Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/12/2018 02h01
QUERO NASCER DE NOVO

               Fui escolhido pela graça divina para nascer de um casal que iria ter filho pela primeira vez. Quando cheguei ao útero e a mãe sentiu os primeiros sintomas, foi grande a alegria quando os testes confirmaram a gravidez. Os pais, os avós, amigos e até a bisavó, todos entraram no planejamento de grandes festas. Mas, infelizmente cometi um erro bioquímico... percebi que minhas estruturas biológicas não estavam se desenvolvendo como havia planejado a engenharia divina, e logo adverti ao Pai e roguei que Ele me fizesse nascer de novo, eu não merecia viver com aquele aleijão e nem os meus pais também mereciam passar por tais provações durante toda minha vida. O Pai viu que eu tinha razão e acolheu o meu pedido. Sem esperar, nem saber o que estava acontecendo, a minha mãe observou o sangramento e a minha partida precoce. Ela não sabia o que se passou e a tristeza foi grande, tanto para ela quanto para todos que já participavam da alegria da minha vinda à luz. Portanto, pedi mais um favor ao Pai, para que de alguma forma eu pudesse mandar um recado ao mundo material, e Ele atendeu...

               Mãe, pai, não fiquem tristes nem desesperados. O que aconteceu foi a vontade de Deus que aos meus rogos viu que não era justo todos nós passássemos por sofrimentos desnecessários. Permitiu que eu saísse do ventre e pudesse voltar em outro momento, e que eu fosse mais sábio para evitar o erro que aconteceu. Portanto, vendo que há sofrimento onde deveria haver alegria, o Pai permitiu que eu mandasse este recado. Mesmo porque, a tristeza de vocês termina por interferir na minha alegria pelo Pai ter atendido o meu pedido. Quero nascer novamente entre vocês, mas com condições de aprender, brincar e rezar... assim, minha mãe, desculpe o meu primeiro erro dentro de sua vida, e agradeçamos ao Pai a oportunidade que Ele está nos dando de eu nascer de novo. Este é o grande presente que recebemos do Pai, minha mãe, o dom da vida. Mas vida com saúde, com capacidade de perceber toda a beleza da natureza... esperem por mim!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/12/2018 às 02h01
 
10/12/2018 02h01
SORDIDEZ OU FUNCIONALIDADE?

             UM texto que iremos reproduzir logo abaixo, circula nas redes colocando o COAF na berlinda. Manobras trevosas para manter as iniquidades ocorridas no Brasil e que querem se perpetuar, ou simplesmente a funcionalidade de um órgão que mostra o trabalho que faz? Cada leitor poderá tirar suas conclusões após a leitura.

               A esperteza sórdida do COAF

               2018-12-07 | Dirceu Pio

               Eis que o COAF decidiu vencer as trevas onde foi mantido durante os 15 anos da Era PT para fazer uma primeira denúncia: um ex-assessor do filho do presidente eleito, Flávio Bolsonaro, também eleito senador pelo Rio de Janeiro por mais de 4 milhões de votos, movimentou em sua conta bancária pouco mais de um milhão de reais, valor incompatível com sua renda...

               Antes que me acusem de proteger ladrões, digo que cabe ao jornalista denunciar qualquer tipo de irregularidade em qualquer tempo, atinja quem atingir, mas não dá para escrever sobre esse caso sem mencionar o que ele contém de sordidez.

               Ao aceitar o convite para o super Ministério da Justiça, o juiz Sergio Moro reivindicou – e Bolsonaro aprovou imediatamente – que o Coaf migrasse da Fazenda para a Justiça.

               Houve reações destemperadas contra, é claro...

               ESTE É O COAF

               Pra quem não sabe, o Coaf – Conselho de Controle de Atividades Financeiras foi criado no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso (2003) sob inspiração das leis italianas de combate à corrupção...

               Foi feito para funcionar assim: o sistema bancário identifica movimentações suspeitas – aqueles depósitos, por exemplo, de dinheiro graúdo por pessoas aparentemente sem renda ou nada que os justifiquem – e avisa o Coaf...Este recebe as denúncias, analisa e decide se investiga a origem do dinheiro ou não...

               Na Itália, é sabido que o combate à corrupção ganhou corpo e eficácia após o funcionamento do Coaf...

               NO LIMBO

               No Brasil, espertamente, ambos os governos do PT dependuraram o Coaf no Ministério da Fazenda, primeiro sob as asas de Antônio Palocci Filho e depois sob as asas de Guido Mantega, ou seja, deixaram duas raposas tomando conta do galinheiro...

               Ainda durante o governo Lula foram divulgados alguns balanços das atividades do Coaf: o volume de denúncias realizadas aqui durante um ano da atividade correspondia ao volume de algumas horas de funcionamento do Coaf italiano...

               SORDIDEZ

               O sórdido da história está no fato de um organismo que se manteve em estado de dormência durante 15 anos e enquanto se desenvolvia o período da corrupção mais ampla, deslavada e escancarada da história da República, desperta para revelar, com alarde, um caso suspeito de movimentação financeira...

               E o faz quebrando todas as regras que estabelecem seu funcionamento: primeiro receber a denúncia; depois analisar cuidadosamente se é ou não o caso de ser investigada; depois investigar; por último, relatar ao ministro competente que, em nome da transparência, deve divulgá-la...

               Três objetivos escusos só podem estar por trás dessa denúncia:

               1) -  trazer embaraços ao novo governo ainda em formação...

               2) - desgastar o presidente eleito e sua família

               3) - abortar a transferência do Coaf para a Justiça...

               Pelo andar da carruagem, o Brasil não corre nenhum risco de dar certo!

               Do meu ponto de vista, discordo apenas do autor quando é afirmativo ao dizer que o Brasil não corre nenhum risco de dar certo. Acredito que temos condições agora de dar certo, o novo governo tem boas intenções e resta a população fazer o enfrentamento nesse tipo de narrativa que tenta bombardear as ações que já começam a acontecer. Cada pessoa que recebe algum tipo de benefício antiético deve reconhecer a situação negativa em que está envolvido e procurar se situar dentro dos limites evangélicos, sabendo que se sua mente que estava envolvida em iniquidades não suporta uma conversão para sintonizar com o justo, e pensa que está dentro da lei, é engano. A justiça divina é superior e dessa ninguém escapa.

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/12/2018 às 02h01
 
09/12/2018 02h01
QUEM TEM FÉ?

               Como será essa virtude? Como podemos conservá-la intacta no coração? Será que somente os homens cultos podem conhece-la e mantê-la com todos seus benefícios? Ou será que basta a nossa vontade para que a confiança em Deus esteja viva em nós? Será que é uma virtude apenas para os que a desejam?

               Jesus esclarece, dizendo que pertence, principalmente, aos que trabalham e confiam. Tê-la no coração é estar sempre pronto para Deus. Não importam a saúde ou enfermidade do corpo, não tem significação os infortúnios ou os sucessos felizes da vida material. A alma fiel trabalha confiante nos desígnios do Pai, que pode dar os bens, retirá-los e restituí-los em tempo oportuno, e caminha sempre com serenidade e amor, por todas as sendas pelas quais as mãos generosas do Senhor a queira conduzir.

               Mas, como discernir a vontade de Deus, naquilo que nos acontece? Há muitos criminosos que atribuem à Providência os seus feitos delituosos e também uma legião de pessoas inertes que classificam a preguiça como uma fatalidade divina.

               Jesus explica que a vontade de Deus pode ser conhecida pelas palavras dos profetas, por meio dos conselhos sábios e das inclinações naturais para o bem. É também a que se manifesta a cada instante da vida, misturando as alegrias com as amarguras, concedendo a doçura ou retirando-a, para que a criatura possa colher a experiência mais luminosa no caminho mais espinhoso. Ter fé, portanto, é ser fiel a essa vontade, em todas as circunstâncias, executando o bem que ela nos determina e seguindo-lhe o roteiro sagrado, nas menores curvas da estrada que nos compete percorrer.

               Acredito que estou desenvolvendo essa fé, pois tudo que acontece eu compreendo que seja a vontade de Deus se manifestando em minha vida. Da mesma forma, toda pessoa de fé será, agora ou mais tarde, o irmão querido, de sabedoria e de sentimento, uma qualidade de lealdade ao Pai.

               Sei que não somos perfeitos e não posso julgar a fé de ninguém. Podemos encontra-la no peito exausto dos mais infelizes ou desclassificados do mundo.

               Também podemos refletir colocando dúvidas na fé: onde estava aquele Deus amoroso e bom que oferecia ao filho dileto apenas uma cruz? Por que motivo Ele não rasgou as cortinas do horizonte para que Suas legiões de anjos salvassem do crime da multidão inconsciente e furiosa o Mestre amado? Que Providência era aquela que não se manifestava no momento oportuno? Deus guarda todo o poder sobre o mundo, e como explicar Ele tolerar todo espetáculo sangrento sobre o Seu Enviado, amorável e carinhoso, conduzido para o madeiro infame sob impropérios e pedradas? O prêmio do Cristo foi somente aquele monte da desolação reservado aos criminosos?                                                Podemos imaginar... aquelas mãos que haviam semeado o bem e o amor, agora agarradas à cruz como duas rosas ensanguentadas. A fronte coroada de espinhos era uma ironia para a figura sublime e respeitável do Mestre. Seu peito trêmulo, ofegante, seus ombros pisados e doloridos... valera a pena haver distribuído, entre os homens, tantas graças do Céu? O malfeitor que assalta o próximo, de todas as maneiras, parece ter maiores e mais duradouras compensações.

               Ninguém a quem tanto ajudou estava próximo do Mestre, solidário com suas dores. Aqueles leprosos que haviam recuperado o dom precioso da saúde, os cegos que conseguiram ver os quadros coloridos da vida, os aleijados que haviam cantado hosanas à cura de seus corpos defeituosos, estavam agora ausentes, fugiam ao testemunho. Valera a pena praticar o bem?

               Quem havia sido mais fiel ao Pai que Jesus? Entretanto, a sua recompensa era a cruz do martírio! Como ter fé em tais circunstâncias? Se pudéssemos dar um zoom naquela cena última da crucificação, veríamos com surpresa que o Messias lançava um olhar enternecido sobre um dos ladrões que o fitava afetuosamente. Teríamos percebido que a voz débil do bandido se elevava para o Mestre:

               - Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino!...

               O olhar caricioso do Mestre podia dizer sem palavras:

               Vês, incrédulos de todos os tempos? Quando todos os homens da lei, doutores, acadêmicos, nobreza e sacerdotes não me compreenderam, e quando todos que ajudei e os meus próprios discípulos me abandonaram, eis que encontro a confiança leal no peito de um ladrão!...

            Esta é uma lição profunda que consigo entender somente a superfície, mais sei que tem ainda maior conteúdo a conhecer sobre a fé. Por enquanto fico satisfeito com o nível em que me encontro, sabendo que tenho que me esforçar ainda mais para adquirir racionalmente mais conteúdo sobre essa virtude.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/12/2018 às 02h01
 
08/12/2018 15h49
SONO DA INDIFERENÇA

               Uma das lições evangélicas que vim compreender agora foi a da indiferença dos entes queridos com o aceite que fazemos de nossa missão frente ao Pai.

               Jesus subiu ao Monte das Oliveiras para meditar, na companhia de Pedro, Tiago e João. O Mestre disse que essa era sua derradeira hora com eles. Pediu que eles orassem e vigiassem consigo para que Ele tivesse a glorificação de Deus no supremo testemunho.

               Assim dizendo afastou-se, a pequena distância, onde permaneceu em prece, cuja sublimidade os apóstolos não podiam observar. Pedro, João e Tiago estavam profundamente tocados pelo que viam e ouviam. Nunca o Mestre lhes parecera tão solene, tão convicto, como naquele instante de penosas recomendações. Rompendo o silêncio que se fizera, João ponderou:

               - Oremos e vigiemos de acordo com a recomendação do Mestre, pois, se Ele aqui nos trouxe, apenas nós três, em sua companhia, isso deve significar para o nosso espírito a grandeza da sua confiança em nosso auxílio.

               Puseram a meditar silenciosamente. Entretanto, sem que lograssem explicar o motivo, adormeceram no decurso da oração.

               Passados alguns minutos, acordaram, ouvindo o Mestre que lhes observava:

               - Despertai! Não vos recomendei que vigiásseis? Não podereis velar comigo, um minuto?

               João e os companheiros esfregaram os olhos, reconhecendo a própria falta. Então, Jesus, cujo olhar parecia iluminado por estranho fulgor, lhes contou que fora visitado por um anjo de Deus, que o confortara para o martírio supremo. Mais uma vez lhes pediu que orassem com o coração e novamente se afastou. Contudo, os discípulos, insensivelmente, cedendo aos imperativos do corpo e esquecendo as necessidades do espírito, de novo adormeceram em meio da meditação. Despertaram com o Mestre a lhes repetir:

               - Não conseguistes, então, orar comigo?

               Os três discípulos acordaram envergonhados. Antes, porém, que pudessem justificar de  novo a falta, um grupo de soldados e populares aproximam-se, vindo Judas à frente, que avançou e depôs na fronte do Mestre o beijo combinado, ao passo que Jesus sem denotar nenhuma fraqueza e deixando a lição de sua coragem e de seu afeto aos companheiros, perguntou:

               - Amigo, a que vieste?

               A sua interrogação, todavia, não recebeu qualquer resposta. Os mensageiros dos sacerdotes prenderam-no e lhe amarraram as mãos, como se tivessem tratando com um bandido comum.

               No dia seguinte, os movimentos criminosos da turba diminuíram o entusiasmo e o devotamento dos companheiros mais enérgicos e decididos na fé. As penas impostas a Jesus eram excessivamente severas para que fossem tentados a segui-lo. Da Corte de Pilatos ao Palácio de Herodes, viu-se o condenado exposto ao insulto e a zombaria. Com a exceção de João, que se conservou ao lado de Maria o último instante, todos os que integravam o reduzido colégio do Senhor debandaram. Receosos da perseguição, alguns se ocultavam nos sítios próximos, enquanto outros, trocando as túnicas habituais, seguiam, de longe, o inesquecível cortejo, vacilando entre a dedicação e o temor.

               O Messias, no entanto, coroando a sua obra com o sacrifício máximo, tomou a cruz sem qualquer queixa, deixando-se sacrificar, sem qualquer reprovação aos que haviam o abandonado na hora última. Conhecendo que cada criatura tem o seu instante de testemunho, no caminho da redenção da existência, observou as mulheres piedosas que o cercavam, banhadas em lágrimas.

               Exemplificando a sua fidelidade a Deus, aceitou serenamente o decisão do Céu, sem que uma expressão menos branda contradissesse a sua tarefa purificadora.

               Apesar da demonstração de heroísmo e invencível amor, que ofereceu do alto da cruz, os discípulos continuaram subjugados pela dúvida e pelo medo.

               João, em suas meditações acerca do Messias, entrou a refletir maduramente sobre a oração do Horto das Oliveiras, perguntando a si próprio a razão daquele sono inesperado, quando desejava atender ao desejo de Jesus, orando em seu espírito até o fim das provas ríspidas. Por que dormira ele que tanto o amava, no momento em que seu coração amoroso mais necessitava de assistência e afeto? Por que não acompanhara Jesus naquela prece derradeira, onde sua alma parecia apunhalada por intraduzível angústia, nas mais dolorosas expectativas? A visão do Cristo ressuscitado veio encontra-lo absorto nesses amargurados pensamentos. Em oração silenciosa, João se dirigia muitas vezes ao Mestre adorado, quase em lágrimas, implorando-lhe perdoasse o seu descuido na hora extrema.

               O tempo passou, sem que João conseguisse esquecer a falta de vigilância na véspera do martírio.

               Certa noite, após as reflexões costumeiras, sentiu ele que um sono brando lhe anestesiava. Como se tivesse vivendo um sonho, verificou que o Mestre se aproximava. Toda sua figura se destacava na sombra, com divino resplendor. Com palavras serenas e sorriso dos tempos passados, disse-lhe Jesus:

               - João, a minha solidão no Horto é também um ensinamento do Evangelho e uma exemplificação! Ela significará, para quantos vierem em nossos passos, que cada espírito na Terra tem de ascender sozinho ao calvário de sua redenção, muitas vezes com a despreocupação dos entes mais amados. Com essa lição, o discípulo do futuro compreenderá que a sua marcha tem que ser solitária, uma vez que seus familiares e companheiros de confiança se entregam ao “sono da indiferença”! doravante, pois, aprendendo a necessidade do valor individual no testemunho, nunca deixes de orar e vigiar!...

               Entendo assim, com a lição, que os discípulos não tiveram culpa. Eles quiseram ficar atentos, vigiar e orar como Jesus pedira, mas o Pai enviou uma sonolência para que o Mestre ficasse sozinho, pois Ele deveria exemplificar a lição.

               Agora entendo que nos momentos de minha solidão, quando sinto que estou fazendo a vontade do Pai e sou expulso de tantos relacionamentos, é porque esta é uma condição para a minha ascenção.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/12/2018 às 15h49
 
07/12/2018 02h01
O PRIMEIRO ANO DO RESTO DA MINHA VIDA

               Já fiz um texto com este título em outro momento, não lembro bem qual foi a motivação. Mas agora surgiu outra motivação e pretendo dar seguimento. Como assim?

               Este ano completei 66 anos. Tenho como mestre absoluto Jesus Cristo o meigo rabi da Galiléia, que viveu apenas 33 anos, que fez a sua missão nos últimos três anos de sua vida. Então, neste ano completo o dobro da Sua idade... sim, parece que lembro qual foi a motivação de ter escrito antes um texto com este título. Foi quando completei 60 anos e imaginei que, se jesus ao completar 30 anos teve três anos para realizar sua missão, então eu, que sou bem menos aquinhoado do ponto de vista espiritual, poderia nesse momento realizar alguma tarefa significativa durante os seis anos seguintes. Parecia para mim uma condição adequada, afinal eu estava usando o dobro do tempo, tanto em vida preparatória como em tempo necessário a realização de uma tarefa, mesmo que fosse bem mais simples, mas que eu considerasse significativa dentro dos meus limites racionais e espirituais.

               Agora, ao completar 66 anos, vem à mente outra programação que talvez seja mais viável, frente a imensa diferença que existe entre mim e o Mestre. Vivi o dobro da Sua existência e fazendo uma projeção dentro de uma perspectiva mais factível, poderei considerar o tempo de vida de 99 anos. Portanto, estou vivendo agora o “primeiro ano do resto da minha vida”, e terei 33 anos daqui para frente para construir algo que me dê a satisfação de ter contribuído significativamente com a humanidade.

               Dentro desse contexto, posso trabalhar minhas limitações cognitivas e espirituais para evoluir com foco na construção de algo que ainda não tenho delineado na minha mente. Sei apenas que sigo intuitivamente às determinações do Pai e para onde Ele me apresenta caminhos estou seguindo, com a intenção de expressar o amor incondicional dentro dos meus mais diversos tipos de relacionamento.

               Devo me comportar cada vez mais focado nessa determinação, de usar esses 33 anos de vida que acredito ser concedido, para cuidar com mais esmero do corpo biológico que utilizo. Sei que na primeira fase da vida, no primeiro terço, foi o momento de preparação do meu corpo, com a força dos hormônios e encaminhamento de convicções, com a geração dos empregos, do casamento, da geração de filhos; a segunda parte, segundo terço de vida, foi a fase da consolidação do que iniciei, a construção, tanto no aspecto familiar, quanto no social, financeiro, e espiritual.

               Este último terço de vida, cujo primeiro ano dos 33 projetados começa agora, tenho o reconhecimento da queda dos níveis hormonais, redução da potência biológica, orgânica, mas, por outro lado, maior vigor dos princípios espirituais que não sofrem tanto a competição com os instintos.

               A memória física é um dos fatores que devo preservar, para que todo esse paradigma de vida que acabo de descrever não se perca por não poder resgata-lo a todo momento que precisar.

               Este trabalho que realizo aqui, postando o que vem à minha consciência, serve tanto para a reflexão de meus leitores, quanto para minha própria reflexão e que devo colocar em cada texto que farei o tempero destas intenções.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/12/2018 às 02h01
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