Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
10/10/2015 00h01
DUELO DE TITÃS

            Temos diversas formas de duelo, a partir daquele visto nos filmes de faroeste entre mocinho e bandido, entre heróis e deuses da mitologia... sempre envolvendo pessoas. Neste tipo de duelo que vou passar a relatar não envolve personagens, mas forças dentro do campo mental que influencia o comportamento dos indivíduos.

            Sempre defendo a importância do Amor Incondicional sobre o amor romântico, do amor espiritual sobre o amor carnal; que o Amor Incondicional é importante para construirmos a família universal e sair da influência dominante da família nuclear, ninho do egoísmo e gerador das mazelas sociais.

            Sei da minha honesta intenção de procurar sempre cumprir a Lei do Amor ensinada por Jesus, que é a aplicação do Amor Incondicional, mesmo que muita gente acredite que isso seja impossível. Até que eu tenho um bom desempenho nesse propósito, mas devo ficar sempre atento, pois minha carne está viva e cheia dos instintos que Deus criou, que tenho de respeitar, mas que são deles que surge a força do amor romântico no campo mental.

            A simpatia, a amizade, que posso desenvolver pelas pessoas do gênero oposto são bem controladas pelo Amor Incondicional, já tenho comigo essa conquista. Mas, quando surge o amor romântico na roupagem da paixão, o campo mental fica transformado, com o embate dos dois titãs em sua expressão máxima: o amor romântico de um lado com a força da paixão, como se fosse a vitamina do Popeye, e do outro lado o Amor Incondicional, como essência de Deus, que não precisa de vitamina nenhuma e sim da sintonia com o divino.

            Não posso fazer como São Francisco ou São Paulo, que fugiam das mulheres para não se envolverem com essa força carnal, para não pecarem frente ao Criador. A missão que o Pai me deu foi para enfrentar essa força prodigiosa da paixão, como um dos mais fortes hálitos energéticos de Behemot, o monstro criado conosco e que Deus considera uma das suas obras primas. Somente dessa forma eu posso entrar num relacionamento, sintonizado com Deus, e que seja capaz de reprodução da carne através dos filhos. Isso só pode acontecer se eu garantir a o relacionamento homem-mulher com possibilidade da intimidade sexual, mas sem ferir a Lei do Amor.

            Esta é a essência da luta. Behemot fica desperto através da ativação dos instintos e procura o ato sexual como meta principal de sua força expressa na paixão; o Amor deve permitir a aproximação dos corpos, dos pensamentos e sentimentos dos gêneros opostos, mas sem que seja ferida a sua Lei, que seja obedecida sempre, em qualquer momento de explosão emocional, de ativação dos sentidos e instintos, os principais aspectos da Lei que Jesus nos ensinou: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Amar a Deus sobre todas as coisas significa amar a toda Sua criação e na qual Ele se expressa, inclusive o monstro Behemot que aparentemente é o nosso adversário espiritual; amar ao próximo como a mim mesmo é observar com empatia o corpo, pensamentos e sentimentos do gênero oposto que se aproxima de mim e agir no sentido de fazer exclusivamente aquilo que eu gostaria que fizessem comigo nas mesmas circunstâncias.

            Behemot procura espaços para realizar seus desejos, o Eu Superior, meu espírito, procura oportunidade de aplicar o Amor Incondicional e fazer a aproximação com Deus. Sei que meu Espírito estar no comando, que observa o campo mental e o desenvolvimento dessa luta titânica. Sei da força do Behemot, mas não procuro espanca-lo, como fazia São Francisco, ou fugir dele como fazia São Paulo. Procuro agir com a máxima sintonia com o Amor, refreando sempre a força da paixão que quer se impor, com olhar caridoso tanto para a mulher à minha frente quanto para o Behemot que se mostra impaciente.

            Tenho uma estratégia eficiente que aprendi, de como lidar com essa força brutal e impulsiva do Behemot, que é na minha intimidade, quando estou sozinho, deixar fluir os pensamentos nos quais Behemot se expressa e dar a ele o prazer orgástico que ele tanto procura, mas sempre condicionando a uma situação não condenável pelo Amor. No campo mental isso é fácil de ser realizado, pois construo os pensamentos que formam uma imaginação e assim viabilizo uma circunstância em que Behemot seja atendido sem prejudicar o meu próximo.

            Depois que isso acontece, que Behemot recebe o prazer que procura, sinto que ele não exerce tanta cobrança no campo mental, que ele se aquieta na minha intimidade carnal, e que meu Espírito pode fazer uma reflexão sem tanta pressão emocional e instintiva. Fico satisfeito com o resultado, minha consciência não acusa, sei que a Lei de Deus escrita dentro dela está sendo cumprida.

            E dessa forma vai se desenrolando a luta no caminhar dos dias. Com essa aproximação dos corpos, sentimentos e pensamentos, vai acontecendo um ajuste nos paradigmas, perspectivas e metas de cada um, e se a possibilidade de intimidade sexual sem ferir a Lei do Amor venha a existir, então nenhuma outra força pode se contrapor a isso, pois seria ferir a vontade do Criador quando nos fez com esses dispositivos e possibilidades. Isso acontecendo, essa pessoa que antes já estava sendo considerada membro da família universal dentro do meu raio de influência, passa a ter uma força bem maior junto ao meu centro de ações, pois tornou-se num momento carne da mesma carne. Qualquer consequência que venha surgir em função disso, está agora dentro da Lei do Amor, e os amantes que se tornaram carnais nessa conjuntura, devem continuar se comportando sempre dentro da Lei, e não tentar em nenhum momento a transformar tudo em amor romântico com base no exclusivismo. Devem ter a consciência que essa condição que foi formada em torno deles pode acontecer mais adiante quando o Pai colocar outras pessoas em relacionamento mais próximo, tanto com o homem quanto com a mulher.  

            Se nunca surge a possibilidade da intimidade sexual, mesmo assim não acontece frustração por nenhuma das partes, pois não era isso que estava sendo buscado em primeiro plano. O que se buscava era aplicar o Amor Incondicional com toda sua força e honestidade, e isso a paixão deu energia suficiente para nutrir todo o vigor do Amor Incondicional e coloca-lo em ação, sem hesitações. Isso também serve para uma reflexão mais profunda, de que o Amor Incondicional, em fase mais amadurecida, não necessitará dessa energia proveniente de Behemot, que ela é auto suficiente. Por enquanto a lição continua sendo útil para mim, pois quando eu estou com um próximo que não desperta em Behemot essas emoções, devo lembrar que é um próximo com os mesmos direitos frente ao Criador e portanto eu devo agir com ele da mesma forma que agi com aquele que era alvo do Behemot, da minha paixão. 

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em 10/10/2015 às 00h01
 
09/10/2015 15h53
FOCO DE LUZ (73)

            Em 08-10-15, as 19h, na Escola Olda Marinho, foi realizada mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz. Estavam presentes as seguintes pessoas que assinaram a lista de presença: 01. Radha 02. Edinólia 03. Paulo 04. Carlos Eduardo 05. Jackeline 06. Ruth 07. Nivaldo 08. Erivânia 09. Rosângela 10. Raissa (Arquiteta 1ª vez). Ana Luiza (Arquiteta [R]existe) 12. Beatriz (1ª vez) 13. Marina (1ª vez) 14. Osmar. 15. Manoel 16. Ivanilson 17. Rosa (1ª vez) 18. Mariza 19. João Maria 20. Maria de Lourdes 21. Francinete 22. Ronnan 23. Maria das Graças 24. Davi e 25. Miltão (Educador físico, 1ª vez). Foi lido o preâmbulo espiritual com o título VINDE A MIM e a leitura da ata da reunião anterior que foi aprovada com uma correção, incluindo o nome de Edinólia entre os participantes. Nesta reunião alguns nomes podem ter sido omitidos por não terem assinados a lista de presença. COMUNICADOS: Paulo informa sobre a festa da criança no dia 18-10 e Carlos Eduardo explica uma série de atividades como mágica, dança, futebol, queimada, curumins, brindes, bolo, refrigerante. Ficou agendado uma reunião específica para a organização da festa, no próximo dia 15-10, as 17h, na praça Maria Cersideira, com a presença de Paulo, Carlos Eduardo, Ruth, Edinólia, Ezequiel, Nivaldo, João Maria, Davi, Luzimar, Ronnan, Miltão, Damares, Silvana, Rosa e Bernadete. Raissa e Natália, professoras do Departamento de Arquitetura da UFRN colocaram o interesse na resolução do problema do hotel Reis Magos numa condição que beneficie o bairro e a cidade, considerando o interesse do proprietário e a responsabilidade da prefeitura com o aval da justiça. Ficou combinado a realização de uma reunião com a participação dos principais interessados no dia 27-10-15, terça-feira, no HUOL, as 10h. Francisco informa que a Secretaria de Educação solicitou uma reunião e ficou agendada para o dia 13-10, as 10h, na Escola Olda Marinho. Apresenta a prestação de contas realizada pela tesouraria constando receita de 955,00 reais, despesa de 560,00 reais, saldo em dinheiro 2000,40 reais e valor total de 5.428,61. Informa também que a mega-sena comunitária continua sem ganhador, com dois apostadores com cinco pontos até o momento. Radha informa que as mães se reuniram hoje na escola e voltarão a se reunir na próxima quinta feira com atividades. Balaio informa que o torneio de surf está mantido no próximo dia 01-11 e que o presidente da Federação não pode comparecer neste dia mas que virá na próxima reunião. Clarisse informa que a ida para a prática jurídica da UFRN está marcada para a próxima 4ª feira, pois nesta que passou Paulo Henrique não pode comparecer. Ronnan informa da sua eleição como conselheiro tutelar e agradece o apoio da Associação nas pessoas de Ezequiel, Nivaldo, Paulo e Netinha, se comprometendo a manter o trabalho junto as crianças e famílias em situação de risco. A reunião foi encerrada as 20h40m com Luzimar conduzindo a oração do Pai Nosso. Todos posaram para a foto oficial e degustamos o lanche

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em 09/10/2015 às 15h53
 
08/10/2015 00h01
FUNÇÕES DA EXPERIÊNCIA HUMANA

            Estamos, nós humanos, dentro do reino animal, e com os animais dividimos a maioria das funções fisiológicas e psicológicas. À nível neurológico e cerebral, principalmente, possuímos uma maior complexidade de funções estruturadas nos bilhões de neurônios que possuímos dentro da massa intracraniana.

            Posso dizer que as funções que mais se sobressaem na experiência humana são o pensamento, sentimento e ação. O pensamento se exprime dentro da positividade com as virtudes da sabedoria e da verdade; o sentimento com as virtudes do amor, empatia e devoção; e a ação pelo uso correto do livre arbítrio, nas manifestações físicas subordinadas ao Amor Incondicional.

            O corpo pode ser dissecado esotericamente nos três centros que correspondem a essas funções: cabeça (pensamento), coração (sentimento) e ventre (ação). Toda pessoa tende a gravitar, primariamente, em torno de um desses níveis energéticos da experiência.

            Associando o conhecimento oriental dos chacras a esses níveis energéticos desenvolvidos no ocidente, podemos compreender a seguinte disposição sobre os sete principais chacras: o primeiro, do pensamento, estaria associado os três chacras superiores, coronário (espiritualidade), frontal (conhecimento) e laríngeo (sabedoria); o terceiro, da ação, estaria associados aos três chacras inferiores, Plexo solar (poder pessoal/ação), umbilical (criatividade/sexualidade) e básico (vontade de viver/mundo material); e, entre esses seis chacras vamos encontrar o segundo, o chacra cardíaco (equilíbrio).

            Dentro de uma perspectiva metafórica, a compreensão de corpo e sua expressão energética pode ser aplicada a um grupo, como por exemplo, o grupo de apóstolos do Cristo. Neste modelo especial do corpo, Jesus é a perfeita luz crística em seu centro, que permeia todos os elementos e se expande no entorno de sua influência. O apóstolo Tomé representa a “cabeça” desse corpo, João o “coração” e Pedro o “ventre”.

            Tomé era o intelectual, o cientista, o cético, que necessitava da prova observável antes de aceitar um fenômeno como fato. A cultura ocidental considera a orientação científica como o melhor modelo para compreender a vida e reagir a ela. Mesmo em círculos religiosos a energia da cabeça quase sempre está preponderando. Um cristão que procura seguir as lições de Jesus, exibe a visão de mundo tolerante e flexível, mas ainda assim cética, associada a perspectiva de Tome.

            João foi o único apóstolo a ficar com Jesus ao pé da cruz e escreveu extensamente sobre o amor em suas epístolas. O texto seguinte exemplifica bem: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus e qualquer que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (I Jo. 4:7-8). O Evangelho de Jesus, mesmo com muitas facetas, acima de todas está o amor. A experiência da luz crística permeia todo o nosso ser, mas tem seu verdadeiro centro no coração. A ternura espontânea e o serviço caritativo brotam daqueles que tiveram o coração despertado pelo Cristo. O elevado ideal de João, do Amor Incondicional, constitui o objetivo de muito seguidores de Jesus, como é o meu caso, dentro das minhas particularidades e idiossincrasias. Sei porém que, poucos compreendem quanto mais atingem esse ápice da experiência anímica cristã, mas muitos progridem além do que ele próprio esperava e enriquecem a vida daqueles que convivem com eles, mesmo que traga as dores pela falta da presença constante.

            Pedro é o apóstolo que melhor encarna a energia da ação, com sua personalidade vigorosa e dominadora, que tendia a agir espontânea e decisivamente pelo instinto, e nem sempre com muita prudência. Observamos isso nessa passagem escrita por João (18:10-11): “Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não beberei eu do cálice que o Pai me deu?”. Este é o domínio da ação, da esfera do poder e da realização, de alicerçar as abstrações espirituais em realidades concretas. São as pessoas mergulhadas nessa energia que movem, sacodem e constroem o mundo, guiados mais pelo instinto que pelo intelecto. Este é o domínio pelo qual o Espírito Santo nos dirige em meio aos labirintos da existência para construirmos o Reino de Deus.

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em 08/10/2015 às 00h01
 
07/10/2015 18h03
RODA DE CONVERSA ESPIRITUAL

            Na reunião do estudo espiritual de ontem, que realizo com meus colegas toda terça feira, foi aberto um espaço para que colocássemos em discussão aquilo que mais nos motivava nesta atividade. Cada um colocava suas experiências de caráter particular, mas com forte componente doméstico. Sei que nossa evolução espiritual passa pelo aprendizagem à nível familiar, em primeiro lugar. Porém, me parece que essa dificuldade doméstica não tem um reflexo direto na compreensão da evolução espiritual e as pessoas ficam no sofrimento ou na perplexidade do que está acontecendo sem fazer essa conexão. Também devo fazer uma autocrítica com estas observações, posso estar sendo excessivamente severo com a forma dos outros fazerem o seu caminho evolutivo, nada me garante que por trás desse sofrimento ou complexidade, exista uma boa conexão com a evolução espiritual e que não foi explicitada na discussão, pelo menos ao nível de minha compreensão. Mesmo porque existem pessoas com um bom nível de compreensão, tanto técnica quanto espiritual, inclusive um que foi meu professor na graduação. Portanto essa impressão que tenho de que somente eu estou trilhando um caminho espiritual com mais objetividade, tenho que me conter mais.

            Fiquei a maior parte da reunião apenas ouvindo, mas fui provocado por um amigo a colocar também minha opinião. Disse que estava evitando me colocar, pois quando isso acontecia provocava uma discussão muito grande na contestação dos meus pensamentos quanto o Amor Incondicional. É tanto que na última vez que aconteceu isso, há cerca de 15 dias, eu propus que nesta reunião eu pudesse colocar com detalhes o meu pensamento e as razões porque eu mudei de paradigma, do amor romântico para o amor incondicional, da família nuclear para a família ampliada/universal; do amor exclusivo, para o amor inclusivo. Não notei nenhum interesse maior nessa proposta, portanto procurei não colocar minha posição nesta reunião para que não parecesse que eu estava querendo monopolizar a reunião.

            Mas como fui provocado para dizer alguma coisa, dentre as pessoas que ficaram caladas, procurei dizer algo do meu pensamento que não tivesse o ensejo para discussão conflituosa. Falei da importância do nosso grupo, como pessoas que se reúnem semanalmente para estudar o mundo espiritual e os caminhos que devemos tomar de acordo com nossa compreensão da verdade. Disse que isso havia sido muito importante para mim, pois no momento que tive a compreensão de uma verdade diferente daquela que eu antes acreditava como correta, procurei corrigir minha rota de vida, corrigir meus paradigmas. Isso fez eu entrar em caminhos pouco percorridos pela humanidade, apesar de estar sintonizado com a minha compreensão de verdade superior. Fez eu perder o apego por coisas e pessoas, mas sem deixar de amar, pelo contrário, o amor ficou mais presente, mais amplo e mais independente de quaisquer tipo de preconceito. Isso traz algum tipo de sofrimento para aquelas pessoas que se aproximam de mim e que desejam minha proximidade com mais frequência e intensidade. Este é o atual estágio da minha caminhada, que pode ser considerado por algumas pessoas que se sentem prejudicadas por minha ausência, como um tipo de egoísmo. Acontece que todas as pessoas, com exceção da minha primeira esposa, se aproximaram de mim com tanta profundidade justamente por essa forma de pensamento e de ação. Portanto, no começo do relacionamento a pessoa deve sempre avaliar essa minha característica, muito próxima dos profetas, e por esse motivo talvez não tenham procurado se casar ou conviver com ninguém. Mas como eu procuro construir um relacionamento com base no amor incondicional e viabilizar o reino de Deus, é necessário que exista essa relação entre homem e mulher para viabilizar a reprodução.

            Acredito que eu tenha exposto aqui mais do que eu disse naquela ocasião, pois o horário da reunião já estava no fim. Mas fica aqui essa reflexão que me mostra com clareza o caminho que estou trilhando e as consequências que ele vai me trazer no futuro.

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em 07/10/2015 às 18h03
 
06/10/2015 00h01
SÍMBOLO DE CURA

            O símbolo é uma forma de apreendermos com rapidez alguns conteúdos que consideramos importantes. No processo de cura, do ponto de vista psicológico e espiritual, vejo a necessidade de ser feita a conexão constante do universal (Deus) com o particular (homem), do eterno (Espírito) com o fugaz (corpo), a descida do espírito para a carne e a ascensão do espírito para Deus.

 

            Este símbolo usado por Stylianos Atteshlis, conhecido como Daskalos (professor, 1912-1995) que era um místico cristão, grego e curandeiro. Durante setenta anos ele ensinou as pessoas para sair do sono espiritual e estava pronto a ajudar e curar onde e quando fosse necessário. Ele montou o círculo de estudo “os pesquisadores da verdade” baseado na reflexão e na prática, o que serve de ótimo instrumento aos propósitos de cura.

            O círculo representa a totalidade, a unicidade, a perfeição, a natureza eterna do nosso Eu Crístico, aquela centelha divina que Deus colocou dentro de nós ao nos construir. Lembra-nos de que tudo é Deus e de que em nossa natureza crística já estamos curados.

            Os triângulos conjugados do hexagrama representam a alma porque ilustram os dois aspectos fundamentais dos ciclos da vida: por um lado a descida do espírito para a matéria, para aprender as lições do Amor Incondicional sob a pressão dos desejos carnais; e por outro lado, a ascensão do espírito que domesticou a matéria, a carne e os seus desejos inadequados, de volta para a essência de Deus.

            A cruz representa a personalidade atual, figurativamente crucificada por suas limitações no mundo da forma (mesas, bebidas, cadeiras, velho, jovem, criança, recém-nascido, corpo sensual, doenças, diplomas, etc.). Aguarda cura e ressurreição.

            São as reflexões evangélicas, as lições que Jesus deixou para nós, que servem de ferramenta para conhecermos toda essa realidade e evoluir na prática do amor incondicional. Por esse motivo a verdade é fundamental para que toda essa evolução aconteça e favoreça o progresso do nosso espírito. Se por ignorância estamos praticando qualquer tipo de mentira, isso somente beneficia temporariamente os desejos inadequados da carne, da matéria, do mundo das formas. A pessoa continua crucificada nesse aspecto de sua personalidade, usando a máscara falsa que ele criou para se disfarçar, e enquanto engana a todos ao redor, o mais prejudicado e enganado é ele próprio, pois continua preso em sua cruz na condição de um bom ou mau ladrão, como os companheiros do Cristo no Gólgota. Se é um mau ladrão, mau mentiroso, é porque com a mentira procura fazer o mau intencionalmente ao próximo; se é um bom ladrão é porque com a mentira procura evitar que o outro sofra por seu comportamento inadequado. O bom ladrão ainda tem um atenuante, pois mostra que tem uma alma boa e que pode se corrigir dos seus maus feitos, de suas mentiras; o mau ladrão ainda vai ter que se conscientizar do mau que está fazendo, e portanto está mais distante da cura, da ressurreição.  

            Foi por isso que Daskalos criou o círculo de estudo, “os pesquisadores da verdade” pois enquanto o homem estiver envolto em mentiras, não consegue o seu processo de ressurreição e de caminhar em direção a Deus.

            Também podemos usar intencionalmente esse símbolo para descrever o processo de cura coletiva, dentro de uma grande família, de uma corporação, de um grupo de amigos. O importante é que não esqueçamos do fundamental, quer estejamos num processo de cura individual ou coletiva: não podemos deixar a mentira dominar nossas vidas e influenciar nossos relacionamentos. Lembremos sempre do que nos disse o Mestre Jesus: A Verdade vos libertará.

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em 06/10/2015 às 00h01
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