Olá, Pai. Hoje quero conversar contigo, sem precisar ser um formato de oração. Simplesmente conversar, de filho para Pai... como bons amigos...
Sei que o Senhor não vai considerar falta de respeito, pois sei que a Tua essência é o Amor, a tolerância, a compreensão. Pois preciso saber algumas coisas, tirar algumas dúvidas da minha mente.
Sei que o Senhor é meu Pai, que eu Te devo respeito e obedecer a Tua vontade. Sei que eu também me tornei pai, que seguindo o Teu exemplo, os meus filhos biológicos devem seguir os mesmos passos que eu sigo em respeito a Ti. Mas tal não acontece, eu não sinto o mesmo respeito, a mesma sintonia com a minha vontade.
Sei que entre mim e o Senhor existe uma distância imensurável, mas a qualidade da relação tem um forte paralelismo. Meus filhos também foram gerados por mim, sem a minha participação eles jamais teriam existidos. Sei que eles levam o meu DNA biológico, da mesma forma que todos nós, Seus filhos, levamos conosco a Tua centelha divina em nosso gérmen espiritual.
Eu cumpro a Tua vontade, Pai, pois sei que és bem mais sábio que eu, mais poderoso, mais inteligente, mais bondoso e amoroso. Como eu poderia ir de encontro a Ti? Saber que colocas tantos caminhos ao meu dispor, para eu me dirigir mais próximo de i, e escolher um caminho associado ao mal, a mentira, que me leva para distante de Ti? Sei que não posso fazer isso, e se tal acontecer, sei que irei pagar algum preço pelo fato da minha ignorância.
Por isso nunca critiquei o meu pai biológico, sabia do respeito que eu devia a ele, pelo fato dele ter sido instrumento para a minha vinda a este mundo. Mesmo que ele não tenha colaborado tanto para a minha existência a partir do meu nascimento. A minha mãe separou dele quando eu tinha cinco anos de idade, devido os seus defeitos, e mudamos de cidade. Minha mãe como não tinha condições de me alimentar nem educar, me deixou morar definitivamente com minha avó. Nunca recebi nenhuma visita do meu pai. Não quero entrar no mérito de o julgar, não é essa minha competência, e sim de amá-lo e respeitá-lo. Cada um tem sua missão, os débitos a pagar, a ignorância para errar... e eu não sei quais são os dele.
Agora, Pai, vejo meus filhos e de tantos outros filhos na relação com seus pais biológicos. É como se todos considerassem os seus pais como um velho ultrapassado pelo tempo e que sua opinião não tem mias sintonia nem com o presente nem com o futuro.
Estamos agora em campanha política. Tenho uma boa experiência da política, já fui dirigente partidário, militante, candidato a diversos cargos, sempre cuidando de cumprir a Tua vontade. Minha consciência está limpa com relação a isso. No entanto, os meus filhos expressam uma vontade diretamente oposta à minha, e defendem um candidato que se comporta completamente fora do meu foco de ação. Qual o motivo disso acontecer? Quais argumentos que eles levantam que se tornam superiores aos meus? Teoria que aprendeu de forma diferente? Vantagens que conseguiram de fontes contrárias as minhas? Mas que benefício poderia ser mais forte que a doação da vida?
Assim, Pai, antes que possa me responder, eu concluo que é falta de sabedoria. Eu posso está errado em minhas conclusões, é verdade, mas os filhos devem o respeito aos pais e se tal erro acontece com o pai, se ele está enganado, os filhos devem ajudar a orientá-lo para o caminho correto, o caminho do bem, da verdade... mas tal não acontece. É como se existisse um abismo, onde o tocar no assunto leva a um maior distanciamento... então ficamos calados sobre os pontos de discórdia.
Sim, Pai, a culpa maior é minha, pois eu como pai, deveria ter a sabedoria suficiente para abordar o assunto e colocar os termos de uma forma compreensiva, como o Senhor faz comigo a todo momento, em cada decisão. Talvez eu não tenha ficado com eles o tempo suficiente para formarem um laço parecido com o que tenho conTigo, pois hoje sei que sempre estás perto de mim, mesmo eu não O vendo, mas O sinto no coração.
Portanto, Pai, termino como sempre das outras vezes... Dá-me sabedoria para entender e forças e coragem para agir... com os meus filhos e com os filhos de outros pais, afinal todos somos irmãos.
Quem vem aqui, vocês dizem, é quem precisa de AA, e eu concordo. Mas não é só quem é alcoólico que precisa de AA. Eu não sou alcoólico, sou médico, e preciso de AA. Por que preciso de AA? Porque tenho muitos pacientes alcoólicos que não conseguem se recuperar com meus remédios, com minhas internações em hospitais clínicos ou psiquiátricos. E eu sei que aqui no grupo, se eles chegam e ficam, se seguem a programação como está prevista na literatura, eles entram em recuperação e se tornam bons cidadãos. Por isso eu estou aqui para aprender como é que eu faço com esses pacientes resistentes, que não querem nem vir para conhecer como funciona o grupo.
A semana passada eu fui com ZM à praça das Cinco Bocas, onde ele costumava ficar bebendo com os amigos alcoólicos. Convidamos dois deles que ficaram de vir hoje a esta reunião. Antes de vir aqui, passei na referida praça, estavam em uma roda bebendo e comendo tira-gosto. Lembrei do convite da semana passada, e eles disseram que hoje não poderiam vir, que talvez fossem no domingo seguinte. Concordei, não podia fazer outra coisa, e cheguei aqui no grupo sem eles.
Ouvi num dos depoimentos hoje uma metáfora interessante. Que o alcoólico é como uma plantinha e que nós somos os jardineiros que precisa cuidar dela. Então, como é isso? Todos nós fomos criados por Deus, espíritos simples e ignorantes, mas que possui em sua essência a centelha de Deus, o DNA do Pai. Podemos nos perder nos caminhos da vida, desviar da trajetória para Deus por diversos motivos, e um deles é o álcool. A semente de Deus pode ficar incapacitada por diversos motivos, fungos, bichos, fogo, água em demasia... e quando é por álcool, a semente não se desenvolve, o cérebro se torna comprometido. A pessoa não percebe que adquiriu uma doença, que sua vida está se deteriorando em todos os aspectos: biológico, social, profissional, familiar, espiritual... Então, o que podemos fazer com essa semente contaminada pelo álcool? Nós que estamos no papel de jardineiros? Devemos convidar a pessoa, incentivar para chegar até este espaço do Grupo de AA. Aqui é o terreno fértil que a sementinha pode vingar. O adubo que irá receber está no depoimento de cada um que vêm à cabeceira da mesa, e que juntos cria a atmosfera do Poder Superior. A sementinha intoxicada pode nem perceber, na primeira vez, essa consciência coletiva formada pela vibração com o Poder Superior. Por isso devemos insistir para ela voltar outras vezes ao Grupo, na esperança que em algum momento ela faça essa sintonia com o Poder Superior, e participe da Consciência Coletiva. Nesse momento, a sementinha consegue emergir do fundo da terra e abrir algumas folhinhas ao ar livre, em contato com o sol, com a natureza mais sutil ao seu redor. Mesmo assim, não podemos nos descuidar, de estar vigiando, uma espécie de apadrinhamento, de evitar que o desejo inevitável de voltar a beber consiga vencer a ainda frágil vontade de permanecer em abstinência do álcool, de se manter em sobriedade.
Devemos mostrar a importância de frequentar as reuniões com assiduidade, de fazer a leitura da literatura, seguir os 12 passos como forma de proceder uma Reforma Íntima, se envolver com os trabalhos do Grupo na forma de garantir que a sala esteja sempre aberta, da forma que ele encontrou, uma espécie de oásis onde o alcoólico possa respirar com dignidade, e que assim possa beneficiar a tantos outros como ele que ainda precisam de um jardineiro.
A batalha espiritual que se desenvolve na Terra, principalmente no Brasil exige que nos posicionemos de um lado ou do outro, do lado do Cordeiro, ou do lado de Satanás. Como saber então em que lugar estamos inseridos? Em qual lugar queremos ficar?
Vamos caracterizar um e outro lado para que nossa consciência decida de acordo com nossas intenções mais íntimas. O lado das sombras é caracterizado pelo egoísmo, pela corrupção, tem como arma de ataque a mentira; o lado da luz é caracterizado pelo amor incondicional, pela justiça, tem como arma de ataque a verdade.
As pessoas que praticam o egoísmo, a corrupção e a mentira estão dentro do exército das sombras e tentam arregimentar entre os indecisos prosélitos para suas fileiras; as pessoas que tentam praticar o amor incondicional, a justiça e se orientam pela verdade, estão dentro do exército da luz, cujo comandante aqui em nosso planeta é o Mestre Jesus, e a nível cósmico, o Arcanjo Miguel.
Geralmente já estamos dentro de um ou outro exército, entramos sem nem perceber, motivado por nossas inclinações pretéritas. Aqui no Ocidente temos como Mestre, considerando a maioria dos Avatares, o Mestre Jesus de Nazaré. Ele está nos liderando nesta batalha espiritual, onde temos certeza que não seremos derrotados. Os cruéis de hoje serão as vítimas de amanhã, obedecendo aos princípios da reencarnação.
Estamos, nós que compreendemos as lições do Mestre de Nazaré e procuramos coloca-las em prática, em estágio bem avançado, considerando o nível da maioria dos habitantes da Terra. Podemos dizer que estamos no ponto de sermos as Testemunhas do Cristo, pelo menos no nível das intenções com poucas incursões nas práticas, mas sempre de forma honesta, usando a verdade como esteio e a solidariedade como motivos de relacionamentos.
Existirá sempre dificuldades, disso sei bem. Desenvolvi uma compreensão totalmente diferente das pessoas do meu entorno quanto a prática do Amor Incondicional, que não aceita restrições de qualquer natureza, e a sociedade monogâmica onde estou inserido não aceita essa condição, mesmo sabendo que o comportamento da maioria, de forma clandestina, é ter um comportamento extraconjugal. Porém, como a minha consciência apontou um comportamento que a maioria não aceita que ele seja explícito, e como não posso omitir ou mentir sobre ele, fico numa situação desconfortável, isolado, em quase toda discussão na qual esse assunto vem à tona.
Dizem que eu interpreto de acordo com meus instintos as lições que Jesus deixou e que eu pagarei por fazer tantas pessoas que ficam ao meu lado, sofrendo por não conseguirem me fazer mudar de opinião ou de comportamento. Minha única esperança é que Deus é justo e que minha consciência eu sinto estar sintonizada com Ele, então, certamente eu não estou totalmente errado como me acusam.
Continuarei a tentar ser mais uma testemunha do Cristo, apesar de tantas acusações, mas que tenho a consciência leve.
Este comentário do Lobão, que tive acesso em vídeo postado nas redes sociais, irei reproduzi-lo aqui para meus leitores ver como se aplica ao conteúdo do que escrevi no dia anterior.
...Fui no comitê do Lula cobrar deles, José Dirceu, o Mercadante, estava todo mundo lá... Marisa... eu disse, olha, eu não quero nada da minha classe, eu queria que vocês dessem uma garantia, que o Brasil daqui a 10 anos vai ser uma nova Coreia do Sul, para está exportando cientistas, está ganhado Prêmio Nobel,,, isso em 2002. Estamos em 2016 e somos o penúltimo lugar em educação no mundo. Somos o pior lugar em saúde do mundo. Nós temos 60 mil assassinatos por ano. Somos o campeão mundial de consumo de crack e cocaína. Isso tudo foi conquistado na época do PT, e vocês me perguntam, será que eu sou maluco de passar dois anos esperando algum resultado da primeira eleição até 2005. A partir de 2005 eu me tornei oposição, eu me senti envergonhado de tá apoiando uma “canoa furada”. Porque a partir de dois anos de governo, para quem já era mal informado como eu me considerei, que fui engabelado, porque havia vários indícios, do assassinato de Celso Daniel, Toninho do PT já tinha sido morto, mais sete testemunhas tinham sido assassinadas, eles eram verdadeiramente uma organização criminosa. Eu me responsabilizo por ter demorado ainda a reagir, isso porque me tornei oposição em 2005. Agora, tem gente que está aí acordando em 2013, 2014... agora, hoje, um cara, ainda não ter acordado, é indesculpável! Ou o cara é doente mental ou ele é um canalha. Você não tem uma terceira possibilidade a não ser a aglutinação dos dois: ou você é um canalha ou débil mental, ou um canalha-débil mental. Você não tem outra alternativa nesse cenário. Então entenda você que está ali, apoiando o PT, ou você é um canalha, você está se locupletando, está ganhando dinheiro, está roubando, você é da quadrilha, ou você é um débil mental, um demente, ou um pré-demente.
Realmente, um comentário bem pertinente e que se aplica a mim. Também fui responsável pela chegado do PT ao poder, também fui engabelado. Mas desde que tive notícia do escândalo do Mensalão eu me afastei. Fiquei de longe observando as mentiras para ocultar o obvio, a corrupção descarada que tomou conta do congresso, dinheiro fugindo entre malas e cuecas, e mesma defesa dos culpados: sou inocente, nada vi, nada sei, nada autorizei.
De repente todos aqueles benefícios que eram dados a população mais pobre na forma de bolsas, de incentivos e investimentos nas universidades, nas escolas, nos meios de comunicação, tudo parecia agora uma estratégia de dominar a nação pela emoção, dos bons gestores, que mesmo roubando descaradamente do suor do povo prestaram um bom serviço à minha classe, à minha instituição, não importa que mais tarde tudo desabe pelo descalabro financeiro e sejamos forçados a rastejar nos pés dos falsos benfeitores, como acontece atualmente na Venezuela.
Finalmente a Lava Jato nos abriu os olhos e conseguimos afastar, pelo menos retardar a escalada de dominação que eles estavam implementando e que querem reconquistar agora mais uma vez, com a mesma estratégia, de usar a mentira e jogar sobre os adversários os seus defeitos de caráter e de moral e ética.
Um texto pretensamente assinado pelo Pastor Sílvio Meincke, pastor da IECLB em Santa Catarina e São Leopoldo, que mora atualmente na Alemanha, serve bem para nossas reflexões;
Primeira constatação: o Povo Brasileiro é muito religioso. Cada segunda rua tem nome de santo. Em cada esquina ouvimos aleluias. Jogadores entram em campo com o sinal da cruz. E o nosso linguajar invoca Deus a cada instante: Meu Deus! Graças a Deus! Por amor de Deus! Deus é grande! Deus te abençoe! Deus no comando! Portanto, não falta religião no Brasil e nem falta fé em Deus.
Segunda constatação: todos e todas concordamos que a Fé em Deus tem uma consequência ética. Para cristãos e cristãs a consequência ética máxima da fé em Deus é o AMOR AO PRÓXIMO. “Amarás o Senhor teu Deus... e o teu próximo como a ti mesmo” quem é membro de uma comunidade cristã conhece esse grande mandamento (Mateus 22: 36-40) e com ele concorda.
Penso que não há dúvidas em relação a essas duas constatações:
Mas eis que surge a GRANDE PERGUNTA: por que essa sociedade tão religiosa e tão cristã não consegue influenciar sua prática política com o amor ao próximo que enaltece como consequência ética máxima da sua fé? Por que a sociedade brasileira, depois de 500 anos de religiosidade intensa, continua dividida em centro e periferia, em “bairros nobres” e favelas, em luxo e lixo, em desperdício e carência, em pessoas privilegiadas e pessoas excluídas? Por que continua sendo uma das sociedades mais injustas do mundo? PIOR: Como explicar que qualquer projeto de INTERMEDIAÇÃO POLÍTICA DO AMOR AO PRÓXIMO é logo apontado raivosamente como coisa de COMUNISTAS?
Quando o Rio Grande do Sul contava com 70% de analfabetos, e Brizola mandou erguer milhares de pequenas escolas primárias, por amor às crianças analfabetas, ele logo foi insultado como comunista, especialmente pelas pessoas piedosas e “fortes na fé”. Quando João Goulart queria fazer as Reformas de Base, com o fim de melhorar a vida de milhões de brasileiros/as, ele foi derrubado com um golpe e teve de fugir, apontado como comunista. E muitos cristãos aplaudiram o golpe. O Projeto Mais Médicos (uma prática de amor que beneficia 50.000.000 de pessoas) é apontado como uma coisa de comunistas.
Uma Reforma Agrária, com acesso à terra para famílias pobres (antes expulsas do campo, aos milhões, através da concentração das terras), é odiada como coisa de comunista.
Matar em média dez jovens negros, todas as noites, isso pode! “Bem feito. Vagabundos. Bandido bom é bandido morto. A culpa é deles” – dizem muitos cristãos e muitas cristãs.
Intermediar o amor ao próximo, na forma de cotas, para jovens negros, excluídos durante séculos, para que encontrem finalmente uma chance de vida? “Nunca! Coisa de comunistas” – dizem pessoas que invocam Deus e pregam o amor!
Crianças que morrem de fome? “A culpa é dos pais! São pobres porque não têm fé – proclamam cristãos, especialmente os bem piedosos.
Matar um milhão de indígenas a cada século, sem nunca parar, até os dias de hoje, em disputas pelas terras? (Coisa normal, graças a Deus, Deus no comando, em nome de Deus, Deus sabe o que faz, Deus te abençoe, o amor é que vale, o amor é tudo, Deus é fiel). Devolver aos indígenas um milésimo das terras que lhes foram roubadas, para que possam viver? Jamais! Coisa de comunistas!
O fato de 6 famílias possuírem riqueza igual a 50% da população parece não irritar muita gente.
Mas qualquer projeto de socializar as fantásticas riquezas da natureza brasileira é vista como coisa condenável, coisa de comunistas.
Eu não vou concluir que nós cristãos e cristãs somos pessoas especialmente más. Não! Não somos nem melhores nem piores que outras pessoas. Queremos praticar a nossa fé e viver a ética do amor ao próximo. Há muitos exemplos elogiáveis de amor e solidariedade, de pessoa para pessoa, de indivíduo para indivíduo, de apoio à instituições filantrópicas.
O problema começa quando se trata de INTERMEDIAR O AMOR ATRAVÉS DA POLÍTICA. É aí que a porca torce o rabo e a vaca vai pro brejo, com corda e tudo. É aí que tudo se confunde e o ódio toma conta.
Onde está o problema? O problema é nossa resistência a duas análises: 1) Não queremos analisar e compreender a realidade social em que vivemos; 2) Não queremos analisar o perfil do Partido Político em que votamos. Não me refiro às promessas dos candidatos que sempre prometem trabalhar para os pobres. Refiro-me ao perfil dos seus PARTIDOS.
Preferimos dividir as pessoas em boas e más, colocar-nos do lado dos bons, condenar os pobres e classificar de comunistas quem faz projetos políticos para integrá-los. Mas só conhecendo o partido, e qual a classe social que representa, qual o modelo político que quer implantar, somente então saberemos como melhor viver nossa fé na nossa prática política e como viver a ética cristã do amor ao próximo dentro da nossa realidade.
Só faz boa colheita o colono que conhece sua roça. Só conseguiremos praticar a INTERMEDIAÇÃO POLÍTICA DO AMOR quando conhecemos a história do nosso País, a realidade social em que vivemos, a classe social que cada partido representa e o programa de governo que vai implantar. Então, sim, poderemos engajar-nos na prática de um amor ao próximo corajoso, amplo, transformador, com resultados sociais positivos e que melhora a qualidade de vida das pessoas que foram empurradas para a margem.
Caso contrário perigamos pregar amor, mas praticar desamor, com a melhor das intenções. E seremos cristãos piedosos, mas seremos maus cidadãos.
Já dizia minha mãe: “Quem não conhece o lugar onde bota os pés vai derrubar com a bunda o que tenta construir com as mãos”. Que grande sabedoria!
Quando nos negamos estudar a realidade social em que vivemos, quando nos negamos estudar o perfil dos partidos políticos que votamos, podemos tornar-nos cruéis negadores da fé que proclamamos; podemos tornar-nos violentos destruidores do amor que tanto exaltamos.
Além disso, podemos tornar-nos ridículos, porque denunciaremos como comunistas aqueles que realizam corajosamente o que nós pregamos, mas que não queremos realizar. Não porque somos maus, não porque cremos pouco, não por falta de fé e de religião, não porque não queremos amar, mas porque não fazemos análise da realidade em que vivemos.
Muito bom esse trabalho que termina na orientação de FAZER A ANÁLISE DA REALIDADE EM QUE VIVEMOS. Seguindo essa orientação, lembro que votei no PT que assumiria o poder em 2002, com o meu voto. Vi o programa do partido e o discurso que quem queria chegar à Presidência da República. Logo soube do escândalo do MENSALÃO onde o governo que eu acreditei passava a corromper deputados e senadores para atingir os seus objetivos que ainda estavam bem escondidos. Mesmo assim a minha consciência não permitia mais eu ficar aliado desse governo que passou a se pautar pela mentira e a empestar todas as repartições publicas e corromper entidades jurídicas das mais diversas especialidades, beneficiando além da capacidade gerencial, amigos dentro e fora do País. Hoje tenho firme convicção que os projetos que estão escritos nas plataformas políticas desses partidos que se locupletaram no governo, são formas de praticar o estelionato eleitoral como já aconteceu.
Hoje defendo um candidato, que parece o João Batista, o precursor de Jesus, que bradava no deserto com voz dura e áspera os pecados da plebe e dos governantes, sendo por causa disso decapitado, silenciado por arma branca. Este meu candidato, pela defesa dura da Verdade e da Justiça, foi também tentado silenciá-lo com arma branca, para sempre, como aconteceu com a “voz que bradava sozinho no deserto contra as iniquidades de sua raça”.