Irei fazer uma reprodução com o mínimo de adaptação, sobre a Gênese Espiritual, do capítulo do livro de Allan Kardec, “A Gênese”. Servirá para embasar palestra a ser realizada nos ambientes da Doutrina Espírita.
Todo efeito tem uma causa, e todo efeito inteligente há de ter uma causa inteligente. Por exemplo, o sino pode tocar pela ação do vento ou pelo toque de alguma pessoa com alguma mensagem que obedece a um pensamento, a uma intenção. Não se tem a ideia de dar pensamento a matéria do sino, e sim de uma inteligência à qual ele serve de instrumento para que ele se manifeste.
Pela mesma razão, ninguém terá a ideia de atribuir pensamento ao corpo de um homem morto. Mas quando ele está vivo, sabemos que tem pensamentos que o move. Sabemos que a energia que faz tocar o sino vem de fora, mas essa energia que faz o corpo humano funcionar, vem de dentro.
O princípio espiritual é corolário da existência de Deus, sem esse princípio, Deus não teria razão de ser, visto que n´~ao se poderia conceber a soberana inteligência a reinar, pela eternidade a fora, unicamente sobre a materna bruta, como não se poderia conceber que um monarca terreno, durante toda a sua vida, reinasse exclusivamente sobre pedras. Não se podendo admitir Deus sem os atributos essenciais da Divindade: a justiça e a bondade, inúteis seriam essas qualidades, se ele se houvesse de exercitar somente sobre a matéria.
Por outro lado, não se poderia conceber um Deus soberanamente justo e bom, a criar seres inteligentes e sensíveis, para lança-los ao nada, após alguns dias de sofrimento sem compensações, a recrear-se na contemplação dessa sucessão indefinida de seres que nascem, sem que o hajam pedido, pensam por um instante, apenas para conhecerem a dor, e se extinguem para sempre, ao cabo de efêmera existência.
Sem a sobrevivência do ser pensante, os sofrimentos da vida seriam, da parte de Deus, uma crueldade sem objetivo.
Eis por que o materialismo e o ateísmo são corolários um do outro; negando o efeito, não podem eles admitir a causa. O materialismo é, pois, consequente consigo mesmo , embora não o seja com a razão.
É inata no homem a ideia da perpetuidade do ser espiritual. Essa ideia se acha nele em estado de intuição e de aspiração. O homem compreende que somente aí está a compensação às misérias da vida. Essa a razão por que sempre houve e haverá cada vez mais espiritualistas do que materialistas e mais devotos do que ateus.
À ideia intuitiva e à força do raciocínio o Espiritismo junta a sanção dos fatos, a prova material da existência do ser espiritual, da sua sobrevivência, da sua imortalidade e da sua individualidade. Torna precisa e define o que aquela ideia tinha de vago e abstrato. Mostra o ser inteligente a atuar fora da matéria, quer depois, quer durante a vida do corpo.
São a mesma coisa o princípio espiritual e o princípio vital?
Partindo, como sempre, da observação dos fatos, diremos que, se o princípio vital fosse inseparável do princípio inteligente, haveria certa razão para que os confundíssemos. Mas, havendo, como há, seres que vivem e não pensam, quais as plantas, corpos humanos que ainda se revelam animados de vida orgânica quando já não há qualquer manifestação de pensamento, uma vez que no ser vivo se produzem movimentos vitais independentes de qualquer intervenção da vontade; que durante o sono a vida orgânica se conserva em plena atividade, enquanto que a vida intelectual por nenhum sinal se manifesta, é cabível se admita que a vida orgânica reside num princípio inerente à matéria, independente da vida material que é inerente ao Espírito. Ora, desde que a matéria tem uma vitalidade independente do Espírito e que o Espírito tem uma vitalidade independente da matéria, evidente se torna que essa dupla vitalidade repousa em dois princípios diferentes.
Terá o princípio espiritual sua fonte de origem no elemento cósmico universal? Será ele apenas uma transformação, um modo de existência desse elemento, como a luz, a eletricidade, o calor, etc.?
Se assim fosse, o princípio espiritual sofreria as vicissitudes da matéria; extinguir-se-ia pela desagregação, como o princípio vital; momentânea seria, como a do corpo, a existência do ser inteligente que, então, ao morrer, volveria ao nada, ou, o que daria na mesma, ao todo universal. Seria, numa palavra, a sanção das doutrinas materialistas.
As propriedades sui generis que se reconhecem ao princípio espiritual provam que ele tem existência própria, pois que, se sua origem estivesse na matéria, aquelas propriedades lhe faltariam. Desde que a inteligência e o pensamento não podem ser atributos da matéria, chega-se, remontando dos efeitos à causa, à conclusão de que o elemento material e o elemento espiritual são os dois princípios constitutivos do Universo. Individualizado, o elemento espiritual constitui os seres chamados Espíritos, como, individualizado, o elemento material constitui os diferentes corpos da Natureza, orgânicos e inorgânicos.
Admitido o ser espiritual e não podendo ele proceder da matéria, qual a sua origem, seu ponto de partida?
Aqui, falecem absolutamente os meios de investigação, como para tudo que diz respeito à origem das coisas. O homem apenas pode comprovar o que existe; acerca de tudo o mais, apenas lhe é dado formular hipóteses e, quer porque esse conhecimento esteja fora do alcance da sua inteligência atual, quer porque lhe seja inútil ou prejudicial presentemente, Deus não lho outorga, nem mesmo pela revelação.
O que Deus permite que seus mensageiros lhe digam e o que, aliás, o próprio homem pode deduzir do princípio da soberana justiça, atributo essencial da Divindade, é que todos procedem do mesmo ponto de partida; que todos são criados simples e ignorantes, com igual aptidão para progredir pelas suas atividades individuais; que todos atingirão o grau máximo da perfeição com seus esforços pessoais; que todos, sendo filhos do mesmo Pai, são objeto de igual solicitude; que nenhum há mais favorecido ou melhor dotado do que os outros, nem dispensado do trabalho imposto aos demais para atingirem a meta.
Ao mesmo tempo que criou, desde toda a eternidade, mundos materiais, Deus há criado, desde toda a eternidade, seres espirituais. Se assim não fora, os mundos materiais careceriam de finalidade. Mais fácil seria conceberem-se os seres espirituais sem os mundos materiais, do que estes últimos sem aqueles. Os mundos materiais é que teriam de fornecer aos seres espirituais elementos de atividade para o desenvolvimento de suas inteligências.
Progredir é condição normal dos seres espirituais e a perfeição relativa o fim que lhes cumpre alcançar. Ora, havendo Deus criado desde toda a eternidade, e criando incessantemente, também desde toda a eternidade tem havido seres que atingiram o ponto culminante da escala.
Antes que existisse a Terra, mundos sem conta haviam sucedido a mundos e, quando a Terra saiu do caos dos elementos, o espaço estava povoado de seres espirituais em todos os graus de adiantamento, desde os que surgiam para a vida até os que, desde toda a eternidade, haviam tomado lugar entre os puros Espíritos, vulgarmente chamados anjos.
Percebemos que este texto mostra um grande esforço cognitivo para colocar de forma lógica a gênese espiritual e material, sendo o primeiro hierarquicamente superior e necessita do segundo para evoluir nos aspectos morais e angelicais.
Necessito colocar no próximo texto o capítulo seguinte que irá tratar da união do princípio espiritual à matéria.
Mais uma vez me deparo com um caso no consultório que evoca toda a minha jornada com relação às mulheres, o antiquíssimo caso homem-mulher, o duelo de gêneros que se desenvolve desde o tempo das cavernas e que a Bíblia, entre outros códigos de conduta, tentaram disciplinar para evitar tantos disparates no prejuízo do mais fraco na relação, que sempre é a mulher e os filhos, desde a caricatural conquista da mulher das cavernas através de um tacape e o arrastar pelos cabelos.
Irei resgatar uma passagem bíblica (Ef 5: 22-24) para refletir sobre os conflitos que sempre chegam no consultório e sofro deles na pele:
“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”.
Parece uma determinação muito forte contra as mulheres. Principalmente quando diz que “as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. Mas, vamos imaginar que no tempo que essa regra foi escrita os princípios civilizatórios ainda estavam muito atrasados nos aspectos éticos. Como não havia nenhuma disciplina para regular a relação homem-mulher, essa poderia ser útil, se aplicada com honestidade. Essa honestidade implica no uso da verdade em qualquer circunstância.
Vamos imaginar que essa foi a única regra escrita para disciplinar a relação conjugal entre homem e mulher. Para que a verdade fosse aplicada, todas as intenções e motivações do homem deveria ser bem explicado para a mulher, para que ela pudesse decidir se queria ou podia ser sujeita a tudo que este seu homem determinasse. Se tudo ocorresse da forma que foi explicado, então a mulher que decidira suportar tudo isso que foi dito, não teria motivos para reclamações. Caso esse homem fizesse alguma coisa que ferisse emocionalmente a sua companheira, e que não explicitado que isso poderia acontecer, então ela teria o direito de reclamar e de não se sujeitar aquilo que não estava em seu “contrato de convivência”.
Esta é a reclamação mais frequente que encontro no consultório. O homem tem um comportamento que não era o esperado, a mulher se ressente emocionalmente e não quer se sujeitar a isso. Tem razão!
Mesmo estando fortemente ligada emocionalmente ao seu companheiro, ela pensa em romper a relação. O homem se ressente dessa resposta emocional da companheira, não era isso que ele esperava dela. Esperava que ela fosse compreensiva, que aceitasse o comportamento inadequado para ela, contanto que ele considere adequado.
Portanto, caso a verdade fosse aplicada a cada momento, essa lei poderia ainda ser útil dentro da relação. Mesmo quando o homem percebesse que estava desenvolvendo um sentimento ou motivação que ele não deixou transparente e que é tão forte que pode prejudicar a sua qualidade de vida se não fosse praticada. Então, seria necessário chamar a esposa e deixa-la ciente dessa possibilidade. O homem evita colocar a verdade e praticar escondido que sente desejos, até o ponto máximo de desenvolver uma paixão por outra pessoa, alterando drasticamente o seu comportamento. Quando a mulher descobre essa nova relação em detrimento dos seus interesses e que fora enganada, pois isso não estava no contrato conjugal, então a separação dos dois por iniciativa da mulher torna-se uma realidade.
Sim, orientei a mulher, minha paciente, que não tomasse a decisão definitiva da separação tendo como base a situação de febre emocional na qual se debate o seu esposo e que tanto sofrimento leva à ela. Percebi que o sofrimento tem o sentimento de amor e companheirismo que ela nutre por ele, dei um pouco da minha história pessoal como aval de um comportamento que eu já vivenciei, e que o seu marido está passando por uma fase emocional muito parecida.
Prescrevi medicamentos para atenuar a ansiedade e depressão associadas aos sentimentos reativos e encaminhei também para a psicoterapia, com esperança que uma visão feminina do caso possa lhe trazer mais ajuda da que consegui dar.
Espero vê-la dentro de 30 dias com o emocional mais fortalecido e com mais clareza de decisão, se vai ou não se separar definitivamente, se vai assumir a tolerância de um comportamento que não fora explicado para ela da sua existência.
No “O Livro de Urântia” tem um parágrafo que diz o seguinte:
“Pelo fato de a Terceira Pessoa (Espírito Santo) ser a fonte da mente, não presumais considerar que todos os fenômenos da mente sejam divinos. O intelecto humano tem a sua raiz na origem material das raças animais. A inteligência do Universo não é uma verdadeira revelação de Deus, que é mente; não mais do que a natureza física é uma verdadeira da beleza e harmonia do paraíso. A percepção está na Natureza, mas a Natureza não é perfeita. O Criador Conjunto é a fonte da mente, mas a mente não é o Criador Conjunto.”
Fica difícil adaptar essa informação ao conhecimento que eu possuo. Entendo que a inteligência é um atributo da matéria organizada em forma de vida, mas desde que possua o princípio espiritual, pois ele está presente desde a formação da matéria, no simples átomo.
Como é dito que a fonte da mente (a fonte do Espírito) é o Espírito Santo, entendo que seja apenas um detalhamento, pois termina sendo como eu penso, “Deus cria os espíritos simples e ignorantes, a partir da centelha divina colocada em cada átomo material que se forma. Dessa maneira, o conjunto das centelhas divinas que forma o individualismo do Espírito, que ainda dorme na matéria, certamente irá promover muitos erros em suas ações, por causa da sua ignorância inicial. Não pode produzir todos os fenômenos divinos.
Entendendo que a reunião das diversas centelhas divinas irá formar o princípio Espiritual capaz de desenvolver a maquete do intelecto, e como está instalado no seio da matéria, se torna pertinente a informação de que “o intelecto humano tem a sua raiz na origem material das raças animais.”
A recente descoberta da mecânica quântica, mostrando que a nível atômico a realidade se mostra muito diferente do que preconizava Isaac Newton, abre espaço para a melhor compreensão dessa centelha divina dentro da estrutura atômica, que mostra o princípio da incerteza e da simultaneidade.
Esta centelha divina cabe muito bem na dimensão atômica, o espaço aparentemente vazio e enorme, da distância dos elétrons para o núcleo. Poderia esta centelha divina está preenchendo justamente esse espaço vazio e portanto ter o comando da maior parte do átomo. Os movimentos das demais partículas e suas relações energéticas poderia ter o direcionamento dessa centelha divina, que para o átomo seria o espaço energético onde se move as partículas para formar a matéria.
Portanto, a inteligência do Universo teria sua origem a partir da energia divina que formataria os primeiros átomos, e a cada interação mais complexas dos átomos entre si formando as moléculas, e os corpos animados e inanimados, teríamos também uma maior complexidade da inteligência até chegar a alcançar os valores morais proporcionados pela maior organização das redes neurais dos seres humanos.
Senhor, mais uma vez venho até vós prestar contas de minhas ações durante o mês que passou. Sei que devo fazer isso diariamente, avaliar o certo e errado que fiz cada vez que for para o leito, até como parte da minha conversa Contigo. Mas isso não consigo ainda ter disciplina para fazer. Resta este momento a cada mês, que procuro fazer de forma disciplinada, mesmo que não caia no mesmo dia. Seria interessante que fosse feita no primeiro dia de cada mês. Até que eu procuro fazer assim, mas quando vou me lembrar como agora, já tem passado uma semana.
Essa é apenas uma das minhas inúmeras falhas de comportamento, de cumprir uma determinação das que acredito ser a mais importante, que é fazer a Tua vontade. Sei que é Tua vontade que eu tenha disciplina, que me relacione contigo de forma mais frequente, já que estás sempre à minha disposição.
Como pode um filho tão carente e necessitado não procurar um Pai tão bondoso e compassivo, disposto a atender em todas as carências? Será porque não o vejo com os olhos físicos e ainda não aprendi a vê-lo suficientemente com os olhos do coração? Será que ainda resta dúvida na minha mente sobre a existência desse Pai tão magnânimo, que preenche as lacunas de minha ignorância, que aponta os caminhos que eu devo seguir e até mostra os livros que eu deva ler para melhor me instruir? ...
Fico confuso algumas vezes... Pai... até mesmo em lhe chamar de Pai. Praticamente não tive um pai biológico para o qual eu me acostumasse de chamar de pai. Ele faleceu precocemente, longe de mim e nem ao menos seu rosto no caixão eu pude perceber. Ficou apenas a lembrança dos retratos, mas a Ti, meu Pai espiritual, nem com retratos eu posso Te contemplar...
Aprendi que posso Te contemplar na Natureza, nos bosques, no nascer e pôr do sol, nas telas do infinito formado por nuvens e jogos de luzes, e, principalmente, com o meu próximo. Às vezes eu tento fazer isso, observo na profundidade daquele que se comunica comigo, procurando no fundo da janela dos olhos dele a Tua luz, brilhando lá dentro... não sei... será que está lá e eu não vejo?
Enfim, Pai, posso ter uma boa visão aqui no mundo material, mas sou cego no mundo astral, na dimensão espiritual e principalmente na Tua visão... quero Te ver nas árvores, nos rios, nas montanhas... mas só vejo árvores, rios e montanhas...
Sou cego Pai... faz um milagre em mim... dá-me a visão que me falta para que eu possa Te contemplar em todo o Teu esplendor!
Assisti um vídeo no whatsapp onde um rapaz empolgado por estar participando de um seminário de auto motivação, socializa informações que ele acredita muito importante para o crescimento pessoal.
Creditei essa oportunidade de ter essa informação, como mais uma ação do Pai no sentido de me instruir naquelas ações que coloco minhas intenções, mas que termino por falhar em implementá-las por diversos motivos.
Anotei os principais pontos que o rapaz citou e vou coloca-los neste texto com as devidas considerações:
Foram esses os pontos colocados. Sei que não existe nada de excepcional, tudo é muito simples, mas se colocados em prática da forma que é proposta, com certeza teremos alcançado bons resultados.