Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
12/10/2014 07h20
NOSSA SENHORA APARECIDA

            Hoje é o dia de Nossa Senhora Aparecida, aceita como a padroeira do Brasil, pais que é considerado pelos espíritos esclarecidos, como o coração do mundo e pátria do Evangelho. O símbolo dessa conexão do país com a divindade vindo através de uma imagem encontrada no fundo de um rio, de uma mulher, e ainda por cima negra, traz outros significados ainda mais profundos. Serve para nos advertir contra os preconceitos de gênero e de raça, reforçando a percepção que deveremos ter de sermos todos humanos, independentes do sexo ou da raça que adquirimos com o nascimento. Esse sentimento de irmandade que nós brasileiros devemos nutrir para com todos os seres humanos, independente de suas características de nascimento, devem ser ampliados, naturalmente, para acolher as diversas escolhas sociais, religiosas, partidárias, esportivas, etc., que os diferentes irmãos possam ter ao redor do mundo. Amar uns aos outros é a “carteira de identidade” do verdadeiro cristão, mesmo que esse próximo que devamos amar seja nosso adversário.

            Com essa perspectiva na consciência, visitei a partir de ontem, a cidade de Trindade, vizinha de Goiânia, capital do estado, Goiás, onde se realiza o congresso que vim participar em Brasília-DF. No caminho entrei numa igreja católica e peguei um informativo chamado “Encontro Semanal” que estava à disposição sobre uma mesa. Vi logo na chamada de capa, “A igreja é perseguida e massacrada no Oriente Médio”, que ali estava o assunto que o Mestre desejava que eu desenvolvesse neste dia.

            Logo no começo da matéria tem o relato de uma jovem cristã, grávida e mãe de três filhos, em fuga por medo dos extremistas islâmicos no Iraque: “Fugimos dos bombardeios sem nada, apenas com as roupas que vestíamos, andamos durante horas no escuro e as crianças choravam de fome.”

            Li essa matéria dentro de uma sorveteria, saboreando meus sorvetes favoritos e chupando picolés. Acabara de vir da Basílica do Divino Pai Eterno onde existia uma missa com o salão apinhado de gente. Dentro da cidade diversos ônibus interestaduais e intermunicipais mostravam a quantidade de romeiros que vinham conhecer ou fazer ou pagar suas promessas, como eu e meus companheiros de viagem.

            Foi inevitável, lembrei logo do tema que abordei ontem sobre a necessidade de ouvir e aplicar a palavra de Deus, como forma de assim sermos bem-aventurados. Eu ia colocar esse texto no dia de hoje, mas como recebi esse Informativo com essa temática, dentro de todas as circunstâncias que se desenvolveram à revelia de meus planejamentos, resolvi postar amanhã e colocar hoje este texto. Deus espera que apliquemos a Sua palavra na prática, mas como fazer isso junto a irmãos que se encontram do outro lado do planeta em situações tão precárias?

            Fica claro que não posso abandonar tudo que faço aqui e procurar ajudar “in locu” os irmãos em dificuldades. Isso, a miséria humana que existe lá, também existe cá e por todos os lugares por onde andemos. Observo por todos os lados, irmãos em dificuldade, que vivem andrajosos, pedintes, ignorantes, sujos e abandonados... Cada um de nós, onde quer que esteja, pode colocar em ação a palavra do Pai, atuando com honestidade, fraternidade e fé. Onde não possamos ir, como no Oriente Médio, mas que existem irmãos em plena dificuldade, podemos enviar em nosso lugar, o fruto do nosso trabalho, o dinheiro. Talvez seja necessário que eu não consuma três bolas de sorvete, apenas duas, mas esse será o meu grau de sacrifício em prol desses irmãos. Lá onde eles estão com certeza existem outros irmãos que utilizarão com os mesmos critérios evangélicos esse dinheiro.

            Portanto, neste dia da Padroeira do Brasil, reconheço a importância de aplicar a palavra de Deus em qualquer lugar que eu me encontre, pois é nesse lugar que o Pai quer que eu opere dando prosseguimento ao que Jesus nos ensinou, e exercendo influência positiva junto dos irmãos plantados em qualquer lugar do mundo.

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em 12/10/2014 às 07h20
 
11/10/2014 00h01
NOVA SOCIEDADE

            Está no sangue, no inconsciente e na alma o desejo de vivermos uma sociedade mais justa e solidária. Jesus trouxe as lições de como atingir esse Reino de Deus. Cantores como Raul Seixas colocam em momentos de inspiração músicas como “A Maçã” e “Sociedade Alternativa”, um pequeno retrato de como seria essa sociedade. Pacientes que chegam ao meu consultório colocam nos seus dilemas existenciais e familiares, conjugais principalmente, a necessidade de uma mudança no estilo de família que construímos e que queremos manter pura, mas cheia de hipocrisia.

            A família nuclear que é formada obedecendo a uma tradição milenar, é o principal esteio para a sociedade que vivemos atualmente. Acontece que essa família nuclear está alicerçada num tipo de desvio do Amor Incondicional, o amor romântico, que tem uma forte carga de egoísmo e exige a exclusividade na doação de afetos, principalmente dos afetos libidinosos, sexuais.

            Para ultrapassar os obstáculos que impedem uma sociedade fraterna, temos que controlar e subjugar a força dos nossos instintos que deseja para si a exclusividade do outro como se fosse uma posse sua, para garantir que os filhos que surjam sejam de fato os seus filhos. Compreender e aceitar que a minha companheira possa se envolver afetiva e sexualmente com outra pessoa, e vice-versa, é o núcleo central dessa transformação, desde que isso seja feito na base do respeito e seguindo o artigo maior da lei do Amor Incondicional: não fazer ao outro o que não quero que façam a mim.

Vivo essa experiência com muita dificuldade, apesar de ter atingido um alto grau de compreensão em que o envolvimento da minha companheira com outra pessoa, ao invés de trazer-me raiva e ciúme, traz-me aceitação e solidariedade. Fico feliz com a felicidade de minha companheira, caso ela se mostre feliz ao lado de outra pessoa por alguns momentos ou para sempre, que queira logo voltar para mim ou não. No entanto, não consegui que nenhuma de minhas companheiras atingisse até o momento atual esse estágio de compreensão. O amor romântico que elas desenvolvem dominam o psiquismo e deixa surgir sentimentos negativos de ciúme, raiva, ressentimento, revanche, vingança. Isso tende a destruir o relacionamento e a formação de uma família com essa nova perspectiva, e, portanto, longe de alcançar a formação do Reino de Deus.

A missão que Deus colocou em minha mente é a de construir essa nova sociedade com base na nova família. Devo estar sempre atento para que o desejo ainda fortemente ligado ao egoísmo não desvirtue o meu objetivo. Qualquer aspecto que for colocado na conversa do cotidiano, deve logo ser esclarecido o seu sentido quando esse for contrário ao amor inclusivo do Amor Incondicional. Caso eu não faça esse esclarecimento de imediato, pode ser entendido que eu aceitei as condições de voltar para o exercício do amor romântico, e, consequentemente seria destruído todo o trabalho e esforço que acumulei com quantas pessoas e por tantos anos.

Sei que agindo assim com essa firmeza em função desses princípios, irei causar  muito constrangimento e sofrimento de pessoas que me amam e que desejam viver a vida toda exclusivamente comigo, se eu também decidisse fazer o mesmo.

            Mas, aceitei construir essa nova sociedade e mesmo que fique por tempo indeterminado sozinho, que seja abandonado ou evitado, que assim seja. Afinal sofrimento maior passou Jesus quando veio somente avisar dessa possibilidade e ensinar os meios de como fazer isso. Atualmente tem muita gente que conhece bem o Evangelho e pode num gesto de honestidade e solidariedade, ajudar a carregar a minha cruz.

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em 11/10/2014 às 00h01
 
10/10/2014 12h22
FOCO DE LUZ (24)

            Em 09-10-14 foi feito mais uma reunião da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM) com a presença das seguintes pessoas: 1) Cristina; 2) Kim; 3) Paulo Henrique; 4) Ana Paula; 5) Nivaldo; 6) Ezequiel; 7) Costa; 8) Damares; 9) Adriana; 10) Radha; 11) Paulo Góis; 12) Marília; 13; Marcelo (1ª vez – Rio de Janeiro); 14) Sandra (1ª vez irmã de Costa, Rio de Janeiro); 15) José Maria (1ª vez – presidente da escola de Samba do Bairro); 16) Edinaldo (1ª vez – proprietário de Mercearia e cedeu o espaço para nossa reunião); 17) Gabriela (1ª vez – filha de Socorro); 18) Socorro Batista (1ª vez – ativista comunitária); 19) Edinólia; e 20) Francisco. A reunião iniciou as 19h, na Rua Monte Alegre, tendo como referência a cada da sogra de Ezequiel. Inicialmente cada um vez a sua apresentação resumida. Em seguida foi lido o preâmbulo espiritual intitulado “Que buscais?” e logo depois a leitura do registro da reunião anterior. Foi feita a distribuição do texto com o registro da reunião anterior e o Boletim Informativo nº 4, do mês de outubro. Edinólia informa da organização do bazar que vai acontecer em dezembro e que já está recolhendo os objetos a ser comercializados, que serão guardados com Ana Paula. Passamos a rever as ações do dia das crianças, que está sob a organização de Costa e Paulo, auxiliados por tantos que possam colaborar. Apesar de Marivon não ter vindo, Costa confirmou que o futebol está previsto para acontecer de 8 as 14 horas. Nivaldo já está de posse de um pacote de balas. Socorro Batista ficou de conseguir as tendas. Costa disse que de 16 as 18 horas terá uma gincana com prêmios e depois a projeção de um filme no telão. Paulo garantiu a confecção de um bolo de grandes proporções que será confeccionado na mesa. Cristina junto com Kim e seus colegas de Universidade ficarão com as crianças menores na Escola Olda Marinho. Paulo Góis verá a possibilidade de conseguir o cachorro quente. Socorro vai entrar em contato com o pessoal do circo para ver a possibilidade da participação de alguns dos seus artistas no evento. Foi avaliada com José Maria a possibilidade de uma reunião da AMA-PM na sua rua em data a ser agendada. Rodrigo, comerciante da Rua do Motor se fez presente informalmente e comunicou da sua motivação para contribuir também com os trabalhos da Associação. Após a reunião ficamos todos em pé, de mãos dadas, quando alguns moradores que estavam nos escutando a distancia se aproximaram e entraram na roda. Voltamos a cantar a canção “Tudo é do Pai”, conduzida por Costa. Depois foi solicitado que Edinaldo, um dos nossos anfitriões nesta reunião, conduzisse a oração do Pai Nosso. Finalmente ficamos todos juntos para a foto oficial da reunião que será postada no Whatsapp. As 20:30h encerramos os nossos trabalhos.

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em 10/10/2014 às 12h22
 
09/10/2014 08h14
DIGA-ME COM QUEM ANDAS...

            Este dito popular “Diga-me com quem andas que eu te direi quem és” encerra uma grande verdade. Sempre nós procuramos sintonizar com aquelas pessoas que tem uma vibração próxima da nossa ou das nossas aspirações. Daí temos os diversos grupos que se formam, tanto do lado do bem como o oposto. Ficamos dentro de qualquer um desses grupos quando nos sentimos bem dentro dele. Quando por algum motivo, reconhecemos que esse grupo nos causa mal, então a tendência é que saiamos de dentro dele e procuremos outro. É o caso de pessoas que usam drogas, que têm o seu grupo com esse objetivo. No momento que a pessoa reconhece o mal que existe no uso de drogas, resolve procurar outro grupo que não usa drogas, pois aquele não sintoniza mais com ele. Mesmo que essa pessoa não encontre de imediato esse grupo, ela prefere ficar sozinha e obedecer a outro ditado popular: “Melhor só do que mal acompanhado”.

            Pois bem... Sempre tive dificuldades de fazer parte de um grupo, sempre percebia motivos que não me deixava satisfeito e logo deixava esse grupo, ficava sozinho, até fazer outra tentativa num novo grupo. Foi assim com a religião. Iniciei na religião católica por influência dos meus pais (minha avó e mãe, principalmente) e cheguei a ser escoteiro, auxiliar na igreja e organizar procissões. Logo fiquei insatisfeito com os dogmas católicos que tinha de cumprir e que iam de encontro ao meu racional. Entrei no grupo evangélico da Assembleia de Deus, e mais uma vez não fiquei satisfeito com a defesa dos princípios deles e com o que queriam que eu acreditasse. Fiquei muito tempo procurando uma religião que atendesse à minha lógica interna, até que encontrei a doutrina dos espíritos e achei uma forte concordância com aquilo que eu penso e pratico. O que é cobrado não tem a figura de um pastor, padre ou dirigente, e sim é a minha própria consciência que tem o papel de ser o meu acusador, juiz e carrasco, e devo procurar ser apenas melhor a cada dia como condição de ser espírita. Tenho a liberdade de entrar e sair em cada templo, participar de seus rituais e respeitar o modo de pensar de cada um, mas sem um rigor metodológico em seguir nenhuma agremiação. Assim me considero hoje um espiritualista cristão universal. Quer dizer que reconheço a existência do mundo espiritual, a posição de Jesus Cristo como o meu Mestre e que tudo que aplico aqui na Terra deve ter respaldo em qualquer ponto do Universo.

            Esse mesmo dilema que encontrei no campo religioso, também encontrei no campo político. Os partidos que participei e cheguei a desenvolver militância se mostravam sempre distantes do meu modo de pensar, até que desisti da filiação em qualquer um deles. Apesar de considerar a política uma das ações mais nobres do homem, vejo que sua prática está contaminada em todos os níveis pelas mais escandalosas formas de egoísmo.

            Lembro que o Mestre Jesus ensinava que devíamos sempre pedir, buscar e bater que seríamos atendidos, pois o Pai misericordioso e repleto de Amor para com Seus filhos, jamais deixará de atender um pedido que seja necessário. Jesus também ensinou que ele iria sair da vida material, mas que continuaria ao nosso dispor, e quando duas ou três pessoas estivessem reunidas em Seu nome, Ele estaria presente. Pois é esta companhia que eu quero. Mesmo estando sozinho, como vivo a maior parte do meu tempo. Sei que Ele falou que estaria presente quando duas ou mais pessoas estivesse reunidas, e não uma só como me encontro na maioria das vezes. Mas, como Ele próprio ensinou, eu posso pedir ao Pai essa permissão, de me sentir ao lado de Jesus assim que eu tenha necessidade e invoque-O para ficar comigo. Aí sim, estarei ao lado do meu Mestre, andarei com Ele por todos os lugares, ficarei com Ele até no banheiro, sentado no bojo e digitando, como estou fazendo agora. Sei que Ele não vai me censurar nem exigir nenhuma formalidade, que o mais importante além da limpeza do corpo, é a limpeza da alma, e isso Ele sabe que me esforço por fazer.

            Agora, eu só não posso ir falando por aí que eu ando com Jesus e me relaciono de forma tão íntima com Ele, para as pessoas saberem quem eu sou. Passaria uma ideia de arrogância e prepotência, ou mesmo de loucura. Por isso, Ele que está agora ao meu lado concorda comigo e diz que não é preciso nem que Ele ande comigo, pois se eu consigo guardá-lo no coração, as minhas ações lembram de imediato o que Ele ensinou e a Sua imagem se confundirá com a minha. Disse também que nem precisaria orar para Ele, pois sempre Ele está conversando comigo na consciência, todas as vezes que se levanta uma dúvida se estou correto naquilo que quero fazer. Disse também que não me preocupasse quando eu quisesse orar ao Pai e não lembrasse as palavras necessárias para expressar os meus pensamentos e sentimentos, até mesmo se eu esquecesse o Pai Nosso que Ele ensinou. Bastaria balbuciar as palavras de desamparo, tal qual uma criança indefesa ao chamar pelo Pai, assim como Ele fez no Horto das Oliveiras:

            Abbá!... Abbá... Abbá... 

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em 09/10/2014 às 08h14
 
08/10/2014 00h01
OS NÓS DO TAU

            São Francisco de Assis era devoto da Santa Cruz do Cristo, por isso adotou o “Tau” e recomendava o seu uso. O “Tau” é uma cruz estilizada com a forma da letra grega Tau (T). Além de ser um símbolo bíblico é a última letra do alfabeto hebraico e a 19ª do grego, derivada dos fenícios e correspondente ao “T” em português. O Tau é a mais antiga grafia em forma de cruz e significa Verdade, Palavra, Luz Poder e Força da mente direcionada para um grande bem. O Tau é a convergência das duas linhas: verticalidade e horizontalidade, significam o encontro entre o Céu e a Terra, entre o Divino e o Humano. Em 1215 o Papa Inocêncio III prega a criação de um novo símbolo cristão e São Francisco, estando presente nesta reunião, assume o Tau como símbolo de sua Ordem Religiosa: a Ordem dos Frades Menores. Santa Clara tratava dos doentes com a imposição do Tau, invocava a Deus para que curasse aqueles que padeciam.

            Os três nós que se encontram no cordão do Tau significam três votos: Castidade, Obediência e Pobreza. Esses três votos tinham um sentido na Idade Média quando foram construídos: não sexo; não autonomia; e não bens materiais. Mas hoje, na Idade Moderna, em plena Era Tecnológica, do mundo informatizado e globalizado, será que o sentido continua sendo o mesmo? Vou verificar esses três termos com os óculos da visão moderna e associados com o Amor Incondicional que deve ser aplicado nos relacionamentos mais diversos, como forma de contribuirmos para a construção do Reino de Deus.

            Castidade é considerada simplesmente a abstinência sexual, mas podemos aplicar o conceito dentro da lei do Amor Incondicional, como deve ser feito em qualquer tipo de relacionamento humano. A Natureza feita por Deus, inclusive os impulsos sexuais associados ao prazer que visa a reprodução e a permanência da vida, não podem simplesmente ser abolidos como forma de atingir a pureza. Se todos fizessem isso a humanidade desapareceria dentro de 100 anos.  Tanto o homem como a mulher são necessários na interação sexual para que a vida prossiga, e assim a vontade de Deus. Então, é da vontade de Deus que façamos o sexo; a Castidade como sinônimo de abstinência sexual é um desvio da Natureza, da lei de Deus. O que podemos observar com cuidado é o bem estar do parceiro. Para o sexo natural ser realizado é necessária a interação de dois parceiros. A orientação do Cristo agora é da máxima importância para que o sexo não se desvie do caminho divino: “Não fazer ao próximo o que eu não quero que façam a mim”, ou “Fazer ao próximo o que gostaria que fizessem a mim”. Esta é a bússola comportamental perfeita que o Mestre nos ensinou para que não me perca na incoerência com o Amor. O ponto de partida é “amar ao próximo como eu amo a mim mesmo”, portanto tenho que me amar para poder amar a quem quer que seja. Não posso ficar amarrado a nenhuma instância legal, cultural ou preconceituosa que impeça esses movimentos. Portanto o casamento com suas regras de exclusividade fica definitivamente abolido, pois implica em cercear minha liberdade e evitar que a existência desses relacionamentos afetivos e amorosos cheguem até mim. A Castidade dentro dessa conotação do Amor Incondicional vai existir como sendo a abstinência do sexo que não obedeça a essa lei e não de uma abstinência completa do sexo.

            Resolvendo essa questão da Castidade, os outros dois aspectos dos nós do Tau, Obediência e Pobreza, ficam resolvidos. A Obediência maior é seguir a Lei de Deus colocada na minha consciência e exposta na Natureza. A Pobreza implica em não acumular bens de qualquer espécie em detrimento do meu bem estar ou do bem estar do próximo.

            Assim, o uso do Tau adquire uma significância bem mais ampla, dentro da força principal da Natureza, que é a força dos instintos sexuais que passam a ser melhor entendidos e controlados na obediência do Amor Incondicional, mesmo que em algum momento se forme na relação sentimentos do amor romântico. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/10/2014 às 00h01
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