Estou agora dentro do ônibus, voltando de Caicó para Natal. Hoje é dia 14-06-14, sábado. Enquanto eu digito este texto no balanço do ônibus, já com três horas de viagem, bem próximo a Natal, o tempo fica nublado de nuvens carregadas que deixam cair os seus pingos tão preciosos ao homem do campo. As plantas verdes fazem um tapete irregular que se espalham por montes e campinas, paradas solenemente sem o efeito do vento como se a receber uma bênção sagrada. Não vejo pássaros ou quaisquer outras espécies animais a compor esse quadro, de firmamento nimbado de nuvens grávidas e de terra coberta de plantas solenes. Somente aqui, acolá o colorido de uma árvore coberta de flores chama a atenção.
Volto o meu pensamento para o fluxo da minha vida que segue paralelo ao fluxo da Natureza que representa o corpo de Deus. Tanto lá fora como cá dentro do ônibus eu estou no seio de Deus, e como um ser consciente e com um livre arbítrio dirigido pela consciência de que devo trazer harmonia ao meu redor, passo a observar o próximo que viaja comigo ao qual eu devo amar como se fosse a mim mesmo.
Presto atenção a um casal que subiu no meio do caminho com uma criança de colo. As únicas cadeiras vazias estavam à minha frente ambas do lado do corredor. Isso implicava que eles iriam ficar separados, como aconteceu, o rapaz com o filho à esquerda e a moça na cadeira à direita.
Fico a imaginar que eu poderia ter sugerido ao rapaz sentado ao meu lado para trocarmos de lugar com eles, nós iríamos para as cadeiras do corredor e o casal ficaria junto com o seu filhinho em nossas cadeiras. Acredito que o rapaz concordaria, para ele não faria diferença, continuaria no corredor. Eu perderia a cadeira da janela, mas o prazer de ver o casal feliz seria superior ao meu prazer de ver a paisagem pela janela. O rapaz que estava sentado comigo é quem faria o convite da troca e essa era mais um aspecto da boa caridade, permanecer anônimo.
Então, por que eu não fiz tudo isso? Por que a ideia não me veio logo à cabeça? Somente veio agora quando tanto tempo já passou e perde o sentido de fazer o convite tão perto de Natal?
Só encontro uma resposta a essas indagações: raciocínio lento! Eu posso pensar e divagar sobre as coisas da Natureza, da minha relação com o Pai, da vontade que tenho de fazer a Sua vontade, e no entanto, deixo passar oportunidades de fazer o meu ambiente mais harmônico como o Pai deseja, porque a ideias não chegam em tempo hábil. Como corrigir isso? Acredito que essa falha não seja motivo de pedir ao Pai. Acredito que faz parte da minha evolução ficar atento aos diversos aspectos da Natureza e exercitar a minha mente na sintonia do meu papel como harmonizador de pessoas e situações. Mas posso pedir Sabedoria, como Salomão fez, para que eu possa encontrar a forma mais inteligente e rápida disso acontecer.
Quando queremos nos elevar para certo ponto, com algum objetivo na mente, precisamos de um instrumento para isso, uma escada. Portanto, quando eu quero me elevar para Deus, apesar do meu peso material que tende a me prender na crosta da Terra, vou precisar também de uma escada. Como esse objetivo é de natureza espiritual, a escada que devo encontrar, mesmo tendo aspecto material, deve ter um funcionamento espiritual. De todas as opções que tenho ao meu alcance que sirva como escada para esse objetivo de me elevar a Deus, o que mais se ajusta a esse propósito são os Evangelhos do Cristo.
Ontem coloquei neste diário a aquisição de um livro que deverá funcionar como um Curso Superior do Evangelho, em sua Essência, Natureza e Profundidade. Interessante que hoje eu percebi que até própria data de ontem, 14-06-14, tem para mim um significado que deve estar associado a este momento com meus objetivos que foram determinados por Deus. Eu tenho na mente que o 3 é o número que representa a minha essência, e desde o tempo que eu vivia com E. e com S., cujo 7 era o número que representava a essência delas, passei a considerar o 7 como o número de minha companheiras. Então a data de ontem implica no (2x7)-(2x3)-(2x7) e parece encaixar esse atual momento quando procuro conviver em harmonia com duas companheiras mais próximas, com a minha essência dentro das lições evangélicas. Voltei lá na capa do blog e observei que até a hora saiu do padrão que sempre procuro colocar os textos, no primeiro minuto do dia, e saiu no nono minuto. Justamente o número 9 que representa 3x3, que parece dizer que na dinâmica do que vai ser realizado é a minha essência que deve estar integralmente no comando das ações, pois essa é uma tarefa determinada por Deus para eu cumpri-la, com as pessoas que Ele coloca ao meu alcance, quer sejam companheiras ou não.
Assim, tudo parece levar à confirmação de que o Evangelho é a minha escada em direção ao aconchegante seio de Deus, e que está integralmente associada ao meu projeto de vida que foi determinado por Ele. O calgar dessa escada deve me levar, e também a todos que estiverem a ela associados pelo meu caminho ou a outros, à fraternidade cósmica de todos os finitos, viabilizando o Amor ao irmão, sem esperar qualquer retribuição ou recompensa, e do mesmo modo, o Amor inteiramente desinteressado à Natureza que representa o corpo físico de Deus.
O símbolo perfeito dessa caminhada é a Cruz que eu devo carregar, a Cruz formada pelo tronco vertical da verdadeira Religião cujo templo é o meu corpo, da mística divina do Amor a Deus sobre todas as coisas; e pela barra horizontal da Ética humana do Amor ao próximo e a todos os irmãos menores na escala evolutiva.
Dessa forma poderei me transformar numa poderosa antena de captação do infinito e de retransmissão desinteressada para todos os finitos. É assim que será o meu caminho e o de todos aqueles que a ele estiverem associados, em qualquer tempo e profundidade.
Acredito que estou sempre monitorado pelas forças do Bem que identificam minhas intenções e colocam ao meu alcance os principais textos, livros e experiências para eu avançar nos estudos. Assim aconteceu com o livro “Maria de Nazaré” que serviu para me orientar na criação do Projeto de Extensão Universitária “Foco de Luz” e na reativação da Associação de Moradores e Amigos da comunidade da Praia do Meio. Depois foi o acesso ao livro “Francisco de Assis” que coloca os princípios do trabalho na comunidade, semeando o Evangelho nos corações endurecidos e ignorantes para ver quais os que se sensibilizam, se voltam para o Bem e evita a “rede selecionadora” que vai levar os espíritos recrudescentes no Mal para outro planeta.
Nesta última quarta-feira, dia 11-06-14, na Livraria da Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes, o rapaz que trabalha como livreiro veio me indicar uma obra, coisa que ele nunca havia feito. A obra é um livro intitulado “Os Evangelhos em sua Natureza, Essência e Profundidade”, escrito por um professor universitário formado em Direito e estudioso dos assuntos espirituais. É uma obra extensa com 510 páginas, e logo entendi que estava sendo matriculado numa espécie de curso superior sobre as lições do Evangelho. Tem o objetivo principal de aprofundar tanto quanto possível a compreensão da imortal e universalista mensagem do Cristo, através de Jesus, hoje parcialmente contida nos Evangelhos canônicos, isto é, nos testemunhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, bem como no Evangelho apócrifo de Tomé.
O estudo será feito em três tomos bem definidos: O Sermão da Montanha, as Parábolas, e o Cristo em Jesus.
O Sermão da Montanha será estudado em 56 capítulos, serão estudadas as 37 parábolas, e na conclusão será abordado, com 104 capítulos, o Cristo em Jesus.
Os escritos dos evangelistas levam em si a visão própria de homem e de mundo que cada um possuía, mas a intenção é a busca pela mensagem viva que palpita nos Evangelhos, que é uma só: a busca e a revelação do Cristo que estava em Jesus e está em cada um de nós. É o caminho, o monumental programa de autoconhecimento, autolibertação e autorrealização que o Cristo enviou à humanidade pela boca inspirada e pela vida de Jesus de Nazaré.
É um roteiro universal, pois se destina a todos os homens, uma vez que, sem nenhuma exceção, somos igualmente filhos de Deus. Todos os seres humanos de boa vontade, cristãos ou não, para que cada um consiga desenvolver o autoconhecimento que lhe vem de dentro para fora, de seu Cristo interno, sem a necessidade de qualquer intermediário. É o verdadeiro conhecimento.
Mateus, Marcos e João eram galileus e redigiram seus Evangelhos em aramaico, a língua materna deles, que era o mesmo idioma que Jesus também falava. Esses três Evangelhos foram imediatamente traduzidos para o grego, a língua culta, prevalecente e universal daquela época, pouco depois suplantada pelo latim.
Lucas, médico grego natural de Antioquia, colônia helênica situada na Síria, deu seu testemunho diretamente no grego.
Dos quatro Evangelhos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João), cuja autenticidade é aceita pelos cânones das igrejas cristãs, os três primeiros são considerados sinóticos devido a notável coincidência entre eles, tanto no conteúdo como na forma de expressão.
Uwe Wagner diz em seu livro “Exegese do Novo Testamento” que originalmente os Evangelhos canônicos foram redigidos em escrita contínua, sem qualquer divisão, nem de versículos, nem de perícopes, nem de capítulos. O primeiro manuscrito a adotar a divisão em capítulos foi o Códice Vaticanus, no século IV. Nesse código, Mateus nos é apresentado com 170 capítulos, Marcos com 62, Lucas com 152, e João com 50.
A divisão de todo o Novo Testamento em capítulos, atualmente aceita, é de Stephan Langton, feita em 1227, quando ele era Bispo de Cantuária, na Inglaterra.
Mas a divisão completa em capítulos e versículos, exatamente como hoje a conhecemos, é de autoria do francês Robert Stefhanus, datada de 1551.
A leitura desse livro na forma de curso deve consolidar uma base segura, sólida e estável que permitirá a introjeção da verdadeira natureza essência original da mensagem crística do nosso bem amado Jesus de Nazaré.
Em ufologia um encontro imediato ou contato imediato é um evento em que uma pessoa se relaciona com extraterrestres. Os especialistas classificam os contatos em graus da seguinte forma:
Contato Imediato de Zero Grau (CI-0) – É a observação do extraterrestre a grande distância.
Contato Imediato de Primeiro Grau (CI-1) – A observação é realizada a curta distância, o que permite captar alguns detalhes.
Contato Imediato de Segundo Grau (CI-2) – O extraterrestre permanece em determinado local deixando indícios fortes de sua passagem, além de provocar perturbações em pessoas e animais.
Contato Imediato de Terceiro Grau (CI-3) – É possível observar os extraterrestres com mais detalhes, dentro ou fora do seu grupo, sem que haja, no entanto, qualquer tipo de comunicação com eles.
Contato Imediato de Quarto Grau (CI-4) – Ocorre quando, além da observação detalhada dos extraterrestres, há algum tipo de comunicação, com palavras, gestos ou telepatia.
Contato Imediato de Quinto Grau (CI-5) – É o contato mais íntimo entre humanos e extraterrestres. O extraterrestre chega a entrar no veículo do humano, a convite ou não. Se entrar a força fica caracterizado um sequestro, chamado na ufologia de abdução.
Quando eu estava na adolescência um dos meus sonhos era fazer algum tipo de contato imediato com um extraterrestre. Ia com meus amigos à noite para as Dunas de Genipabu, acampar e procurar o contato com algum extraterrestre. Fazíamos um plantão onde cada um ficava um horário a perscrutar o céu estrelado em busca de algum OVNI enquanto os outros dormiam. Repetimos isso várias noite, mas nunca tivemos sucesso, mesmo com todo esforço que nós fazíamos com a visão e com a mente tentando um contato telepático. Pensava até em procurar me voluntariar como candidato a astronauta.
O tempo passou e levou consigo essa curiosidade e vontade de fazer contato com algum tipo de extraterrestre.
Comecei a perceber entre as pessoas que dividem comigo a vida em sociedade, alguns grupos que se distanciam tanto que formam subgrupos, submundos, como se pertencessem a outros planetas. Eles habitam um mundo que eu não comungo, vivem a parte da minha existência. São grupos que se dedicam a droga, a prostituição, a corrupção, ao crime de forma geral.
Com o trabalho que iniciei na comunidade da Praia do Meio, aumentou minha vontade de fazer um trabalho fraterno com as prostitutas, organizar suas vidas, ajudar em suas necessidades e valorizar a sua dignidade. Mas como penetrar nesse mundo tão diferente do que eu vivo?
Foi aí que eu imaginei, com o que aconteceu hoje e que vou relatar em seguida, de aplicar os conceitos de contatos com os extraterrestres com o grupo das prostitutas, entendendo que elas vivem num mundo diferente do meu.
O CI-0 é fácil de atingir, elas estão sempre ao alcance da minha visão.
O CI-1 também não tem dificuldade, consigo perceber os detalhes de suas indumentárias e o modo de agir.
O CI-2 também é alcançado, eu observo o local onde elas procuram permanecer, deixando indícios fortes dos seus perfumes, do resto de drogas que deixam pelo chão.
Também já fiz o CI-3, já observei essas prostitutas com mais detalhes, fora do seu grupo, sem qualquer tipo de comunicação entre elas. Mas eu sentia que a cada dia meu coração pedia para eu procurar fazer o CI-4, partir além da observação detalhada para algum tipo de comunicação com palavras ou gestos.
Fiz o CI-4 certa noite quando voltava para casa com picolés que eu sempre compro. Estavam duas prostitutas no seu lugar costumeiro, sentadas no batente de uma porta, e eu juntei todas minhas migalhas de coragem e me aproximei. Logo uma delas se aproximou, ofereceu seus serviços, agradeci e ofereci uma caixinha de sorvete que eu levava. Foi um avanço que o meu coração identificou como positivo. Mas eu teria que fazer ainda mais, pois a ideia que tenho é de estimular para que elas participem da nossa Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio e dessa forma ter condições de ajudar de forma coletiva.
Foi então nesta última terça-feira, dia 10-06-14, que ao retornar para casa por volta das 22h, vindo do estudo espiritual que sempre faço na Associação Médica, encontrei na esquina da Rua perto de onde moro, uma prostituta no seu ponto estratégico. Tive que parar o carro por causa do trânsito e ela fez sinal que queria falar comigo. Pensei, não seria esse o momento de fazer o contato e iniciar o trabalho comunitário com essas extraterrenas? Baixei o vidro do carro e ela foi logo perguntando se eu estava querendo um programa. Disse que não, que eu queria saber se ela morava aqui no bairro, pois eu pertencia a Associação de Moradores e estava querendo fazer um trabalho com elas. Ela disse que morava na Rua do Motor, uma rua central da comunidade. Logo em seguida, sem pedir licença, entra no carro e se oferece para fazer uma bouquete. Eu disse que não estava interessado nisso, que queria fazer um trabalho comunitário. Percebi o hálito alcoólico e os trejeitos de travesti. Pediu dois reais para comprar um espeto e carona até Brasília Teimosa, onde disse que era sua verdadeira casa. Dei o dinheiro que ela pediu e disse que não poderia lhe dar carona, pois já estava chegando em casa. Ela ainda insistiu, mas percebeu que eu estava determinado a não lhe dar a carona. Desceu do carro agradecendo e fiz a curva para entrar no meu condomínio. Percebi que o porteiro do prédio estava fora da guarita e tudo observara, abrindo o portão de imediato para eu entrar. Certamente ele pensará algo muito diferente do que aconteceu, pensará que eu estou contaminado com esse tipo de lepra social, como acontecia com a lepra biológica do passado. Mas a verdade um dia virá à tona, não devo me preocupar com esses detalhes do caminho, imagino.
Entrei no apartamento e vim fazer de imediato este relato. Achei a experiência muito parecida com aquela que eu fazia quando estava pelas dunas de Genipabu a procura de contato com extraterrestres, com seres de outros mundos. Também eu não sabia quem ia encontrar, se era do bem ou do mal. Era motivado pela curiosidade, de saber ou de viajar pelas estrelas.
Agora eu estou tendo contato com seres, com prostitutas, que pertencem também a outro mundo; não posso prever se esses seres que vou contatar são do bem ou do mal, ou mesmo se tem um sexo ou outro. Desta vez estou motivado pelas lições evangélicas, pela força do Amor Incondicional, pela compreensão de que todos somos irmãos e que os mais fortes ajudam os mais fracos, os que tem mais conhecimentos ensinam aos que vivem na ignorância. Estou consciente de que sou um dos construtores do Reino de Deus, que sigo o planejamento crístico, em busca da fraternidade universal.
Sei que devo ser prudente, mas não a tal ponto que inviabilize o trabalho que tenho que fazer. Sempre haverá algum risco neste caminho que o Pai determinou para mim, quer seja nas vielas das comunidades juntos aos drogados e marginais de toda natureza até as prostitutas de todos os sexos. Nessa terça-feira mesmo foi alcançado o nível mais alto do contato, o extraterrestre adentrou o meu veículo sem ser convidado, caracterizando o CI-5. Felizmente não houve o uso da força que caracterizasse a abdução.
Tenho que aprimorar cada vez mais em mim, em meu coração, em minha consciência, a força do Amor Incondicional, pois assim fazendo eu fico mais fortalecido para enfrentar outras forças de natureza contrária.
Todos nós estamos matriculados na escola terrena com o objetivo de aprendermos muitas lições que são necessárias à nossa evolução espiritual, principalmente a Lei do Amor. Mesmo que a pessoa esteja estudando na mesma sala, com o mesmo professor, mesmo assim a sua compreensão do aprendizado nunca é semelhante aquela dos seus colegas, que pode distorcer em diversos pontos e ninguém pode garantir quem esteja mais perto da verdade, pois sendo a verdade única não é possível que alguém desenvolva dois pontos diferentes de um mesmo aspecto sendo ambos verdadeiros. É importante que exista a compreensão dessas divergências e se por acaso os preconceitos alicerçados em cada um impeça a correção das incoerências, que seja reconhecida essa situação e que se tenha a compreensão do esforço que deve ser feito para a correção do pensamento, sentimentos e comportamento.
Ao pensar dessa forma achei conveniente colocar hoje neste espaço a compreensão que adquiri no meu aprendizado com o objetivo de corrigir e também ser corrigido em direção à verdade. Não vou citar autores, pois fica subentendido que toda a construção do meu pensamento está alicerçado sobre o pensamento de alguém que de alguma forma deu maior coerência ao que antes eu pensava, que ampliou os meus horizontes cognitivos.
No início de tudo, do Universo sem fim ou começo, a minha compreensão não consegue alcançar com detalhes os argumentos para explicar esse paradoxo inicial, de algo que existe e que não teve um começo, que não tem um fim. Vem apenas na minha mente um pensamento amorfo de que existia no começo uma Energia carregada de sabedoria que resolveu organizar o vazio com a existência, que injetou nessa Sua criação a condição de crescimento e organização com base na harmonia com tudo e com todos. Chamo a atenção que já começo a usar em letra maiúscula as palavras Energia e Sua, dando a sugestão que quero me referir ao Deus, fonte de tudo.
Assim o Universo foi criado e todos os mundos e seres que o compõem. Chamo mais uma vez a atenção que esse conceito de Universo não pode ser adstrito apenas ao que conhecemos e que investigamos com nossos aparelhas tecnológicos, mas que inclui todos os outros universos paralelos que possam existir e que nossos sentidos, aparelhos e inteligência não conseguem alcançá-los.
Assim foi formado o homem, a humanidade, aqui na Terra e alhures. O homem que se caracteriza não por seus aspectos biológicos, mas pela capacidade de pensar de forma cósmica, de compreender a sua filiação divina e o seu papel no Universo. Então, esses três aspectos (pensar cósmico – filiação divina – papel no Universo) é o que define a humanidade para mim. Faço questão de ressaltar este ponto, pois não lembro de nenhum autor que tenha definido a humanidade dessa forma e não quero que o leitor pense que tamanho absurdo (se assim for) é proveniente da mente de terceiros.
Isso implica que, vamos imaginar, um golfinho ou um chimpanzé que possuem a capacidade cerebral e cognitiva mais próxima de nós, chegassem a preencher esses três aspectos que definem a humanidade, poderiam sentar conosco à mesa numa reunião de humanos, independente da forma biológica. Isso para explicar que qualquer um ser extraterreno que visitamos ou sejamos visitados por eles, de posse dessas características, quaisquer que sejam suas aparências, também serão considerados como participantes da família humana.
Também existe a situação inversa e que nos deparamos com ela no cotidiano. Os seres humanos habitantes na Terra, pertencentes à espécie Homo sapiens, que caracteriza a humanidade do ponto de vista biológico, parecem não apresentar as características que definem a humanidade do ponto de vista racional. Estão mais próximos dos seres brutos, animalizados, do que dos humanos, intelectualizados. Mas todos nós possuímos a capacidade cognitiva de atingir o nível da racionalidade e assim pertencer integralmente à família humana.
Voltamos o pensamento agora para o nosso mundo, nossa realidade adstrita à Terra. Estamos matriculados nesta escola terráquea para aprender cada vez mais esse pensar cósmico, crístico, e reconhecer o nosso papel na vida dentro desse pensar. Necessitamos de um professor qualificado para ensinar essas lições fundamentais que a luta pela sobrevivência biológica muitas vezes impede sua percepção. Jesus como ser qualificado dentro do seu aprendizado, por reconhecer a filiação divina sem nenhuma dúvida, por saber com clareza qual o seu papel no Universo, foi indicado pela Energia creadora para vir ao nosso mundo e na condição de governante do planeta ensinar sobre a lei básica da harmonia universal, a Lei do Amor, com todo esse pensamento do Cosmo, o pensamento crístico.
Assim, Jesus foi identificado como o Cristo e em decorrência disso todos que o reconhecem como tal e procuram seguir suas lições são identificados como cristãos. Devido as características de personalidade e de inteligência de cada um, a forma de seguir esses ensinamentos tem suas diferenças e para atender a cada grupo em suas divergências foram criadas as diversas igrejas e templos, com os seus dogmas e rituais, conceitos e preconceitos. Porem, em todas não deve ser excluída ou colocada em segundo plano a Lei do Amor, a aplicação do Amor Incondicional. Fazendo dessa forma, todos serão considerados como irmãos, todos encontrarão seus caminhos em direção ao Pai, na construção do seu Reino.
Este é o meu pensar!