Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
28/12/2023 00h01
LIBERDADE EM JOGO

            Parece simplório, pegar um trecho final de um filme americano e colocar a fala de um pastor evangélico num Tribunal de Justiça em pleno dia 25 de dezembro onde celebramos o aniversário de nascimento do nosso Mestre, que veio nos ensinar sobre a paternidade divina e a nossa liberdade do pecado. Mas é essa liberdade que estamos perdendo por todo o mundo, principalmente no Brasil, pelas estratégias das trevas. A conquista da liberdade que o Cristianismo nos trouxe, hoje está sendo ameaçado, literalmente destruída.



            - Mas o senhor já sabe disso. Afinal, tudo isso é... ah, é só uma distração. E eu facilitei pro senhor, não foi? Aposto que seu rosto se iluminou quando viu que havia um pastor na lista de testemunhas. Sabia que se desafiasse a palavra de Deus, eu viria aqui defende-la, porque isso faz parte do meu trabalho. Vocês esgotaram o nosso tempo, debatendo como as mulheres usavam o cabelo há dois mil anos, na esperança de que ninguém percebesse que, o que está em jogo é a nossa liberdade.



            - Errado, senhor. O assunto é o ensino domiciliar.



            - Quem dera fosse, senhor. Quem dera fosse! Mas hoje não. Hoje o assunto vai virar o próximo contra o próximo. Isso é parte do seu plano. Dividir a todos nós pra que ninguém perceba que aos poucos vocês estão enfraquecendo a nossa liberdade. Fizeram a gente falar sobre nós como Noé, colocar animais na arca, enquanto isso criavam uma legislação que permitiria que o governo invadisse os nossos lares, porque para vocês o que importa é o poder. E o único modo de conseguirem mais poder é tirando esse poder de outras pessoas. E daria certo se não fosse por uma coisinha chata chamada Constituição, que sempre atrapalha vocês.



            - Espere aí um segundo.



            - Não, eu cansei de falar com você. Eu estou falando com o povo que te elegeu que sempre atrapalha vocês, porque por mais inconveniente é deles que o seu poder provém. Tem aquelas estátuas e monumentos lá fora, eles dizem que vocês trabalham para nós.



            - O senhor não tem a palavra.



            - Um governo do povo, pelo povo e para o povo.



            - Ordem! O senhor não tem a palavra! Ordem!



            - Fiquem longe de nossas casas e igrejas! E fiquem longe da educação de nossa crianças, porque o que você chama de ensino, senhor presidente, é uma engenharia social.



            - O senhor não tem a palavra, senhor!



            - A história está sendo reescrita, a biologia redefinida. E o certo e o errado sendo apagados.



            - O senhor não tem a palavra, senhor!



            - Nossas crianças não pertencem ao governo e tão pouco o nosso país. Os Estados Unidos pertencem aos cidadãos. A cada um de nós, dos fazendeiros do Texas. Até os lutadores de janelas de Nova York, dos carpinteiros do Merme, até os professores de Oklahoma. A cada um de nós, a cada homem, mulher e criança, ele pertence a nós, o povo!



            Esta fala ardente do pastor em defesa do povo ameaçado pelo autoritarismo do Estado tem como base os valores cristãos. O povo vivendo na inércia da sobrevivência sem oportunidade de educação salutar dentro da verdade, mesmo com os símbolos cristãos no peito, não sabem que estão sendo conduzidos sob uma hipnose coletiva, com seu suor desviado para o cofre dos corruptos instalados no poder. É preciso que seja feito uma catequese afastada das ideologias socialistas, da luta de classe, para que possamos resgatar a sociedade cristã que hoje está sendo arruinada a partir mesmo da própria Igreja católica, com sua famigerada Teologia da Libertação.


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em 28/12/2023 às 00h01
 
27/12/2023 00h01
HERMAS E O ANJO DA PENITÊNCIA

            Eis o colóquio entre Hermas e o Anjo da Penitência:



            - Eu ouvi, Senhor, de certos mestres que não há outro arrependimento senão aquele que temos quando passamos pelas águas para recebermos a remissão dos nossos antigos pecados.



            - Ouviste corretamente, pois é dessa forma. Aquele que receber a remissão do pecado não deve pecar nunca mais, mas viver na pureza. Mas, como me perguntas diligentemente sobre todas as coisas, explicarei também isso a ti, sem dar desculpas àqueles que no futuro crerão ou aqueles que já creram no Senhor. Pois aqueles que já creram ou estão prestes a crer não têm arrependimento dos pecados, mas possuem a remissão dos antigos pecados. Para eles que foram chamados antes destes dias, o Senhor pediu arrependimento, pois o Senhor conhece o coração e, tendo conhecimento prévio de todas as coisas, Ele sabia da fraqueza do homem e da astuciosa criatividade do demônio, sabia que este faria algum mal aos servos de Deus e os maltrataria. O Senhor, porque é cheio de compaixão, teve misericórdia pela criação e estabeleceu esse arrependimento, e a mim coube o poder sobre tal arrependimento. Mas eu te digo que após aquele grande e solene chamado, se um homem for tentado pelo demônio e pecar, ainda terá um arrependimento. Mas, se ele pecar repetidamente e se arrepender, isso não tem valia alguma para tal homem, pois dificilmente ele viverá.



            - Alcancei a vida quando ouvi essas coisas tão verdadeiras de vós, pois eu sei que, se eu não amontoar novamente aos meus pecados, eu serei salvo.



            - Tu serás salvo, como serão todos os que fizerem essas coisas.



            Desse colóquio podemos observar:



A Existe arrependimento salvífico depois do batismo.



B A penitência tem um caráter universal, nenhum pecador é excluído dela, nem o impuro ou o apóstata. Só o culpado que não quer se arrepender é excluído.



C A Penitência precisa ter uma prontidão e produzir emenda; a oportunidade que ela proporciona não pode ser recebida com abuso, pelo retorno ao pecado.



D O propósito intrínseco da penitência é a reforma total do pecador, e uma vontade de fazer expiação pela mortificação voluntária e pelo jejum, rezando pelo perdão dos pecados cometidos.



E A justificação alcançada pela penitência não é apenas uma purificação, mas uma santificação positiva.



F A doutrina da penitência é permeada pela ideia de que a Igreja é uma instituição necessária para a nossa salvação.



A minha consciência absorve essas informações com certas adaptações ao meu pensamento, paradigmas.



O ritual do batismo pode ser dispensado, depende da consciência da pessoa que reconhece seus pecados e quer se afastar deles. É esse momento de conscientização que substitui o ritual do batismo.



Após esse batismo consciencial deve haver o esforço para não voltar ao mesmo pecado, de se fazer uma reforma íntima, com jejum, oração e a prática da caridade.`



Caso aconteça a recaída no pecado apesar do esforço disso não acontecer, haverá tantos batismos conscienciais quanto necessários, desde que o coração esteja sintonizado com o Criador e permaneça a disposição honesta de lutar contra o pecado.



A Igreja é a instituição que serve para acolher os cristãos, de acordo com suas conveniências e talentos individuais, desenvolvendo projetos dentro e fora da Igreja para implementar a vontade de Deus de forma universal.


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em 27/12/2023 às 00h01
 
26/12/2023 00h01
O PASTOR DE HERMAS

            Neste livro, “O Pastor de Hermas”, o Anjo da Penitência admoesta Hermas a purificar a própria família de todo o mal, de chamar todos à penitência.



            Considero que essa admoestação serve para os dias atuais. Observo que, com a minha conscientização dos ensinamentos de Jesus, tenho a obrigação de orientar a purificação da minha família que agora está bem maior: da família tradicional, nuclear, passando pela ampliada para chegar à família universal.



            Como cristão que sou, procurando seguir as diversas admoestações que o Pai nos envia de muitas formas, o livro mostra as diversas classes de cristãos, tanto bons quanto maus, que existem desde o início do cristianismo.



             São bispos, sacerdotes, diáconos que ministram os seus ofícios dignamente perante Deus, mas também de sacerdotes que eram dados ao julgamento, orgulhosos, negligentes e ambiciosos, e de diáconos que se haviam apropriado do dinheiro destinado às viúvas e órfãos, como vemos acontecer com as doações feitas durante a Campanha da Fraternidade que são desviados para setores fora do âmbito do Cristianismo.



            Lemos sobre mártires cujos corações nunca vacilaram por um momento, mas também sobre apóstatas, traidores e delatores; aqueles que apostataram meramente por interesses mundanos, covardia, e aqueles que não se envergonham de amaldiçoar a Deus e aos companheiros cristãos, como se fossem bárbaros babando por interesses pessoais, como foi o triste cenário do dia 8 de janeiro em Brasília, onde tantos cristãos foram presos e mantidos de forma injusta em celas coletivas quando defendiam com Bíblias nas mãos o direito à liberdade, a verdade, a justiça.



            Observamos conversos da plebe que não têm nenhuma mancha de pecado e de todos os tipos de pecadores no meio da realeza, da academia, dos tribunais, do clero. Pessoas ricas e doutas que desdenham dos irmãos mais pobres e ignorantes, e também de Cristãos bons e caridosos; de bons Cristãos por faltas menores e de simuladores e hipócritas; de hereges e de pessoas em dúvida que lutam para encontrar o caminho da justiça.



            Esse livro de Hermas é um grande exame autoexame da parte da Igreja de Roma e de seus Cristãos, dentro e fora dela.



            A conduta covarde de muitos cristãos se devia em grande parte ao período de relativa paz pela qual esses membros se estabeleceram em uma posição de conforto, fizeram fortuna e até mesmo ganharam prestígio entre os seus vizinhos pagãos, apenas para se encontrarem depois tomados pelo horror de uma grande perseguição.



            Outros tantos são cooptados por interesses materiais ou desviados por narrativas trevosas acima dos ensinamentos do Cristo. Chegam a assumir poderes nacionais com a bandeira do Cristianismo para depois deportarem padres e freiras, como aconteceu na Nicarágua, quando esses Cristãos, honestos, percebem o erro que fizeram e não aceitam as condutas anticristãs. No Brasil ficou mais séria a investida das Trevas. Aqui foram cooptados Bispos que desviaram o interesse de praticar os ensinamentos do Cristo, tendo Ele como centro, para desviar para o interesse para os pobres, tendo o Marxismo como fonte de orientação que leva à luta de classes, e à revolução.


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em 26/12/2023 às 00h01
 
25/12/2023 00h01
DIA DO BOM PASTOR

            Hoje é o dia que comemoramos o nascimento de Jesus de Nazaré, considerado o Bom Pastor, nos foi enviado pelo próprio Deus para que fôssemos conduzidos como ovelhas ao redil do Pai.



            Como o Pai cuida de cada um de seus filhos, ovelhas desgarradas, perdidas nas trevas da ignorância, chega um momento que Ele acha necessário a providência de enviar um de Seus filhos mais instruídos para atuar como pastor dos demais.



            A cada uma das ovelhas devidamente conduzidas ao redil, tem elas a oportunidade de captarem a vontade do Pai que não perde oportunidades de enviar a cada uma delas, em particular, as informações, instruções ou caminhos que cada uma pode seguir, segundo suas tendências, o grau de compreensão e capacidade de decisão.



            Neste ponto é que me encontro, sintonizado com o Pai, com a tendência de fazer a Sua vontade, atento ao que acontece ao meu redor, procurando compreender onde está a Sua mensagem e orando, suplicando, para adquirir forças e assim cumprir a decisão de agir como Ele.



            Foi neste ponto que conheci um autor da literatura patrística, Hermas, que escreveu um livro de revelações pela ação de duas figuras celestiais, a primeira uma anciã e a segunda um anjo na forma de pastor, que devido a ele escreve um livro inteiro com o título “Pastor de Hermas”.



            Nesse disfarce, o anjo da penitência aparece sob o disfarce de um pastor, que patrocinará toda a missão penitencial, que é revitalizar o cristianismo, proclamando mandamentos e parábolas.



            Os doze mandamentos representam um resumo da moralidade cristã, proclamando os preceitos aos quais a nova vida dos penitentes deveria se conformar:



            1 – Da fé, temor ao Senhor e sobriedade;



            2 – Da integralidade e inocência;



            3 – Da veracidade;



            4 – Da pureza e do comportamento apropriado no casamento e na viuvez;



            5 – Da paciência e do controle do temperamento;



            6 – De quem se deve acreditar e daquele que devemos rejeitar, respectivamente, o Anjo da Justiça e o Anjo da Iniquidade;



            7 – Daquele a quem se deveria temer e não se deveria temer, Deus e o Diabo, respectivamente;



            8 – Do que se precisa evitar e daquilo que se precisa fazer, o mal e o bem;



            9 – Das dúvidas;



            10 – Da tristeza e do pessimismo;



            11 – Dos falsos profetas;



            12 – Do fato de que se deve extirpar todo o mau desejo do coração e enchê-lo de bondade e alegria.



            Como tenho o coração fraco e duvido da minha habilidade de cumprir a vontade de Deus, devo me esforçar em completa confiança ao Pai e perseverar na observância desses mandamentos.



            Aceito a minha condição de servo de Deus, cidadão do Seu Reino, que vivo materialmente nesta terra distante da cidade em que irei habitar. Reconheço a inutilidade de acumular terras e tantos outros bens materiais, operações custosas e edificações inúteis que não posso levar para onde vou.



            Aqui, devo amparar almas aflitas, não negligenciar os desamparados. Jejuar dentro da reforma íntima, moral, com estrita observância à lei de Deus, conforme Ele colocou em minha consciência


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em 25/12/2023 às 00h01
 
24/12/2023 00h01
BRASIL SEM POVO – REFLEXÃO

            O título original do texto reproduzido no dia anterior neste diário, “A caminho de um Brasil sem povo” abre a perspectiva para se avaliar: que povo é esse que o autor se refere? Acredito que sejam as pessoas que tem a capacidade de discernir e a oportunidade de discordar ou implementar o contrário. Nesta perspectiva o autor tem razão.



            Mas tem outra perspectiva que também é coerente, como pratos da mesma balança. O Brasil caminha para criar um povo sem poder de discernimento, de argumentação e que luta exclusivamente pela sobrevivência, onde as decisões partem do estômago e não do cérebro. Não importa que existam instituições imponentes cheias de pessoas com títulos acadêmicos ou jurídicos de alto valor social, mas todos cooptados pelos instintos de sobrevivência.



Os brasileiros ainda estão na grande maioria sintonizados nas mídias recreativas, como as televisões, principalmente a TV Globo, apesar dos movimentos de protestos que fazem os patriotas conscientizados. Essa grande massa de brasileiros acostumou a assistir ritualmente as novelas e demais programas da máquina hipnótica da TV Globo. Não conseguem fazer um discernimento lógico nem um movimento organizado contra ações tão deletérias quanto fechar as torneiras para impedir de a água chegar em povos sedentos do Nordeste.



Certamente esse apelo do jornalista J.R. Guzzo, da Revista Oeste, irá cair no vazio. Como pensar que essa massa hipnotizada, que não consegue compreender o conteúdo real de um parágrafo, vai desligar sua televisão por 10 minutos para ler com atenção esse texto? Mas concordo plenamente com a opinião do Guzzo: estamos navegando à plenas velas, num mar caótico, com suas ondas canceladas por falta de ventos contrários. Navegam em direção ao paraíso totalitário onde todos seremos as tetas do ditador do momento, para alimentar sua corte de vassalos e cúmplices.



A nossa nau brasileira está agora se juntando à outras naus sem bandeiras de cores diferentes, de diversas partes do mundo, para construir outro mundo de comando único, cujas ações trevosas não possam ser iluminadas pela verdade.   



Mas o competente jornalista deixou de discernir sobre outro aspecto de nossa realidade. Lembremos que o nosso país foi colonizado por naus vindas de Portugal, um país católico, trazendo em suas velas a Cruz de Malta e comandadas por um grão-mestre da Ordem de Cristo, Pedro Álvares Cabral.



Foi feito um esforço de catequese para nossos índios e de construção de instituições e cidades, todas com a influência cristã, como podemos observar pelo nome batismal de cada uma delas.



Fomos consagrados a Nossa Senhora, mãe do Verbo encarnado, como Rainha do Brasil, por mais de uma ocasião, por nossos dirigentes oficiais. Num primeiro momento pela Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, e mais recentemente pelo Presidente Jair Bolsonaro.



Recebemos também a comunicação vinda do mundo transcendental, que o nosso governador espiritual sinalizou que nós seremos a “pátria do Evangelho e o coração do mundo”.



Dessa forma, o contexto espiritual deve ser colocado na avaliação. Mesmo que a Igreja Católica tenha sido tomada de assalto por agentes infiltrados, existe um forte contingente dentro e fora da Igreja consciente da guerra espiritual que acontece com reflexos no mundo material como influências dos poderes dos principados e potestades que se opõem ao Criador.



Portanto, as ovelhas que estão sem pastor, tosquiadas com perversidade pelos lobos que conseguiram anular os cães cuidadores com ossos apetitosos, dependem exclusivamente da ação divina. E não esqueçamos que isso já está acontecendo. Apesar de todas as iniquidades das quais somos vítimas, hoje possuímos um nível de conscientização política e espiritual bem maior da que existia antes, mesmo que seja através de poucas pessoas, comparado à população em geral. Mas essas poucas pessoas já estão bem conscientes do dever cívico e divino, de fazer a vontade do Pai, conforme o Cristo ensinou. Somos pessoas incorruptíveis, e mesmo que sejamos apenas 12, estamos prontos para seguir o mesmo caminho de antes, vencer a barbárie e construir novamente a civilização cristã, desta vez mais próxima do Reino de Deus. Mesmo que voltemos as catacumbas e arenas de Nero, às centenas, sem nenhum poder organizado a nos defender.



Aguardemos com nossas consciências sem culpas, pelas orientações e caminhos que nosso Pai oferece a cada momento a cada um de nós, para fazermos parte dessa reconstrução.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/12/2023 às 00h01
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