Ontem vim à Caicó no meu carro com o objetivo de ficar na cidade e participar à tarde dos trabalhos voluntários na comunidade João Paulo II. Estava ainda atendendo quando fui informado que a organizadora dos trabalhos estava viajando e não iria ter trabalhos neste sábado. Fiquei frustrado e sentindo a necessidade de verificar o fluxo de informação dentro do grupo, pois havia ficado acertado da minha participação todo primeiro sábado de cada mês, segundo o meu ponto de vista, mas será que esse também seria o ponto de vista dos demais membros do grupo?
Informei aos meus companheiros de viagem o que acabei de saber e resolvemos aproveitar a viagem para usufruir um pouquinho do prazer que o pequeno tempo de permanência na cidade pudesse nos oferecer. Depois do almoço ficamos no hotel para recuperar o sono, pois acordamos muito cedo, e no começo da noite fomos para a Ilha onde assistimos os pênaltis do jogo da Copa do Mundo, Bélgica x Costa Rica, vencido pela Bélgica. Após comermos voltamos para o hotel e terminamos o dia jogando baralho até a meia noite.
Fiquei a imaginar que o dia de trabalho espiritual foi totalmente perdido. Tinha levado diversas revistas como da vez anterior e uma bolsa de roupas usadas entregues por R. para doação. Deixarei no hotel e avisarei para os companheiros pegarem e deixarem na comunidade.
Refleti também que eu poderia ter levado pessoalmente esses objetos para a comunidade, mesmo sem o apoio do pessoal de Caicó. Procuraria encontrar a pessoa que participou da última reunião comigo e que parecia ter a maior liderança para entregar os objetos e pedir que ela distribuísse. Aproveitaria o momento para conhecer a sua casa e a casa de mais algumas pessoas que tivessem se aproximado. Certamente Deus intuiria sobre o que eu deveria falar e fazer, mesmo que eu tivesse ficado exposto num espaço onde deve existir violência e agressividade associado a grande pobreza e ignorância. Mesmo com esse risco, eu provavelmente iria a comunidade se esse pensamento tivesse chegado mais cedo. Faço nova consideração sobre a lentidão desses pensamentos alternativos que só chegam à minha consciência quando o tempo hábil para a sua realização já não existe.
Outra consideração que devo fazer associado a essa viagem é sobre o comportamento de R. desde o dia anterior a viagem e que foi o dia do jogo da Copa do Mundo do Brasil x Colômbia. Ela sabe da impossibilidade até o momento da convivência junto com S. e sabia que ela ia assistir ao jogo comigo e que em seguida viajaria comigo e os demais convidados para Caicó no dia seguinte. Mesmo assim desejou que tivéssemos um bom jogo e deixou o seu placar para colocarmos no bolão que sempre fazemos, além de ter dado a bolsa de roupas usadas para doação e ter ficado num silêncio respeitoso por todo o dia.
Mesmo que por trás desse comportamento existam ainda pensamentos egoístas que possam imaginar mil formas alternativas de agressão contra uma ou mais pessoas que estão envolvidas na viagem, o que vale é o comportamento que ela considera positivo, harmônico e que ela consegue expressar. Os pensamentos desarmônicos fazem parte da batalha da reforma íntima que somente ela pode realizar, com a ajuda dos protetores espirituais a quem ela pode pedir ajuda através da prece ou que tenham responsabilidade de fazer isso, como o anjo da guarda.
Assim, fica a sensação de que o maior benefício espiritual recebido dentre todos aqueles que caminham por esse projeto de vida, da construção do Reino de Deus, foi exatamente R., a que não viajou e enfrentou com galhardia toda a frustração e ressentimentos que podem ter vindo à sua consciência, mas que foram devidamente bloqueados e expressados apenas os comportamentos que foram convenientes para a harmonia do conjunto. Isso foi o que ficou claro para mim com base no que ela deixou transparecer. Todo esse diagnóstico que faço desmorona, se por acaso ela deixou transparecer para qualquer pessoa, qualquer atitude negativa, por palavras ou ações, quanto as pessoas que participaram dessa viagem. Espero que isso não tenha acontecido, mas se tiver acontecido, que ela rogue ao Pai inteligência e força para corrigir o mais rápido possível o mal que fez à sua própria evolução. Fica isso à cargo de sua consciência.
Mas prefiro imaginar que nada disso aconteceu, que ela foi honesta na presença e na ausência das pessoas pertinentes, que ela venceu no bloqueio de qualquer pensamento desarmônico que pudesse se expressar para quem quer que seja, e por isso eu a parabenizo!
A reunião do Projeto Foco de Luz e da Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio foi reiniciada no dia 03-07-14, no clube de pescadores, Pâmpano, com a presença das seguintes pessoas: Carlos Alberto (policial, primeira vez), Edinólia, Nivaldo, Davi, Nazareno, Paulo, Clóvis, Radha, Ana Paula, Francisco, Damares, Anilton, Oscar, Ezequiel e Letiene (psicóloga, primeira vez).
Inicialmente colocamos as seguintes informações: Na próxima semana estaremos trazendo o segundo número do Boletim Informativo da AMA-PM contendo a súmula financeira e a relação dos sócios já regularizados. Avisei da ausência do Delegado Magnus Barreto que havia sido convidado, mas que já tinha outro compromisso e também da psicóloga Letiene, que possivelmente ainda viria e que está interessada em se associar e participar dos nossos trabalhos junto a infância e adolescência com cursos de xadrez.
Esta reunião foi planejada para ser discutida a questão da segurança com a participação de autoridades, como Magnus Barreto, presidente do CONEM, o delegado do bairro e o comandante do policiamento da capital. Justificamos a ausência das autoridades, principalmente a de Magnus Barreto que informou está presente no mesmo horário em reunião do Rotary, mas que se compromete a participar da Associação como associado e que irá procurar trazer os benefícios que o Rotary pode oferecer à comunidade. Paulo informa que o policial civil que trabalha no gerenciamento da segurança do bairro ficou de participar se tivesse tempo hábil de comparecer, pois também estava com outro compromisso.
Em seguida passamos a discutir a questão da segurança, sendo colocado um fato recente de assalto a uma turista em plena calçada dos estabelecimentos comerciais, com a área iluminada e o sargento Costa nas proximidades. O assaltante arrancou a bolsa das turistas que ficaram gritando na calçada enquanto ele se evadia em direção ao bairro.
Coloquei essa situação crítica que se espalha por toda cidade e que o reforçamento policial é apenas um aspecto da questão. Mesmo havendo a repressão policial eficiente com um batalhão de polícia civil e militar de prontidão nas áreas mais críticas, essa violência e criminalidade continuará existir. É necessário um trabalho mais eficiente, de natureza cristã e da qual nós estamos capacitados a fazer, desde que estamos nessa Associação trabalhando na condição de convocados pelo próprio Deus. Temos que entrar na comunidade, nas áreas mais difíceis e carentes, onde a sombra reina sobre a luz, para mostrar as pessoas envolvidas que somos irmãos e que nosso objetivo é trabalhar com todos, em harmonia e solidariedade. Quer sejam assaltantes, traficantes, viciados, prostitutas, enfim qualquer tipo de desvio da norma do bem. Teremos que nos apresentar como irmãos dispostos a ajudar dentro de nosso potencial.
Em seguida Davi e Oscar colocaram duas propostas que consideramos importantes e viáveis. Davi disse que poderia reativar uma escolinha de futebol para as criança e Oscar, indo na mesma direção, disse que poderia organizar um torneio início com aproximadamente 12 times, cada um deles organizados pelos pais. Seria uma forma da Associação e do Projeto se aproximarem das famílias através do futebol e que na próxima semana um esboço de projeto para aprovação. Disse que não era preciso pensar em camisas ou outros materiais neste momento, apenas na premiação que deve constar de alguns troféus e medalhas.
Ao final da reunião Letiene chegou e após as apresentações, pedi desculpas, pois havia informado a ela que a reunião teria início as 20h e não as 19h, como foi e estava sendo realizada. Letiene falou sobre a ideia que tinha sobre esse trabalho de Xadrez e ficou de participar como associada, autorizou colocar seu celular no nosso grupo de WhatsApp
As 22:30h a reunião foi encerrada com todos em roda e mãos dadas, rezamos o Pai Nosso. Ficamos de reunir na próxima semana neste mesmo local, e após conhecermos a estrutura interna do prédio ficamos de ver com a direção do clube a possibilidade da Associação ficar com reuniões regulares neste espaço e com a possibilidade de divulgar como sede provisória, enquanto nós nos regularizemos e adquira uma sede própria. Foi retiradas as fotografias de registro e encerramento da reunião para ser postada logo em seguida no WhatsApp, para aqueles que não tiveram condições de comparecer.
Da mesma forma que preparamos o corpo para executar com facilidade as tarefas físicas, podemos preparar a mente. No corpo eu posso direcionar o treinamento para o conjunto de músculos necessários a tarefa desejada. O mesmo ocorre com a mente. Posso direcionar meu treinamento para o pensamento que eu considero mais importante para a vida e deixar os outros em segundo plano. Assim eu observo pessoas que desenvolvem seus pensamentos sobre aspectos financeiros, educacionais, religiosos, esportivos, etc. Ficam com suas mentes preparadas nessas determinadas áreas e com facilidade dominam os conceitos e estratégias referentes a cada uma.
Lembro que preparei minha mente durante os anos de formação acadêmica, principalmente na pós-graduação, para trabalhar com a Psicofarmacologia. Com o decorrer do tempo, fiz novas reflexões e considerei mais importante trabalhar minha mente para entender e praticar o Amor Incondicional, já que eu passei a entendê-lo como a essência do Criador e dessa forma assumiu na minha consciência uma prioridade inalcançável por outros assuntos. Deixei a Psicofarmacologia em segundo plano, mesmo a usando na rotina médica, mas mesmo nesse nível profissional eu sinto que a aplicação do Amor Incondicional é mais importante que a Psicofarmacologia, que muitas vezes tem o simples papel de um placebo.
Estou tecendo essas considerações, pois li que o Espírito de João Evangelista antes de retornar a Terra no Século XII, como Francisco de Assis, fez uma reunião no Astral com duzentos discípulos.
Ele dizia que todos já estavam mais ou menos conscientes dos deveres. “Agora resta testar a coragem, examinar a estrutura espiritual, rebuscar o passado e ver se aguentaremos a cruz que deveremos carregar no calvário da carne. Vamos todos fazer uma curta viagem ao solo terreno, pertencer, por algum tempo, ao mundo que nos parece um cárcere, mas que no fundo é uma bênção de Deus ao nosso favor. Tudo depende da disposição de cada um, pois seremos injuriados, maltratados, lapidados, encarcerados, enviados a guerras! Experimentaremos a fome, a sede, a nudez, e, em muitos casos a vergonha, pois a mensagem que levaremos para os homens é tão elevada, que, os que estão posicionados mais abaixo, investirão contra nós.”
Foi dentro desse discurso que o seguinte trecho me chamou a atenção: “Não estamos aqui falando para leigos, basta um toque para que entendais toda a nossa intenção. Não é necessário mais que um gesto para que possais compreender o que se acha escrito em todo um livro. A mente, quando preparada, dispensa o tempo, pois aprende em síntese, o que uma alma sem experiência levaria anos para entender. Vejamos bem que Jesus, como emérito professor, conversou por três anos com um punhado de homens livres; estes no entanto, levando-se em conta a humanidade, em três milênios, talvez ainda não assimilem Suas lições. Nossa conversa é diferente, deve ser rápida e lúcida para assimilação, na íntegra, de todo o ideal.”
Foi assim que eu comparei com minha realidade e agora tenho mais uma explicação para justificar o que se passa ao meu redor. Por que tantas pessoas não conseguem assimilar ou entender as lições de Jesus e fazer o esforço da prática com relação ao Amor Incondicional? Ficam sempre agindo em torno do amor condicional, seja por um filho, um pai, uma mãe, um cônjuge, um amante, principalmente do amor romântico, e não percebem a hierarquia superior do Amor Incondicional? Por mais que Jesus tenha ensinado e até hoje seja repetido nos diversos templos e igrejas? Certamente porque não entraram na essência do estudo sobre o Amor, ficaram sempre deixando os seus interesses egoístas, personalizados, em primeiro plano. Como o grupo de João/Francisco já estava consciente dessa lição, foi fácil o entendimento com poucas palavras, com um simples gesto.
Isso também explica a minha facilidade de entender o que é dito ou escrito e que vai na direção do Amor, pois a minha mente também está preparada para absorver e entender o que se é dito, o que é necessário fazer. Não entro em considerações negativas como aquelas que escuto geralmente ao se tratar disso, que não é possível praticar o Amor dessa forma, que fica para os santos, para Jesus, pois só Ele era capaz disso. É essa forma de pensar que caracteriza uma mente despreparada, que não consegue absorver as instruções do plano do Amor puro, incondicional, e fica sempre circulando ao redor do amor contaminado, condicional.
É esta a minha dificuldade atual, principalmente com minhas companheiras, pois preparei minha mente ao longo do tempo, a custa de muito sacrifício, para chegar a este estágio, e elas sentem em si o impacto de uma mente despreparada para a vivência neste outro plano que privilegia o espiritual e não o material. Enquanto não preparam suas mentes nesse aspecto, precisam ficar longe da convivência comigo, pois o sofrimento pode levar reações negativas de raiva e ressentimento como já aconteceu diversas vezes, inclusive com minhas duas ex-esposas.
Caso elas entendam que essa ideia que advogo é verdadeira, devem fazer o esforço de preparar suas mentes como se estivessem dentro de uma academia mental, com leituras, reflexões e prática no bem, principalmente com as pessoas mais difíceis, que estejam perto ou longe, porque a honestidade é importante para não se cair na hipocrisia.
Devemos preparar a mente para ser fiel a ideia que defendemos. Esta é a ordem do dia!
Num momento crítico, após a crucificação de Jesus, os discípulos estavam reunidos e aterrorizados com o que podia acontecer a eles devido a grande perseguição dos sacerdotes judeus.
No quinquagésimo (50º) dia depois da Páscoa – Pentecostes – a presença do Cristo espiritual cria uma nova humanidade. O cristianismo nasce da experiência comunitária, da presença e da força de Jesus ressuscitado. Essa presença implica na transcendência do pensamento, mudando situações e vida, dando uma dimensão nova ao viver em comunidade. Se antes a preocupação fundamental era com os aspectos materiais da vida, com o egoísmo que levava ao crescimento da personalidade, com o acúmulo de poder e riqueza, agora a existência do mundo espiritual era uma verdade inconteste e cujo comandante não era reis, presidentes ou ditadores, o comandante supremo desse mundo espiritual era Jesus, que ensinava a Lei do Amor e nossa paternidade divina.
A paz, a alegria e a certeza são os fundamentos dessa nova vida. A aceitação dos outros como irmãos, levando até a radicalidade do perdão, é a condição dessa nova humanidade. A aceitação e recepção dos dons espirituais levam as pessoas a saírem do egocentrismo para a fraternidade – “A paz esteja convosco” – é a nova saudação.
A comunidade passa a sentir uma alegria diferente. Essa alegria é a consequência da vitória da vida sobre a morte, representada pela ressurreição espiritual de Jesus e que todos irão passar pelo mesmo fenômeno. Iremos sair da dimensão material onde estudamos a teoria e prática do Amor em confronto com os instintos biológicos, materialistas, e iremos entrar na dimensão espiritual onde a verdadeira vida imortal se processa e onde prestaremos contas ao Pai sobre as lições recebidas e o comportamento praticado. Essa certeza da vitória da vida sobre a morte será a característica dos que passarão a construir o Reino de Deus, conforme Jesus nos ensinou. Com essa certeza e esse comportamento, estamos preparados para continuar a receber lições e apoio dos espíritos santificados pela prática do Amor, seguindo Jesus como a ideia de “verdade, caminho e vida”.
A vida da comunidade passa agora a fluir na certeza do Espírito que Jesus comunica, o mesmo Espírito que sempre esteve presente nEle, no Seu corpo material há 2000 anos. Agora, mesmo que não sejamos testemunhas desse corpo material, somos crentes da Sua existência, assim como dos corpos espirituais de todos nós que vivemos encarnados na Terra. Aprendemos sobre o intercâmbio que podemos fazer com o mundo espiritual através da oração, principalmente dirigida ao Pai que a todos acolhe de acordo com as diversas necessidades e missões designadas.
A comunidade impulsionada pelo Espírito de Jesus e por seus discípulos, antigos e atuais, encarnados ou desencarnados, é a nova humanidade encarregada de continuar o projeto do Pai, construir o Reino de Deus.
A finalidade é levar todos os comunitários à fé em Jesus, reconhecendo-o como o filho mais perfeito de Deus, o nosso irmão mais velho, paciente e instrutor. E dessa forma, continuando e vivendo a crença passamos a ter a vida autêntica, passamos a ser inseridos na missão de Jesus, que é testemunhar, ensinar e praticar o Amor.
E, por fim, criamos assim a nova forma de vida em comunidade, o “Comunitarismo Cristão”, uma comunidade que tem o privilégio de ver e perceber a influência de Jesus em nosso meio, desde que duas ou mais pessoas se reúnam em Seu nome. A primeira comunidade com essas características teve o privilégio de ver e perceber o corpo material de Jesus. Nós e as gerações posteriores deveremos crer pelo testemunho da fé, lutar pela justiça num clima de fraternidade, permitindo que todos tenham acesso à vida com qualidade, que todos tenham a dignidade humana, e que todos saibam conjugar e aplicar a Lei do Amor.
Nós somos cristãos da atualidade e fazemos reuniões e mais reuniões, mas pecamos em lances elementares, tais como estabelecer quem executará o que e em que prazo, ou como se implementará o que foi decidido. É importante fazermos as reuniões de planejamento e estratégia, que é muito produtivo e bom, mas somente se as decisões forem postas em prática em sintonia com a mensagem cristã.
Devemos refletir no que fazer para organizar os próximos passos da vida espiritual. É que, ao passo que nos ocupamos de métodos, modelos e estratégias, corremos o risco de nos ver com muitas ideias e poucas realizações. Embora cheios de boa vontade, podemos acabar impedindo os membros da comunidade onde atuamos, assim como aqueles que nos procuram à procura de respostas a seus questionamentos e necessidades, de encontrar ou palmilhar os caminhos da espiritualidade de forma satisfatória.
Não podemos agir como os escribas e fariseus da época de Jesus, numa roupagem mais refinada e moderna. Não podemos só falar sobre Deus, sem fazer o bem. Não podemos aprender sem questionar ou refletir, por mais que isso aflija cada um de nós.
Vamos observar as pessoas que encontramos em nossa comunidade, nos becos, nos redutos da ignorância, da violência e da dor. Será que nossos modelos de planejamento, nossas igrejas suntuosas, nossas universidades primorosas e competentes, os métodos mais requintados de educação têm cumprido sua função importante para a vida cristã, que é amparar os espelhos de Jesus ou fazê-los pessoas melhores?
Precisamos resgatar a simplicidade com a máxima urgência. A simplicidade de viver o cristianismo em seu núcleo, como a ação – o amor em ação -, como fez o Cristo: Ele apenas amou e serviu, nada mais.
Vamos voltar à Cristo, retomar o fazer e não apenas conversar sobre fazer. Vamos agir e não apenas planejar. Vamos nos expor em nome do Cristo, na Rua do Motor, na Avenida Presidente Café Filho, nos becos e vielas, ao lado da minha casa, nas esquinas das ruas, onde houver uma alma que sofre, um coração que chora... uma garota que se vende, um garoto que se droga; um homem que rouba e outro que mata ou morre... Vamos resgatar a dignidade humana! Se existe lá fora as sombras da ignorância a levar o medo das trevas, possuímos em nossos corações a fagulha do Amor dada pelo Criador e todos juntos podemos focar onde houver necessidade.
Temos um compromisso com a verdade, com a luz, com o bem, com o Cristo. Um compromisso real, total e intransferível. É mais ético que religioso ou partidário. É fazer Cristo viver em nós!