publicação no diário, volta à minha mente todo o compromisso espiritual que eu devo cumprir. No entanto, quando estou com a turma e no meio da multidão, o sentimento espiritual fica distante, apesar de não praticar atos lesivos a terceiros, que sejam contrários à vontade do Pai. Mas não fico ligado com o que devo fazer, com os compromissos que já assumi frente à espiritualidade maior. Talvez os sonhos queiram transmitir alguma informação espiritual.

            Há um segredo para a compreensão dos sonhos, visões e revelações. As mensagens que elas passam contem uma linguagem figurativa, puramente abstrata. A verdade espiritual e a realidade invisível devem sempre ser comunicados aos seres humanos, daí porque todos têm algum tipo e profundidade de mediunidade. Tais mensagens apontam para o que é definitivamente indescritível e exprimem uma tentativa de tornar compreensível o fator espiritual utilizando elementos conhecidos do cotidiano.

            O administrador do nosso planeta, Jesus, o filho mais perfeito de Deus, veio trazer sua mensagem e deixou claro que era o Caminho, a Verdade e a Vida; que teríamos de pegar nossa cruz e segui-lo. Isso significa que ao seguir Sua mensagem nos envolvemos num “conflito” espiritual contínuo, chamado de “combate” pelo apóstolo Paulo. Um dos livros da Bíblia, o Apocalipse tem por objetivo possibilitar maior discernimento quanto a natureza dos inimigos íntimos do homem. São materializados como dragões (instintos, desejos), as bestas (representação da sociedade, do comércio e da cultura secular, ocidental, enganosa e sedutora, representada também como a prostituta da Babilônia) e os falsos profetas.

            Desde que eu me sinto engajado nas fileiras do Cristo, O reconheço como governador do planeta e que Ele trabalha incessantemente nesse governo. Dentro da administração divina do mundo, Jesus é o ponto máximo da representação de Deus para a Terra, auxiliando na vitória do bem e para o estabelecimento definitivo do reino do Amor no planeta.

            Fazendo agora uma retrospectiva dos sonhos e do ambiente no qual estou em Curitiba, concluo que a sexualidade está no centro do embate espiritual. Dentro do meu grupo tenho um irmão que mostra grande lascívia em todas as suas falas; fiquei hospedado ao lado de uma boate; as ruas são cheias de lojas eróticas, cines pornôs, restaurantes dançantes... Nada disso me influencia, o dragão do desejo sexual foi vencido, ele existe ainda em mim, mas de forma domesticada. Porém ao redor de mim prevalecem os seus efeitos que atingem a todos e a mim também. Foi isso, acredito, que os sonhos queiram comunicar: que o inimigo é forte e está em todos os campos, dentro de fora de nós. Mesmo que eu considere esse dragão vencido dentro de mim, não posso lhe menosprezar, subestimar. Devo incluir a sua força dentro das estratégias para construção do Reino de Deus entre nós.

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em 25/10/2013 às 01h01
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24/10/2013 01h01
INSTALAÇÃO EM CURITIBA

            Procurei o município de Pinhais, vizinho ao município de Curitiba, para nos instalar, uma vez que o Congresso que vou participar se realiza naquele local. Já chegamos à noite e não era tão fácil encontrar um hotel nas imediações. Acatamos a sugestão do garçom que nos atendeu no restaurante em que jantamos, e voltamos para procurar hospedagem no Centro de Curitiba. Colocamos o GPS para o endereço do Mercado Público que fica no Centro, e por algum tipo de erro fomos parar no prédio da prefeitura. Pedimos informação a um motorista de táxi que foi solícito ao nos informar como chegar ao nosso destino. Achei que não seria tão fácil seguir essas instruções, mesmo porque não estava assim tão perto. O contratei para nos levar até o local desejado e paramos em frente a um hotel, bem simples. Encontramos dois quartos que deu para abrigar o nosso grupo, apesar de não ter o conforto das duas hospedagens anteriores, em Foz do Iguaçu e em Campo Mourão. Mesmo assim, pelo horário e pelo grau de cansaço que estávamos, ficamos com esta primeira opção. Após guardarmos nossa bagagem, descemos para comprar água e aproveitamos para entrar nos hotéis para ver a possibilidade de hospedagem. Todos que verificamos estavam ocupados.

            Resolvemos sair cedo no dia seguinte, logo após tomarmos o café da manhã, colocamos novamente a bagagem na Kombi e fomos em busca de nova hospedagem. Estacionamos no Centro Histórico e percorremos as ruas do Centro em busca de vagas. Todas ocupadas. Terminamos por aceitar dois quartos oferecidos por uma simpática atendente num pequeno hotel entre o Centro da Cidade e o Centro Cultural. Notamos que os quartos eram muito menores que os quartos anteriores. Ficamos assim mesmo. Já estávamos cansados de tanto andar à procura dessa hospedagem. Guardamos nossa bagagem nos quartos e voltamos a sair para procurar nos alimentar. Ao voltar para o hotel já estava tarde e todos cansados. Percebemos que o estabelecimento ao lado funcionava como boate, ficávamos a ouvir os seus fregueses a se divertirem com as mulheres, a falarem, a rirem. Lembrei que em Natal eu tinha descoberto que as prostitutas eram minhas irmãs mais próximas do que qualquer próximo. Será que com isso Deus quer dar algum recado para mim? Cujo livro que encontrei e que mais me chamou a atenção para adquiri-lo foi sobre a interpretação do Livro do Apocalipse e que parece sinalizar a mudança dos tempos, das relações humanas? Na cidade que tem uma boa fonte de espiritualidade e de espiritualistas? Cidade em que reside um autor espiritualista cujo livro eu fui um dos patrocinadores? Desisti de participar da abertura do Congresso, vou começar a ler esse livro, talvez seja nele que eu encontrarei o que Deus que falar para mim nesses primeiros movimentos em Curitiba. Procurarei sair amanha cedo para o Congresso e verei onde participarei efetivamente dentro do evento e dentro das minhas responsabilidades frente à vontade do Pai.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/10/2013 às 01h01
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