Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
10/06/2024 00h01
RELIGIÕES VARIADAS

            Segundo a Wikipedia, Religião é uma série de sistemas socioculturais compostos por práticas, organizações, morais, crenças, cosmovisões, textos sagrados, lugares santificados, profecias ou ética que geralmente relacionam a humanidade a elementos sobrenaturais, transcendentais e espirituais - embora não haja consenso acadêmico sobre o que precisamente constitui uma "religião". Diferentes religiões podem ou não conter vários elementos que vão desde o divino, a sacralidade, a fé e um ser ou seres supremos. 



As práticas religiosas podem incluir rituais, sermões, festivais, venerações (de divindades ou santos), sacrifícios, festas, transes, iniciações, serviços matrimoniais e funerários, meditações, orações, músicas, artes ou danças.



 As religiões têm histórias e narrativas que podem ser preservadas em textos, símbolos e locais sagrados, que visam principalmente dar sentido à vida, além de muitas vezes terem contos simbólicos que podem tentar explicar a origem da vida, do universo e de outros fenômenos; alguns seguidores acreditam que estas são histórias verdadeiras; outros as consideram um mito. Tradicionalmente, tanto a fé como a razão têm sido consideradas fontes de crenças religiosas.



Existem cerca de 10 mil religiões diferentes em todo o mundo, embora quase todas tenham grupos de seguidores relativamente pequenos e regionais. Quatro religiões - cristianismo, islamismo, hinduísmo e budismo - representam mais de 77% da população mundial. Cerca de 92% da população global segue uma das quatro religiões principais citadas ou se identifica como não religiosa, o que significa que as mais de 9 mil religiões restantes representam apenas 8% da população do planeta. O grupo demográfico sem filiação religiosa inclui aqueles que não se identificam com nenhuma religião específica, como ateus e agnósticos, embora muitos ainda tenham várias crenças religiosas.



Muitas religiões mundiais também são religiões organizadas, como as religiões abraâmicas, enquanto outras são indiscutivelmente menos, em particular as religiões populares, as religiões indígenas e algumas religiões orientais. Uma parte da população mundial também é membro de novos movimentos religiosos. O estudo da religião compreende uma ampla variedade de disciplinas acadêmicas, como teologia, filosofia da religião, religião comparada e estudos científicos sociais.



 As teorias da religião oferecem várias explicações para as suas origens e funcionamento, incluindo os fundamentos ontológicos do ser e da crença religiosa.



Essa visão que a Wikipédia mostra da Religião é bem detalhada nos seus aspectos de crença que divergem em alguns sentidos. Podemos ver a Religião de uma forma mais ampla, colocando na origem seus elementos de fundação, Deus e o Diabo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/06/2024 às 00h01
 
09/06/2024 00h01
SÍNODO – 20 PERIGOS DE ESCUTA AMPLA

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 20a. pergunta.



20. Quais são os perigos



            O Padre Nazir-Ali adverte: “As pessoas consultadas devem ser catequizadas, talvez até evangelizadas. Caso contrário, delas só obteremos um reflexo da cultura que as cerca”. Muitas das propostas apresentadas ao Sínodo refletem tendências modernas. A Comissão Teológica Internacional o reconhece, ao afirmar que o novo clima eclesial é fruto “de um discernimento mais atento das objeções apresentadas pela consciência moderna no que diz respeito à participação de todos os cidadãos na gestão da coisa pública”.  



            O que posso concluir dessa afirmação da CTI é que ela está correta. A consciência moderna de querer incluir todos os cidadãos na gestão de qualquer empreendimento público não tem mostrado a eficiência que é pretendida. Para fazer isso é preciso recorrer ao processo democrático que tem demonstrado ser extremamente falho.



            No processo democrático se imagina que os cidadãos estão equiparados para decidirem o melhor para a coletividade de acordo com a consciência. Nada mais fora da realidade do que isso. Os cidadãos são diferenciados de diversas formas, desde o grau de consciência de personalidade superior, ao grau de educação, de condições financeiras. Dessa forma, fica fácil a influencia de quem tem uma ascendência superior de alguma forma influir na decisão do outro, frente a deposição de um voto para qualquer cargo, quer seja de confiança, quer seja por sufrágio eleitoral.



            É com esta perspectiva de influir na consciência do eleitor no alegado processo democrático, que políticos eleitos, já detentores de cargos públicos, em qualquer esfera, quer seja municipal, estadual ou federal, está sempre em busca de recursos para influir no seu eleitorado.



            Foi dentro dessa consciência moderna da participação de todos os cidadãos na gestão pública através do processo democrático, que estamos sofrendo no Brasil uma administração autoritária que “tomou” o poder como havia prometido, usando a cada momento a palavra democracia com argumento salvador das misérias que eles próprios provocaram usando a mesma democracia.



            Experimentei essa farsa da democracia quando me candidatei a vereador. Mesmo sendo médico e tendo prestado muitos benefícios a meus pacientes e demais pessoas que recorriam à minha ajuda, nunca consegui me eleger pela vontade livre desses eleitores. Até os meus amigos mais próximos, mas por pressão de suas necessidades biológicas, de auto conservação, elas trabalhavam como cabos-eleitorais para outros candidatos que lhes pagavam determinado valor. Esses cabos-eleitorais davam os benefícios solicitados pelos eleitores em troca do voto. Eu não poderia fazer o mesmo com o tema de “Dignidade Humana” que eu defendia na campanha. O resultado é que conseguia o voto do meu amigo, mas este conseguia centenas de votos para o candidato concorrente. Onde esta a democracia? Ou melhor, que tipo de democracia está sendo exercida?



            É esta conduta que está sendo proposta a ser seguida pela Igreja Católica. Colocar todos os fieis, todos os crentes, todas as pessoas, todos os cidadãos, todos os eleitores a votarem quais caminhos mais convenientes para seguir. Por que dar atenção e respeitar os ensinamentos de um carpinteiro de há 2000 anos, e não considerar os argumentos acadêmicos da nova ciência política? Argumentos que trazem o progresso, e a fórmula para reformar a comunidade e criar uma sociedade justa no contexto social e de bens comuns a todos? Basta unir as pessoas que conseguirmos deixar revoltados, pegar em armas e destruir todos os opositores que encontrarmos pela frente, principalmente aqueles teimosos que continuam sendo fiéis ao pretenso “Filho de Deus”.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/06/2024 às 00h01
 
08/06/2024 00h01
SÍNODO – 19 PROMOTORES DO SÍNODO

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 19a. pergunta.



19. A quem ouvem os promotores do Sínodo?



            Os organizadores do Sínodo pedem que todos sejam ouvidos, incluindo os ateus: “Juntos, todos os batizados são o sujeito do sensus fidelis, a voz viva do Povo de Deus. Ao mesmo tempo, para participar plenamente no ato de discernimento, é importante que os batizados escutem a voz de outras pessoas no seu contexto local, incluindo pessoas que abandonaram a prática da fé, pessoas de outras tradições de fé, pessoas sem crença religiosa, etc. (...). Devemos chegar pessoalmente às periferias, às pessoas que abandonaram a Igreja, que raramente ou nunca praticam a sua fé, que estão em situação de pobreza ou de marginalização, aos refugiados, aos excluídos, às pessoas que não tem voz, etc.”.



            Acredito que essa postura do Sínodo, de ouvir todas as pessoas, o que cada uma tem a dizer, seja positivo. Mas não no sentido de transformar a hierarquia da Igreja, sua forma de conduzir o rebanho. Seria uma forma de ouvir o pensamento de cada pessoa, especialmente os fiéis, aqueles que querem fazer a vontade do Pai e mostram pensamentos e comportamentos fora do esperado pela maioria dos cristãos. Eu gostaria muito de poder expressar minha forma de pensar e agir para pessoas dispostas a ouvir e considerar a lógica, os erros e acertos sem julgamentos morais e sim diagnósticos coerentes com a vontade do Pai. Esses promotores do Sínodo fariam um bem enorme para as pessoas e certamente para a Igreja se tomassem tal posicionamento.



            Desde que fiz a mudança na minha forma de pensar, acreditando que estou seguindo à risca o que o Cristo ensinou e que seja a vontade do Pai, fico em dúvidas, pois não sinto a empatia dos meus interlocutores, não vejo pensamentos semelhantes. Esse fato me leva a pensar que eu esteja errado, que estou sendo conduzido por meus instintos e que uso os argumentos cristãos, espirituais, para dar uma respeitabilidade ao meu comportamento.



            Essa é a principal dúvida que me acompanha nessa trilha espiritual que acredito estar sintonizada com os ensinamentos de Jesus. Sei que posso estar errado, mas nenhum argumento até o momento me afastou dessa crença. E não posso simplesmente abandona-la por causa das críticas e falta de apoio, considero que seria uma covardia da minha parte. Portanto, seria muito útil para mim ter uma escuta qualificada, capaz de mostrar com coerência os pontos onde estou equivocado. Enquanto isso não acontece, devo permanecer na trilha que minha consciência aponta como a mais correta.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/06/2024 às 00h01
 
07/06/2024 00h01
SÍNODO – 18 CRENÇAS INFALÍVEIS?

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 18a. pergunta.



18. Então, como se pode saber se as crenças dos fiéis são infalíveis?



            O único método seguro é aplicar a regra de São Vicente de Lerins: Infalível é o que sempre e en todos los lugares foi acreditado por todos (quod semper, quod ubique, quod ab omnibus). Esta é a doutrina tradicional da Igreja. Afirma o ex-padre anglicano Nazir-Ali, agora padre católico: “O sensus fidelium não é o que os leigos e os padres pensem em determinado momento, mas o consenso dos bispos até o mais simples dos fiéis em todo o mundo durante os séculos”.



            Portanto, há muito risco em presumir como infalível a opinião dos fiéis sobre alguma novidade num momento determinado. E ainda mais temerário, para saber o que o Espírito Santo está dizendo à Igreja, consultar não só as pessoas de virtude ou de profunda fé, mas todos os batizados, e até pessoas pratiquem outras religiões ou são ateias.



            Essa regra de São Vicente de Lerins é outra forma de mostrar que a minha crença enquanto fiel pode não ser infalível. A minha forma de pensar que o amor incondicional é a lei mais importante e que em função dela devemos reformar todas a leis humanas as quais somos submetidos devem ser reformadas pode ser um equivoco. A minha forma de pensar que no relacionamento entre homem e mulher deva ser feita com base no amor incondicional e que o amor romântico deva fluir com inclusividade e não com exclusividade, pode ser um erro. Isso porque a minha forma de pensar não estar sempre presente, em todos os lugares e acreditados por todos. Pelo contrário, até agora não encontrei ninguém que pense e se comporte da mesma forma. Alguns podem achar que é uma forma justa de se comportar dentro dos relacionamentos românticos, mas ninguém a pratica nem tinha imaginado. As mulheres que se aproximam de mim dentro da aura de romantismo, de desejos libidinosos, sexuais, logo se deparam com essa barreira da não exclusividade. Todas elas preferem ser exclusivas dentro do relacionamento, mesmo que saibam que têm a mesma liberdade de me comportar como eu faço. Então, é muito arriscado e até incoerente, temerário, considerar que seja o Espírito Santo falando através de mim, como de qualquer outro fiel de pensamento semelhante, indo de encontro ao comportamento defendido e praticado pela Igreja durante tantos séculos. Eu continuo pensando e agindo dessa forma, pois a minha consciência até o momento não acusa que eu esteja errado, mas sei da forte crítica que recebo de tantos irmãos mais virtuosos que eu. Portanto, não posso dizer que eu esteja falando pelo Espírito Santo, pois sei que estou bem mais próximo dos meus desejos instintivos, da cabeça da luxuria presente no Behemoth.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/06/2024 às 00h01
 
06/06/2024 00h01
SÍNODO – 17 JUSTIFICATIVA TEOLÓGICA

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 17a. pergunta.



17. Que justificativa teológica é apresentada para a necessidade de escutar?



            O Papa Francisco, os organizadores do Sínodo e seus documentos preparatórios insistem ad nauseam nesse ponto: “A totalidade dos fiéis (...) não pode enganar-se na fé: E esta sua propriedade peculiar manifesta-se por meio do sentir sobrenatural da fé do Povo todo, quando este, desde os bispos até ao último dos leigos fiéis, manifesta consenso universal em matéria de fé e costumes (...) Aquele famoso infalível “in credendo” não pode enganar-se na fé”.



            Como se justifica teologicamente tal afirmação?



            Entre 2011 e 2014, a Comissão Teológica Internacional (CTI) realizou um estudo sobre o significado da fé, que levou à publicação do documento O sensus fidei na vida da Igreja. Esse estudo descreve o senso de fé dos fiéis como “uma reação natural, imediata e espontânea, comparável a um instinto vital ou uma espécie de faro, pelo qual o crente adere espontaneamente ao que está conforme a verdade da fé e evita o que se opõe” (n. 54). Esse aspecto espiritual deriva “da conaturalidade que a virtude da fé estabelece entre o sujeito crente e o objeto autêntico da fé, isto é, a verdade de Deus revelada em Cristo Jesus” (n. 50).



            Esse sensus fidei fidelis “é infalível em si mesmo quanto ao seu objeto, a verdadeira fé” (n. 55). Mas não é infalível em cada crente, porque se desenvolve proporcionalmente à virtude da fé. Por isso ele é proporcional à santidade da vida de cada pessoa (n, 57). Além disso, no mundo real as intuições dos fiéis podem coincidir com opiniões puramente humanas, ou até mesmo com erros predominantes em seu contexto cultural.



            Por esse motivo, o documento da CTI acrescenta, citando o parágrafo 35 da declaração Donum veritatis da Congregação para a Doutrina da Fé: “Se, portanto, a fé teologal enquanto tal não se pode enganar; o fiel pode, ao contrário, ter opiniões errôneas, porque nem todos os seus pensamentos procedem da fé. Nem todas as ideias que circulam entre o Povo de Deus são coerentes com a fé” (n. 55).



            Apesar de não estar dentro da Igreja Católica, aceito a preponderância dela no que diz respeito a fé nos ensinamentos de Cristo e respeito todos os pais da Igreja que procuraram com bom senso e sabedoria fortalecer em nosso psiquismo a verdade do Caminho que o Cristo nos ensinou. Na condição de crente eu adiro espontaneamente ao que está em conforme a verdade da fé, como é o caso de eu aceitar o amor incondicional acima de qualquer outra lei humana e com isso transformar minha forma de conduzir o meu casamento, do amor exclusivo para o amor inclusivo, como já expliquei isso em outras ocasiões dentro deste diário. Mas sei que esse meu posicionamento não é infalível, eu posso estar errado. E eu não tenho uma vida de santidade tão perfeita que me sirva como aliado às minhas pretensões. A minha intuição enquanto fiel pode estar coincidindo com o meu instinto humano, associado a erros do meu contexto cultural. Assim, eu sou uma prova real de que nem todos os pensamentos de fiéis cristãos ser coerentes com a verdadeira fé. Portanto, eu posso estar enganado na fé, o “in credendo” em mim pode estar enganado na fé. E isso pode incluir até mesmo pessoas preparadas dentro dos seminários, quando estas deixam de considerar a prevalência dos ensinamentos do Cristo e passam a valorar outras fontes.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/06/2024 às 00h01
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