Irei fazer a leitura do livro de Malaquias, que compõe a Bíblia, a partir de 3:13-23, incluindo a minha interpretação atualizada, conforme fiz no texto anterior.
Tendes proferido palavras violentas contra mim, diz o Senhor. Se reconhecesses a minha paternidade, poderiam perguntar: O que dissemos ou agimos contra Vós? Dissestes nas tuas intenções: É trabalho perdido servir a um Deus que não existe. Que ganhamos com tal obediência às Suas ordens e com as procissões diante de tal Deus?
Agora esses prepotentes, corruptos, maquiavélicos, são considerados por ditosos e com a arrogância prosperam com as suas iniquidades; ousam até tentar a Deus e escapar dos castigos, se passando por crentes dentro das catedrais e homenageados pelos sacerdotes sem discernimento da verdade.
Os crentes que amam o Pai e sabe o que acontece por trás das falsas narrativas, denuncia tudo isso ao divino Juiz. O Senhor ouviu atento suas preces em tons doridos, mas carregadas de fé. Diante dEle foi escrito o livro que conserva a memoria daqueles que amam e respeitam o Seu nome. Eles serão para mim um bem particular, diz o Senhor – no dia que eu agir , tratá-los-ei benignamente, como um Pai trata com indulgência o filho que o obedece. E vereis de novo que há uma diferença entre o justo e o ímpio, entre quem serve a Deus e a quem não serve.
Porque eis que vem o dia, ardente como uma fornalha. E todos os soberbos, todos os que cometem o mal serão como a palha; este dia que vai vir os queimará, diz o Senhor. Nada ficará: nem raiz nem ramos. Mas sobre vós que me respeita e cumpre a minha vontade, levantar-se-á o sol da justiça que traz a salvação em seus raios. Saireis e saltareis, livres como os bezerros ao saírem do estábulo.
Pisareis aos pés os ímpios, os quais serão pó, sob a planta de vossos pés, no dia em que eu agir, diz o Senhor.
Vou mandar o meu filho mais amado antes que venha o grande e temível dia justiça, e Ele converterá o coração o coração dos pais para os filhos, e o coração dos filhos para os pais, de sorte que construirei o meu Reino com a fraternidade universal de todos os meus filhos, convertidos e reconhecidos da paternidade divina.
Vejo na Bíblia, no livro de Malaquias, quando ele escreve de “O Dia do Senhor”, uma mensagem também escrita em Zacarias e que já foi colocada aqui e voltarei sobre ela mais adiante. Neste texto que faço agora, vejo uma promessa satisfatória para o Brasil, país proposto para ser “A Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo”. Vou misturar os meus pensamentos com o que o profeta escreveu a partir de 2: 17, para mostrar o meu entendimento.
Vós sois, humanos, pesados ao Senhor com vossos discursos cheios de vieses. Pensais que aqueles que fazem o mal é bem visto aos olhos do Senhor, que nele se compraz, pois enriquece e tem muito poder. Também podem perguntar no silêncio de suas vidas materialistas, onde está Deus para julgar, se Ele realmente existe?
OBSERVAÇÃO: O leitor atento pode observar aqui um paradoxo: por que o maldoso materialista escreve Ele com E maiúsculo para sinalizar a divindade, quando na realidade ele não acredita nEle? Por que aqui prevalece o pensamento do autor do texto que acredita em Deus e não quer deixar o seu pensamento subvertido pelo materialismo. Continuemos nas profecias de Malaquias...
Vou mandar o meu mensageiro para preparar o meu caminho, que será uma voz que clama no deserto e nas almas, literalmente, e nas duas dimensões, material e espiritual. Virá imediatamente o anjo da aliança que alguns tantos desejam.
Quem estará seguro do que sabe no dia da Sua vinda? Quem poderá resistir aos seus argumentos no dia da Sua vinda? Os bons se converterão; os maus procurarão na sua ignorância e prepotência da força bruta destruir a Sua vida, que não sabem que é eterna. Ele é como o fogo do fundidor, como a água sanitária das lavadeiras. Sentar-se-á para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Deus, conhecedores da existência do Pai universal e que pretendem fazer a Sua vontade, refinando-os como se refina o ouro e a prata. Então estes serão para o Senhor, aqueles que apresentarão as preces e os pedidos que convém, de acordo com o discernimento da verdade e honestidade de suas ações.
Virei ter convosco para julgar vossas questões e serei uma testemunha pronta contra os falsos sacerdotes, mágicos do meu poder; contra os adúlteros, os perjuros, os corruptos; contra os que retém o salário do operário em seus próprios bolsos ou em causas igualmente nefastas; contra os que oprimem a viúva ou o órfão, até mesmo daqueles de maridos e pais vivos; contra os que maltratam os estrangeiros inofensivo, e não temem ao Senhor, mesmo que existam na ignorância, pois a verdade já chegou perto deles.
Eu sou o Senhor que não muda com a evolução trazida pelo tempo, que transforma protistas em cordatos, selvagens em racionais, pois esta é simplesmente a lei que criei para a formação dos universos, desde o “Fiat Lux”.
Desde o dia dos vossos pais, vós apartastes dos meus mandamentos e não os guardastes. Voltai a mim e eu me voltarei a vós, diz o Senhor.
Os bons perguntam: Como voltar a Deus?
Os maus perguntam: Como posso enganar a Deus, se Ele existe?
Aos primeiros Cristo chegou com a misericórdia, de como encontrar o Caminho da Verdade, pagando os pecados e em busca da Vida eterna ao lado do Pai.
Aos segundos, que não conseguem discernir a verdade por fraqueza moral ou más intenções deliberadas, resta a justiça trazida pelo Arcanjo Miguel em sua espada espiritual da lei das causas e consequências.
Fomos atingidos pela maldição, pela força do mal em todos os continentes. E em todas as nações se procuram enganar ao Senhor ou destruir quem quer seguir a Sua vontade.
Paguemos com nossos esforços a manutenção da família universal que segue a vontade do Pai, para que haja alimento em cada casa, alimento físico e espiritual. Assim o Pai abrirá os reservatórios do Céu, derramando bênçãos sobre nós, muito além do necessário. Seremos capazes de afugentar os gafanhotos destrutivos, os corruptos que sugam o suor e o sangue dos nossos irmãos,
Eles não destruirão mais os justos de nossa terra e não haverá nos campos vinhas improdutivas. Todas as nações sob a influência evangélica do Brasil, se tornarão terras de delícias e todos felicitarão ao Pai pela construção do Seu Reino de fraternidade entre todos os povos.
Ave, Cristo! Nosso comandante.
Esta frase “A luz brilha na escuridão, mas a escuridão não dominará” está colocada no final do filme “A Missão”. É um filme vencedor da Palma de Ouro em Cannes, em 1986, estrelado por Robert De Niro e Jeremy Irons, com roteiro de Robert Bolt e direção de Roland Joffé.
A história se passa na América do Sul colonizada por portugueses e espanhóis, que disputam territórios, escravos indígenas e o poder. Os índios são as vítimas diretas dessa disputa e os militares como os verdugos que obedecem às ordens de cima, sem a preocupação com o certo e o errado, desde os generais aos soldados. Observa-se o constrangimento de alguns soldados em promoverem a carnificina dos índios, frente a ordem dos seus superiores e o sentimento da fé que veem nos atos dos jesuítas.
Aqui é o foco central do filme, mostrando o foco de luz trazido pela civilização cristã de amor ao próximo, independente de quem seja. O índio está dentro de uma cultura atrasada comparada à cultura ocidental, europeia, de onde os colonizadores provem. Os jesuítas querem tratar a todos com humanidade, levando os ensinamentos cristãos e as conquistas da sociedade moderna em favor dos índios. O objetivo não é deixa-los a mercê das injúrias da natureza, mas adaptando a sua cultura aos progressos que eles podem assimilar e assim irem se incluindo dentro dos padrões humanitários que devem ser universais, segundo o cristianismo, para a construção de uma sociedade ideal, do Reino de Deus.
Acontece que esse nobre objetivo é contrário ao poder instalado no mundo pelas raízes do egoísmo. As pessoas que detém esse poder não querem abrir mão dele a favor do benefício do próximo. Daí se ver o confronto inevitável entre o cristianismo e as diversas formas de poder exercido por qualquer tipo de paganismo, até mesmo por correntes do cristianismo infiltrado pelos adversários.
Este cenário é o que vemos reproduzido hoje no Brasil. Não são usadas as armas letais em confronto como foi visto no filme, mas são usadas armas burocráticas para trazer o mesmo prejuízo à população. Agora não são os índios ignorantes, mesmo que entre nós tenham alguns deles que percebem a verdade. Agora somos nós, cidadãos honestos, pacíficos, educados, que reconhecem o valor do cristianismo e queremos nos portar por ele. Tivemos um presidente, Bolsonaro, com este perfil cristão, que mostrou como podemos administrar a nação com honestidade, competência e fé no divino. Mesmo submetido a todo ataque das forças do mal, ele equilibrou as finanças, os serviços e mostrou ao mundo a nossa pujança. Mas os adversários conseguiram corromper diversas pessoas sem escrúpulos ou dignidade e todas as instituições ficaram pervertidas, até as Forças Armadas que num passado recente foi quem nos protegeu da mesma ameaça.
Agora estamos todos acuados dentro de nossas casas sem ao menos falar sobre a verdade. Muitos presos e outros soltos com tornozeleira, obrigados a trabalhar como aqueles escravos índios para encher os cofres da corrupção.
Apenas o poder divino pode nos apontar caminhos para sair da servidão, como aconteceu no Egito com Moisés. Nossa Senhora já nos advertiu que devemos rezar e fazer penitência para o socorro chegar. Acredito que devemos voltar ao tempo da perseguição romana onde foi necessário a tortura e o sangue de tantos mártires para o cristianismo ser reconhecido como a única ideologia que pode nos trazer paz e progresso para todos.
Por isso, mesmo com tantos entraves, a frase final do filme nos anima: “A luz brilha na escuridão, mas a escuridão não dominará”.
O Brasil está sendo atacado de forma violenta nos seus princípios por forças associadas ao mal, ao comunismo, tantas vezes denunciado por Nossa Senhora ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Mas muitos brasileiros percebem o que está acontecendo e mostram sua indignação. Vejamos esta carta aberta que circula nas redes sociais.
CARTA DA NAÇÃO aos COMANDANTES DAS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS.
Se acham que pediremos mais uma vez, inutilmente, que intercedam pelo Brasil, estão redondamente enganados. Vocês venceram a sociedade pelo cansaço e pela traição.
No entanto, trata-se de uma vitória amarga, constrangedora. Vocês se lembram de quando Rubinho Barrichello parou o carro a poucos metros da linha de chegada para que Schumacher vencesse a prova? O alemão subiu ao pódio sob vaias, e aquela “vitória” desonrosa manchou as dezenas de outras vitórias que ele obteve durante sua carreira. Pagou um alto preço pela covardia.
Esse deve ser o provável sentimento de todos os militares incluindo os que ainda gozam de um mínimo de decência, de vergonha na cara, por vossa culpa, generais de araques e sem valor. Para esses comandantes merecem as mesmas vaias e desprezo que o piloto de Fórmula 1 recebeu na ocasião.
A diferença é que serão vaias muito mais duradouras e que respingarão, infelizmente, nas pessoas com as quais convivem. Até seus filhos e netos se envergonharão de vocês.
Deve ser difícil agora levantar cedo e ter que vestir uma farda diante da esposa e dos filhos. A farda se tornou agora um sinal de covardia, de submissão, de decadência moral, de vergonha, de conivência com tudo que há de repugnante. Permitam-nos um trocadilho: convenhamos que, literalmente, sentirão, mais do que nunca, o peso do fardo, pois nunca tiveram o respeito de quem agora os governa e perderam o respeito de quem sempre os defendeu. Essas medalhas que carregam no peito jamais foram por atos de bravura porque de bravos vocês não têm nada, mas de covardia.
É uma mistura de burrice com traição.
Se acham que os anos pós-governos militares foram difíceis (pelas críticas que receberam da esquerda), não imaginam o que virá pela frente, pois agora estão sozinhos e sob ordens de quem sempre os odiou e que os eliminará aos poucos ou os trocarão por cidadãos indignos. Vocês extrapolaram o limite da indecência ao preferir prestar continência a um ladrão condenado que a um colega de farda - seu presidente e a autoridade máxima da nação - num ato de insubordinação, cometendo crime de lesa-pátria e traição previsto no artigo 55 do Código Penal Militar, que prevê fuzilamento por tais atos. É o que de fato vocês merecem, a pena de morte.
A gota d’água da conduta vergonhosa dos senhores foi o de ainda conduzirem manifestantes indefesos para um campo de concentração comunista. Isso chegou às raias da bizarrice. Cena digna de um Gulag de Stalin.
Vocês não perceberam que havia ali mulheres, idosos e crianças?
Pessoas incapazes de destruir o patrimônio público! Vocês são mesmo tão ignorantes a ponto de não perceberem que o quebra-quebra foi articulado por militantes petistas infiltrados? É sério?
Há duas possibilidades: vocês já se venderam à proposta autoritária deste governo criminoso ou vocês foram feitos de trouxas mesmo. Qualquer resposta representa a desmoralização final das tropas brasileiras, uma instituição que gozava do mais alto grau de nossa confiança.
Não há justificativa plausível para aceitarem o estado de absurdos da conjuntura brasileira com tantos gatunos no comando para causar o caos e dominar o povo como fez Hitler. Acham mesmo que isso não lhes afetará e que poderão continuar indo a todos os lugares livremente como antes? Vocês já viraram chacota nas redes sociais e em breve essa instituição será desmantelada, sucateada por aqueles a quem se venderam e serão execrados publicamente.
Judiciário opressor, eleições extremamente burladas, um bandido na presidência, presos políticos, jornalistas censurados, laços com ditaduras e narcotraficantes refeitos, uma armadilha que cedo ou tarde pegará vocês também e suas famílias.
Registra-se, neste momento, a página mais vergonhosa e constrangedora da história das Forças Armadas do Brasil.
Os soldados, como os da gloriosa FEB, que outrora enfrentavam nazistas em prol da liberdade, agora prestam continência para um bandido comunista, corrupto, que possui estreitas relações com narcotraficantes, terroristas e ditadores.
Os senhores, por gerações, farão parte da história do dia em que protagonizaram o enterro do Brasil na lama, desviando-o do caminho que trilhava para o primeiro mundo e se livrar das ratazanas que sempre o destruíram.
Quando a velhice vos alcançar, fazemos votos para que o remorso da covardia devore vossas consciências por todo mal causado a 220 milhões de pessoas por mera vaidade. Um inferno para vocês é muito pouco para a covardia e desonra causada à nossa Pátria!
Acredito que este seja o sentimento da maioria da população brasileira hoje, onde eu me incluo.
Da mesma forma que existem pessoas que pelo seu comportamento são reconhecidas como heróis frente à comunidade, assim são também algumas instituições pelo papel que representam no meio social.
Dessa forma vejo o Hospital João Machado. Inaugurado em 15 de janeiro de 1957, pelos esforços do Dr. João Machado, inspirado pelo trabalho do psiquiatra Ulisses Pernambucano, com a presença do presidente Juscelino Kubitschek e o governador Dinarte Mariz. Foi projetado para acolher cerca de 200 pacientes que tinham a possibilidade de serem tratados e abrigados por tempo dilatado, com possibilidade de trabalho e instrução dentro da instituição, formando colônia. Dessa forma surgiu o seu nome original de Hospital Colônia Dr. João Machado (HCJM).
Este foi um serviço prestado pelo governo federal de altíssimo valor humano. Aquelas pessoas que sofriam o peso de suas doenças psíquicas, geralmente sem compreensão e sem tolerância daqueles que conviviam com eles, agora dispunham de uma instituição sólida equipada principalmente por profissionais comprometidos com o melhor acolhimento e capacidade técnica.
Acontece que estávamos como ainda estamos inseridos dentro de uma região sócio-política carente de recursos e de capacidade de prestar a devida atenção à saúde dos cidadãos, principalmente na área psiquiátrica. A demanda de todo o Estado do Rio Grande do Norte começou a chegar ao HCJM. Os profissionais, sempre vocacionados no princípio humanitário não conseguiam encaminhar os pacientes necessitados para outras instituições, pois essas não existiam. Ou ficavam no HCJM ou ficavam na rua. Por isso esses pacientes, ou trazidos pela família quando essa não podia conter, ou pela polícia quando encontrados na rua, ou encaminhados pela justiça quando cometiam crimes, iam sendo acolhidos no hospital e aí ficavam sem possibilidade de terem alguém ou alguma instituição que os recebessem após a alta.
Este foi o processo de degradação institucional quando à sua missão de acolhimento e tratamento humanitário aos pacientes psiquiátricos que sofreu o HCJM, pois de uma capacidade projetada para atender cerca de 200 pacientes passou a ter mais de 700. Certamente os profissionais mesmo capacitados, não podiam atender tamanha demanda instalada nos mesmos espaços. Passou a ser um depósito de pessoas doentes e necessitadas de tratamento e que eram chamadas de pacientes, controladas pelos psicofármacos, que felizmente já estavam sendo usados na terapia.
Foi neste cenário que eu, acadêmico de medicina em 1978, encontrei o HCJM. Logo a minha vocação humanista se associou aqueles heroicos profissionais que tentavam ajudar a conter as dores de tantas pessoas carentes, muitas dessas pessoas sem a consciência de onde estavam e porque eram necessários esses cuidados em espaços restritos. Passei pela disciplina de Psiquiatria e fui aceito como acadêmico plantonista do HCJM. Aprendi a amar esta instituição, pois passei a ver a dicotomia que existia entre ela e a sociedade. Enquanto a maioria das pessoas que não conheciam essa realidade a acusavam de prisão e promover tratamento desumano, eu conseguia discernir a verdade: era uma instituição que pelo heroísmo humanista de seus funcionários, ela também se tornava uma instituição heroica, como jamais eu observei em tantas que que frequentava, desde tribunais de justiça até templos religiosos.
Tenho hoje orgulho de lembrar desses momentos vividos dentro do HCJM, não pela miséria da falta de apoio que todos nós, pacientes e profissionais sofríamos lá dentro, mas pelas lições do sofrimento vivenciado e compartilhado que ajustou a minha personalidade para o amor ao próximo, para usar os meus talentos para dirimir a dor, como nenhum banco acadêmico me ensinou a fazer.