A Egrégora é uma estrutura arquetípica, desenvolvida pelo psiquiatra suíço Carl Jung (fundador da psicologia analítica), que habita no inconsciente coletivo da humanidade. É um termo originado do grego, egrêgorein, que significa velar, vigiar. Designa o antigo costume de concentrar o povo em uma assembleia com a mente voltada a determinado objetivo, muito utilizado em situações de guerra ou de importância vital.
É um costume que pode ser resgatado no atual momento político do nosso país, para sairmos das ameaças das sombras, uma verdadeira guerra espiritual contra a nossa liberdade.
A teoria da Egrégora fundamenta-se nas entidades chamadas egrégoros, que são centelhas de energia espiritual, que são manifestações das mentes das pessoas congregadas em estreita união, e na crença que elas podem influenciar o mundo físico.
Essas entidades estão presentes em todas as coletividades, nas simples associações e principalmente nas assembleias religiosas.
Jesus incentivou a formação de uma Egrégora quando disse que estaria presente quando duas ou mais pessoas estivessem reunidas em seu nome.
Todos os agrupamentos humanos geram seus egrégoros particulares, nas associações de pessoas em que as energias físicas e espirituais dos indivíduos são eliciadas para trabalhar por um resultado.
A ideia que está no centro dessa crença é a de que quando um grupo se reúne e promove sinergia, a energia que é gerada por essa comunhão de pensamentos forma uma espécie de corrente que influencia o meio em que ela atua e dá efetividade ao trabalho.
Dessa forma, egrégoros podem ser vistos como esferas de energia, emanadas dos indivíduos agrupados e ligados mentalmente por um objetivo comum. São como átomos que se agrupam e formam uma corrente de energia, que favorece os objetivos do grupo e também a cada um dos indivíduos pessoalmente. As orações comunitárias, os momentos de reflexão e concentração, tudo são estratégias usadas para eliciar a energia do grupo.
No Espiritismo esse conceito é conhecido pelo nome de formas-pensamento, ou seja, ideias projetadas pela mente humana e materializadas no mundo espiritual como entidades que sobrevivem na esfera astral e podem influenciar os objetivos para os quais são dirigidos. É assim que funciona o chamado mau-olhado e as projeções positivas ou negativas de pensamento que influem no comportamento das pessoas.
O projeto universitário Foco de Luz, através da Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio – AMA-PM, tem o objetivo de fazer a cooptação de pessoas com seus respectivos talentos, procurando aglutiná-las na forma mais nivelada possível, fundamentadas nos ensinamentos do Cristo sobre a formação do Reino de Deus a partir dos nossos próprios corações e ampliar esses valores para dentro da comunidade.
Aproveitei a introdução do livro “O Tesouro Arcano – A Maçonaria e seu Simbolismo Iniciático”, do mestre João Anatalino Rodrigues, para desenvolver este texto sobre a Enteléquia e associando ao meu próprio pensamento.
É um termo criado por Aristóteles que designa a crença do que o Criador concedeu a todos os seres da natureza. Formado pelo prefixo en (o que está dentro), télos (objetivo, realização, acabamento) e o radical do verbo ékha (trago em mim, possuo), significa a qualidade do ser que tem em si mesmo a capacidade de promover o próprio desenvolvimento.
No ser humano pode ser entendida como a forca que leva a enriquecer o espírito por meio da aquisição do conhecimento e também a promover o desenvolvimento do seu organismo em termos físicos.
É um conceito filosófico bastante complexo que nem mesmo entre os estudiosos da filosofia aristotélica encontra muito consenso.
Leibniz o utilizou para indicar as substâncias simples ou mônadas que têm suas raízes no grego “monas” que se traduz como unidade ou princípio individual. Ela representa a parte mais elevada e intocada de nossa existência, uma centelha eterna que transcende a dualidade e a multiplicidade do mundo material. É a conexão direta com o divino, o sopro que o Criador colocou no barro de nossa existência.
Na filosofia contemporânea, Enteléquia foi utilizada pelo biólogo Hans Driesch para justificar seu conceito de vitalidade presente nos seres vivos, que é o princípio da vida nos seres animados. Equivale ao fator primordial que se reduz a agentes físico-químicos como origem da atividade vital.
Enteléquia pode ser considerada como algo abstrato análogo ao nosso DNA, que na estrutura biológica dos seres humanos determina a conformação física que ele poderá adquirir em sua história de vida. No terreno espiritual seria o que chamamos de Espírito, ou seja, aquela força divina soprada pelo Criador que, internamente, movimenta a criatura em seu caminho evolutivo, desde o reino material até o animal, humano, com destinação angelical.
Enteléquia seria a própria vida em todas as formas do ser, físico ou espiritual. É a potência que o move para seu fim e o realiza como parte constitutiva do todo universal.
Em qualquer elemento da Natureza, seja mineral, vegetal ou animal, existe esse programa único, original e fundamental que o dirige e o conforma para uma finalidade predeterminada pelo Criador que rege a formação das realidades universais. É ele que faz um mineral assumir a forma e a função que lhe cabe dentro do reino a que pertence. Também informa as propriedades e as funções de cada organismo no reino vegetal ou animal. Preside da mesma forma as realizações do Espírito, conduzindo o homem à plenitude de sua arte, de sua técnica ou ciência e de suas virtudes éticas e morais.
A Enteléquia também recupera o organismo ou o psiquismo da pessoa doente, recupera seu equilíbrio natural, reconduzindo-o à saúde. É durante o trabalho cognitivo do ser humano, confrontando suas crenças com a realidade, com a verdade, que a Enteléquia se manifesta criando a dissonância cognitiva que motiva a pessoa a reformular sua maneira de pensar e de exibir seu repertório comportamental nocivo, ao seu salutar fluxo evolutivo.
Dessa forma, Enteléquia é a energia abstrata, oculta, que se manifesta em todos os seres da Natureza. É isso que procuramos na liturgia das religiões ortodoxas, nas práticas iniciáticas, nas místicas concepções filosóficas e rituais que visam penetrar no território das realidades de difícil acesso ao raciocínio lógico.
A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a segunda parte do episódio 2, “A ascensão do Terceiro Reich”.
Tive meu primeiro vislumbre de Hitler quando ele passou de carro pelo nosso hotel. O rosto dele era meio flácido, não tinha muita expressão. Eu esperava um rosto muito mais forte. Fiquei me perguntando o que havia naquelas feições comuns, que era capaz de causar tamanha histeria no público inteiro. Olhavam para ele como se fosse um messias (From The Nightmare Years, By William L. Shirer).
- Heil Hitler! Heil Hitler!
De uma coisa eu tive certeza. Todos nós no Ocidente, nossos políticos e principalmente a nossa imprensa, tínhamos subestimado Adolf Hitler e o domínio que tinha sobre aquele país e aquele povo.
JULGAMENTO DE NUREMBERG, 18 DE MARÇO DE 1946
CADA UM DOS QUATRO PAÍSES ALIADOS INDICOU PROMOTORES E UM JUIZ.
OS RÉUS NAZISTAS CONTRATARAM ADVOGADOS ALEMÃES OU AUSTRÍACOS PARA A DEFESA
OS PROCEDIMENTOS FORAM SIMULTANEAMENTE TRADUZIDOS PARA INGLES, FRANCES, ALEMÃO E RUSSO
Os relatos confirmam que a Alemanha tem uma polícia secreta.
Depois da guerra, o meu avô voltou para a Alemanha para cobrir o julgamento de Nuremberg (Deirdre Van Dyk, Granddaughter of William L. Shirer).
A grande ironia era que Shirer esteve em Nuremberg em 1934 e presenciou um comício nazista.
- “Sieg Heil!”
Onze anos depois... aqueles mesmos líderes estavam no tribunal, acusados de crimes guerra (Steve Wick, Biographer of William L. Shirer).
- Oficial, os réus estão no banco?
- Excelência, todos os réus estão presentes (oficial).
Hermann Göring era um dos réus no banco. Ele era basicamente o braço direito de Hitler.
Robert Jackson, o promotor-chefe americano no tribunal de Nuremberg, era um advogado muito prático, com uma cabeça política. Era um democrata do New Deal. Durante a audiência, ele interrogou Hermann Göring (Devin Pendas, Professor, Boston College).
- Você deve estar ciente de que é o único homem vivo que pode nos explicar o verdadeiro propósito do Partido Nazista, além das dinâmicas da liderança.
- Estou perfeitamente ciente.
- Desde o começo, você, ao lado dos seus asseclas, pretendia derrubar, e conseguiu derrubar, a República de Weimar.
- Da minha parte, essa era minha intenção resoluta.
Este era o propósito inicial dos nazistas: derrubar a República e Weimar. Mas este era o primeiro meio para ser alcançado o propósito final, alcançar o poder autoritário, dominar a nação alemã e conquistar o mundo durante mil anos. Teria sido interessante se essas perguntas tivessem sido colocadas, para ver se essa determinação nas respostas seriam mantidas.
A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a primeira parte do episódio 2, “A ascensão do Terceiro Reich”.
AGOSTO DE 1934
Agosto de 1934, William L. Shirer passou um tempo em Paris como repórter. Havia muitos acontecimentos em Paris, mas ele queria muito ir para Berlim. Ele foi contatado por um editor do Universal News Service, que queria alguém que soubesse falar alemão e pudesse trabalhar para eles em Berlim.
Ele foi embora de Paris. Ele e a esposa, Tess, pegaram o trem para Berlim.
Chegamos na Bahnhof Friedrichstrasse às dez da noite. Nossa introdução ao Terceiro Reich de Hitler foi bem típica (From Berlin Diary, By William L. Shirer).
Ele só lia a respeito dos acontecimentos na Alemanha. Sobre Hitler chegando ao poder, sobre o que ia acontecer lá. Ele tinha um mau pressentimento e achava que, para um correspondente internacional, era obrigatório estar lá.
As primeiras pessoas a nos receber na estação foram dois agentes da polícia secreta. Eu esperava conhecer a Gestapo em algum momento, mas não tão cedo.
Eles não fizeram muitas perguntas, mas alertaram. Eles estavam de olho nele, então ele devia tomar cuidado. Depois disso, ele se manteve atento.
Eu acredito que foi um alerta. O meu avô queria entender o que estava realmente acontecendo na Alemanha nazista, e teve a primeira experiência naquela estação de trem. Então, uns dez dias depois de chegar a Berlim, ele foi enviado para cobrir o comício de Nuremberg de 1934. Aquilo foi muito esclarecedor.
Então ele começou a se perguntar como aquele movimento tinha surgido e como tinha cativado o povo alemão de modo tão eficaz.
Tomar cuidado. A orientação que o repórter recebeu naquele momento, quando chegava na Alemanha para cobrir o avanço do Partido Nazista dentro do poder, é a mesma que devemos ter aqui no Brasil quando estamos expostos a administração comunista do Partido dos Trabalhadores. Ainda estamos em situação pior que os cidadãos alemães, pois lá eles colocaram o Hitler no poder, mas aqui nós já sabíamos quem era Lula, não foi nós que o colocamos no poder pela terceira vez, e sim os cumplices que eles colocaram no STF. Isso mostra um grande erro institucional, colocar pessoas sem a devida capacitação jurídica ou moral, capazes de reverter a missão de uma instituição em favor daqueles que as colocaram no cargo, pois quando chegar o momento vai acontecer o que aconteceu: a instituição não defende mais a Constituição e sim os interesses de quem os nomeou. Por isso devemos tomar muito mais cuidado, pois já estamos dominados, sem poder, falar, protestar ou votar, correndo o risco de ser preso, desmotivado ou assassinado, como está no currículo dessas pessoas trevosas.
A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a décima sétima parte do episódio 1, “Origem do mal”.
Após a experiência do Putsch da Cervejaria, Hitler percebeu que seria impossível tomar o poder pela revolução. Ele decidiu que, como estratégia, seria necessário usar o próprio sistema e sabotá-lo por dentro.
Hitler percebeu que os nazistas só chegariam ao poder se tivessem a legitimidade do maior número possível de pessoas em posição de influência. Eles queriam conquistar a Alemanha através da violência e também através do voto.
Hitler sempre viveu numa espécie de delírio. Há muito pouco realismo político em Mein Kampf. Ele se encontrava no extremo do espectro político, no extremo mais insano, inclusive. Esse radicalismo, a linguagem que ele usava, não era a retórica de uma democracia parlamentar, e acho que isso deveria ter dado uma ideia do quão incontrolável ele se tornaria se tomasse o poder, e de como ele usaria.
Deve-se ter em mente que Mein Kampf não era um simples diário pessoal em que os pensamentos secretos de Hitler eram anotados.
Até 1945, mais de seis milhoes e meio de cópias tinham sido publicadas. Como quase todos que se dispuseram a ler a bíblia nazista, eu não tinha levado a sério as ambições descritas por Hitler naquele arremedo de livro. Nos anos seguintes, sempre imaginei que, se mais pessoas tivessem digerido Mein Kampf e considerado mais do que um simples delírio nazista, a História poderia ter tomado rumos diferentes (Norman Birkett, Judge, United Kingdom).
- Göring: Antes de responder à pergunta do tribunal sobre se sou culpado ou inocente...
- Você precisa se declarar culpado ou inocente, disse o juiz.
- Eu me declaro inocente dessas acusações.
Como as pessoas da era moderna podiam seguir, ou aparentar seguir, um único homem?
- Rudolf Hess: Não.
Não foi porque meia dúzia de homens maus fizeram coisas más. Foi porque meia dúzia de homens maus convenceram uma maioria de homens comuns a ajuda-los a fazer coisas más.
- Eu me declaro inocente das acusações.
- Eu me declaro inocente das acusações.
- Eu me declaro inocente.
- Inocente.
- Completamente inocente.
- Me declaro inocente.
A ascensão de Adolf Hitler cativou o povo alemão. Eles estavam preparados para segui-lo com lealdade e obediência. O que ele fez com esse poder, e como abusou dele, é o que veremos (From The Nightmare Years, By William L. Shirer).
Depois que Hitler percebeu que não havia condições para ele tomar o poder pelas forças das armas, resolveu se infiltrar nas estruturas do poder e cada vez mais coibir a liberdade do povo, inicialmente pelas falsas narrativas, a mentira, principal arma do demônio.