Com este tema foi aberta mais uma reflexão evangélica no âmbito familiar. Foi interessante, pois muitos não imaginava jamais que tantos pudessem praticar atos tão ilícitos. A leitura do texto “A flor da honestidade” foi quem provocou na consciência de cada um a motivação para falar das ações que foram ou não honestas.
Uma compreensão interessante que surgiu dessas reflexões foi que a honestidade para ser plena não deve ter testemunhas. Caso eu pratique uma ação desonesta na frente de terceiros, certamente essa pessoa pode me desmascarar se eu divulgar um comportamento honesto. Mas, se eu pratico um ato honesto sem ninguém está presente, quando eu poderia me beneficiar de algo ilícito, sem testemunhas, sem possibilidade de ser descoberto, e mesmo assim eu faço o que é lícito, então essa é a verdadeira honestidade, que não foi coagida por ninguém.
Na lição, a jovem honesta levou o seu vaso sem a flor que ela imaginava não ter sabido cultivá-la, enquanto suas concorrentes todas levavam as mais belas flores, sem nenhuma saber que o príncipe havia dado a cada uma delas uma semente estéril. Então a desonestidade de todas foi descoberta com esse ardil.
Aqui no mundo material, muitas vezes são empregados esses ardis para pegar os desonestos. Mas não devemos ser excessivamente preocupados com esses desonestos, pois caso escapem das leis humanas, certamente nenhum irá ficar impune, pois Deus, o juiz supremo, está sempre no controle de tudo.
É bom sempre ressaltar que o comportamento desonesto tem milhares de forma de se expressar. Uma dessas formas é a hipocrisia e a outra é a maledicência.
Na hipocrisia a pessoa aparenta ser ou fazer uma coisa, para induzir que outras pessoas sejam ou façam aquilo que ela não é capaz de ser ou fazer.
Na maledicência a pessoa fala mal geralmente de outra pessoa quando esta não está presente. Na presença dessa pessoa ou de alguém que a defenda, essa pessoa fica calada e algumas vezes até lançam elogios falsos.
Foi observado por todos que essa honestidade é difícil de ser alcançada, pois muitas vezes alimenta o nosso ego, no orgulho e vaidade. Por isso é importante o confessar dos pecados ao padre ou qualquer outro ministro religioso, assim também como aconteceu dentro da reunião, pois isso levanta na consciência a procedência do mal realizado e da disposição de ficar atento para corrigir o que de mal foi feito e vigiar para que a falsidade, a desonestidade não mais se repita, mesma que venha com toda a força da instintividade. Caso não achemos conveniente falar a verdade em determinados momentos para não provocar constrangimentos desnecessários, mas se formos provocados para expor a verdade, jamais devemos nos esconder por trás das mentiras.
A evolução da consciência avança lentamente dentro de uma percepção psicológica de alcançar passo-a-passo patamares mais elevados. Os objetivos íntimos crescem a cada conquista e a conquista alcançada aumenta os entendimentos. A pessoa passa a ter uma motivação para a auto penetração profunda, em busca da harmonia e sabedoria que só alcançamos sabendo usar a sabedoria e o amor.
Parece tudo isso com aquele diálogo que o aluno teve com o mestre:
- Mestre, como faço para me tornar sábio?
- Boas escolhas.
- Mas como fazer boas escolhas?
- Experiência.
- E como adquirir experiência?
- Más escolhas.
Volta mais uma vez a importância de compreender a finalidade do sofrimento, advindo das más escolhas: uma ferramenta de aproximação de Deus e produção do crescimento espiritual. Teremos assim uma nova forma de patamar a ser alcançado: aprendizagem, lapidação, desenvolvimento, evolução e equilíbrio.
As conquistas que iremos alcançando ao longo da evolução alarga nossa visão de humanidade, o sentimento de amor vai se desindividualizando, passa a existir a gratidão pelos antepassados, a complacência por aquelas pessoas que ainda dormem, e a capacidade de ajuda aqueles que querem evoluir. Não devemos esquecer que esforço e conquistas estão diretamente relacionados.
Para alcançar níveis superiores de consciência, devemos conhecer os estados alterados de consciência, aceitar uma espécie diferente de realidade além daquela que aceitamos normalmente. Devemos ter capacidade de alcançar o inconsciente profundo, que alguns psicólogos transpessoais e mentalistas denominam com sagrado, que é o depósito das experiências do espírito eterno, do Eu superior, da realidade única da vida física, que se perpetua nas causalidades das existências.
O inconsciente profundo ou sagrado, é onde a consciência pode se identificar com plenitude, onde compreendemos com lucidez as causas e os efeitos, onde adquirimos a liberdade dos apegos, desejos e reações. É onde estaremos inatingíveis pelo mal, pois veremos Deus em tudo e em todos.
A libertação dos apelos da matéria irá nos levar ao equilíbrio, à confiança e não ter mais ressentimento dos insucessos.
Nossa percepção irá evoluindo, da dimensão espaço-tempo caracterizada por ações interrompidas e equivocadas para um estado de plenitude, com ações contínuas e iluminativas.
Estaremos cada vez mais nos realizando, conquistando o desapego do mundo material, capaz de irradiação generosa com nossa vida psíquica, e, enfim, nos direcionando para a realidade imortal, para a purificação.
Caro Francisco.
Gostei muito da sua eleição para substituir o representante do Cristo na Terra, e mais ainda quando assumiu o nome de Francisco, que foi o mesmo que minha mãe me deu como agradecimento do santo ter salvo a minha vida e a dela durante o trabalho do parto.
Assim você se torna o Pastor da humanidade, autoridade máxima, mais próxima de nós, almas materializadas, para cumprir a vontade de Deus e nos ensinar como fazer.
Escrevo na condição de uma das suas ovelhas, ávida por aprender e temerosa para não me perder.
Já ouvi as lições do Cristo e entendi que devo fazer a vontade do Pai, da forma que Ele coloca em minha consciência, pois é lá que se encontra a Sua lei.
Por causa disso, divino Pastor, assumi atitudes individuais e coletivas de forma temerosa. Assumi o Amor Incondicional em meus diversos relacionamentos, principalmente os íntimos. Assim, transformei a exclusividade do amor romântico na inclusividade do Amor universal, quebrei a milenar e tradicional família nuclear para a utópica família ampliar que busca a construção da família universal e criar assim o Reino de Deus. Assumi também ações coletivas, tanto no âmbito familiar ampliado quanto no comunitário, ações que exigem um esforço maior da minha parte, e que talvez estejam acima de minhas forças, da persistência e da insistência.
Chega muitas vezes na consciência o medo de ter adotado um caminho errado, de que não estou fazendo a vontade do Pai, e sim, estou indo em busca dos meus prazeres corporais. Este é o motivo dessa missiva, fazer esse apelo ao bom senso do meu Bom Pastor, para que ele me leve ao redil de onde eu talvez tenha me afastado.
Mas, se por acaso o caminho que trilho é coerente com a Lei do Amor, que estou indo em direção ao Pai, que estou dentro do redil, que Ele me abençoe, que reze ao Pai para me dar forças e sabedoria para continuar na trilha.
Não irei endereçar esta carta ao Vaticano, pois não tenho certeza se ela será considerada, se não será vista apenas como um sonho imaginário, de alguém que não tem o senso do ridículo.
Por isso deixarei esta carta apenas na rede, na net, como uma forma de balido como tantos que são dispostos ao vento. Com certeza o Bom Pastor irá ouvir o balido das ovelhas mais necessitadas de orientação para o retorno ao redil. Certamente ele irá me ouvir e atender com prioridade se perceber que eu estou perdido.
São João Batista era filho de Zacarias e de Izabel. Chamava-se Batista pelo fato de ser um batizador. João cujo nome quer dizer “Deus é propício”, nasceu em idade avançada dos seus pais. Parente de Jesus, foi o precursor do Messias. De si mesmo deu este testemunho: “Eu sou a voz do que clama no deserto; endireitai os caminhos do Senhor...”. São Lucas, no primeiro capítulo do seu Evangelho, narra a concepção, o nascimento e a pregação de João Batista, marcando assim o advento do Reino de Deus no meio dos homens.
O início da missão do Cristo entre nós pode ser considerada a realização desde Reino de Deus, confirmando a pregação do Batista. Isso porque, Jesus ensinava que o Reino de Deus iria ser instalado a partir do coração de cada pessoa, cheio de Amor, capaz de se derramar ao redor nos diversos relacionamentos, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Como Ele demonstrava ter essas características, então o mundo observou entre os humanos um cidadão do Reino de Deus na figura de Jesus.
Cada um de nós pode também se transformar em cidadão do Reino de Deus, basta se esforçar para fazer essa reforma íntima: encher o coração de Amor, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Portanto, o Reino de Deus pode ser difícil ou quase impossível de ser alcançado a curto prazo, mas cada pessoa pode alcançar essa situação individualmente. Passa a viver dentro de um paradoxo, está dentro de uma cultura materialista, cumprindo as leis humanas, temporais, mutáveis, mas obedecendo com prioridade a Lei de Deus, eterna e imutável.
O próprio Batista, precursor do Messias e anunciador do Reino de Deus, parecia não ter as mesmas características do Mestre, por se mostrar tão ríspido nos seus relacionamentos, parecia não ser um cidadão do Reino de Deus, capaz de amar ao próximo com a si mesmo, sem julgar ou condenar ninguém.
A vinda de João Batista, com seu propósito claro de anunciar a vinda do Messias, para assim mostrar a instalação do Reino de Deus, parece obedecer um roteiro espiritual bem delineado, onde várias personalidades dele fizeram parte, desde há muito tempo, com a vinda dos profetas, principalmente Elias, que sempre anunciavam a vinda de um redentor.
Então, estamos aqui, 2000 anos após essa vinda do Salvador precedida por seu anunciador. Um Evangelho foi escolhido (4) para nortear o comportamento humano, mesmo assim o homem continua mergulhado nas trevas da ignorância. Sabemos o que fazer para alcançar a condição de cidadão do Reino de Deus, mas como parece que é distante, a teoria da prática!
Após ter participado de uma entrevista na TV Metropolitana, em Natal-RN, para falar sobre a auto-hemoterapia (AHT), fiquei a racionalizar fazendo um paralelo com a minha área de atuação, a psiquiatria.
Atualmente no Brasil está proibida a técnica da AHT pelas agências reguladoras, com o argumento de que não existem evidências científicas de sua eficácia, esquecendo as inúmeras vozes que se levantam para dizer dos benefícios. Também não considera a explicação do mecanismo incontestável pelo qual isso acontece: o aumento do número de macrófagos nos tecidos biológicos.
Na área da psiquiatria também existe um procedimento que é realizado com muita semelhança no desconhecimento do seu mecanismo de ação: o que realmente acontece para a eletroconvulsoterapia (ECT) promover a melhora? Parece ser o mesmo caso da AHT: o que realmente acontece para a AHT promover a melhora? Mesmo assim a ECT tem indicação e uso bem estabelecidos para Risco de suicídio, Episódios depressivos resistentes, graves, com sintomas psicóticos, em idosos, Episódios maníacos em gestantes, graves, com sintomas psicóticos, Depressão na Doença de Parkinson, e Síndrome Neuroléptica Maligna.
Sabemos que quando aplicamos a ECT ocorre uma liberação generalizada de neurotransmissores que descarregam os sinais em todos os terminais dos neurônios e que isso implica na despolarização das membranas musculares causando a convulsão. Como esse procedimento usa a energia elétrica, seguida da despolarização que provoca a convulsão muscular, e leva à melhora clínica do padecimento mental do paciente, justifica chamar o procedimento de eletro-convulso-terapia (ECT). A observação empírica mostra que, quando todos os demais recursos terapêuticos falham em recuperar a condição clínica do paciente, a ECT é capaz de provocar a melhora na maioria dos casos, retirando muitas vezes o paciente de uma morte prognosticada. No entanto, o mecanismo de ação exato da ECT ainda não é conhecido e apenas se acredita na resposta bioquímica do cérebro dentro de três teorias: 1) a teoria do neurotransmissor na qual a ECT estimula a neurotransmissão adrenérgica, serotoninérgica e dopaminérgica; 2) a teoria neuroendócrina onde os hormônios pituitários e hipotalâmicos são liberados; e 3) e a teoria anticonvulsivante sobre o cérebro devido ao aumento do limiar convulsivo ao longo do curso do tratamento. Todas essas teorias sugerem um efeito antidepressivo.
Por outro lado, sabemos que quando aplicamos a auto-hemoterapia, tiramos sangue direto da veia, 5 a 20ml e aplicamos de imediato no tecido extra vascular do músculo. Nessa intervenção ocorre uma reação de rejeição do músculo, estimulando o Sistema Retículo Endotelial na medula óssea para a produção de mais monócitos na circulação e que vão colonizar os tecidos orgânicos, daí recebendo o nome de macrófagos com um aumento cerca de 400% no número, que se eleva de 5% e pode chegar até a 22%. São os macrófagos grandes glóbulos brancos que ingerem bactérias, vírus, proteínas, hidratos de carbono, células cancerosas e toxinas que podem atuar como antígenos. Assim, os macrófagos tem a importante função de remoção de detritos celulares necróticos presentes nas inflamações crônicas e digerir, cada um deles, mais de 100 bactérias antes de finalmente morrerem devido aos seus próprios compostos digestivos. Finalmente, é uma ação de limpeza do organismo, os lixeiros orgânicos, e concomitantemente, de fazer resistência aos invasores microbianos ou viróticos, os policiais orgânicos. Em função disso surge uma grande lista de indicações da técnica, que o senso comum logo aprova e que são comprovados na prática.
No entanto, a técnica é condenada oficialmente no Brasil pelas agências reguladoras com alegação de “possíveis riscos à saúde dos pacientes”, sem indicar a fisiopatologia científica desses riscos. Diz que a Técnica oferece riscos (não comprovados cientificamente) e que não existem pesquisas comprovando a sua eficácia e por isso os médicos são proibidos de praticá-la.
Dentro dessa perspectiva entra aqui a seguinte racionalização. Desde que a ECT é tão parecida com a AHT em sua essência prática (terapia biológica), filosófica (desencadeador de um fator protetivo genérico) e curativa (observação de efeito terapêutico genérico), como será que as agências reguladoras iriam perceber a incoerência de permitir uma e proibir outra? Será que o uso da denominação injetomacroterapia (IMT), significando que a injeção do próprio sangue, seguido de elevação de macrófagos, é o meu objetivo terapêutico, da mesma forma que a aplicação de uma descarga elétrica, seguida de alterações na fisioquímica neuronal, é o meu objetivo terapêutico na ECT?
São essas considerações movidas pela lógica e coerência que pode antecipar a verdade de como esses dois procedimentos atuam dentro de uma provável certeza fisiopatológica e que a ciência ainda não chegou a encontrar em ambos os casos.
Enquanto isso os médicos que prestam o juramento de Hipócrates (exercer a arte da medicina com consciência e dignidade, com a saúde do doente sendo a primeira preocupação, não permitindo que considerações de religião, nacionalidade, raça, partido político ou posição social se interponham entre o meu dever e o meu doente) após a sua formatura estão obrigados moralmente a seguir essa FÓRMULA DE GENEBRA e adotada pela Associação Médica Mundial em 1983, mesmo que isso implique em ficar marginalizado frente às agências de fiscalização brasileiras.
Enquanto isso os pacientes que se sintam esclarecidos e prejudicados devem procurar os seus médicos, falar sobre a possibilidade do procedimento da AHT/IMT ajudar na resolução de sua patologia e ver se é conveniente aplicar a Declaração de Helsinque, aprovada pela Associação Médica Mundial (WMA) em 1964, no item 37 que trata das Intervenções não comprovadas na prática clínica: “No tratamento de um determinado paciente, onde intervenções comprovadas não existem ou outras intervenções conhecidas se mostrarem inefetivas, o médico, depois de buscar conselho especializado, com consentimento informado do paciente ou de representante legalmente autorizado, pode usar uma intervenção não comprovada se em seu julgamento ela oferece esperança de salvar a vida, restabelecer a saúde ou aliviar o sofrimento. Esta intervenção deve, em seguida, tornar-se objeto de pesquisa desenhada para avaliar sua segurança e eficácia. Em todos os casos, a nova informação deve ser registrada e, quando apropriado, tornada disponível publicamente.” (Tradução do Dr. Miguel Roberto Jorge, Diretor de Relações Internacionais da Associação Médica Brasileira e Professor Associado de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina).”
Acredito que esses dois procedimentos consigam atenuar os prejuízos que a população brasileira reclama, por não ter ao seu dispor oficialmente uma prática tão salutar e econômica, e aos colegas médicos a dignidade de cumprir o Juramento de Hipócrates que selou a sua vocação na Arte da Medicina.