Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
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25/03/2022 00h01
VIDA APÓS A MORTE (03) – VIDA ALÉM DO CORPO

            Iremos fazer reflexão sobre a série documental originária da Netflix “Vida após a morte” que trata sobre o tema vida-morte com relato de pessoas interessadas e capacitadas, sem interesse religioso ou ideológico de qualquer espécie.



Jackson Hole, Wyoming



            - Como médica, sei que a maioria das pessoas não pensa na morte até que sejam forçadas a isso. Mas, há 20 anos, eu não estava apenas fisicamente morta, como fiquei morta por um bom tempo. E essa experiência mudou radicalmente tudo sobre o que eu sou e quem sou. Em 1999, eu viajei para o Chile para andar de caiaque. E eu estava ansiosa para chegar à parte do rio conhecida pelas cachoeiras. Entramos no rio e passamos pelas primeiras quedas. Esse rio tem vazão muito alta. Então decidimos ir pela parte menor da primeira grande cachoeira. Fui remando pela correnteza. Tinha outra remadora tentando atravessar aquela parte que foi passando por mim. E o barco dela ficou emperrado na passagem. Então fui forçada a ir pela parte principal da cachoeira. Eu sabia que não seria nada bom. Meu barco ficou preso, e eu fiquei submersa em três metros de água. Eu não estava respirando. Meu tronco estava totalmente prensado na parte da frente do barco. Senti meus ossos quebrando. Achei que estava gritando, mas não estava. Não senti...dor, medo ou pânico. Eu me sentia mais viva do que nunca. Eu podia sentir o meu espírito saindo do meu corpo. E então o meu espírito foi lançado para o Céu. Fui imediatamente recebida por um grupo de criaturas. Não sei como chama-las. Pessoas, espíritos, seres. Não reconheci nenhuma delas. Mas elas tinham sido importantes na história de minha vida de alguma maneira. Como um avô que morreu antes de eu nascer. Ficaram muito felizes em me receber, me acolher e me amar. Esses seres começaram a me levar por um caminho. O caminho estava coberto de centenas de milhares de flores, e senti o aroma das flores. Era uma explosão de todas as cores do universo. Houve uma distorção do tempo e dimensão. Vivenciei toda a eternidade em cada segundo. E cada segundo se expandia para toda a eternidade. O caminho levou a uma grande estrutura abobadada. Eu acreditei que estava no Céu. No mundo de Deus, como quiser chamar. Tive a intensa sensação inebriante de estar em casa. Ao mesmo tempo, eu podia olhar para o rio, onde meu corpo ainda estava submerso na água. O grupo de remadores estava tentando me resgatar. Mas eles não conseguiram. E, depois de uns 15 minutos, desistiram do resgate. Passaram a pensar em como recuperar o corpo. Um dos caras viu o meu colete salva-vidas boiando e pensou que talvez o meu marido fosse querer. Quando ele pegou o colete, sentiu o meu corpo bater na perna dele. Então ele se abaixou na água e pegou o meu pulso. Meu corpo estava inchado e roxo, e meus olhos estavam vidrados. Não tenho nenhuma dúvida de que eu estava fisicamente morta. Mas, da entrada da estrutura abobadada, vi quando eles começaram a reanimação. Eu conseguia ouvi-los. Um dos caras me chamava para voltar e tentar respirar. “Volte. Sei que você ainda está aqui.” Fiquei sem oxigênio por 30 minutos. A probabilidade estatística de sobrevivência devia ter sido zero. Eu não queria voltar para o meu corpo. Tive uma sensação física de ser abraçada, reconfortada, e sentia que estava tudo bem. Mas os seres me disseram que não era a minha hora. Que eu tinha mais coisas a fazer na Terra. E que eu tinha que voltar para o meu corpo. Quando abri os olhos, os caras me reanimaram ficaram impressionados. Eu estava péssima. Claro, tinha acabado de me afogar. Mas também tinha quebrado múltiplos ossos e ligamentos rompidos. E eu estava na beira de um rio no meio do nada. Os caras que me reanimaram me colocaram num barco e começaram a me levar até a encosta. Chegamos a uma estrada de terra. Acharam que alguém traria um trator ou um cavalo. Mas, quando chegamos a estrada de terra, justamente naquele lugar tinha uma ambulância, o que em 1999, no sul do Chile, não existia. Era inexplicável. Demorou algumas horas, mas meus amigos me levaram ao hospital. Disseram ao meu marido que eu não sobreviveria aquela noite. Mas sobrevivi. Fiquei no hospital por mais de um mês. Eu fiz várias cirurgias. Foram meses de reabilitação para eu voltar a andar. E, estatisticamente, eu não tinha chance de sobreviver sem um grave dano cerebral. Mas não tive nenhum dano cerebral. Meus filhos podem dizer outra coisa, mas eu me recuperei completamente. Como médica não vivo no meio de muitas pessoas que falam de coisas como experiência de quase-morte. As pessoas na ciência acham que você não pode acreditar em nada sobrenatural. Quando eu estava na Faculdade de Medicina, para a mim, a morte era definida como a morte física. Mas minha experiência de quase-morte, e o que aconteceu com meu filho dez anos depois mudou muito minha definição de morte. Eu não acredito que nós sabemos tudo.



            Este relato está totalmente fora da realidade material do que estudamos em medicina. Como uma pessoa pode ficar 15 minutos sem respirar e voltar a viver (?) sem sequelas cognitivas severas? Felizmente, para dar mais credibilidade ao relato, aconteceu com uma médica, com todos os atributos críticos, racionais, médicos. Isso nos força a aceitar uma outra mecânica que existe na Natureza e que se impõe acima dos nossos construtos racionais associados a rigidez da mecânica material. Nos obriga a procurar outras formas de interpretar a Natureza e sua mecânica que envolve os seres vivos, principalmente os racionais que procuram entender o que se passa na vida que eles sabem possuir e temem que se acabe. Tudo aponta para a existência de forças na Natureza que implica a existência de outra realidade fora da material, e que parece ser de hierarquia superior, que de lá podemos observar os dois planos com mais facilidade, do que nós aqui, presos na dimensão material imaginando que tudo se acaba quando corpo material se desintegrar, voltando à intimidade com a mãe Terra. E se os relatos apontam para isso, por que focamos nossa inteligência no mundo material, querendo adquirir tudo que o corpo precisa para sobreviver com segurança e prazer, mesmo que isso implique em parasitar o próximo, que tem o mesmo interesse e necessidade que nós? Se existe uma justiça aqui no mundo material, hierarquicamente inferior, quão mais justa e forte não será a justiça no mundo espiritual, hierarquicamente superior? É conveniente usar nossa inteligência para adquirir poder e riqueza neste mundo material, usando métodos corruptos, sabendo que todos iremos voltar ao mundo transcendental onde ninguém escapa da justiça? Então, por que não usamos nossa inteligência para se integrar no trabalho de evolução moral, burilando o nosso espírito no embate com os interesses da carne, participando de exército do Cristo que mostrou a forma mais eficiente de nos comportar, construindo a Família Universal, o Reino de Deus, através da prática do amor incondicional?


Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/03/2022 às 00h01
 
24/03/2022 00h01
VIDA APÓS A MORTE (02) – FRASES SIGNIFICATIVAS

            Iremos fazer reflexão sobre a série documental originária da Netflix “Vida após a morte” que trata sobre o tema vida-morte com relato de pessoas interessadas e capacitadas, sem interesse religioso ou ideológico de qualquer espécie.



            - No momento da morte nós morremos de verdade ou algo mais acontece?



- Não há ninguém no planeta que não queira saber se há vida após a morte.



- Qualquer que seja a consciência que temos nesta vida, ela já existia em uma vida anterior (reencarnação).



            - Ele disse: “Mãe, preciso dizer uma coisa. Acho que eu era outra pessoa.”



            - Quem já teve uma experiência de quase-morte? Tem muita gente morta aqui. Bem-vindos!



            - Tivemos que repensar tudo que acreditávamos sobre a morte e sobre morrer.



            - Sempre houve fantasmas na história e até hoje relatamos suas aparições.



            - aos espíritos da mansão, nos ajude a conectar mais profundamente com o seu mundo.



            - Há uma criança no outro lado ligada a você? – Tem.



            - Há coisas que a ciência não pode provar. Mas não significa que elas não aconteçam.



            - Literalmente, eu sinto que ele está comigo agora.



            - Eu podia sentir o meu espírito saindo do corpo.



            - Como seria bom saber que existe vida após a morte?



            Nós sentimos a realidade com os cinco sentidos que possuímos. Isto é o que nos conecta com o mundo material de forma rotineira. Tudo que acontece fora desses cinco sentidos é colocado em dúvida a sua existência. E isso é necessário, pois podemos construir sensações que estão fora da realidade da vida. Acontece com quadros de psicose presentes nos pacientes psiquiátricos. O que eles dizem sentir, perceber, não pode ser constatado por nenhuma outra pessoa, presente no mesmo espaço onde está se desenvolvendo o fato alegado. São informações fora da prática empírica e que não obedece a lógica. Também existem os embusteiros querendo se beneficiar de supostos poderes espirituais, deturbando a verdade, criando falsas narrativas e enganando as pessoas mais crédulas.



            No entanto, existem relatos de pessoas sérias, que não têm interesse financeiro ou de qualquer forma nas sensações e percepções abstratas que dizem acontecer consigo.



            A nossa posição enquanto expectador e consumidor da informação é de critica racional. Esta pessoa que relata esses dados fora do contexto da ciência, do materialismo, é digna de confiança? É pessoa que possui sanidade mental suficiente para informar uma realidade subjetiva dentro de sua realidade íntima?



            Caso a pessoa seja digna de confiança, que não é portadora de doença mental, então devemos usar a nossa racionalização dentro dos paradigmas de vida que possuímos, para enquadrar ou rejeitar o relato como verdadeiro ou não. E qual o tipo de verdade que ela está nos conduzindo, abrindo novas veredas existenciais e conscienciais.



            Este é o trabalho que devemos ter com frases como estas que foram colocadas no início desta série. É o trabalho reflexivo que iremos desenvolver que irá burilar os nossos paradigmas, para evitar que fiquemos estagnados em posições dogmáticas onde a verdade não possa penetrar.  


Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/03/2022 às 00h01
 
23/03/2022 00h01
VIDA APÓS A MORTE (01) – INTRODUZINDO

            Na condição de espiritualista de tendência espírita, claro que acredito no mundo espiritual, na existência de espíritos e na existência de Deus, inclusive. Como tenho também formação acadêmica, de forte viés materialista, sou pós-graduado com especialização em Psicobiologia e mestrado e doutorado em Psicofarmacologia, com formação em Psiquiatria, Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), atual professor do Departamento de Medicina Clínica do Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, não posso deixar de ter forte dose de ceticismo em tudo que chega aos meus sentidos físicos.



            A minha forte fé consolidada no mundo espiritual não se deixa permanecer acima de qualquer dúvida ou crítica, sempre com o uso da racionalidade para empunhando cognitivamente a lógica, verificar se estou sintonizado com a verdade ou dentro de algum falso desvio.



            A doutrina espírita fornece três pilares conscienciais que satisfazem a lógica de nossa curiosidade: Filosofia, com “O Livro dos Espíritos”, Religião, com o livro, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, e a Ciência com “O Livro dos Médiuns”.  Diversos outros livros escritos por médiuns como Chico Xavier e Divaldo Franco, com o conteúdo de inteligências extrafísicas como André Luiz, Emmanuel e Joanna de Angelis, formam uma literatura consistente com a existência do mundo espiritual e sua interação com o mundo material.



            Considerando a humanidade como o coletivo material mais conveniente para a educação moral dos espíritos, como mecânica de sua força evolutiva em direção a uma perfeição absoluta, que podemos conceituar como Deus, Inteligência Suprema, independente da forma gramatical que possamos exprimir, verificamos em vários pontos do planeta o surgimento de personalidades que trazem importantes contribuições neste sentido. Podemos exemplificar com Buda, Krishna, Confúcio, Sócrates, entre outros, e principalmente Jesus de Nazaré, o qual os espíritos são unânimes em informar que serve como o melhor modelo para nosso comportamento.



            Nesse sentido, e por ter nascido e ser educado no Ocidente, num país colonizado por forças cristãs, compreendo a Igreja Católica Apostólica Romana como a instituição tradicional que procura levar essas lições do Cristo de forma coerente com o pensamento do seu autor, gerando o Cristianismo.



            Porém, o materialismo é uma forte corrente doutrinária presente entre nós desde o nascimento e alimentado pela cultura empírica dos dados da realidade. Coloca sempre em xeque a existência do mundo espiritual e que a vida não permanece após a falência do corpo físico. Por esse motivo, irei desenvolver neste espaço a reflexão sobre a série exibida pela Netflix, “Vida após a morte” que apresenta forte argumentação no sentido da vida permanecer existindo após a morte da organização vital do corpo físico.    


Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/03/2022 às 00h01
 
22/03/2022 00h01
PERGAMINHO NÚMERO II

            Este é o primeiro pergaminho que Og Mandino coloca em seu livro “O Maior vendedor do Mundo” para o aprendiz ler três vezes ao dia durante 30 dias, para ter sucesso na vida. Como é uma técnica que tem sua razoabilidade, trago aqui para dividir com meus leitores, colocando pequenas alterações que coloco em negrito no texto...



            Saudarei este dia com amor no coração.



            Pois este é o maior segredo do êxito em todas as aventuras. Os músculos podem partir um escudo e até destruir a vida, mas apenas os poderes invisíveis do amor podem abrir os corações dos homens, e até dominar esta arte não serei mais que um camelô na feira. Farei do amor minha maior arma e ninguém que a enfrente poderá superar sua força.



            Podem opor-se ao meu raciocínio, desconfiar de minhas apregoações; podem desaprovar meus trajes; podem rejeitar meu rosto; e podem até suspeitar de meus negócios; contudo, meu amor enternecerá todos os corações, comparáveis ao sol cujos raios suavizam o mais frio barro.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            E como o farei? De hoje em diante olharei todas as coisas com amor e renascerei. Amarei o sol porque aquece os meus ossos; não obstante, amarei a chuva porque purifica meu espírito. Amarei a luz porque me mostra o caminho; não obstante, amarei a escuridão porque me faz ver as estrelas. Eu receberei a felicidade porque ela engrandece o meu coração, não obstante tolerarei a tristeza porque abre a minha alma. Aceitarei prêmios porque são minhas recompensas; não obstante, receberei de bom grado os obstáculos, porque eles são meu desafio.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            E como falarei? Enaltecerei meus inimigos e eles se tornarão amigos. Encorajarei meus amigos e eles se tornarão irmãos. Cavarei fundo, buscando razões para aplaudir; jamais arranjarei justificativas para maldizer. Quando tentado a criticar, morderei a língua; quando decidir elogiar alguém, falarei alto acima dos tetos.



            Não é assim que os pássaros, o vento, o mar e toda a natureza falam com a música de louvor pelo seu Criador? De hoje em diante relembrarei este segredo e mudarei minha vida.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            E como agirei? Amarei todos os comportamentos virtuosos dos homens, pois cada um tem qualidades para ser admirado, mesmo se estiverem ocultas. Com amor derrubarei o muro da suspeita e ódio que construíram em volta dos corações e, em seu lugar, construirei pontes para que meu amor possa entrar em suas almas.



            Amarei as ambições, pois elas podem inspirar-me; amarei os fracassos, pois eles podem ensinar-me. Amarei os reis, pois eles são apenas humanos; amarei os humildes, pois eles são filhos de Deus. Amarei os ricos, pois eles são, não obstante, solitários; amarei os pobres, pois eles são muitos; amarei os jovens, pela fé que têm; amarei os velhos, pela sabedoria que partilham. Amarei os formosos, por seu olhar de tristeza; amarei os feios, por suas almas de paz.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            Mas como reagirei a reação dos outros? Com amor. pois, sendo a minha alma para abrir os corações dos homens, o amor é também o meu escudo para repelir as setas do ódio e as lanças da ira. A adversidade e o desencorajamento se chocarão contra meu novo escudo e se tornarão como as chuvas mais brandas. Meu escudo me protegerá na feira e me sustentará quando sozinho. Ele me reanimará em momentos de desespero e, contudo, me acalmará na exultação. Tornar-me-ei mais forte e mais protegido usando-o até o dia que ele seja parte de mim, e andarei desembaraçado entre todos os comportamentos dos homens, e meu nome se erguerá alto na pirâmide da vida.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            E como enfrentarei cada um que encontrar?



            De apenas um modo. Em silêncio, e para mim mesmo, dir-lhe-ei: “Eu amo você.” Embora ditas em silêncio, estas palavras brilharão em meus olhos, desenrugarão minha fronte, trarão um sorriso aos meus lábios e ecoarão em minha voz; e o coração dele se abrirá. E quem dirá não às minhas mercadorias quando seu coração sente meu amor?



            Saudarei este dia com amor no coração.



            Acima de tudo amarei a mim mesmo, pois, quando o fizer, zelosamente inspecionarei todas as coisas que entraram em meu corpo, minha mente, minha alma e meu coração. Jamais abusarei das solicitações da carne, mas, sobretudo, cuidarei do meu corpo com asseio e moderação. Jamais permitirei que minha mente seja atraída para o mal e o desespero, mas sobretudo a elevarei, com o conhecimento e a sabedoria das gerações. Jamais permitirei que meu coração se amesquinhe e padeça, mas compartilhá-lo-ei e ele crescerá e aquecerá a Terra.



            Saudarei este dia com amor no coração.



            De hoje em diante amarei a humanidade. Deste momento em diante todo o ódio desaparece de minhas veias, pois não tenho tempo para odiar, apenas para amar. Deste momento em diante dou o primeiro passo necessário para me tornar um homem entre os homens. Com amor, aumentarei minhas vendas cem vezes mais e me tornarei um grande vendedor, se nenhuma outra qualidade possuo, posso ter êxito apenas com o amor. Sem ele eu fracassarei, embora possua todo conhecimento e as técnicas do mundo.



            Saudarei este dia com amor e terei êxito.



            Este texto usado da forma que foi orientado, serve como um mantra. Essas 90 leituras feitas durante um mês irá formar um hábito. Esta é a intenção do autor, formar um hábito saudável que impulsione a pessoa em direção à fortuna e felicidade. Irei ver comigo mesmo o impacto deste comportamento e sugiro aos meus leitores que façam o mesmo, afinal são bons hábitos que podemos incorporar ao nosso repertório comportamental.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/03/2022 às 00h01
 
21/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (07) – NASCEU PORTUGAL

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            Os Templários, desde o início do movimento, eles ajudaram em dois pontos: ajudar Portugal a expulsar os mouros e iniciar a defender as Cruzadas.



            Em uma das incursões que os cristãos faziam na terra tomada dos mouros, um pequeno exército comandado por Afonso Henriques foi surpreendido e encurralado pelos muçulmanos.



            O conflito era inevitável, e a chance de sobrevivência quase inexistente. Segundo os historiadores, os muçulmanos eram dez vezes mais superiores que os portugueses.



            Segundo os documentos da época, foi nesse momento que o comandante Afonso Henriques jura ter tido uma visão onde Cristo aparecia e profetizou sua vitória, entregando a ele a missão de espalhar a fé pelos quatro cantos do mundo.



            Afonso Henriques venceu a batalha e foi aclamado o primeiro rei de Portugal. Fato ou lenda, o Milagre de Ourique marcou de tal forma o imaginário português que tornou-se presente na bandeira de Portugal e no espírito de aventura nos séculos seguintes.



            Os portugueses consideram este documento como sendo a certidão de batismo de Portugal. Nasceu Portugal. A fronteira mais antiga da Europa hoje em dia.



            A civilização se funda com as orientações gerais que vêm do mito. Mito não é sinônimo de mentira. No dicionário veremos que mito tem vários significados e uma delas é sim, ilusão e mentira. Mas o mito no sentido que é usado aqui, é no sentido grego, uma explicação primordial da ordem do universo e da ordem humana. Então, por que primordial? Porque é uma explicação fora do tempo, lá no passado que não sabemos direito quando foi, algumas coisas aconteceram e explica como surgiu o universo, e como se organizou a vida humana e qual o entrosamento dessas coisas.



            Sem mito não há civilização. Nós tivemos aqui a figura do pai fundador e esta característica estava presente desde a fundação de Portugal, desde Dom Afonso Henriques.



            Com isto se ganha mais poder, mais autonomia e continua a formar os seus domínios impedindo a entrada dos mouros novamente.



            A Espanha, ao contrário, continua a lutar contra o elemento mouro.



            É interessante colocar aqui um texto também encontrado na internet com o título “O Milagre de Ourique” para ajustar melhor nossa compreensão sobre a origem do pequeno país que se tornou grande e nos colonizou, com a bandeira do Cristo empunhada em suas caravelas.



            A Batalha de Ourique foi o momento decisivo da independência do pequeno condado portucalense, que no final da peleja Dom Afonso Henriques foi aclamado pelos combatentes como Rei.



            Era noite, véspera da Batalha. Os guerreiros tentavam descansar. Nas coloridas tendas mouras o movimento fora intensíssimo durante todo o dia. De cinco reinos havia chegado homens aguerridos, decididos a não deixar progredir o pequeno exército dos cristãos. Tinham vindo muitos de Sevilha e de Badajoz para se juntarem à hoste composta por gente de Elvas, Évora e Beja. Diz-se mesmo que tinha vindo gente de além-mar.   



Durante o dia, não tinha havido descanso para ninguém. As setas tinham sido cuidadosamente afiadas e guardadas nas aljavas. Os velozes alfarazes da cavalaria moura tinham tido ração suplementar e relinchavam respondendo aos puros-sangues árabes dos grandes senhores que, impacientes, esperavam pela ação, pelo combate.



Enfim, era noite e a algazarra que pairava todo o dia sobre o arraial esmorecera um pouco e só se ouvira como que um zunir de  moscas.  No acampamento cristão pairava o silêncio. Também os ginetes da guerra estavam prontos e impacientes, as espadas tinham sido afiadas, os peões haviam experimentado as bestas para que tudo corresse como desejavam. Os guerreiros descansavam nas tendas, recostados em leitos improvisados com as peles dos animais mortos, lá mais ao norte, nas selvas que bordejavam as suas tendências e propriedades.



Também Afonso Henriques estava recostado na sua tenda. Dera ordem para que ninguém o incomodasse. Não conseguia dormir. Pensava na batalha do dia seguinte, na enorme cópia de gente moura contra a sua minúscula hoste. Corria até que o exército árabe tinha uma ala de mulheres guerreiras... Mas, era necessário vencer... Deus se encarregaria de se mostrar ao infiel o seu poder pelo braço do guerreiro.



Semi-adormecido, apareceu-lhe como que um sonho, um ancião. Fez sobre ele o sinal-da-cruz, chamou-lhe escolhido por Deus e alertou-o da batalha. 



Entretanto, apareceu-lhe um escudeiro, que vinha dizer-lhe que estava ali um velho que queria falar-lhe com muita urgência:  Afonso Henriques viu, diante dos olhos, bem despertos, o velho do sonho:



- Tu, outra vez? Quem és afinal, ancião? O que me queres? 



-Quem sou não interessa... Acalma-te e ouve o que venho dizer-te da parte de Jesus, Nosso Senhor: daqui a instantes, quando ouvires tocar os sinos da ermida onde há já sessenta e seis anos vivo, deves sair do arraial, só e sem testemunhas. É isto o que Ele manda dizer-te!



Antes do guerreiro abrir a boca, o velho desapareceu na noite, sem deixar rasto. Daí a instantes, soou, efetivamente, o sino da ermida e Afonso Henriques pegou na espada e no escudo, com gesto quase automático, saiu da tenda embrenhando-se na noite, sem destino, só, como lhe fora recomendado.



Subitamente, um raio iluminou a noite e de dentro dele saiu uma cruz esplendorosa. Ao centro estava Jesus Cristo rodeado de anjos. Afonso Henriques, ajoelhado, deixou-se ficar boquiaberto, sem saber o que dizer, sem se atrever a quebrar o instante, até que dentro de si, ouviu Jesus dizer-lhe: 



-Afonso, confia na vitória de amanhã. Confia na vitória de todas as batalhas que empreenderes contra os inimigos da Cruz. Faz como a tua gente que está alegre e esforçada. Amanhã serás rei...  



Apagou-se o céu e a visão celestial desapareceu, como viera. No dia seguinte a batalha foi terrível. Os mouros eram aos milhares e avançavam ferozmente contra os guerreiros de Afonso Henriques. Ao Primeiro embate muitos homens caíram no chão trespassados pelas lanças. Puxou-se então por espadas e alfanjes e a planície foi invadida por um tinir de ferros misturados com a gritaria de toda aquela multidão e os relinchos doloridos dos cavalos feridos.



Durante muito tempo, foi um verdadeiro inferno. Os guerreiros cristãos, porém, levaram a melhor. Os mouros sobreviventes, fugiram pela planície afora, deixando os cadáveres naquele imenso chão. Do lado cristão também eram muitos os mortos e feridos, mas os sobreviventes proclamavam a vitória, gritando: 



-Real! Real! Por Afonso, Rei de Portugal! 



Diz a tradição que nesse momento e em memória do acontecimento, o rei pôs no seu pendão cinco escudos, representando os cinco reis mouros que derrotara. Pô-los em cruz, pela cruz de Nosso Senhor e dentro de cada um mandou bordar trinta dinheiros, que por tanto vendera Judas a Jesus Cristo. Esta é a patriótica lenda com que os portugueses quiseram perpetuar um fato.



Assim nasce Portugal, após a vitória dos cristãos em uma batalha com o uso da espada. Foi parecida com a vitória do Cristianismo em Roma, na batalha conduzida por Constantino empunhando um escudo também com a cruz do Cristo.



Sei que são narrativas que os vitoriosos colocam em suas epopeias, mas será que não correspondem à verdade? Podemos usar nossa racionalidade e ver se tudo que é contado se distancia da verdade que o Cristo nos ensinou ou não. Isto faz parte da responsabilidade de cada pessoa no uso do seu livre arbítrio e assim ir fortalecendo seus paradigmas conscienciais que irão nortear sua vida.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 21/03/2022 às 00h01
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