Lembremos o precursor da primeira vinda de Jesus à nossa dimensão material, pois pelos sinais do tempo parece que se aproxima a sua segunda vinda, e talvez seja necessário mais uma vez um precursor. Então, vamos ver o que está escrito no livro “Um Santo para cada dia”, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
João, chamado o batizador, é filho de Zacarias e de Isabel, ambos de estirpe sacerdotal. Sabemos pelas palavras do anjo Gabriel, que João (cujo nome significa “Deus é propício”) foi concedido aos dois cônjuges em idade avançada. Já vaticinado na Escritura como o precursor do Messias, João encarna o caráter forte de Elias. A sua missão de fato será semelhante “no espírito e no poder” àquela do profeta Elias, enviado para preparar um “povo perfeito” para o advento do Messias. A criança que vai nascer percebe a presença de Jesus “estremecendo de alegria” no ventre materno por ocasião da visita de Maria à prima Isabel. Enviado por Deus para “endireitar os caminhos do Senhor”, foi santificado pela graça divina antes mesmo que seus olhos se abrissem à luz. “Eis – diz Isabel, repleta do Espírito Santo, a Maria – quando tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre”.
Conforme a cronologia sugerida pelo anjo Gabriel (este é o sexto mês para Isabel), o nascimento do precursor foi fixado pela Igreja latina três meses após a Anunciação e seis meses antes do Natal. A celebração da Natividade do Batista é, com a do nascimento de Jesus e de Maria, a única festa litúrgica que a Igreja dedica ao nascimento de um santo. São João Batista é o primeiro santo venerado na Igreja universal com festa litúrgica particular, em data antiquíssima. Santo Agostinho nos diz que o santo era comemorado a 24 de junho na Igreja africana.
Igualmente antiga é a celebração da vigília do santo, conhecida já pelo Sacramento Leonino, suprimida somente pelo novo calendário. Isso atesta o grande interesse que em todas as épocas suscitou este austero profeta, definido pelo próprio Cristo como “o maior entre os nascidos de mulher”.
Na história da Redenção, João Batista está entre as personalidades mais singulares: é o último profeta e o primeiro apóstolo, enquanto precede o Messias e lhe dá testemunho. “É mais que profeta – disse ainda Jesus. É dele que está escrito: eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti.” Castigador da hipocrisia e da imoralidade, pagou com o martírio o rigor moral que ele não só pregava, mas punha em prática, sem ceder também diante da ameaça de morte. A 29 de agosto a Igreja lembra, com uma segunda comemoração litúrgica, o martírio do Batista, protótipo do monge e do missionário.
Qual será o trabalho que este novo precursor traria para informar sobre o retorno do Cristo? Em plena ascenção dos poderes das trevas entre nós? Onde a população se parece cada vez mais com aquela que existia na época de Noé?
O júbilo com o qual o Pequeno Tigre sentia ao imaginar o desfecho de um Papa maçom e naturalista reinando na Cátedra de Pedro, pode muito bem ser desfrutado agora por seus militantes descendentes:
O objetivo é tão belo que nós devemos necessariamente içar ao vento todas as velas a fim de concretizá-lo. Se quiserdes revolucionar a Itália, olhai o Papa cujo perfil acabamos de descrever. Quereis estabelecer o reino dos eleitos no trono da Prostituta da Babilônia? Que o clero marche sob o vosso estandarte, enquanto acreditam ingenuamente que estão marchando sob o estandarte das Chaves Apostólicas.
Quereis exterminar o último vestígio dos tiranos opressores? Lançai vossas redes como Simão Bar-Jonas! Lançai-as profundamente na sacristia, nos seminários e nos mosteiros, ao invés de no fundo do mar. E se não vos apressardes, vos prometemos uma pescaria mais milagrosa do que essa!
O pescador de peixes se tornou um pescador de homens. Vós também pescareis alguns amigos e os conduzireis aos pés da Sé Apostólica. Vós tereis pregado revolução em tiara e pluvial, precedida pela cruz e pelo estandarte, uma revolução que necessitará tão-somente de uma pequena ajuda para incendiar as regiões do mundo.
O plano do Pequeno Tigre não inclui panfletos, armas, derramamento de sangue ou mesmo eleições políticas. Ele requer uma infiltração passo a passo, primeiro entre os jovens, depois no clero, e então, à medida que o tempo passar, entre aqueles dentre os jovens e o clero que se tornarem cardeais e, então, o Papa.
O Papa Gregório XVI foi o primeiro a adquirir o documento da Alta Vendita, o que situa sua composição provavelmente nos anos do seu pontificado, de 1831 a 1846. Em 1832, ele emitiu a encíclica Mirari vos, sobre o liberalismo e indiferentismo religioso. O documento foi escrito contra “os homens insolentes e facciosos que se esforçaram para erguer o estandarte da traição”. O Papa Gregório XVI escreve contra o que parece ser uma Revolução Francesa sendo impulsionada de dentro da Igreja Católica. Em Mirari vos, ele analisa e condena sete erros correntes que invadem os corações dos católicos:
Católicos atuais podem ficar chocados ao constatar que papas em nossos dias defendem os opostos diametrais dessas condenações estabelecidas em 1832. Documentos papais e conciliares correntes, e o direito canônico, abriram passagem para o casamento clerical, o divórcio e o novo casamento, a liberdade de consciência acima da lei moral objetiva, a liberdade de imprensa, a rebelião política, e a completa separação entre a Igreja e o Estado. Entre o pontificado de Gregório XVI e o nosso tempo, a trama da Instrução Permanente da Alta Vendita de fato se enraizou profundamente.
O sucessor de Gregório, Papa Pio IX, incentivou Jacques Crétineau-Joly a publicar o texto integral da Alta Vendita em 1859. A trama para enxertar “nossas doutrinas nos corações do clero jovem e nos monastérios” estava sem dúvida na mente do Papa Pio IX quando ele emitiu seu Programa de Erros em 1864, o qual explicitamente atacava os oito erros da maçonaria e dos Carbonari, divididos em 10 seções:
Os maçons lutavam pela deificação panteísticas dos seres humanos – assim como Satanás lutara pela deificação panteística dos seres angélicos. E uma vez mais, a guerra preternatural chegou à Terra. Em alguns poucos anos apenas, os maçons concluíram a derrubada da independência política do papado e o Papa Leão XIII iria ver misticamente demônios se reunirem em Roma.
Dentro deste contexto fica compreensível que seja necessário a vinda de Cristo mais uma vez para perto de nós. Talvez seja necessário também a vinda de um precursor para advertir mais uma vez a multidão dos incautos que não estão percebendo o ataque das trevas.
A nova estratégia dos Carbonari na Alta Vendita, foi escrita sob o pseudônimo de Piccolo Tigre (Pequeno Tigre) de forma ousada e detalhada com precisão, de como o papado seria persuadido pela filosofia e crenças maçônicas. Vale relembrar qual era o seu princípio central:
O Papa, seja ele quem for, jamais virá para as sociedades secretas. Cabe às sociedades secretas ir primeiro para a Igreja, com o objetivo de vencer a ambos. A obra à qual nos comprometemos não é a obra de um dia, tampouco a de um mês, tampouco a de um ano. Ela pode durar muitos anos, um século talvez, mas em nossos flancos os soldados morrem, e a luta continua.
Aqui, a Alta Vendita garante que seu projeto pode levar um século. O Pequeno Tigre continua explicando como o papado será conquistado:
Agora, a fim de garantir a nós um Papa de acordo com nosso próprio coração, é necessário modelar para esse Papa uma geração digna do reino com o qual nós sonhamos. Deixe de lado os idosos e os de meia-idade, aproxime-se dos jovens e, se possível, até mesmo das crianças.
O Pequeno Tigre explica como os jovens serão seduzidos ao longo do tempo através da corrupção das famílias, livros, poemas, colégios, ginásios, universidades e seminários. A seguir, o clero católico será seduzido e corrompido:
A reputação de um bom católico e um bom patriota abrirá o caminho para que nossas doutrinas se introduzam nos corações do clero jovem e até mesmo nos fundos dos conventos. Em alguns poucos anos, o clero jovem terá, pela força dos acontecimentos, ocupado todos os ofícios. Eles governarão, administrarão e julgarão. Eles formarão o Conselho dos Soberanos. Eles serão convocados para escolher o Pontífice que irá reinar.
Tendo o jovem clero corrompido entrado para o cardinalato e eleito um Papa “de acordo com nosso próprio coração”, muitos obstáculos permanecerão no caminho:
E esse Pontífice, como a maior parte dos seus contemporâneos, será necessariamente imbuído dos princípios italianos e humanitários que nós estamos prestes a por em circulação. É um pequeno grão de mostarda que nós enterramos na terra, mas o sol da Justiça transformá-lo-á em um grande poder, e vereis um dia que rica colheita aquela pequena semente produzirá. No caminho que traçamos para nossos irmãos há grandes obstáculos a conquistar, dificuldades de mais de um tipo para superar. Eles serão superados pela experiência e pela sabedoria.
Estamos vendo a estratégia do Pequeno Tigre sendo alcançada na sua meta final. Já foi eleito um Papa de “acordo com o coração dele”. A maioria dos cargos do clero estão dominados por esse tipo de “coração”. Muitos padres que chegam a colocar alguma crítica são isolados ou excluídos de suas responsabilidades. Quem faz o confronto mais pertinaz são os leigos que percebem a distopia na qual entrou a Santa Igreja Católica e com o uso da internet fazem uma frente de oposição considerável, chegando ao ponto de despertar muitas pessoas de boas intenções que não tinham ideia do que estava acontecendo.
O título deste artigo me veio à mente por lembrança de um recente lema de uma ex-presidente (a?) do Brasil, também ex-terrorista e atual comunista. Ela usava esse rótulo para a sua administração: Brasil: pátria educadora. Mesmo o país se encontrando nas últimas colocações nos testes internacionais, o confronto desse lema com a realidade não chegava a provocar dissonância cognitiva na população. Isto é, uma sensação de mal-estar, de sofrimento, ao ver que uma crença que admitimos como correta não está de acordo com a realidade.
A mesma coisa acontece com o planeta como um todo. Existe o movimento comunista presente em quase todas as nações do mundo. Em algumas nações o comunismo já está no poder e ele pode mostrar na realidade a concretude de suas promessas. A construção de uma sociedade justa, igualitária, onde todos têm os mesmos direitos, que pode ser construído um paraíso na Terra pelas próprias mãos humanas, sem necessitar da ajuda de um Deus abstrato, fictício. Mas, de uma sociedade perfeita com uma condição de vida dentro da fartura, observamos justamente o contrário. As pessoas terminam sendo excluídas, reprimidas, às vezes mortas. Não há liberdade para contestações, oposições, onde uma frase que não agrade aos “camaradas” no poder pode provocar a morte do “imprudente”.
Assim, temos estatísticas de milhões de mortes promovidas pelo regime comunista, mas as suas promessas continuam sendo aceitas por países que permitem que essas falsas promessas sejam colocadas como reais e a verdade continue omissa, transformada ou amordaçada.
Esse efeito didático contrário à essência do ensino, que é sempre divulgar e educar o aluno no contexto da verdade, não acontece somente nas escolas primárias, mas também em escolas técnicas, universidades, no parlamento, nos tribunais e até no próprio clero.
Dessa forma, esse é um planeta educativo onde as pessoas podem aprender sobre a verdade? Ou é um planeta de militância política onde os professores se travestem de militantes e passam a doutrinar os alunos de acordo com o seu pensamento enviesado? Onde os alunos doutrinados não conseguem formar uma dissonância cognitiva entre o certo e o errado, pois o errado é corrigido como certo e a verdade não aparece como tal?
Os falsos professores e verdadeiros militantes começam a formar pessoas sem capacidade cognitiva de fazer o discernimento entre o bem e o mal. Essas pessoas mal-educadas dessa forma, evoluem para as universidades e demais instituições que formam o poder de Estado. Isso termina por cobrir todo o aparelhamento de Estado como acontece hoje no Brasil. A fração da população que desperta para o que está acontecendo, não consegue encontrar uma instituição que esteja fora dessa influência nefasta e passa a se comportar como um escravo sem algemas.
Os falsos professores, ou atuando com ingenuidade ou com maledicência congênita, se consideram ótimos cidadãos e até como heróis de uma causa revolucionária, contra os padrões revolucionários de uma sociedade ultrapassada formada numa base imaginária, numa fé irracional, crente em um Deus imaginário, que tudo sabe e tudo pode, exigente e inexistente.
Tendo a Reforma Protestante de 1517 deixado um vácuo na Europa, a maçonaria organizou uma nova “igreja católica” universal, instituída para unir os homens em naturalismo, racionalismo e irmandade universal.
Nesse sentido, a estratégia da Ordem Rosacruz e da Maçonaria consiste em dispor sociedades secretas para subverter a ordem (católica) corrente e comutá-la por uma ordem iluminada na qual todas as religiões são aproximações da verdade – todas as religiões se tornam alegóricas e iguais. A Igreja Católica é a Vetus Ordo Saeculorum – a Velha Ordem do Mundo. A Maçonaria é a Novus Ordo Saeculorum – a Nova Ordem do Mundo.
A Maçonaria é a busca organizada daquilo que Lúcifer queria e que Adão e Eva tentaram. Trata-se da tentação da alquimia – transformar chumbo em ouro. Lúcifer, Adão e Eva buscaram transformar suas boas naturezas em naturezas divinas. De forma semelhante, os maçons negam a única encarnação de Jesus Cristo e rejeitam a ideia do pecado e a necessidade, de Cristo, de morrer e ressuscitar para a salvação humana. Consequentemente, não há graça, não há sacramentos e não há Igreja – a natureza humana sozinha é suficiente para a felicidade da humanidade. Trata-se do erro teológico de que a natureza não é curada nem aperfeiçoada pela graça. Ao invés disso, a natureza é divina. A criação é divina, e nós devemos procurar iluminação oculta para ver a Nova Ordem Mundial da natureza como divina.
Previsivelmente, a Maçonaria sempre prosperou onde o protestantismo fincou raízes antes. Escócia (presbiterianismo), Inglaterra (anglicanismo) e Alemanha (luteranismo) são os centro tradicionais da Maçonaria europeia. De forma semelhante, a América protestante também foi infectada pela Maçonaria, especialmente no sul protestante dos Estados Unidos.
Seguindo a Ordem Rosacruz, a Maçonaria cultua o “Grande Arquiteto do Universo”, que é tanto deus quanto o universo natural. Contudo, antigos membros da Maçonaria revelaram que o “Grande Arquiteto do Universo” é, na verdade, Satanás.
A Maçonaria formalmente organizada se originou em 1717 , dois séculos após a Reforma de 1517. Ela se nutriu do anticatolicismo, do deísmo e do racionalismo de seu tempo. A razão, não a fé, era valorizada pelos homens dessa época, e as lojas maçônicas se proliferaram. A religião organizada foi rejeitada em prol do sentimento de que todas as religiões estão se dirigindo ao desconhecido “Grande Arquiteto do Universo”.
Eis porque o maçom Benjamim Franklin pagava o dízimo a todas as religiões e denominações de seu tempo. Eis também porque os maçons consagram as escrituras de todas as religiões em seus altares: a Bíblia Sagrada, o Corão, os Vedas, o Zend-Avesta, o Sohar, a Cabala, o Bhagavad Gita e os Upanishads. Eles são, para os maçons, meramente esboços de crianças de jardim de infância desenhando Deus.
Uma vez que as religiões organizadas são igualmente aceitas, o modo de conhecimento divino é a razão, e não a fé, o batismo, a pregação, a Eucaristia, a liturgia ou o sacerdócio – e certamente não o papado. A humanidade não precisa de fé – ela precisa mais de razão. Essa é a consequência da assertiva de Martinho Lutero da autoridade religiosa a partir somente das Escrituras. Esse princípio fez de cada homem o juiz privado e final da doutrina teológica. A razão privada subjetiva entrou à socapa por essa porta dos fundos inconscientemente deixada aberta por Lutero.
A Igreja Católica excomunga qualquer católico que tenha aderido à Maçonaria, porque ela é uma religião de todas as religiões. Embora seja uma sociedade secreta, ela não esconde o fato de que almeja uma Nova Ordem Mundial na qual todas as religiões são honradas e tratadas como igualmente verdadeiras. Em sua busca de igualdade, ela também deseja a distribuição igual da propriedade humana.