Continuação da entrevista com o economista John Perkins.
E assim criamos um império mundial, mas isso foi feito muito sutilmente, clandestinamente. Todos os impérios do passado foram criados militarmente, e todos os povos sabiam que ele estava sendo criado. Os britânicos, os franceses, alemães, romanos, gregos, eles tinham orgulho disso e sempre havia alguma desculpa, como levar a civilização ou uma religião. Mas todos sabiam que isso estava acontecendo! Nós não! A maioria do povo americano não faz ideia de que vive às custas de um império clandestino, que hoje em dia há mais escravidão no mundo do que em qualquer outra época. Então, nos perguntamos: se isso é um império, quem é o imperador? Obviamente, não são os presidentes dos EUA. Um imperador não é eleito, não tem tempo de mandato e não dá satisfações a ninguém. Não podemos classificar os presidentes assim, mas temos o que considero um equivalente, que é o que chamo corporatocracia, de indivíduos que gerenciam as grandes empresas, e eles realmente agem como os imperadores, desse império. Eles controlam a mídia direta ou indiretamente através da publicidade, controlam a maioria dos políticos pelo financiamento de suas campanhas, tanto através das corporações quanto por doações pessoais. As corporações não são eleitas, não cumprem um tempo de mandato ou dão satisfações, e no topo da corporatocracia, você não consegue saber se os líderes trabalham para as corporações ou para o governo, pois eles sempre estão trocando de posição. Você tem alguém que uma hora é presidente de uma grande construtora, como a Halliburton, e em seguida ele é o vice-presidente dos EUA, ou é um presidente que vem do ramo petroleiro. Isso vale para republicanos e democratas, pois ambos têm líderes indo e vindo entre as áreas. De certa forma nosso governo é invisível a maior parte do tempo, mas suas políticas são aplicadas pelas corporações, em um nível ou outro, e novamente as políticas do governo basicamente são criadas pela corporatocracia e apresentadas pelos líderes políticos, criando uma relação muito profunda. Isso não é uma teoria da conspiração, essas pessoas não se reúnem e ficam tramando, todos trabalham a partir de uma premissa básica que é a maximização de lucros sem considerar os custos sociais e ambientais. “Maximizar lucros, independente do impacto social e ambiental”.
Identificamos assim dois pilares de condução do destino humano: a política com os discursos ideológicos mais convenientes a cada forma de pensar e de influenciar o povo; e a corporação, ente produtivo com intenção de gerar lucros de forma mais ampla possível. Em ambas as situações podemos criar impérios. Quem opera um ou outro desses dois pilares é sempre o ser humano, com toda sua carga de animalidade, egoísmo, dentro do seu psiquismo. Observamos que o homem geralmente não se encontra dentro de um ou outro, geralmente ele está em ambos, funcionando dentro da operacionalidade de ambos. Se é político oferece suas ideias aos eleitores e ao mesmo tempo recebe doações das corporações, e logo depois de eleito deve mostrar gratidão. Se administra uma corporação, percebe que para maximizar os seus lucros deve se aproximar do político e cooptá-lo com mecanismos de corrupção. Esta simbiose entre corporativista e político, sempre irá alimentar o lado egoísta do comportamento humano. Apenas quem pode se contrapor a tal desvio, seria os princípios cristãos devidamente incluídos nas propostas de governo, colocando obstáculo à aproximação corruptora das corporações. Neste sentido é que observamos com otimismo a nova administração que assumiu o poder político no Brasil, pois colocou com bem ênfase os valores cristãos dentro dos diversos setores da administração.
Continuação da entrevista com o economista John Perkins.
O Iraque é um exemplo perfeito de como esse sistema trabalha. Nós, assassinos, somos a primeira linha, vamos primeiro e tentamos corromper o governo, fazendo com que aceitem enormes empréstimos por meio dos quais nós os controlamos. Se falhamos, como falhei no Panamá com Omar Torrijos e no Equador com Jaime Roldós, que se recusaram a ser subornados, aí enviamos a segunda linha de defesa, é o envio dos “chacais”. Eles são os que derrubam governos ou assassinam líderes. Em seguida, começa um novo governo no qual ditamos a política, afinal de contas, o novo presidente sabe o que acontecerá se não obedecer. No caso do Iraque, ambas as estratégias falharam. Os assassinos econômicos não conseguiram fazer contato com Saddam Hussein. Nós tentamos fazê-lo assinar um acordo muito similar ao que temos com os sauditas na Arábia, mas ele não aceitou. Então mandamos os chacais para mata-lo, mas não conseguiram: a segurança era eficiente, e além disso ele já havia trabalhado para a CIA, ele foi contratado para assassinar o presidente anterior do Iraque, mas falhara. Portanto, ele conhecia o sistema. Então, em 1991 mandamos as tropas e vencemos o exército iraquiano. A partir disso, presumimos que Saddam Hussein mudaria de ideia. Nós poderíamos tê-lo matado naquela época, mas não queríamos perder sua liderança. Pensamos que ele poderia controlar os cordos, manter os iranianos em seu país e continuar nos abastecendo com petróleo, e já que tínhamos derrotado seu exército, ele cederia. Os assassinos econômicos voltaram nos anos 90, e falharam. Se tivesse dado certo, ele ainda estaria governando seu país. Estaríamos vendendo a ele todas as armas que quisesse, mas eles não conseguiram. Os chacais não conseguiram derrubá-lo de novo, então enviamos o exército para terminar o trabalho e dessa vez, deu certo. Nós o derrubamos e no processo se criaram contratos de construção civil muito lucrativos para reconstruir o país que tínhamos destruído, o que é um ótimo negócio se você é uma empresa do ramo de construção. Então, o Iraque ilustra as três etapas: os assassinos econômicos que falharam, os chacais que falharam por fim, o exército foi enviado.
Parece que isso é o que vemos na realidade. Talvez com o nome trocado, não é o presidente dos EUA que está tomando tal decisão baseado nos votos conquistados em sua eleição. Talvez sejam aqueles que patrocinaram sua eleição é quem tenham o poder de decisão. Mas, o que aconteceu no Brasil? O Estado pagava propinas às empreiteiras, que por sua vez financiava a campanha de quem facilitava o recebimento de propinas. Torna-se um ciclo vicioso: o povo ´paga os impostos que irão ser administrados pelos políticos corruptos; o político corrupto paga propinas às empresas; as empresas financiam a campanha dos corruptos... e o ciclo se fecha. Quem tem o poder dentro dessa rede? Deveria ser o povo, pois é com o seu dinheiro arrecadado que se forma o caixa para tudo começar. Mas quem pretende o poder é o político, que é o administrador desse dinheiro. Dessa forma, o político arrecada o dinheiro e “compra” fraudulentamente as empresas. Essas se sentem obrigadas, pois se não concordarem deixam de faturar com o trabalho honesto, tudo é direcionado para os desonestos. Quem fiscalizaria ara isso não acontecer, se todos se tornam vítimas da corrupção, e quem não aceita e denuncia termina sendo assassinado como aconteceu com o prefeito Celso Daniel?
Nesse impasse, vejo a figura do imperador, como foi D. Pedro II, uma saída para o problema. O imperador é educado dentro de uma família cujo objetivo é servir ao país, é uma missão dentro de uma vocação, imune à corrupção, pois não depende de votos para o seu reinado. Um reinado assim, voltado para os interesses do povo e vacinado contra a corrupção, é aquele que se aproxima mais do Reino de Deus.
Continuação da entrevista com o economista John Perkins.
É interessante ver como esse sistema continua o mesmo através dos anos, com a diferença de que os assassinos estão ficando cada vez melhores. Temos também o que aconteceu recentemente na Venezuela. Em 1998, Hugo Chaves foi eleito presidente, depois de uma longa sequencia de presidentes muito corruptos que haviam basicamente destruído a economia do país. Chavez foi eleito nessa época. Ele enfrentou os Estados Unidos, exigindo que o petróleo venezuelano fosse usado para ajudar o povo venezuelano. Bom, não gostamos muito disso nos EUA. Então, em 2002 foi organizado um golpe e para mim e outras pessoas, não há dúvida de que a CIA estava por trás desse golpe. O modo como esse golpe foi organizado era muito parecido com o que Kermit Roosevelt tinha feito no Irá: eles pagaram as pessoas para irem às ruas, para protestar, mostrar o governo como impopular. Se você consegue que alguns milhares façam isso, a TV pode fazer com que isso pareça acontecer no país todo, se espalhando. Porém, no caso de Chavez, ele foi inteligente, e o povo estava tão do seu lado que ele conseguiu superar o golpe. Isso foi um fenômeno na história da América Latina.
Este é um relato interessante. O início do governo de Hugo Chaves aparentava muita sintonia com o povo, trazendo os recursos naturais para beneficiar os cidadãos, se contrapondo aos interesses americanos. A narrativa se expande até 2002 quando relata a ocorrência de preparativo de um golpe, mas como o povo estava ao lado de Chavez, isso não aconteceu. Porém, chegando em 2018, observamos a deterioração da sociedade venezuelana, a televisão mostra o povo passando fome e a emigração que chega ao Brasil mostra que isso é verdade. Como então, acontece tal reviravolta dentro de uma sociedade com a mesma filosofia de governo? A ideologia inicial era positiva, o povo estava feliz... a mesma ideologia no momento atual deixa o povo infeliz e tentando fugir para outros países. O que aconteceu? Onde aconteceu a passagem do positivo para o negativo? Onde encontro uma narrativa honesta para dar essa informação? Será que foi outro golpe das corporações que desta vez deu certo? Mas as esquerdas insistem em dizer que essa administração venezuelana está correta, mas não explica o motivo de tantos disparates? Será somente informações falsas da mídia, que realmente tudo por lá está bem? Mas as imagens de gente catando lixo para sobreviver?... será que são falsas essas notícias e imagens? Mas o povo que está chegando no Brasil, que informam a situação de penúria e de risco de vida que estavam sofrendo por lá... será que é mentira? Talvez alguma coisa tenha acontecido por dentro da administração que tenha causado tudo isso, sem culpa dos administradores... será? Mas processo semelhante não estava ocorrendo no Brasil, com uma narrativa totalmente diferente do extremo grau de corrupção que corroía todos os limites do governo. Sim, temos que ficar muito atento as falsas narrativas que deixam a gente duvidar até da realidade que se passa em nossa frente.
Continuação da entrevista com o economista John Perkins.
Omar Torrijos, presidente do Panamá, era um dos meus favoritos, eu realmente o admirava. Quando eu tentava suborna-lo ou corrompe-lo, ele dizia: “Olha, John” – ele me chamava de Juanito – “Olha, Juanito, eu não preciso do dinheiro, o que eu preciso é que meu país seja tratado com justiça. Preciso que os EUA paguem as dívidas que possuem com meu país por toda a destruição que vocês causaram aqui. Preciso estar em uma posição onde eu possa ajudar outros países latino-americanos a se tornarem independentes e se libertarem desta presença terrível do Norte com a qual vocês vêm nos explorando tão terrivelmente. Preciso que o canal do Panamá esteja de volta nas mãos do povo, é disso que eu preciso”. “Me deixem em paz, parem de tentar me subornar”. Isso foi em 1981, e em maio daquele ano, Jaime foi assassinado. Omar sabia muito mais o que era isso, então juntou sua família e disse: “Provavelmente eu sou o próximo, mas tudo bem, porque eu fiz o que vim fazer, renegociei o canal, agora ele estará em nossas mãos”. Ele tinha acabado de fazer um acordo com Jimmy Carter. Em junho de 1981, apenas dois meses depois. Ele também morreu em um acidente aéreo que certamente foi realizado por chacais apoiados pela CIA. Há evidências que um dos agentes entregou ao presidente, quando ele embarcava, um pequeno gravador que continha uma bomba.
Ainda acontece de serem encontrados pessoas capazes de assumir um cargo público e não se deixar envolver pela corrupção. Certamente não existe apenas uma pessoa com essa característica de ser incorruptível, de seguir as trilhas do amor, quanto mais perto possível do amor incondicional. A dificuldade é que essas pessoas ainda não conseguiram se reunir e atuar em conjunto com ética para influenciar a sociedade, tornar-se modelo comportamental para todos. Isso as pessoas envolvidas com a corrupção fazem muito bem, se associam uns com os outros, formando rede.
Isso indica que o papel que as pessoas de bem, éticas, honestas, dentro da sociedade, é formarem também uma rede do bem para se contrapor a rede do mal, da corrupção alimentada pelo egoísmo. Talvez o modelo dos Alcoólicos Anônimos usado para combater a doença do alcoolismo, possa servir para o homem combater a doença do egoísmo, que é necessária para a sua evolução enquanto animal, mas não para evolução do espírito humano.
Quando todos nós reconhecermos a presença do egoísmo em nossas ações, mesmo que não queiramos ser egoístas, nem corruptos, então chega a necessidade de formarmos grupos por todos os agrupamentos humanos, em salinhas pequena, sem ostentação, mas preparadas para receber nossos depoimentos de ações egoístas e como conseguimos deixar as ações de corrupção, e até ser capaz de colaborar com o esforço coletivo para o bem de todos. Talvez se isso tivesse já sendo colocado em prática, o ilustre presidente do Panamá poderia ainda estar em companhia de outras pessoas .
Continuação da entrevista com o economista John Perkins.
O Equador, por muitos anos, havia sido governado por ditadores a favor dos EUA, normalmente muito violentos. Decidiu-se que haveria uma eleição realmente democrática e Jaime Roldós se candidatou declarando que sua meta, como presidente, seria garantir que os resultados do país fossem usados para ajudar o povo. E ele venceu, com folga, com uma vantagem jamais vista no Equador, e começou a implementar suas políticas para que os lucros do petróleo fossem para ajudar as pessoas. Bem, nós nos EUA não gostamos disso. Fui enviado com outros assassinos econômicos para “dar um jeito em Roldós”, para corrompe-lo, cerca-lo, para dizer a ele que “bem, você sabe, você e sua família podem ficar muito ricos se você jogar nosso jogo, mas se você continuar com essas políticas, promessas... você vai ter que sair”. Ele não quis nos ouvir. Ele foi assassinado. Assim que o avião caiu, toda a área foi cercada e as únicas pessoas autorizadas foram os militares dos EUA que vieram de uma base próxima dali, e os militares do Equador. Quando começaram uma investigação duas das testemunhas-chaves morreram em acidentes de carro antes de dar depoimento. Aconteceram muitas coisas estranhas em relação ao assassinato de Jaime Roldós. Quem investiga o caso como eu não tem dúvidas de que ele foi assassinado e, claro, na minha posição de assassino econômico, eu sempre imaginava que algo aconteceria com Jaime, fosse um golpe ou assassinato, mas ele seria tirado de cena porque ele não era corrupto, ele não se deixava corromper da forma que queríamos.
O vírus da corrupção mostra a sua força dentro do pensamento humano, e começamos a ver que ele não tem uma ideologia salutar. Onde ele se entranha causa prejuízos à coletividade, à nação, mesmo que venha com cores libertárias, democráticas. Colocarei abaixo um texto escrito por jo.ustra e publicado em 20 de outubro de 2017, que circula na internet e que pode ser acessado em https://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&view=article&id=15524:o-assassinato-de-celso-daniel-e-as-outras-misteriosas-onze-mortes&catid=47&Itemid=94.
Corrupção
O assassinato de Celso Daniel e as outras misteriosas onze mortes
Celso Daniel desapareceu em 18 de janeiro de 2002 para surgir morto – e torturado – dois dias depois. Ironia do destino, o primeiro inquérito policial foi concluído no primeiro de abril daquele ano. E tentaria vender a versão de que o prefeito de Santo André teria sido vítima de sete sequestradores trapalhões que levaram o milionário errado, arrependeram-se e resolveram o problema entregando a vítima para um menor disparar-lhe onze tiros. A família, no entanto, defende que o petista fora vítima de crime político, uma vez que possuiria um dossiê sobre um esquema corrupto envolvendo empresas de transporte e o financiamento ao Partido dos Trabalhadores.
Fato é que aquela não foi a única morte estranha envolvendo o prefeito de Santo André. Pelo menos oito pessoas ligadas ao caso morreram misteriosamente nos anos seguintes: Dionísio Aquino Severo - O sequestrador de Celso Daniel morreu três meses após o crime, segundo a versão oficial, vítima de uma “facção rival”; Sergio, o ‘Orelha’
Acobertou o sequestrador após o crime e o fuzilaram em novembro de 2002; Otávio Mercier, o investigador da Polícia Civil que havia ligado para o sequestrador na véspera do assassinato e foi morto a tiros em sua casa; Antônio Palácio de Oliveira, o garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime e mataram-no em fevereiro de 2003; Paulo Henrique Brito, testemunhou a morte do garçom e o assassinaram três semanas depois; Iran Moraes Redua, agente funerário que reconheceu o corpo de Celso Daniel jogado na estrada e chamou a polícia e foi morto em novembro de 2004; Carlos Delmonte Printes, era o legista que confirmou as torturas sofridas por Celso Daniel e apareceu morto no próprio escritório em outubro de 2005; Josimar Ferreira de Oliveira, o delegado que registrou a morte de Celso Daniel e foi assassinado em janeiro de 2015.
O prefeito de Santo André, no entanto, não foi a primeira morte estranha envolvendo prefeitos petistas. Quatro meses antes, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, fora assassinado apenas 8 meses após assumir a prefeitura de Campinas. No inquérito, mais uma vez a polícia tentou vender a versão de que o político havia sido vítima de um crime comum. O caso repercutiu bem menos pois ocorrera na noite anterior ao 11 de setembro de 2001.
Contudo, muito se especula a respeito do que ocorreu há quase duas décadas em Rio Grande da Serra, o município menos conhecido dos sete que completam o “Grande ABC”. O prefeito José Carlos de Arruda foi assassinado num roteiro muito semelhante ao ocorrido com Celso Daniel. “Carlão”, como era conhecido, foi sequestrado na noite de 30 de março de 1998 e, no primeiro de abril seguinte, surgiu torturado e morto com cinco tiros. Por muito tempo, o principal suspeito foi um empresário dono de uma empresa de transportes. Apenas em 2010 alguns culpados foram para a cadeia. Segundo o Diário do Grande ABC, “foram seis acusados de matar o ex-prefeito: dois executores, Reinaldo Dionísio Alves (o Pilica) e Zito; um intermediário, Ademir Miranda, o Brinquinho, e três mandantes, que eram vereadores do município na época do crime – Valdir Mitterstein, o Gaúcho, Ramon Velásquez e Expedito Oliveira.” Todavia, o “ex-prefeito de Rio Grande da Serra, Ramon Velásquez, teve o processo arquivado pelo Tribunal de Justiça por falta de provas“. O próprio PT nacional cuidou da defesa de Velásquez usando o mesmo Márcio Thomaz Bastos que viria a ser ministro da Justiça de Lula.
Em 2016, em mais um primeiro de abril, a Lava Jato prendeu Ronan Maria Pinto, o dono do “Diário do Grande ABC”. O empresário teria chantageado Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho ameaçando contar o que sabia sobre a morte de Celso Daniel. Suspeitava-se que teria recebido R$ 6 milhões para ficar calado. Sérgio Moro o condenou a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro.
Observamos que o vírus da corrupção, engendrado no berço do egoísmo humano está espalhado por todos os lugares do globo e por todas as épocas. Não é uma ideologia também engendrada pelo homem, portador do egoísmo e do vírus, que irá transformar a sociedade corrupta em todos os ângulos. Somente as lições do Mestre Jesus, devidamente absorvida por quem tiver interesse, limpando o coração do egoísmo desenfreado e praticando o amor incondicional é que pode trazer essa transformação social. A questão é: como trazer essa reforma íntima que deve ser operada inicialmente por cada um, para o ambiente da coletividade, da nação? Parece que nesse ponto de extrapolação do individual para o coletivo é que o homem se torna mais frágil, inclusive sob a influência do poder, e o egoísmo passa a ser mais ativo e a corrupção se manifestar, atropelando qualquer princípio de justiça e ética que encontre pela frente.