Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
01/12/2016 03h02
ORAÇÃO DEZEMBRO 2016

            Mais um ano chega ao fim. Testemunho esse fato há 64 anos. Os primeiros não tenho memória acessível à minha consciência e rogo a Ti, oh Pai, para que os últimos anos da minha vida não tenham as mesmas características dos primeiros, quero ficar com a memória sempre funcionante para que eu possa acessar meu passado e não poder cometer os mesmos erros que cometi antes.

            A memória é importante, reconheço Pai, pois me faz rever os erros graves que ainda cometo e que não são coerentes com minhas intenções. Eu desejo fazer a Tua vontade e isso implica que eu não posso prejudicar a ninguém que esteja ao meu lado ou à distância. Porém, em alguns momentos cometo vacilo, pecado contra meu próximo, por motivos tão frágeis. Por isso é importante que a minha memória esteja atuante em cada etapa da minha vida, para lembrar de tantos erros que cometi apesar das minhas boas intenções.

            Este fato, Pai, de eu pensar e praticar atos egoístas contrários às minhas convicções, são preocupantes para mim. Com os pensamentos agressivos, de vingança, de realizar o “olho por olho” de Moisés e não a Lei do Amor do Cristo, de “mostrar a outra face”, eu consigo ainda refrear os pensamentos e não partir para a prática. Mesmo assim, os pensamentos incomodam à minha racionalidade que está associada aos critérios cristãos.

            Porém, Pai, com os pensamentos egoístas de cunho financeiro, quando eu percebo momentos de usufruir de vantagens materiais por falhas dos meus irmãos, ainda não consigo refrear a contento os impulsos de me aproveitar da situação e vou adiante.

            Assim, Pai, peço que me ajudes. Dá-me forças psíquicas para que meu espírito consiga conter os impulsos atávicos que estão armazenados na minha memória. Essa força instintiva que defende a minha sobrevivência individual, vai de encontro a força do meu espírito que quer adquirir e desenvolver virtudes que eu possa levar para o mundo espiritual. Sei que todo esse registro do meu inconsciente e subconsciente são importante para a minha sobrevivência corporal, mas eles não podem ter força de obstruir a vontade do espírito em realizar a Tua vontade, meu Pai.

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em 01/12/2016 às 03h02
 
01/12/2016 00h59
ANDRÉ

            Hoje, dia 30 de novembro, é o dia consagrado a memória do apóstolo André. Era o irmão de Simão Pedro e também pescador em Cafarnaum, pois ambos tinham migrado de Betsaida, a cidade natal.

            Observando a profissão dos homens escolhidos por Jesus, observamos que Ele deu preferência aos pescadores. Dos doze, o primeiro a ser tirado do lago de Tiberíades para receber o título de pescador de homens, foi justamente André, seguido logo por João.

            Estes dois primeiros chamados haviam já respondido ao apelo do Batista, cujo grito os havia arrancado da pacífica vida do dia-a-dia para prepara-los para a iminente chegada do Messias. Quando este profeta do deserto, João Batista, lhes indicou Jesus, André e João se aproximaram dEle com emocionante simplicidade e limitaram-se a perguntar-lhe: “Onde moras?”, sinal evidente de que em seus corações já haviam feito a escolha.

            André também foi o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre. André encontrou primeiro o seu irmão Simão e lhe disse: “Achamos o Messias”. E o conduziu a Jesus. Por isso André ocupa um lugar iminente no elenco dos apóstolos. Os evangelistas Mateus e Lucas colocam-no no segundo lugar, logo depois de Pedro.

            O Evangelho menciona o apóstolo André outras três vezes: na multiplicação dos pães, quando apresenta o menino com alguns pães de cevada e poucos peixinhos; quando se faz intermediário do desejo dos forasteiros vindos a Jerusalém para serem apresentados a Cristo; e quando com a sua pergunta provoca a predição por Jesus da destruição de Jerusalém.

            A Praia do Meio parece um bom cenário para a reprodução daqueles primeiros tempos em que Jesus esteve conosco. Também estamos ao lado do mar, com um clube e uma praça dedicada aos pescadores. Temos uma Associação comunitária de natureza cristã, onde cada membro procura fazer a vontade de Deus conforme está escrita em sua consciência, tentando praticar o Amor Incondicional, ajudar ao próximo sem esperar nenhuma condição de benefícios materiais.

            Assim como André se tornou pescador de homens, cada membro de nossa comunidade passa a ter essa vocação, de pescar homens para a construção do Reino de Deus. Na época de André era importante que ele recrutasse pessoas para escutar as lições do Mestre, como deveria ser construído esse Reino, e a partir daí disseminar essas informações sobre a Boa Nova (Evangelho) por todo o mundo.

            Atualmente, a maioria das pessoas já conhecem Jesus e sabem da existência do Amor como a maior força existente na Natureza, mesmo que não seja cristão. Agora, o que devemos fazer é a construção desse Reino, colocando na prática o Amor Incondicional que Ele nos ensinou, e não ao Amor Condicional que tão bem sabemos fazer: amor a um filho, pai, irmão, amigo... etc.

            Amar ao próximo como se fosse a nós mesmos, é a primeira tarefa na construção desse Reino. Isso dará condições da formação da Família Universal e concomitantemente ao Reino dos Céus.

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em 01/12/2016 às 00h59
 
30/11/2016 00h59
PÓS-VERDADE

            Esta palavra, pós-verdade (post-truth), foi eleita palavra do ano de 2016 pelo Dicionário Oxford. O adjetivo foi definido pela editora britânica como relativo a circunstâncias em que crenças pessoais têm influência na formação da opinião pública.

            O adjetivo composto “pós-verdade” foi definido como relativo a circunstâncias em que fatos objetivos são menos influentes na formação da opinião pública do que emoções e crenças pessoais. A frequência de uso da palavra “pós-verdade” em 2016 aumentou 2000% em comparação com o ano passado.

            Segundo a editora de dicionários, as concorrentes a palavra do ano refletem um ano marcado por discursos inflamados, como nas eleições americanas e no plebiscito sob a permanência do Reino Unido na União Europeia.

            Seria interessante a comparação dos discursos feitos no Brasil na campanha de 2014 para presidente com a verdade que vai surgindo através do trabalho da justiça que envolve a maioria dos atores de campanhas eleitorais.

            A candidata a presidente não economizou em falsear a verdade e produzir mentiras com o objetivo claro de se eleger, à sombra do seu “criador”, que pode ser considerado o pai da mentira brasileiro. O efeito mais funesto desse tipo de atividade é a criação de diversos cargos na administração, preenchidos por pessoas com o mesmo tipo de defeito ético. Não têm escrúpulos de distribuir benefícios sem o devido respaldo legal e principalmente financeiro, endividam a nação e criam um exército de pessoas dependentes e sem educação ou oportunidade de conhecimentos para verificar a falsidade da qual elas não passam de massa de manobra.

            O incrível de tudo isso, é que a situação de pós-verdade não chega a mudar a opinião da maioria dos diversos envolvidos, o que leva a pensar que eles também estão se locupletando da mentira que foi gerada, da corrupção que é praticada, ou senão estão escravas da ignorância que não consegue perceber onde está a verdade, ou o mais pior, foram contaminados por algum tipo de veneno mental onde a lógica e a coerência procuram simplesmente distorcer os dados da realidade para justificar a defesa do pensamento canhestro ou da prática delituosa.

            É importante que os profissionais do psiquismo, principalmente psicólogos e psiquiatras, se debrucem sobre esse fato da atualidade para procurar atender uma classe de pacientes que não percebem a doença da qual estão enfermos, como os dependentes químicos no início do tratamento.

            A criação desse novo adjetivo vem ajudar na identificação e diagnóstico da doença, quando verificamos que as crenças pessoais influenciando a opinião pública, mesmo distorcidos, passam a ter mais força sobre a tomada de decisões do que os fatos reais. Mas vale ressaltar, a doença só pode ser diagnosticada quando a pessoa está envolvida nesse caso da pós-verdade, sem nenhum ganho pessoal. Caso isso seja verificado, que a pessoa tem ganhos pessoais dessa postura que desempenha, deixa de ser doente e passa a ser criminoso, deixa de ir para um hospital e deve ir para a cadeia.

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em 30/11/2016 às 00h59
 
29/11/2016 00h59
FOCO DE LUZ (124) – OBSTÁCULOS FESTA DO NATAL

            Em 23-11-16, as 19h, na Praça Maria Cerzideira, foi realizada mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a presença das seguintes pessoas: 01. Paulo; 02. Francisca; 03. Washington; 04. Maria Dalva (Masé); 05. Márcia Magnólia; 06. Nivaldo; 07. Mano; 08. Marise; 09. Netinha; 10. Ana Paula; 11. Edinólia; 12. Anilton; 13. Graça; 14. Fernandes; 15. Francisco; 16. Ana Lúcia; 17. Jaqueline; 18. João Maria; 19. Rosa (artista plástica); 20. Fernandes; 21. Kiko; 22. Jaciara; e 23. Wellington (diácono). Devido a viagem para o congresso em São Paulo, o registro da última reunião não foi realizado. A reunião foi iniciada após os 30 minutos de conversa livre, com os obstáculos que teremos que resolver com relação a festa do Natal. Lembramos do roteiro que foi elaborado, de sairmos em caminhada por volta das 18h da capela de Santana, depois de uma ação evangélica dentro da Capela, em direção a Praça Maria Cerzideira. Procuraremos levar um burrinho para conduzir uma mulher grávida e seu marido representando Maria e José. Ao chegar na Praça do evento, o casal ficará num local denominado presépio onde Jesus deverá nascer. O palco já estará montado para a apresentação dos grupos musicais da AMA-PM e das diversas denominações evangélicas. Serão homenageadas as mulheres tendo Maria a mãe de Jesus como a grande homenageada. Também serão convidados todas as pessoas que nos ajudaram a organizar essa festa e que nos ajudam no cotidiano, para receberem um documento de reconhecimento, inclusive políticos, comerciantes e todos que estão na condição de padrinhos das nossas crianças. As 22h será servido o jantar a todos os presentes, o palco continuará sendo usado para fornecer música ambiente durante o jantar. Os obstáculos que estão prevendo é que existam algum morador incomodado com o movimento que irá acontecer na rua, mas a grande maioria está apoiando e muitos se envolvendo na organização. Outra dificuldade é o apoio do serviço público, principalmente a SEMSUR que está ornamentando as ruas de Natal, mas até este momento não fez nada na Praça onde vai acontecer o evento. O nosso trabalho cristão não tem como foco criticar ninguém, apenas solicitar a quem for mais conveniente o que precisamos para construir a vontade de Deus conforme decidimos em reuniões. A consciência de cada morador, inspirada pela justiça divina, é quem deverá no seu íntimo recompensar a quem nos deu apoio. O nosso pensamento coletivo é de que todos somos irmãos, capazes de acertar ou errar, não temos o dever de julgar o próximo, isso é função do Pai. Ele espera de nós apenas que cada um cumpra a sua parte de acordo com as virtudes que Ele nos deu. Foi feita uma comissão formada por Paulo, Francisca e Washington para falar com o vereador Ubaldo sobre a ajuda que ele pode dar na organização da festa. Márcia sugere que enviemos um ofício à TV Assembleia para ser feita a cobertura da festa. O Diácono Wellington informou da vinda do cantor gospel Marco Antônio em fevereiro ou março do próximo ano, que deverá se apresentar na Rua 25 de dezembro. Solicita o apoio da AMA-PM para solicitar as autorizações e diz que irá funcionar duas barracas, uma da igreja e outra da associação, para arrecadação de fundos. As 20h30m a reunião foi encerrada, Márcia fez a condução da oração do Pai Nosso e todos posamos para a foto coletiva.    

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em 29/11/2016 às 00h59
 
28/11/2016 00h59
THE CROWN (A COROA)

            Comecei a assistir sem nenhuma pretensão, apenas por curiosidade, a série da Netflix, The Crown (A coroa). Hoje estava assistindo o capítulo, Ilusões, onde o Rei que iria ser coroado, chama sua filha para que, no papel do Arcebispo, ensaie a cena da coroação. Foi aí que percebi mais uma manobra do “Destino” para me colocar frente ao significado mais coerente do que deve ser um Rei.

            Alguém que é escolhido, seja por qual canal que seja, para representar, cuidar, proteger e orientar uma nação, com prejuízo da vida pessoal, familiar, individual, para respeitar os direitos e necessidades da coletividade. Essa pessoa deve ter a consciência dessa obrigação, estar disposto a abdicar de sua vida pessoal e passar a viver em função do Estado que representa a Nação, mesmo que exista uma constituição que represente a vontade do povo para eleger os seus representantes. Mas estes devem estar consciente, que acima do cargo que a votação democrática os coloque, em qualquer posto, inclusive no cargo de primeiro ministro, responsável para comandar o gabinete político, pode ser afastado se o Rei percebe que isso é necessário para o bem da nação.

            Neste ensaio promovido pelo futuro rei, com a sua filha Elizabeth, que viria a lhe suceder, é demonstrado que o rei é ungido nas mãos, no peito e na cabeça, simbolizando, como os profetas e reis do passado, a permissão de Deus para o mandato que ele iria cumprir, a promessa que ele não poderia esquecer, de dedicar a sua vida ao povo, com o trabalho, coração e mente.

            Quem está de fora e não percebe esse simbolismo que exige do Rei uma vida dedicada com prioridade aos interesses da nação, e percebe apenas o fulgor externo da Casa Real com o séquito de súditos que viabilizam esse aspecto do poder, podem imaginar uma família de ociosos que se locupletam dos recursos da nação para uma vida de pompa e ostentação. Não é que isso não possa ocorrer, afinal, até mesmo a Casa Real é composta por seres humanos carregados de atavismo animal. Mas, a educação rígida, preparatória, que cada membro da realeza recebe, principalmente os que estão na linha direta de sucessão, serve de preventivo para a distorção do comportamento, do público para o privado, do interesse coletivo para o interesse individual.

            Então, passei a refletir sobre as últimas informações que recebi e que me tornaram simpático a causa da realeza no Brasil. Percebi que a minha educação foi intencionalmente falha em ensinar o que aconteceu com a administração brasileira para que hoje todos comemorem a Proclamação da República como um dia importante, como uma revolução necessária para a evolução e modernização do Estado brasileiro. Eu não sabia que a revolução que destituiu o rei brasileiro não teve a participação popular, que atendeu aos interesses da elite. Formaram um novo sistema de governo onde os mais capacitados financeiramente tinham oportunidade de serem eleitos para os principais cargos da nação e a partir daí tirarem como investimento de altíssimo lucro, tudo que gastaram em suas campanhas, sem terem por trás nenhum poder moderador, corregedor, moralizador. Ficamos nós, o povo, como “escravos modernos” pagando os maiores impostos da Terra, enchendo os bolsos dos corruptos que estão presentes em todos os partidos e onde englobam com acidez, agressividade e até violência, os raros políticos justos que tem a coragem de elevar a voz com honestidade em defesa do povo.

            Observamos com asco, revolta e repugnância, o enriquecimento ilícito desses políticos, seus familiares e apaziguados, quando a justiça que permanece íntegra consegue identificar, denunciar e punir.

            Parece que não adianta na eleição trocarmos de um partido por outro, pois o que se mostra mais aguerrido na luta pela ética e moral, quando assume o poder se mostra o mais perigoso, suguinário (neologismo para sedente do suor, como existe o sedente em sangue) e carente de propinas.

            Parece que seria mais correto, pedirmos desculpas à Casa Real brasileira por não termos tido condições naquela época de defender um rei que tão bem nos representava, e usarmos agora o nosso voto para eleger alguém que se dedique à causa pública mais do que aos seus interesses privados, familiares e corporativos. Alguém que sob a inspiração divina aceite a sobrecarga de tratar uma nação como a sua família ampliada, um juramento que jamais deverá ser esquecido, jamais deixará de ser cumprido.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/11/2016 às 00h59
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