Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
07/12/2023 00h01
CRISTIANISMO X MARXISMO

            A Guerra Espiritual milenar que se estende dos Céus à Terra apresenta diversas facetas em cada era, milênio, século ou década. Tudo inicia com a revolução que Lúcifer provoca contra a hierarquia de Deus, a reação do Arcanjo Miguel, a queda dos revolucionários, a criação do homem e mulher como semelhança de Deus, a sedução do Demônio sobre Eva depositando nela sua semente gerando Caim, gêmeo e avesso de Abel, gerando a humanidade. A humanidade assim formada se tornou o campo de batalha onde a Guerra continua até hoje. Agora não mais diretamente contra Deus, mas contra as almas de Suas criaturas.



            Os anjos caídos, sob a liderança de Lúcifer, tentam destruir a humanidade usando principalmente a descendência do sêmen maligno (Caim) que se apresenta entre nós, muitas vezes, na forma pura da psicopatia. Estes contrastam com a descendência do Senhor (Abel), que se apresenta algumas vezes na forma pura dos santos.



            Observamos que este é o núcleo dessa Guerra e que as condições em que as batalhas acontecem são bastante variadas. Quando os psicopatas assumem o poder, cometem verdadeiros genocídios sem respeitar a ordem ou mesmo a existência de Deus, e os santos mostram verdadeiros atos de heroísmo, respeitando e procurando cumprir a vontade do Criador, na proteção dos irmãos ameaçados.



            Deus, observando a presença constante dos demônios dentro da Sua criação humana que se renova a cada geração, resolveu fazer um pacto com as pessoas de Sua descendência para que o pecado não se alastrasse com tanta facilidade e ceifasse tantas almas que não conseguiam encontrar o Caminho da salvação.



            Iniciou um pacto com Abrão, da terra de Ur na Caldéia e do qual foram geradas as principais religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo) como descendências dos seus dois filhos, Ismael e Isaque.



            A Guerra continuou se desenvolvendo através das personalidades que iam surgindo de um lado e do outro das descendências, divina e maligna. Estas podem ser identificadas conforme os frutos bons ou maus que produzem dentro da humanidade.



            Chegamos hoje ao século XXI com batalhas que se modernizam, mas sempre com o mesmo princípio: revolução contra Deus e contra a humanidade criada por Ele. As personalidades surgem a cada geração de um lado e do outro, procurando conduzir por liderança as massas que na maioria são ignorantes, até mesmo do que sucede no mundo criado pelo Pai, que geralmente não sabem que Ele existe.



            Temos a formação de dois exércitos, um liderado pelo Cristo que criou a ideologia do Cristianismo com a proposta da universalização e a construção do Reino de Deus, com base no amor e na verdade; o exército opositor, sempre com base no ódio e na mentira, assumiu atualmente os princípios do Modernismo tendo a personalidade marcante de Marx que originou a ideologia do Marxismo com os ramos políticos do Socialismo e Comunismo. Esta é a estratégia que o Demônio encontra para se recuperar da derrota imposta por Jesus na amplidão do deserto e no alto da cruz.



            O Marxismo continua a usar a estratégia da mentira com falsas narrativas, envolvendo a ciência e até os conceitos próprios do Cristianismo como Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Com isso ele levanta as massas ignorantes, geralmente sob o comando da descendência de Caim, para assumir o poder dentro das comunidades humanas, promover genocídios, escravidão e construir um poderio bélico para se manter no poder pelo autoritarismo suportado pelas iniquidades.



            O Cristianismo organizado originalmente na forma de Igreja Católica (universal) baseada em Roma, sofre influência perversa do maligno desde o seu nascedouro com a traição de Judas Iscariotes. Esta influencia hoje está mais forte e organizada, pois através do Modernismo se infiltrou dentro da própria Igreja com uma nova forma de entender e ensinar uma Teologia de Libertacao. Dessa forma, deixa Cristo e seus ensinamentos sobre o Reino de Deus à parte, e focando nas necessidades dos pobres incitando que esses se levantem de forma revolucionária, com foices, martelos e demais armas que tenham nas mãos. Assim, o povo hipnotizado pelo ódio e com a sugestão das falsas narrativas, partem para a destruição do que encontram pela frente, para a construção de um reino dos fortes, real, imediato.



            Este é o atual campo de batalha onde o inimigo de nossas almas se espalha dentro da humanidade com diversas máscaras distorcidas, como globalismo, ecologia, sindicatos, repartições, instituições, ONGs e demais movimentos que alimentam o clima de hostilidade contra as pessoas além e o furor revolucionário entre eles.



            Por outro lado, o Cristianismo também se espalha em novos formatos, como igrejas protestantes, evangélicas, centros espíritas, terreiros de umbanda e tantas outras denominações que respeitam o Cristo e procuram praticar os seus ensinamentos quanto a nossa paternidade divina e que o Pai deseja que todos seus filhos se amem mutuamente, formando a família universal como base para o Reino de Deus.



            Porém, enquanto os diversos comandos do maligno estão sintonizados entre si para a derrota do Cristianismo, nós cristãos, não conseguimos a devida aliança com nossos irmãos que querem fazer a vontade do Pai, para enfrentar devidamente os camaradas do outro lado que querem fazer a vontade do maligno.



            O mal é ousado, prepotente e malvado, como é de sua natureza; o bem é tímido, tolerante, compassivo, misericordioso por natureza, mas também é justo como o amor exige e assim desperta a coragem dos santos contra a audácia dos psicopatas. Por que toleramos centenas de pessoas presas sem justo motivo? Ladroes e assassinos protegidos ou soltos quando estão presos? Por que toleramos o assassinato físico ou das reputações de pessoas honestas? O que sobra de psicopatas fazendo esses atos, falta de santos para se oporem em nome do Cristo e mostrar às massas onde está a Verdade, oculta por tantas falsas narrativas. E agora, com o medo da perda da liberdade física, pois a liberdade de expressão já está devidamente coibida, até mesmo aos parlamentares que têm esse direito constitucional.



            A Igreja Católica está sendo massacrada, mesmo por aqueles que um dia ajudou a alcançar o poder, como acontece na Nicarágua. Chega a tal ponto que o próprio Papa, que representa oficialmente o Cristo entre nós, troca a lição que Ele deixou pela conduta dos revolucionários e procura fazer a coesão entre os inimigos da nossa fé cada vez mais forte.



            Por isso, os cristãos que percebem a ofensiva do mal e querem permanecer ao lado do Cristo, são perseguidos em todos os ambientes, inclusive dentro da própria Igreja Católica.



            Sou cristão, respeito a autoridade divina do Cristo e tenho fé no que Ele ensinou. Sou médico e trabalho na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e por entender a importância da espiritualidade em nossa vida material, estou envolvido nos estudos científicos trazidos pela Doutrina Espírita, que se comporta como o Cristianismo Redivivo. Coordeno na Universidade a disciplina opcional de Medicina, Saúde e Espiritualidade, e também o Projeto de Extensão Universitária “Foco de Luz”, com o objetivo de atuar na comunidade como um laboratório para a prática do Evangelho.



            Como acadêmico universitário tenho a responsabilidade de procurar a Verdade onde quer que ela se encontre, e como podemos usa-la para a construção de uma Sociedade Ideal, fraterna e conectada com o Poder criador. Por isso estou engajado no Cristianismo, pois vejo nele o Caminho mais coerente para alcançar este objetivo e colaborar para construirmos um planeta capaz de regenerar nossas almas que foram contaminadas pelo mal, mas que podemos nos converter e voltar a casa do Criador, como fez o filho pródigo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/12/2023 às 00h01
 
06/12/2023 00h01
ISMAEL E BEZERRA

            Do livro “Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, ditado pelo Espírito de Humberto de Campos ao médium Francisco Cândido Xavier, tem um texto interessante para nossa reflexão, que fala da assembleia ocorrida na dimensão espiritual que diz respeito a todos nós, brasileiros e que queremos conhecer as diversas narrativas que nos aproximam da Verdade. Vejamos...



            As abnegadas coortes de Ismael trazem as suas inspirações para as grandes cidades do país do Cruzeiro (Brasil), conseguindo interessar indiretamente grande número de estudiosos. (...)



            Antes dessa época, quando prestes a findar o Primeiro Reinado (1822-1831), Ismael reúne no espaço os seus dedicados companheiros de luta e, organizada a venerável assembleia, o grande mensageiro do Senhor esclarece a todos sobre os seus elevados objetivos.



            - Irmãos – expôs ele – o século atual, como sabeis, vai ser assinalado pelo advento do Consolador (início do espiritismo em 1857 com a publicação da primeira edição de “O Livro dos Espíritos”) à face da Terra. Nestes 100 anos se efetuarão grandes movimentos preparatórios dos outros 100 anos que hão de vir. As rajadas de morticínio e de dor avassalarão a alma da Humanidade, no século próximo (primeira e segunda guerras mundiais), dentro dos imperativos das transições necessárias, que serão o sinal do fim da civilização precária do Ocidente. Faz-se mister amparemos o coração atormentado dos homens nessas grandes amarguras, preparando-lhes o caminho da purificação espiritual, através das sendas penosas. É preciso, pois, preparemos o terreno para a sua estabilidade moral nesses instantes decisivos dos seus destinos. É preciso, pois, preparemos o terreno para a sua estabilidade moral nesses instantes decisivos dos seus destinos. Numerosas fileiras de missionários encontram-se disseminadas entre as nações da Terra, com o fim de levantar a palavra da Boa Nova do Senhor, esclarecendo os postulados científicos que surgirão neste século, nos círculos da cultura terrestre. Uma verdadeira renascença das filosofias e das ciências se verificará no transcurso destes anos, a fim de que o século XX seja devidamente esclarecido, como elemento de ligação entre a civilização em vias de desaparecer e a civilização do futuro, que assentará na fraternidade e na justiça, porque a morte do mundo prevista na Lei e nos Profetas, não se verificará por enquanto, com referência a constituição física do globo, mas quanto às suas expressões morais, sociais e políticas. A civilização armada terá de perecer, para que os homens se amem como irmãos. Concentremos, agora, os nossos esforços na terra do Evangelho, para que possamos plantar no coração de seus filhos as sementes benditas que, mais tarde, frutificarão no solo abençoado do Cruzeiro. Se as verdades novas devem surgir primeiramente, segundo os imperativos da Lei natural, nos centros culturais do Velho Mundo, é na Pátria do Evangelho que vamos lhes dar vida, aplicando-as na edificação dos monumentos triunfais do Salvador. Alguns dos nossos auxiliares já se encontram na Terra, esperando o toque de reunir de nossas falanges de trabalhadores devotados, sob a direção compassiva do Divino Mestre.



            Houve na alocução de Ismael uma breve pausa. Depois, encaminhando-se para um dos dedicados e fiéis discípulos, falou-lhe assim:



            - Descerás às lutas terrestres com o objetivo de concentrar as nossas energias no país do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu Espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados de reforma e regeneração. Não precisamos encarecer aos teus olhos a delicadeza dessa missão; mas, com a plena observância do código de Jesus e com a nossa assistência espiritual, pulverizarás todos os obstáculos, à força de perseverança e de humildade, consolidando os primórdios de nossa obra, que é a de Jesus no seio da pátria do seu Evangelho. Se a luta vai ser grande, considera que não será menor a compensação do Senhor, que é o Caminho, a Verdade e a Vida.



            Havia em toda assembleia espiritual um divino silêncio. O discípulo escolhido nada pudera responder, com o coração palpitante de doces e esperançosas emoções, mas as lágrimas de reconhecimento lhe caiam copiosamente dos olhos.



            Ismael desfraldara a sua bandeira à luz gloriosa do infinito, salientando-se a sua inscrição divina, que parecia constituir-se de sóis infinitésimos. Uma vibração de esperança e de fé fazia pulsar todos os corações, quando uma voz, terna e compassiva, exclamou das cúpulas radiosas do Ilimitado.



            - Glória a Deus nas Alturas e paz na terra aos trabalhadores de boa vontade!



            Relâmpagos de luminosidade estranha e misericordiosa clareavam o pensamento de quantos assistiam ao maravilhoso espetáculo, enquanto uma chuva de aromas inundava a atmosfera de perfumes balsâmicos e suavíssimos.



            Sob aquela bênção maravilhosa, a grande assembleia dos operários do Bem se dissolveu.



            Daí a algum tempo, no dia 29-08-1831, em Riacho do Sangue, no estado do Ceará, nascia Adolfo Bezerra de Menezes, o grande discípulo de Ismael, que vinha cumprir no Brasil uma elevada missão.



            Esta narrativa está coerente com a verdadeira história do Brasil e com o desenrolar dos fatos que aconteceram a partir daquela assembleia. A doutrina espírita foi iniciada no século XIX, no século XX eu a conheci e comecei a participar, e hoje no século XXI vejo os fatos caminharem como está previsto, no princípio das dores para alcançarmos, finalmente um planeta de Regeneração, onde o amor prevaleça no coração das pessoas. O fiel e dedicado discípulo a quem o Arcanjo Ismael se dirigiu foi a Bezerra de Menezes, o qual influenciou com o Evangelho do Cristo a diversas pessoas, inclusive a mim que estou disposto a ombrear com ele, todos os irmãos que querem fazer a vontade do Pai e com o Cristo, na ferrenha batalha espiritual que já estamos dentro dela.


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em 06/12/2023 às 00h01
 
05/12/2023 00h01
CORAÇÃO TENRO E FRÁGIL (Poesia)

Ah, meu coração, tenro e frágil



Habitado por desejos da carne



Que busca neles prazeres efêmeros



Que mora nele o medo da morte



 



Ah, meu coração, tenro e frágil



Que vive nas trevas à procura da Luz



Que procura entre tantos caminhos



Onde esteja a verdade da vida eterna



 



Ah, meu coração, tenro e frágil



O Mestre apontou uma porta estreita



E ele com medo ficou a pensar



Terá o prazer ou terá a morte?



 



Ah, meu coração, tenro e frágil



Deixa, sem medo, o Mestre entrar



Entrega o timão da minha condução



Ele será o Pastor, eu serei a ovelha



 



Ah, meu coração, tenro e frágil



O Mestre ensina, cura e protege



No auge da dor ou da ingratidão



Ele é a garantia da salvação



 



Ah, meu coração, tenro e frágil



Perceba no Mestre o puro amor



Que perdoa a fraqueza do pecador



E tolera erros de quem não entende  



 



Ah, meu coração, tenro e frágil



Percebe agora como mudaste?



Parece ainda tão tenro e tão frágil



Mas cheio de amor que o Mestre deixou



 


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em 05/12/2023 às 00h01
 
04/12/2023 00h01
SIMEÃO E O MENINO

            Este é um texto inspirado pelo pequeno conto citado pelo espírito Irmão X, pseudônimo de Humberto de Campos, através da psicografia de Chico Xavier, que vale muito para nossa reflexão, dissipando prováveis incoerência que nosso intelecto racional possa acusar.



            Simeão era um velho senhor, obediente à Deus, que pedia para um dia conhecer o enviado do Pai para nos ensinar o caminho da salvação. Foi dentro desse propósito que um dia ele soube que havia chegado um casal para apresentar o seu filho no templo de Jerusalém. Ele foi ver e logo pressentiu que ali estava o que ele tanto pedia a Deus, conhecer e testemunhar a vinda do Messias. Depois que ele ouviu um pouco da história daquele nascimento, conseguiu colocar o menino nos braços e ficou um pouquinho distante de José e Maria para que ele pudesse sussurrar para a criança sem ninguém perceber. Assim ele dirigiu a palavra ao Mestre recém-nascido com discreta emoção...



            - Celeste Menino, por que preferiste a palha humilde da manjedoura? Já que vens representar o Eterno Senhor na Terra, como não vestiste a púrpura imperial? Como não nasceste ao lado de Augusto, o divino, para defender o flagelado povo de Israel? Longe dos senhores romanos, como advogarás a causa dos humildes e dos justos? Por que não vieste ao pé daqueles que vestem a toga dos magistrados? Então poderias ombrear com os patrícios ilustres, movimentar-te-ias entre legionários e tribunos, gladiadores e pretorianos, atendendo-nos à libertação... por que não chegaste, como Moisés, valendo-se do prestígio da casa do faraó? Quem te preparará, embaixador do Eterno, para o ministério santo? Que será de ti, sem lugar no Sinédrio? Samuel mobilizou a força contra os filisteus, preservando-nos a superioridade; Saul guerreou até a morte, por manter-nos a dominação; Davi estimava o fausto do poder; Salomão, prestigiado por casamentos de significação política, viveu para administrar os bens enormes que lhe cabiam no mundo... Mas... Tu? Não te ligaste aos príncipes, nem aos juízes, nem aos sacerdotes... não encontrarias outro lugar, além do estábulo singelo?!...



            Jesus, menino, escutou-o mostrou-lhe sublime sorriso, mas o ancião, tomado de angústia, por tamanha responsabilidade dentro de tamanha simplicidade, contemplou-o, mais detidamente, e continuou:



            - Onde representarás os interesses do Supremo Senhor? Sentar-te-ás entre os poderosos? Escreverás novos livros da sabedoria? Improvisarás discursos que obscureçam os grandes oradores de Atenas e Roma? Amontoarás dinheiro suficiente para redimir os que sofrem? Erguerás novo templo de pedra, onde o rico e o pobre aprendam a ser filhos de Deus? Ordenarás a execução da lei, decretando medidas que obriguem a transformação imediata de Israel?



            Depois de longo intervalo, indagou em lágrimas:



            - Dize-me, ó divina criança, onde representarás os interesses de nosso Supremo Pai?



            O menino tenro, ergueu então a pequenina destra e bateu, muitas vezes, naquele peito envelhecido que se inclinava já para o sepulcro...



            Nesse instante aproximou-se Maria e o recolheu nos braços maternos. Somente após a morte do corpo, Simeão veio a saber que o Menino Celeste não o deixara sem resposta.



            A Criança Sublime, no gesto silencioso, quisera dizer que não vinha representar os interesses do Céu nas organizações respeitáveis, mas efêmeras da vida. Vinha da casa do Pai para representa-lo no coração das pessoas.



            Esta talvez tenha sido a primeira lição que o Cristo nos deixou, ainda quando não podia falar, com gestos que nem todos podiam ver nem compreender, mas com o tempo e já na vida espiritual, possamos entender. Esta e tantas lições que o mestre nos deixou enquanto estava conosco na materialidade da Terra, ultrapassam a barreira do tempo e chegam até nós, penetrando em nossos corações, como o Mestre pretendia.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/12/2023 às 00h01
 
03/12/2023 00h01
GANDHI E A QUESTÃO JUDAICO-PALESTINA

            Encontrei nas redes sociais um texto que nos remete a questão judaico-palestina, que nos ajudará a refletir sobre esta atualidade dos dias de hoje. Vejamos.



Gandhi e a questão judaico-palestina



Janeiro 12, 2009



Manifesto de Mahatma Gandhi (1869-1948) sobre a questão judaico-palestina:



Harijan, em 26 de novembro de 1938.



“Recebi muitas cartas solicitando a minha opinião sobre a questão judaico-palestina e sobre a perseguição aos judeus na Alemanha. Não é sem hesitação que ouso expor o meu ponto-de-vista.



Na Alemanha as minhas simpatias estão todas com os judeus. Eu os conheci intimamente na África do Sul. Alguns deles se tornaram grandes amigos. Através destes amigos aprendi muito sobre as perseguições que sofreram. Eles têm sido os “intocáveis” do cristianismo; há um paralelo entre eles, e os “intocáveis” dos hindus.



Sanções religiosas foram invocadas nos dois casos para justificar o tratamento dispensado a eles. Afora as amizades, há a mais universal razão para a minha simpatia pelos judeus. No entanto, a minha simpatia não me cega para a necessidade de Justiça.



O pedido por um lar nacional para os judeus não me convence. Por quê eles não fazem, como qualquer outro dos povos do planeta, que vivem no país onde nasceram e fizeram dele o seu lar? A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.



É errado e desumano impor os judeus aos árabes. O que está acontecendo na Palestina não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Os mandatos não têm valor. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico. O caminho mais nobre seria insistir num tratamento justo para os judeus em qualquer parte do mundo em que eles nascessem ou vivessem. Os judeus nascidos na França são franceses, da mesma forma que os cristãos nascidos na França são franceses.



Se os judeus não têm um lar senão a Palestina, eles apreciariam a idéia de serem forçados a deixar as outras partes do mundo onde estão assentados?  Ou eles querem um lar duplo onde possam ficar à vontade?



Este pedido por um lar nacional oferece várias justificativas para a expulsão dos judeus da Alemanha. Mas a perseguição dos alemães aos judeus parece não ter paralelo na História. Os antigos tiranos nunca foram tão loucos quanto Hitler parece ser. E ele está fazendo isso com zelo religioso. Ele está propondo uma nova religião de exclusivo e militante nacionalismo em nome do qual, qualquer atrocidade se transforma em um ato de humanidade a ser recompensado aqui e no futuro.



Os crimes de um homem desorientado e intrépido, estão sendo observados sob o olhar da sua raça, com uma ferocidade inacreditável. Se houver sempre uma guerra justificável em nome da humanidade, a guerra contra a Alemanha para prevenir a perseguição desumana contra uma raça inteira seria totalmente justificável.



Mas eu não acredito em guerra nenhuma. A discussão sobre a conveniência ou inconveniência de uma guerra está, portanto, fora do meu horizonte. Mas se não pode haver guerra contra a Alemanha, mesmo por crimes que estão sendo cometidos contra os judeus, certamente não pode haver aliança com a Alemanha. Como pode haver aliança entre duas nações que clamam por justiça e democracia e uma se declara inimiga da outra?



Ou a Inglaterra está se inclinando para uma ditadura armada, e o que isso significa?



A Alemanha está mostrando ao mundo como a violência pode ser eficientemente trabalhada quando não é dissimulada por nenhuma hipocrisia ou fraqueza mascarada de humanitarismo; está mostrando como é hediondo, terrível e assustador quando isso aparece às claras, sem disfarces.



Os judeus podem resistir a esta organizada e desavergonhada perseguição? Existe uma maneira de preservar a sua autoestima e não se sentirem indefesos, abandonados e infelizes? Eu acredito que sim.



Ninguém que tenha fé em Deus precisa se sentir indefeso, ou infeliz. O Jeová dos judeus é um Deus mais pessoal que o Deus dos cristãos, muçulmanos ou hindus, embora realmente, em sua essência, Ele seja comum a todos.



Mas como os judeus atribuem personalidade a Deus e acreditam que Ele regula cada ação deles, estes não se sentiriam desamparados.



Se eu fosse judeu e tivesse nascido na Alemanha e merecido a minha subsistência lá, eu reivindicaria a Alemanha como o meu lar, do mesmo modo que um “genuíno” alemão o faria, e desafiaria qualquer um a me jogar na masmorra; eu me recusaria a ser expulso ou a sofrer discriminação.



E fazendo isso, não deveria esperar por outros judeus me seguindo em uma resistência civil, mas teria confiança que no final estariam compelidos a seguir o meu exemplo.



E agora uma palavra aos judeus na Palestina: Não tenho dúvidas de que os judeus estão indo pelo caminho errado. A Palestina, na concepção bíblica, não é um tratado geográfico. Ela está em seus corações.



Mas se eles devem olhar a Palestina pela geografia como sua pátria mãe, está errado aceitá-la sob a sombra do belicismo britânico. Um ato religioso não pode acontecer com a ajuda da baioneta ou da bomba. Eles poderiam estabelecer-se na Palestina somente pela boa vontade dos palestinos. Eles deveriam procurar convencer o coração palestino.



O mesmo Deus que rege o coração árabe, rege o coração judeu. Só assim eles teriam a opinião mundial favorável às suas aspirações religiosas. Há centenas de caminhos para uma solução com os árabes, se descartarem a ajuda da baioneta britânica.



Como está acontecendo, os judeus são responsáveis e cúmplices com outros países, em arruinar um povo que não fez nada de errado com eles.



Eu não estou defendendo as reações dos palestinos. Eu desejaria que tivessem escolhido o caminho da não-violência a resistir ao que eles, corretamente, consideraram como invasão de seu país por estrangeiros.



Porém, de acordo com os cânones aceitos de certo e errado, nada pode ser dito contra a resistência árabe face aos esmagadores acontecimentos.



Deixemos os judeus, que clamam serem os Escolhidos por Deus, provarem o seu título, escolhendo o caminho da não-violência para reclamar a sua posição na Terra. Todos os países são o lar deles, incluindo a Palestina, não por agressão, mas por culto ao amor.



Um amigo judeu me mandou um livro chamado A contribuição judaica para a civilização, de Cecil Roth. O livro nos dá uma idéia do que os judeus fizeram para enriquecer a literatura, a arte, a música, o drama, a ciência, a medicina, a agricultura etc., no mundo. Determinada a vontade, os judeus podem se recusar a serem tratados como os párias do Ocidente, de serem desprezados ou tratados com condescendência.



Eles podiam chamar a atenção e o respeito do mundo por serem a criação escolhida de Deus, em vez de se afundarem naquela brutalidade sem limites. Eles podiam somar às suas várias contribuições, a contribuição da ação da não-violência.”



Manifesto publicado em My Non-Violence, editado por Sailesh K. Bandopadhaya, Navajivan Publishing House, Ahmedabad, 1960.



https://notanapauta.blogspot.com/2009/01/cem-palavras-gandhi-e-questo-judaico.html?m=1



Tudo indica que Gandhi ainda não tinha descoberto TUDO sobre os judeus, pois a luta dele na África do Sul, antes de ir pra Índia, foi - justamente - contra (((ELLES))).



E NA ÍNDIA, NÃO FOI DIFERENTE! NO FIM, FOI ASSASSINADO!



            Sim, parece que Gandhi não estava bem consciente da luta dos judeus e o que aconteceu naquela região nos dias atuais. Houve todo um esforço dos judeus e da ONU para que fosse criado o estado judeu e o estado palestino e que todos convivessem em paz. Os judeus entraram na região de forma pacífica, comprando o terreno onde se instalaram, mas a intolerância dos povos vizinhos associado à beligerância até hoje não acatou essa decisão majoritária à nível de ONU e permanecem com seus atos terroristas que não se limita apenas aquele pequeno espaço geográfico. Por isso é importante que estudemos em procura da verdade para não colocarmos posições deslocadas da justiça, mesmo que sejam ditas por pessoas da envergadura moral de um Gautama Gandhi.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/12/2023 às 00h01
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