Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
30/10/2024 00h01
BATALHA ESPIRITUAL 02 VERDADE

            O Frei Tiago de São José postou um vídeo no Youtube há 3 semanas desta data com o título “A Batalha espiritual e a falsa religião RCC: Carismáticos contra São Miguel”. Respeito muito as colocações do Frei Tiago, pois vejo nelas muita coerência. Neste vídeo vejo a oportunidade de confrontar a minha narrativa com a narrativa do Frei, como forma de aproximação da Verdade e reflexão para todos que visitam esse espaço literário. Vejamos esta 2a. parte: Verdade.



Nessa Batalha Espiritual, você só está do lado de Deus, quando você caminha evitando o pecado e ao mesmo tempo aderindo a Verdade. Sempre existem esses dois aspectos: a inteligência e a vontade. Tenho obrigação de aderir a Verdade que conheço. Se não aceito a Verdade que conheço, estou impugnando a Verdade revelada por Deus, estarei pecando contra o Espírito Santo.



A impugnação da Verdade conhecida é o pior de todos os ramos de pecados contra o Espírito Santo. É pior que a obstinação, é pior que o desespero, é pior que a impenitência final, porque tudo isso é a vontade da pessoa.



A inteligência, que é uma porta mais fácil para o Espírito Santo ter acesso, pois é mais fácil ele iluminar nossa inteligência do que dominar nossa vontade.



Entre os dons do Espírito Santo vamos ter o conselho, a inteligência, a ciência, a sabedoria, tudo para trabalhar com a inteligência do ser humano. Não deixar a pessoa fechar a porta para a Verdade.



O que acontece hoje em dia? Temos a propaganda de grupos carismáticos que falam da Batalha Espiritual, promovem quaresma de São Miguel Arcanjo, promovem oração disso, oração daquilo, e dizem que as pessoas vão se curar, vão se livrar disso, vão se livrar daquilo.



Mas como a pessoa pode chegar à completa afinação com a vontade de Deus? Porque somos como uma orquestra, se tem um instrumento que toca a nota errada, de forma que não vai combinar com os outros instrumentos, essa pessoa será convidada para afinar seu instrumento ou sai da orquestra. Da mesma forma na Batalha Espiritual.



Não tem como a pessoa dizer que está vencendo Satanás, destruindo o Demônio, que está com São Miguel Arcanjo fazendo a Quaresma, rezando o Terço de madrugada, mas qual o benefício disso se ela não aderiu à Verdade?



Ela pensa que está em Sintonia com São Miguel Arcanjo, mas na verdade está em sintonia com o Demônio.



Isso acontece também com as pessoas que se dizem evangélicas, protestantes e todos esses que dizem “eu li a Bíblia” e basta eu ler a Bíblia para entender toda a Verdade. A Verdade não é revelada simplesmente na Bíblia. A Bíblia é uma das fontes da Revelação, a palavra de Deus, a base. Mas têm também duas outras fontes de Revelação: o magistério e a tradição.



Esta compreensão e comportamento levantados por Frei Tiago, da Verdade e da Mentira, é de suma importância no desenrolar da Batalha Espiritual em que estamos inseridos. A Verdade é o princípio divino, a essência abstrata de Deus, o Caminho que Jesus nos ensinou para ir em direção à Deus. A grande maioria da humanidade reconhece a Verdade como uma virtude a ser preservada. Os adversários de Deus nesta Batalha Espiritual usam a Mentira como a principal arma de ataque e destruição. Colocam ou tentam colocar abaixo, com as mentiras, falsas narrativas, tudo que foi feito por Cristo e seus apóstolos. O exemplo mais evidente dessa estratégia maligna e o alcance de seus objetivos, é verificando o que aconteceu com a Revolução Francesa. Usaram termos de sintonia com o divino, como Liberdade, Igualdade e Fraternidade, para derrubar a monarquia cristã, promover um banho de sangue na França, e exportar para outros países a mesma estratégia revolucionária. Estratégia essa que entra na própria Igreja Católica Apostólica, retirando o foco da salvação das almas para o eterno Reino de Deus, e colocando o foco na salvação dos corpos para o efêmero reino de Lúcifer. Por isso a crítica colocada sobre a forma de se realizar a quaresma de São Miguel procede, pois deixa de estar focada no esforço de vencer as artimanhas do demônio e fica prevalecendo o interesse individual.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/10/2024 às 00h01
 
29/10/2024 00h01
ACOMPANHADO JESUS 05 DESERTO... JOÃO

            Partimos de Jerusalém em direção à Nazaré, na companhia de Jesus. Eu me sentia confuso, o coração batia de forma estranha, pensamentos acelerados, procurava algum assunto para iniciar novo diálogo com o Mestre.



            A minha consciência estava pesada, eu tinha omitido para o Mestre a minha real condição, quem de fato eu era e de onde tinha vindo. Considerava isso como uma mentira ao Mestre que simbolizava a Verdade.



            Perguntei de onde ele tinha vindo quando chegou a Jerusalém e ele respondeu que tinha vindo do deserto da Judeia, onde passou 40 dias. Teve a intenção de se retirar da agitação exterior e mergulhar na intimidade de si mesmo, com a condição de se conhecer melhor e identificar os projetos que o trouxe à presente existência, o sentido mais profundo da sua vida. Precisava meditar profundamente sobre a balbúrdia existente no coração da humanidade. Muitas vezes a criatura humana fala, mas silencia a voz do verdadeiro sentimento.



            Recordando o que li nos Evangelhos, quanto a tentação do gênio do mal, perguntei se nesses dias ele não recebera nenhuma visita de ninguém, nenhum contato estranho.



            Tive a impressão que naquele momento, no seu sorriso, ele sabia quem eu era, um viajante do tempo com informações privilegiadas, e falou assim: - Se tu, Sióstio, te referes a alguma presença física, te digo que não. Mas se referes a alguma presença espiritual, também digo que não. Os grandes embates são de natureza interna, estabelecidos dentro de nosso coração, e nesses longos dias, questionei-me sobre a tarefa que me cabe. Em Espírito, sintonizei-me com Aquele que me enviou e entendi perfeitamente e, de forma definitiva, minha tarefa na Terra. É por isso que disse ao sacerdote Hanã que tenho a missão de implantar o Reino de Deus por aqui mesmo.



            Perguntei se João tinha participação nesse projeto e ele respondeu que sim, das mais importantes. Que ele veio da parte de Deus com a missão de preparar o terreno para a vinda do Messias, profetizado nas Escrituras. Mas foi confundido com o próprio Messias, por ser um homem de profunda oração, que prega o batismo no Jordão para que a criatura humana busque a remissão de seus equívocos, convidando a todos a realizarem a sua conversão ao bem. E João esclareceu que era indigno de desamarrar as correias das sandálias do Messias, pedindo a humanidade que endireite o seu caminho rumo ao Senhor, como havia dito o profeta Isaías. João é o sinal da chegada dos tempos messiânicos, anunciando que a esterilidade se tornará fertilidade e o mundo sairá do silêncio quanto as verdadeiras coisas da alma. Disse que o seu primo é muito mais que um profeta, é o grande mensageiro de Deus. Recebeu o nome de Batista porque marcou com o batismo um novo ritual. Aquele que aceita a sua oportunidade de transformação, buscando preparar-se para o Reino de Deus, recebe a água das mãos dele, o que significa que ninguém vai a Deus a sós, necessitando sempre estar junto dos irmãos. Ainda, diante daqueles que se encontravam junto ao Jordão, quando tive a oportunidade de encontrar-me com ele, o seu reconhecimento quanto a mim serviu para que todos me identificassem como o Messias que haveria de vir.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/10/2024 às 00h01
 
28/10/2024 00h01
ACOMPANHANDO JESUS 04 EU SOU SIÓSTIO

            Ao perceber que eu estava sentado ao lado de Jesus, fiquei paralisado. Encontrava-me diante da pessoa que passei a considera como Deus, que é amado e venerado por milhoes de pessoas ao redor do mundo de minha época. Estava diante daquele que deu origem a Santa Igreja Católica, que criou a tradição apostólica, que desde criança fui batizado e ensinado a respeitá-lo como Mestre enviado pelo Pai que está nos Céus.



            Embora até hoje eu ainda não o compreenda em toda Sua grandeza e pureza, aceitei com fé raciocinada a existência do Pai que Ele me mostrou e que agora procuro fazer a Sua vontade, amando ao próximo como se fosse a mim mesmo, apesar de todos os meus defeitos, vícios e ignorância.



            Respirei fundo, procurando não denunciar a minha condição de pessoa do futuro vindo ao passado para tentar entender com mais profundidade os Seus ensinamentos. Aproximei-me mais, sentado ao seu lado, e lhe falei: Não posso negar que ouvi tuas respostas para o sacerdote, e acredito que fiquei impressionado, tanto quanto ele, com suas palavras. Mas ao contrário dele, que parece se tornou o teu inimigo, para mim fiquei curioso como é que você irá cumprir Sua missão.



            Ele me respondeu com a mesma serenidade de quando falava com o sacerdote: - Não te preocupes com isto, meu irmão! Um dia a humanidade perceberá que os conflitos nada mais são do que manifestação de sua ignorância. Superada essa ignorância, os conflitos cessarão. Qual o teu nome?



            - Eu sou Sióstio, e venho de outras terras. Sei que teu nome é Jesus, e que vieste da Galiléia. Já conheço a grande lei que ensinaste, a maior de todas, que cobre todas as outras, e que acredito nela: que existe um Pai que está nos Céus, sabedoria infinita, criador de tudo o que existe, inclusive nós, e que, como irmãos, devemos nos amar uns aos outros como se fosse a nós mesmo. No meu trabalho, procuro juntar pessoas que acreditam nessa realidade, que o mundo material é simplesmente uma escola para educar nosso Espírito, que deve escolher o Caminho da Verdade, apesar das dificuldades que ele apresenta, pois é o único que nos aproxima da Vida eterna, da intimidade com o Pai. Por isso, Jesus, procurei fazer o máximo e com a ajuda do meu amigo judeu, vim até aqui à tua procura. Então, gostaria de acompanhar-te nesta empreitada, até porque disseste que teus colaboradores viriam de todas as partes do mundo, conhecidas e desconhecidas no momento. Prontifico-me a seguir-te, até compreender o que verdadeiramente disseste a Hanã e a tantos outros. Quero ver com meus próprios olhos as tuas acoes, ouvir com meus próprios ouvidos as tuas palavras, teus ensinamentos e tirar minhas próprias conclusões o mais próximo possível da fonte.



            Jesus abriu um largo e maravilhoso sorriso, e me tocando nos ombros falou: - Perfeitamente, Sióstio. Disse que viriam os de boa vontade, e é bem possível que venhas a ser um deles. Estou de retorno à minha cidade, Nazaré, pois pretendo me reencontrar com minha mãe, antes de iniciar a grande caminhada. Podes vir comigo.



            Sorri satisfeito. Conseguiria acompanhar no passado o meu Mestre, o Filho de Deus que eu tanto respeito, sigo e venero nos dias de hoje?  Saber o que de fato tinha acontecido, com minhas próprias percepções e cognições? Estava tendo início uma das maiores etapas de minha vida.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/10/2024 às 00h01
 
27/10/2024 00h01
ACOMPANHANDO JESUS 03 MEU NOME É JESUS

            Chegamos no Templo de Jerusalém no momento que se processava o ritual dos sacrifícios, com uma multidão presente à leitura de Levíticos. Os animais de maior porte já chegavam abatidos diante do altar, e as oferendas menores, como as aves, eram mortas ali mesmo e ficavam expostas junto com a farinha para os pães da oferenda.



            Procurei falar com um homem que parecia ser um levita e perguntei se por acaso ele conhecia ou ouvi falar de um jovem chamado Jesus, filho de José e Maria, vindos de Nazaré. Ele disse que não conhecia, e procurei ir em alguma banca trocar o ouro que levava por moeda corrente. Senti que a troca não foi justa, e lembrei do que estava escrito nos Evangelhos sobre a honestidade desses cambistas que negociavam no Templo.



            Já sentindo cansaço, sentei num degrau da escadaria do Templo, perto de um jovem que estava sentado no mesmo degrau. Passou por nós uma jovem que depois vim a saber que se chamava Sara, mercadora de essências e conhecida como alguém que levava uma vida desregrada. Ela percebendo a formosura do jovem que estava sentado ao meu lado, se dirigiu a ele com gestos insinuantes e pude ouvir que ela se oferecia declaradamente em busca do amor que ele pudesse lhe oferecer.  Mas o jovem se mostrou por inúmeras vezes não se sentir seduzido por suas propostas, dizendo “Hoje, não. Mas algum dia... Talvez sim”. Finalmente, irritada ante a negativa daquele moço, retirou-se, gesticulando de forma descontrolada.



            Observei que mesmo os serviços do Templo tivessem sido iniciados, muitos sacerdotes e levitas continuavam chegando e se detinham um pouco, curiosos, frente ao jovem que continuava sentado ao meu lado. Um desses sacerdotes, mais curioso, reconhecendo nele alguém da Galiléia, por seus cabelos longos, cacheados e repartidos no meio, perguntou de onde ele era e o que fazia ali na Judéia. O jovem respondeu de forma que deixou tanto o sacerdote quanto a mim imantados em suas palavras: “Sou de Nazaré, e passo aqui para cumprir uma missão dada pelo Pai que está nos Céus”.



            O sacerdote visivelmente irritado, disse que não tinha entendido, como ele podia dizer que tinha uma missão de implantar uma obra divina? Não sabia que isso era uma blasfêmia? Disse o seu nome, Hanã, que era o Sumo Sacerdote, e, se Deus tivesse de dar alguma atribuição a alguém, certamente daria a ele, e não a uma pessoa que se mostra despreparado. Poderia fazer isso sozinho? Quem o auxiliaria nessa missão?



            O jovem compreendeu a irritação de Hanã e respondeu sem alteração: - Sacerdote, meus colaboradores serão enviados pelo Pai e virão de todos os lugares, e serão aqueles que trarão a boa vontade e o amor. Concluiu dizendo que conhecia o amor e a paz e trazia consigo o desejo ardente de fazer a vontade dEle que está nos Céus.



            Hanã, impressionado e ao mesmo tempo irritado, dirigiu ao jovem um olhar de profundo desprezo e começou a subir as escadas do Templo. De repente voltou-se para trás, e em tom bastante áspero, perguntou: - Qual é o teu nome, Galileu?



            - Meu nome é Jesus, respondeu o jovem.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/10/2024 às 00h01
 
26/10/2024 00h01
ACOMPANHANDO JESUS 02 CHEGADA

            Acompanhando Jesus na sua época para trazer seus ensinamentos com mais clareza e pureza para a nossa época atual, vou me deparar com dificuldades que já sinto em minhas atividades. As pessoas têm dificuldades de fazer o trabalho necessário para a busca do conhecimento, do entendimento mais amplo, da modificação interior para a evolução do Espírito. Preferem ficar em busca dos prazeres da carne e da cura de suas mazelas corporais, de forma passiva, atrás de um milagre que traga benefícios principalmente materiais. Leem as Escrituras preocupadas com o formato das letras sem se atentar para o conteúdo espiritual. Ficam entrincheiradas em seus castelos religiosos, defendidos por dogmas e preconceitos que permitem o conflito com outros castelos belicosos, cada um pensando que o seu caminho é o certo e o outro é que está errado.



            Estou numa condição privilegiada para fazer essa viagem no tempo. Já estudei bastante sobre o Mestre Jesus, procuro seguir suas lições de forma mais honesta possível, acima de qualquer preconceito ou cultura contraditória, por isso transformei a hierarquia de maior importância da família nuclear para a família universal, do amor condicional, exclusivo, para o amor incondicional inclusivo. Estou trabalhando dentro de uma universidade que tem como missão a procura pela verdade, pelo ensino e pela extensão de levar aprendizado acadêmico para dentro da comunidade. Nasci dentro do Brasil, o pais que foi evangelizado pelos portugueses e que hoje está designado para ser a “Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo”.



            Já reconheci a importância dos Templários para a proteção dos cristãos na época medieval, a sua continuidade em Portugal com outra denominação: “Ordem de Cristo”. Dessa linhagem de cavaleiros dispostos a defender a fé cristã e evangelizar o mundo, se alia o meu pensamento para dar continuidade a partir do Brasil, neste projeto.



            Por esse motivo fiquei muito entusiasmado com a oportunidade de fazer essa viagem no tempo para Jerusalém e trazer de lá subsídios obtidos com o próprio Mestre, para que eu possa orientar a minha narrativa e acoes sem distorções materialistas dos meus confrades.



            Procurei ajustar minha aparência aos judeus da época, conforme meu amigo orientou, e levar algum ouro para trocar pelos itens necessários à minha permanência na região.



            Roguei a Deus pela proteção que iria necessitar, entrando em terra tão diferente da minha e com tantos conflitos envolvendo os judeus com o Império Romano que administrava a região.



Entrei com meu amigo judeu em Jerusalém no ano 3.790 do calendário judaico que corresponde ao ano 29 da era cristã. Nessa época o rei da Judeia era Herodes Ântipas, filho de Herodes, o Grande. O prefeito da província romana era Pôncio Pilatos, o sumo sacerdote, Caifás, e o chefe dos fariseus era Nicodemos.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/10/2024 às 00h01
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