Chega um momento que sou convocado por Deus para falar sobre Sua lei. Há mais de 60 anos que estou usufruindo da Natureza que Ele me ofertou e que me criou dentro dela. Como eu possuo a capacidade cognitiva maior de que os seres viventes conhecidos neste planeta, enquanto espécie, desenvolvi também a inteligência suficiente para armazenar sabedoria ao longo do tempo. Acredito que não desperdicei o meu tempo tanto quanto muitas pessoas que vejo caminharem ao meu lado, como irmãos desorientados do sentido da vida e muitas vezes mergulhados em vícios que tiram sua capacidade de raciocinar.
As circunstâncias para mim se organizaram de tal forma hoje que foi preparada uma reunião onde eu pudesse colocar na forma de estudo de caso, o que aconteceu comigo ao longo da vida, das lições que adquiri, das decisões que tomei.
Em função disso desenvolvi paradigmas para uso pessoal muito diferentes daqueles que são usados pelas pessoas em geral e que constituem a cultura ocidental. Mesmo que não seja cumprida pela maioria, mas todos parecem defender essa cultura, apesar de no silêncio das intimidades tudo se passar de forma diferente, alimentando a hipocrisia que parece se tornar uma característica da sociedade.
Dentro das lições que aprendi, um foi da minha criação por um “ser” superior que se expressa na sabedoria suprema e realiza tudo na base do amor incondicional. Não sei por qual razão Ele resolveu criar os humanos com capacidade de raciocinar em profundidade e desenvolver o livre arbítrio de acordo com a consciência de cada um. Sei que existe uma trilha evolutiva com muitos desvios, mas que ao final se aproxima dEle. A construção do universo que continua a acontecer por essa engenharia divina parece nos atrair à reboque em busca de um trabalho de co-criação, que passa pelos corpos biológicos gerados pela força dos instintos e deve se espalhar também na criação dos mundos quando estivermos associados intimamente a Deus pela inteligência e sabedoria.
Essa minha argumentação filosófica está num campo completamente especulativo, sem nenhuma base científica a lhe comprovar, a não ser a intuição que pode ser estimulada pelos espíritos superiores que nos assistem constantemente.
No entanto, essa atividade que irei realizar, de apresentar ao meu grupo de estudos o pensamento que amadureci até hoje nessa reflexão e ação que venho fazendo ao longo do tempo, tem uma estrutura mais próxima da realidade, pois serve para a criação de uma sociedade mais harmônica e fraterna capaz de impulsionar com mais vigor a humanidade em direção a Deus. Sei que não tenho total certeza no caminho que estou seguindo, se é o mais reto em direção à Deus, mas sei que estou sempre mensurando todas as ações com a lei maior que Jesus nos ensinou: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Espero que eu tenha o fluxo mental bem concatenado com o que eu já reflito e pratico há tanto tempo, para que meus amigos possam analisar devidamente o meu pensamento e contribuir com sugestões, críticas e possíveis correções de erros que eu não percebi.
Espero que todos nós possamos nos debruçar sobre a lei da Natureza e verificar qual a melhor forma de colocar em prática.
A Ir. Jailda Rocha Caetité, CFA, nos adverte para a vigilância constante. ´”Hoje o Senhor nos convida à atitude de vigilância constante: vigiai, pois, porque não sabeis o dia em que chegará o Senhor. É necessário vigiar, estar com o coração voltado para Deus e não somente para as situações passageiras e terrenas. Estar com o coração livre, desapegado, pré-ocupado com as coisas que agradam ao Senhor. Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, cada dia nos concede a vida e com ela a liberdade de escolha. Ele sempre está conosco e nos convida a estarmos sempre com ele, a agirmos segundo a sua vontade. Toda a nossa vida deve ser vivida nesta atitude de vigilância constante, e na liberdade que tem as criaturas de responder ao convite que o Criador nos faz.”
Essa advertência é uma forma de tirar o foco de minha atenção do mundo material e suas exigências, para o mundo espiritual e suas diretrizes. A tendência que tenho enquanto corpo biológico é de deixar me seduzir pelas necessidades do corpo e que me presenteia com o prazer caso eu atenda a elas. Claro que muitas delas são necessárias a minha sobrevivência, mas não posso deixar que elas assumam a condição de prioridade na minha vida.
Essa questão de saber que o Senhor chegará a qualquer momento, eu entendo como o dia da falência do meu corpo físico e a minha alma ser convocada para prestar conta dos meus atos. Sei que tenho diversas tarefas a cumprir e que o tempo não para pra compensar as minhas falhas. Quanto mais o tempo passa e não consigo colocar em pratica o que Deus quer de mim, mas me torno invigilante e propenso ao fracasso.
Também Jesus falou na Parábola da figueira que o Reino de Deus está próximo, que esta geração não passará antes que tudo aconteça. É mais uma advertência, dessa vez feita pelo Mestre, de que não posso ficar acomodado com minhas faltas e deficiências à espera que uma nova encarnação me dê a oportunidade de realizar meus compromissos com o Pai.
Procuro estar com o coração livre de compromissos materiais, inclusive com o amor romântico que tende a nos deixar apegado com os interesses materiais de natureza egoísta. Devo ficar previamente ocupado com as diretrizes que o Pai colocou na minha consciência como sendo a Sua vontade e que eu aceitei como forma de ser usado como o Seu instrumento. Mesmo que a pressão do amor romântico deixe o meu tempo mais voltado para alguma pessoa, isso também serve para consolidar essa pessoa dentro da estrutura da família ampliada, protótipo da família universal que formará a base desse Reino de Deus.
A cada dia o Pai me oferece a vida e com ela a liberdade de escolha, de exercer o meu livre-arbítrio. Ele sempre está comigo e me convida a ficar sempre sintonizado com Sua vontade. É esta vigilância, a de ficar sempre atento aos caminhos que Ele quer que eu tome para fazer a sua vontade. É como se fosse um GPS colocado em minha cabeça onde Deus coloca o trajeto que eu devo fazer entre as diversas alternativas para chegar ao meu objetivo. Se por acaso ou qualquer motivo eu saio dessa rota, logo Ele colocará mais à frente um novo caminho alternativo. Caso eu ignore e continue na rota errada, mesmo assim Ele não desiste de mim e continua a me oferecer rotas alternativas até a proximidade do abismo que por ignorância estou à caminho.
Dessa forma eu procuro sempre estar vigilante, com os olhos colados ao caminho que Deus me indica, aproveitando todo sinal e lição que Ele me oferece ao longo da estrada através dos Espíritos, que como eu, se dispõem a servir como Seus instrumentos. Acredito que eu esteja na rota, não tanto vigilante como preciso estar, pois sou omisso em muitas ocasiões com relação a oração, atitude que me coloca mais próximo dEle e dos Espíritos que lhe obedecem.
Encontramos em “O Livro dos Espíritos” questão 663, o seguinte:
As preces que fazemos por nós mesmos podem mudar a natureza de nossas provas e desviar-lhes o curso?
RESPOSTA: Vossas provas estão entre as mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas, então, Deus tem sempre em conta a resignação. A prece chama para vós os bons Espíritos, que vos dão forças para suportá-las com coragem, e elas vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece não é jamais inútil, quando ela é bem feita, porque fortalece, e é já um grande resultado. Ajuda-te e o céu de ajudará, sabes isso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da Natureza ao capricho de cada um, porque aquilo que é um grande mal sob o vosso ponto de vista mesquinho e a vossa vida efêmera, é, frequentemente, um grande bem na ordem geral do Universo. Depois, quantos males não há de que o homem é o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punido pelo que pecou. Entretanto, os pedidos justos são mais frequentemente atendidos, como não pensais. Credes que Deus não vos tem escutado por que Ele não fez um milagre por vós, enquanto Ele vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Frequentemente, ou o mais frequentemente mesmo, Ele vos suscita o pensamento necessário para vos tirar da confusão.
Compreendo que a missão de fazer esse trabalho de construção do Reino de Deus assim como o tenho na consciência, foi pedido por mim antes da encarnação para servir como uma prova à minha evolução e a evolução do próximo, principalmente as companheiras que convivem mais próximas de mim. Estou resignado com as conseqüências advindas da minha forma de comportamento e tenho falhado em usar o recurso da prece, a ferramenta mais importante, para eu conseguir auxílio frente as minhas fragilidades. Um exemplo disso, é que fiz a prece de hoje somente depois de ver o título deste texto e verificar minha omissão. A prece é o pedido de ajuda que abrirá a porta do céu para meu socorro.
Tenho que ter cuidado também para não confundir o essencial do meu projeto com o fundamental para atingi-lo, pois isso será veiculado na prece. O essencial é aquilo que não pode não ser, o Amor Incondicional, pois dá sentido a vida e se expressa na amorosidade, amizade, fraternidade, solidariedade, sexualidade, religiosidade, lealdade, vitalidade, etc.; por outro lado o fundamental é aquilo que no ajuda a chegar ao essencial: trabalho, ciência, técnica, ferramentas, bens materiais, dinheiro, etc. Dinheiro não é essencial, é fundamental. Sem ele as dificuldades são imensas, mas ele por si nada representa na essencialidade. Carreira é fundamental, mas de nada adianta se obscurece o essencial. Por isso, temos de nos alertar: estamos dando muita atenção ao urgente e deixando de lado o importante, e o importante é o essencial (o amável) em vez do fundamental (o usável), conforme Mário Sérgio Cortella, autor de “Qual é a tua obra?”, Ed. Vozes.
Reconheço Jesus Cristo, Jesus de Nazaré, como o meu comandante na batalha que se desenvolve entre o bem e o mal na face da Terra. Todos aqueles que reconhecem sua autoridade moral e o segue, são considerados cristãos. Isso tem um alto significado para nós, humanos, pois desde a sua vinda entre nós, do trabalho que realizou, influenciou tanto o nosso pensamento e forma de agir que até chegamos a organizar o calendário de acordo com sua vida, antes e depois de Cristo (aC, dC). Portanto, é importante saber o significado da palavra Cristo, para entender melhor a condição de cristão.
A palavra “Cristo” é uma adaptação para o Português da palavra grega Christos, que significa ungido. Cristo é sinônimo de Messias, pois a palavra Messias é uma adaptação para o Português da palavra hebraica Mashiach, que significa ungido.
Ungir significa derramar óleo sobre, ou passar óleo em alguém para exercer alguma função. O sacerdote é chamado Mashiach, pois ele foi ungido para exercer a função de sacerdote. O rei de Israel também é chamado de Mashiach para exercer a função de rei. Quando foi feita a tradução do Antigo Testamento para o grego, onde aparecia a palavra Mashiach era traduzida para Christos.
No Salmo 2 a palavra Mashiach é usada para designar aquele que será o Rei de Israel, e Rei dos Reis de todas as nações, eternamente, no Reino de Deus.
As palavras Mashiach, Messias, Cristo e Ungido, podem ser consideradas como sinônimos.
Existe outra interpretação dada pelo Gideões de que o verdadeiro significado do título Cristo vem da etimologia da palavra que quer dizer: esfregado, esmagado, derrotado, perdedor, fracassado. Na realidade foi uma forma dos gregos denegrir, menosprezar, zombar dos crentes do Mashiach Yahushuah no início.
Assim, Cristo nunca foi e nem pode ser um título propriamente dito ao Príncipe e Salvador Yahushuah, o Rei dos Yahudims (judeus). Em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos. Da mesma forma que algumas pessoas hoje caçoam, zombam dizendo: “lá vai os bíblias”.
Cristãos quer dizer escravo do derrotado, do fracassado que se dizia Messias. Esta palavra cristão foi inventada pelo inimigo do Salvador, foi a forma mais cruel de debochar do Principe e Salvador Yahushuah que Satanás usou chamá-lo de Cristo! Para ele foi um prato cheio para sujar o sacrifício salvítico do Príncipe e Salvador Yahushuah, chamá-lo de Cristo ou o fracassado; porque vitorioso seria somente um: Hashatan que o venceu com a morte.
Prefiro ficar com a conceituação do Cristo Cósmico de fundamentação gnóstica. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Essa é uma questão primordial para entendermos as divergências existentes nos primeiros séculos do cristianismo. Pois enquanto a Ortodoxia se preocupavam em fazer com que todos aceitassem (por bem ou por mal) que Jesus era o único salvador, e que só bastaria crer nisso para estar salvo. Os Gnósticos encaravam a figura do Cristo de uma forma mais profunda, e se preocupavam em encontrá-lo dentro de si mesmos.
Velai para que ninguém vos engane dizendo: Olhe ele (o cristo) ali . Ei-lo aqui. Ei-lo lá. Porque é em vosso interior que está o Filho do Homem; ide a Ele..!” (Evangelho apócrifo de Maria Madalena).
No Evangelho de Tomé e no Apocalipse de Pedro da Biblioteca Nag Hammadi (assim como em muitos outros evangelhos apócrifos) se faz claramente a distinção entre, ”o Cristo Vivo” e “Cristo Morto”. Nos mostrando qual seria a diferença entre aqueles que simplesmente “adoravam a uma homem, e os que realmente teriam compreendido sua mensagem”.
Hoje podemos entender que a historia de Jesus, que nos conta os evangelhos, é um mito universal, que nos fala dos grandes mistérios do Cristo Cósmico:
O Cristo Cósmico “nasce sempre no mundo e é crucificado para que todos os seres tenham vida e a tenham em abundância”. O Menino Sol nasce em 24 de Dezembro já para o amanhecer do dia 25 e se crucifica nos equinócios da primavera para dar vida a tudo que existe. A Lei do Logos é o sacrifício. Este é o Drama Cósmico, que se repete de momento a momento nos mostrando o sacrifício e o drama da própria vida.
Este mito era representado em forma de teatro nos templos do Egito, da Grécia, da Índia, do México, etc. Este Drama Cósmico é representado em todos os templos de todos os mundos do espaço infinito.
Antes de tudo, é necessário compreender a fundo o que é realmente o Cristo Cósmico. As pessoas estão acostumadas a pensar em Cristo como um personagem histórico que existiu há uns 2 mil anos. Tal conceito resulta equivocado porque o Cristo não é do tempo. O Cristo é atemporal. “desenvolve-se de instante em instante, de momento em momento. Ele em si mesmo é o Fogo Sagrado, o Fogo Cósmico Universal”, ele representa a própria Vida, a Consciência que existe em cada ser vivo, em cada planta, animal, célula, átomo e etc! Está escrito que Deus é um fogo devorador. O Fogo é o Cristo, o Cristo Cósmico!
Os Gnósticos acreditam que essa força, também existe dentro de nós! O nosso Cristo intimo. “Jesus diz: Aquele que beber de minha boca se tornará como eu, e eu próprio me tornarei ele, e as coisas ocultas se revelarão a ele” Evangelho de Tomé.
O que é necessário é encarnar essa força Cósmica, torná-la carne em nós. Obviamente, para isso precisamos nos auto-conhecer, se é que queremos um dia compreender essa força, precisamos nos auto-observar, ver a nós mesmos, no mais profundo de nosso Ser, o nosso Cristo intimo. Somente por este caminho é possível chegar um dia à desintegração de nossos defeitos psicológicos, o dito Ego, e despertar nossa consciência. Enquanto não o tivermos feito, este trabalho psicológico de Auto-conhecimento e Auto-domínio estaremos mortos para as coisas do espírito.
“Quando vos chegueis a conhecer a vós próprios, então sereis conhecidos e sabereis que vós sois os filhos do Pai vivente. Mas se vós não vos conhecerdes, então ficareis na pobreza e sereis a pobreza” Evangelho de Tomé.
Obviamente, todo o Drama Cósmico, tal como está escrito nos evangelhos, deverá ser vivido dentro de nós mesmos aqui e agora. Isso não é algo meramente histórico, é algo para se viver internamento.
Assim, o Cristo, Nosso Senhor, o Espírito do Fogo, desce. Ele quer entrar em cada um para transformá-lo, para salvá-lo, para aniquilar a “imperfeição” que carrega em seu interior, para fazer dele algo diferente, para converte-lo em Deus.
Temos que compreender a profunda mensagem simbólica e os grandes ensinamentos contidos no grande mito do Cristo Jesus.
“Inutilmente terá nascido o Cristo em Belém se não nascer em nosso coração também. Inutilmente terá sido crucificado, morto e ressuscitado na Terra Santa se não nascer, morrer e ressuscitar também em nos.” Samael Aun Weor
O sexo é uma energia potente que envolve nossa vida a partir do corpo físico na qual se manifesta sob a orquestra dos hormônios. É um dos dois principais instintos que possuímos: preservação da própria vida (fome); e preservação da espécie (sexo). Esta então é a finalidade última do sexo: a reprodução dos seres biológicos e assim a garantia da manutenção da vida no campo material.
Estamos acostumados a controlar a força do instinto sexual com a instituição do casamento que leva a formação da família nuclear e o impedimento de sexo com qualquer outra pessoa a não ser a esposa/marido. Esse acordo tácito aceito pelos nubentes e referendado por nossa cultura ocidental é frequentemente rompido, geralmente pelo lado masculino. No entanto, as famílias persistem, sabendo ou não do ocorrido, com forte tendência à hipocrisia, querendo passar aos outros que o compromisso inicial de fidelidade à exclusividade ainda existe, e que todos devem se comportar como tal.
Além desse grande pecado que é a hipocrisia gerada dentro das famílias nucleares, existe a fermentação do egoísmo que tudo quer para si e os parentes, de preferência consangüíneos no grau mais próximo, que é a fonte de todos os males sobre o planeta, a partir da doença moral sobre a humanidade.
Então, já que esse é um padrão que se generaliza sobre a humanidade, mesmo que em certas culturas a formação de famílias nucleares obedeçam a formatos diferentes, vamos sempre observar a geração do egoísmo em suas bases. As lições do Amor Incondicional como pré-requisito na formação do Reino de Deus, como foi ensinado por Jesus, esbarra nessa estrutura familiar, que forma a base da sociedade atual. Por mais que ensinemos o Amor Incondicional nos livros de ética ou de religião, sempre observamos o egoísmo latente, implícito ou explicito dentro das famílias. Os atos de solidariedade que observamos em muitas pessoas a favor dos humildes e miseráveis, são apenas atos de caridade emergencial para a preservação da vida e tentar o resgate da dignidade humana. Os próprios membros das famílias são os protagonistas dessa solidariedade, mas sempre mantendo dentro da sua família nuclear o comportamento egoísta de querer sempre o melhor para si e os “seus”, mesmo que isso prejudique o interesse da muitos.
Foi observando esses aspectos do sexo e da família e não querendo cair no campo da hipocrisia, que eu passei a estudar com mais atenção essa força instintiva e a cultura social que tenta controlá-la. Eu já estava dentro dela, era casado e vivia tranqüilo com minha família nuclear. Porém a força instintiva do sexo me estimulava para outros relacionamentos e como eu já estudava sobre o Amor, vi que eu tinha que resolver essa equação: manter a minha qualidade de vida; viver de acordo com a minha consciência, onde está a Lei de Deus; não cair na hipocrisia de fazer o sexo escondido com outra pessoa e passar a idéia para todos que continuava fiel ao meu compromisso de exclusividade; utilizar o sexo como mais uma ferramenta de expressão do Amor Incondicional.
Com esse propósito passei a estudar em diversos livros, técnicos e espirituais, como resolver essa questão. Entre todos, onde encontrei mais respostas para minhas dúvidas, com coerência e aplicabilidade prática, foram nos livros instruídos dentro da doutrina dos Espíritos. Abaixo coloco duas citações que exemplifica bem o que estou dizendo:
“Ainda assim, mergulhado em deploráveis desvios, pergunta o homem pela educação sexual, exigindo-lhe os programas. Sim, semelhantes programas poderão ser úteis; todavia, apenas quando espalhar-se a santa noção de divindade do poder criador, porque, enquanto houver imundície no coração de quem analise ou de quem ensine, os métodos não passarão de coisas igualmente imundas.” Emmanuel (Pão Nosso – F.C.Xavier – FEB, Lição 94 – Sexo).
“Ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo.” Emmanuel (O consolador – F.C.Xavier – FEB – Perg. 184)
Essas duas citações mostram bem a tônica do estudo que eu precisava fazer, que eu deveria considerar o sexo como uma expressão divina do poder criador e fazer um esforço para a faxina do meu coração, para tirar toda a imundície armazenada, como condição para analisar, praticar e ensinar. Aprender tudo sobre o instinto sexual, de sua importância biológica na preservação da espécie, do intenso prazer que proporciona, mas que é fundamental a educação da alma para a compreensão sagrada desses impulsos biológicos e as relações e compromissos que são formados como conseqüência da prática.
Este foi o caminho que Deus apontou para mim e que aceitei de bom grado, com alegria e Amor no coração, procurando cumprir, sem me intimidar com os obstáculos dos preconceitos. Posso estar errado em muitos aspectos, mas estarei sempre pronto para corrigir qualquer erro, desde que identificado.