A Netflix apresenta uma série “Hitler e o Nazismo” que nos oferece uma visão realista da influência do mal sobre pessoas que se tornam carrascos perversos dos próprios irmãos. Vejamos a terceira parte do episódio 2, “Político de Crises”.
A nova era do movimento nacional-socialista começou quando Hitler foi libertado da prisão, em dezembro de 1924. Com o retorno do líder, o partido retomou a luta pelo poder (Frank B. Wallis, Assistent Prosecutor, United States).
Hitler saiu da prisão e voltou para uma Alemanha que, politicamente, estava num momento menos favorável a ele do que durante a crise do ano de 1923. Ele era um político de crises. Precisava de uma crise para se fortalecer. No fim de 1924, quando ele foi solto, as coisas tinham se acalmado. A economia estava melhor. O sistema político vinha se estabilizando (Benjamin Carter Hett, Author, The Death of Democracy).
O período entre 1924 e 1929 é frequentemente descrito como a era de ouro da República de Weimar. Surge a perspectiva de uma vida melhor, ainda que esteja inacessível para a maioria das pessoas (Anne Berg, Professor, University of Pennsylvania).
A República de Weimar era uma democracia liberal progressista.
Havia estabilidade política. E também uma cena cultural muito rica. Cineastas, cabarés. Pensamos em artistas abstratos e expressionistas, no movimento arquitetônico da Bauhaus. A Alemanha estava se tornando mais aceita na esfera internacional e não era mais um pária. Havia um clima de libertação e modernidade nos anos 20 (Lisa Pine, Author, Hitler’s ‘National Community’).
Gute Nacht! (Boa Noite!) – Cartaz conduzido na abertura de um espetáculo.
As pernas femininas passaram a ser expostas pela primeira vez, mas suas cabeças continuavam cobertas.
As mulheres podiam votar pela primeira vez.
Havia movimentos focados na sexualidade, como o de Magnus Hirschfeld, que pesquisava a homossexualidade e tinha realizado as primeiras cirurgias para pessoas transgênero na República de Weimar.
Realmente havia muito dinamismo surgindo por lá. Por outro lado, o Partido Nazista, em especial Hitler, percebia que havia muitos cidadãos alemães desconfiados daquela jovem democracia que deveria ser de fato uma luz no fim do túnel, mas, na verdade, era um símbolo de desilusão para muitos (Tiffany N. Florvil, Professor, University of New México).
Fora de Berlim, havia muitos alemães vivendo em comunidades pequenas e rurais onde a arte experimental, as inovações, a revolução sexual da Berlim de Weimar eram conceitos totalmente estranhos. E eles se opunham a tudo isso.
Era um grupo que se sentia abandonado. Numa analogia contemporânea, vemos esse tipo de população esquecida nos Estados Unidos. Essas pessoas se sentiam prejudicadas pelo sistema. E Hitler explorou essa desilusão com a República de Weimar. Era um conceito a que ele sempre retornava, até quando estava no poder.
E o exército de desempregados começa a crescer. Um, dois, três milhões, quatro milhões, cinco milhões, seis milhões, sete milhões! (Discurso de Hitler).
Uma das lições que Hitler aprendeu com o fracasso do Golpe da Cervejaria, em 1923, foi que ele não conseguiria derrubar a República de Weimar usando a força. Então, após ser solto, ele se concentrou em obter apoio eleitoral (Richard J. Evans, Author, The Third Reich in Power).
Era uma abordagem dupla para tomar o poder na Alemanha: através da violência e também através do voto (Christian Goeschel, Author, Mussolini and Hitler).
O líder nazista prometeu tirar o povo alemão da miséria. Hitler estava salvando o povo do caos e da impotência da República de Weimar. Ele dizia que um governo nazista se negaria a pagar reparações de guerra. De fato, Hitler prometeu que iria rasgar o Tratado de Versalhes, recuperar a economia e garantir que todo alemão tivesse um emprego. Milhões de alemães confusos e desesperados foram enganados por essa propaganda (From Teh Rise and Fall of Adolf Hitler, by William L. Shirer).
Este é o perfil político de Hitler: político de crises. Esta é a diferença para um político cristão, que procura fazer a vontade do Pai, de amar ao próximo como a si mesmo. O político cristão deve focar seus talentos no desenvolvimento das benesses, na construção daquilo que fortalece a fraternidade, a família universal, e não a discórdia, a luta de classes, a revolução sanguinária, perversa, demagógica, autoritária, escravocrata. Esta é a situação em que nos encontramos no Brasil, país designado pela espiritualidade superior para ser a “Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo”, onde todos os políticos, mesmo os honestos e que tenham uma boa sintonia com Deus, não mostram com perfeição a condição de político cristão, de amar ao próximo e não ao pecado, de procurar a conversão de todos para o Reino de Deus, para a Família Universal, mesmo que estejam em partidos ou religiões diferentes.
Pai, quando estou falando conTigo, sei que sou o Espírito falando. Espírito esse que recebe o nome de alma com a função de administrar o meu corpo físico, que o Senhor me deu. Portanto, Pai, salva a minha alma, traz-me de volta ao redil, ao aconchego do Teu colo. Mas sei que estou aqui para aprender pelos meus próprios esforços a controlar os desejos de prazer perniciosos aos outros que podem vir à mente. Estou sintonizado com a Tua vontade, Pai, indo para onde me envias por mais conflituoso que seja, pois sei que ali onde indicas que está minha oportunidade de aprendizado, de tolerância, de amor, compreensão e principalmente de ensinar como devemos nos comportar, fazendo o que desejas. Sei que tens compaixão da minha ignorância, dos meus erros, porque estou cheio de fraquezas. O Senhor eleva a minha consciência através dos livros que me indicas, de palavras que apontam o que devo fazer; que eu não me desvie das minhas intenções de fazer sempre a Tua vontade, acima dos meus desejos. Sei que devo oferecer sacrifícios corporais, como jejuns e exercícios físicos, pois esta é uma honra que o Senhor está me oferecendo, com o Seu chamado. Sei que sou gerado espiritualmente quando a minha vontade de servir ao Senhor, supera os meus desejos de ser servido. Serei o teu filho obediente, Pai, o teu sacerdote e a tua ovelha, conforme o exemplo que o Cristo nos deu. A minha fé, por pequena que seja é a boia salva-vidas que me salvará desse mar de tormentas que aflige o planeta, especialmente o meu Brasil, designado para ser o coração do mundo e a pátria do Evangelho. Estou experimentando a morte dos desejos materiais supérfluos do meu corpo, e ressuscitando na vontade espiritual de fazer a tua vontade, Pai. Não devo me preocupar com a imagem que tenho, de um servo sofredor, simples e humilde, comparado com a imagem de uma pessoa vaidosa, orgulhosa e poderosa, cheia de honrarias do mundo material. Renuncio as honrarias deste mundo para me colocar ao lado dos excluídos da produção que o mundo oferece a quem trabalha. Procurarei fazer o maior milagre que Jesus já fez, de dar visão aos cegos; aos meus irmãos que estão cegos e não veem o que é Jesus, procurarei fazer com que eles vejam com seus próprios olhos e consigam encontrar o Caminho da Verdade que o Mestre ensinou, e através desse Caminho se aproximar de Ti, Pai, na Vida eterna. Os meus irmãos compreenderão sempre mais quem é Jesus, e para que veio a este mundo, da mesma forma que ele curou o cego Bartimeu, que passou a enxergar pouco a pouco o que estava ao redor. O milagre que Jesus fez ao cego de Betsaida, que melhora pouco a pouco até atingir a meta final de reconhecer quem é o Cristo, e não somente de ver as coisas materiais. Este é o milagre que proponho realizar, Pai, aos meus irmãos cegos, fazer com que vejam quem realmente é Jesus, sem precisar dos meios do milagre físico, como o Mestre fez. Por isso ele disse que nós poderíamos fazer muito mais do que ele. Estou sendo pretencioso, Pai?
Não, filho, talvez muito otimista. Tu sabes quanta dificuldade ainda tens de fazer a minha vontade com a eficiência que é necessária. Sei que tu te informas e constantemente estar tentando se levantar das quedas que sofres, me pede perdão, pede virtudes... e agora quer fazer milagres como Jesus, o meu filho bem avançado, que já está no grau de pureza. Não percebes que esta é uma tarefa muito avançada para as tuas condições? Eu não posso te dar o que pedes para não te tornares um escravo da minha vontade. O teu livre arbítrio deve ser respeitado e os teus limites superados por você mesmo. Não lembra do exemplo de Jesus, que cumpriu sua missão até o sacrifício final da cruz? Não lembras que ele sofria intensamente, suava sangue e chegou a pedir que eu afastasse o cálice que ele estava próximo a beber? Que fiz? Apenas observei todo o sofrimento fisico e moral que ele sofreu com resignação e paciência, e esta foi sua missão. Também ficarei observando o desempenho de tua missão, pois também tu és um dos meus escolhidos. E muitos dos teus irmãos esperam e necessitam dos frutos que possas oferecer.
O Frei Tiago de São José postou um vídeo no Youtube há 3 semanas desta data com o título “A Batalha espiritual e a falsa religião RCC: Carismáticos contra São Miguel”. Respeito muito as colocações do Frei Tiago, pois vejo nelas muita coerência. Neste vídeo vejo a oportunidade de confrontar a minha narrativa com a narrativa do Frei, como forma de aproximação da Verdade e reflexão para todos que visitam esse espaço literário. Vejamos esta 3a. parte: Reino de Deus.
Toda a Revelação de Deus faz um conjunto, como se fosse uma fazenda que tem uma harmonia. A plantação, o lugar de guardar o trator, de guardar os insumos, tudo ali organizado. Se não for assim, não tem como produzir. Se não organizar a fazenda primeiro, não consegue nem plantar nem produzir.
A mesma coisa acontece na Igreja, verdadeira, organizada. Não poderia ser dado simplesmente um livro. Seria impossível Deus querer fazer na Terra um Reino e dar para nós um livro. O livro é uma base de Revelação, mas tem que ter também aquela tradição, aquele conhecimento, aquele magistério que nos organiza dentro deste conhecimento e ao mesmo tempo um governo que essa Igreja deve ter para poder levar às pessoas uma sintonia de unidade trabalhando para o mesmo objetivo.
Nessa lógica é que temos de compreender como os antigos compreendiam, que não existe Batalha Espiritual sem falar no Reino de Deus. E não existe como eu falar no Reino de Deus se eu não entendi que o Reino de Deus é a Igreja Católica.
Este é um ponto crítico de divergência do meu pensamento com o pensamento de Frei Tiago. Eu não entendo o Reino de Deus ser a Igreja Católica, mesmo que todos os seus integrantes fossem cidadãos perfeitos do Reino. Mas isso não acontece. Bem sabemos que muitos cristãos, que vivem dentro da Igreja Católica, cumprindo todos os seus dogmas e rituais, se comportam de forma incoerente com a tradição ensinada pelo Cristo. Não apenas os leigos, mas também muitos do clero e hoje vemos o próprio Papa, e que o próprio Frei Tiago explica que ele não é Papa por não cumprir a Tradição da Igreja. Por outro lado, tem muitas pessoas que estão fora da Igreja e que reconhecem Deus como Pai e que procuram fazer a Sua vontade, amando os irmãos como se fosse a si mesmo. Essas pessoas podem ser consideradas como integrantes da Família Universal como Jesus ensinou, que está acima da família nuclear, sanguínea, e dessa forma cidadãos do Reino de Deus. Este pensamento do Frei Tiago pode ser útil para manter a Tradição da Igreja Católica, sem se desviar para a esquerda ou para a direita. Mas não pode excluir do Reino de Deus as pessoas que obedecem com firmeza e honestidade tudo que o Cristo ensinou, para ser reconhecido como irmão, como seu discípulo. A minha narrativa pessoal neste quesito do Reino de Deus é que todos que cumpram a principal lição que o Mestre nos deixou, faz parte da Família Universal e, portanto, somos cidadãos do Reino de Deus. Esta minha convicção é mais harmônica e fraterna, pois todos, independentes de religião, que fazem a vontade do Pai, estão dentro da Família Universal, como o Cristo deixou bem explícito naquela reunião que fazia onde havia diversas pessoas querendo aprender e chegava sua mãe e demais parentes. Esta minha convicção permite que eu seja atacado pelos católicos, pelo próprio Frei Tiago, dizendo que pertenço a uma seita demoníaca, espiritismo, e que perdi a minha salvação, pois é somente na Igreja Católica que obtemos a salvação. Entendo o seu empenho em preservar a importância da Igreja Católica para a salvação das nossas almas, de me considerar como perdido, de não pertencer a família que ele imagina; o meu entendimento inclui a todos que fazem a vontade do Pai como pertencentes ao Reino de Deus, qualquer que seja a religião que o irmão participe, inclusive o próprio Frei Tiago, pois o mais importante é fazer a vontade do Pai e não a minha. O cuidado que o irmão deve ter com suas críticas e que termine por não fazer a vontade do Pai, de amar ao próximo como a si mesmo.
O Frei Tiago de São José postou um vídeo no Youtube há 3 semanas desta data com o título “A Batalha espiritual e a falsa religião RCC: Carismáticos contra São Miguel”. Respeito muito as colocações do Frei Tiago, pois vejo nelas muita coerência. Neste vídeo vejo a oportunidade de confrontar a minha narrativa com a narrativa do Frei, como forma de aproximação da Verdade e reflexão para todos que visitam esse espaço literário. Vejamos esta 2a. parte: Verdade.
Nessa Batalha Espiritual, você só está do lado de Deus, quando você caminha evitando o pecado e ao mesmo tempo aderindo a Verdade. Sempre existem esses dois aspectos: a inteligência e a vontade. Tenho obrigação de aderir a Verdade que conheço. Se não aceito a Verdade que conheço, estou impugnando a Verdade revelada por Deus, estarei pecando contra o Espírito Santo.
A impugnação da Verdade conhecida é o pior de todos os ramos de pecados contra o Espírito Santo. É pior que a obstinação, é pior que o desespero, é pior que a impenitência final, porque tudo isso é a vontade da pessoa.
A inteligência, que é uma porta mais fácil para o Espírito Santo ter acesso, pois é mais fácil ele iluminar nossa inteligência do que dominar nossa vontade.
Entre os dons do Espírito Santo vamos ter o conselho, a inteligência, a ciência, a sabedoria, tudo para trabalhar com a inteligência do ser humano. Não deixar a pessoa fechar a porta para a Verdade.
O que acontece hoje em dia? Temos a propaganda de grupos carismáticos que falam da Batalha Espiritual, promovem quaresma de São Miguel Arcanjo, promovem oração disso, oração daquilo, e dizem que as pessoas vão se curar, vão se livrar disso, vão se livrar daquilo.
Mas como a pessoa pode chegar à completa afinação com a vontade de Deus? Porque somos como uma orquestra, se tem um instrumento que toca a nota errada, de forma que não vai combinar com os outros instrumentos, essa pessoa será convidada para afinar seu instrumento ou sai da orquestra. Da mesma forma na Batalha Espiritual.
Não tem como a pessoa dizer que está vencendo Satanás, destruindo o Demônio, que está com São Miguel Arcanjo fazendo a Quaresma, rezando o Terço de madrugada, mas qual o benefício disso se ela não aderiu à Verdade?
Ela pensa que está em Sintonia com São Miguel Arcanjo, mas na verdade está em sintonia com o Demônio.
Isso acontece também com as pessoas que se dizem evangélicas, protestantes e todos esses que dizem “eu li a Bíblia” e basta eu ler a Bíblia para entender toda a Verdade. A Verdade não é revelada simplesmente na Bíblia. A Bíblia é uma das fontes da Revelação, a palavra de Deus, a base. Mas têm também duas outras fontes de Revelação: o magistério e a tradição.
Esta compreensão e comportamento levantados por Frei Tiago, da Verdade e da Mentira, é de suma importância no desenrolar da Batalha Espiritual em que estamos inseridos. A Verdade é o princípio divino, a essência abstrata de Deus, o Caminho que Jesus nos ensinou para ir em direção à Deus. A grande maioria da humanidade reconhece a Verdade como uma virtude a ser preservada. Os adversários de Deus nesta Batalha Espiritual usam a Mentira como a principal arma de ataque e destruição. Colocam ou tentam colocar abaixo, com as mentiras, falsas narrativas, tudo que foi feito por Cristo e seus apóstolos. O exemplo mais evidente dessa estratégia maligna e o alcance de seus objetivos, é verificando o que aconteceu com a Revolução Francesa. Usaram termos de sintonia com o divino, como Liberdade, Igualdade e Fraternidade, para derrubar a monarquia cristã, promover um banho de sangue na França, e exportar para outros países a mesma estratégia revolucionária. Estratégia essa que entra na própria Igreja Católica Apostólica, retirando o foco da salvação das almas para o eterno Reino de Deus, e colocando o foco na salvação dos corpos para o efêmero reino de Lúcifer. Por isso a crítica colocada sobre a forma de se realizar a quaresma de São Miguel procede, pois deixa de estar focada no esforço de vencer as artimanhas do demônio e fica prevalecendo o interesse individual.
Partimos de Jerusalém em direção à Nazaré, na companhia de Jesus. Eu me sentia confuso, o coração batia de forma estranha, pensamentos acelerados, procurava algum assunto para iniciar novo diálogo com o Mestre.
A minha consciência estava pesada, eu tinha omitido para o Mestre a minha real condição, quem de fato eu era e de onde tinha vindo. Considerava isso como uma mentira ao Mestre que simbolizava a Verdade.
Perguntei de onde ele tinha vindo quando chegou a Jerusalém e ele respondeu que tinha vindo do deserto da Judeia, onde passou 40 dias. Teve a intenção de se retirar da agitação exterior e mergulhar na intimidade de si mesmo, com a condição de se conhecer melhor e identificar os projetos que o trouxe à presente existência, o sentido mais profundo da sua vida. Precisava meditar profundamente sobre a balbúrdia existente no coração da humanidade. Muitas vezes a criatura humana fala, mas silencia a voz do verdadeiro sentimento.
Recordando o que li nos Evangelhos, quanto a tentação do gênio do mal, perguntei se nesses dias ele não recebera nenhuma visita de ninguém, nenhum contato estranho.
Tive a impressão que naquele momento, no seu sorriso, ele sabia quem eu era, um viajante do tempo com informações privilegiadas, e falou assim: - Se tu, Sióstio, te referes a alguma presença física, te digo que não. Mas se referes a alguma presença espiritual, também digo que não. Os grandes embates são de natureza interna, estabelecidos dentro de nosso coração, e nesses longos dias, questionei-me sobre a tarefa que me cabe. Em Espírito, sintonizei-me com Aquele que me enviou e entendi perfeitamente e, de forma definitiva, minha tarefa na Terra. É por isso que disse ao sacerdote Hanã que tenho a missão de implantar o Reino de Deus por aqui mesmo.
Perguntei se João tinha participação nesse projeto e ele respondeu que sim, das mais importantes. Que ele veio da parte de Deus com a missão de preparar o terreno para a vinda do Messias, profetizado nas Escrituras. Mas foi confundido com o próprio Messias, por ser um homem de profunda oração, que prega o batismo no Jordão para que a criatura humana busque a remissão de seus equívocos, convidando a todos a realizarem a sua conversão ao bem. E João esclareceu que era indigno de desamarrar as correias das sandálias do Messias, pedindo a humanidade que endireite o seu caminho rumo ao Senhor, como havia dito o profeta Isaías. João é o sinal da chegada dos tempos messiânicos, anunciando que a esterilidade se tornará fertilidade e o mundo sairá do silêncio quanto as verdadeiras coisas da alma. Disse que o seu primo é muito mais que um profeta, é o grande mensageiro de Deus. Recebeu o nome de Batista porque marcou com o batismo um novo ritual. Aquele que aceita a sua oportunidade de transformação, buscando preparar-se para o Reino de Deus, recebe a água das mãos dele, o que significa que ninguém vai a Deus a sós, necessitando sempre estar junto dos irmãos. Ainda, diante daqueles que se encontravam junto ao Jordão, quando tive a oportunidade de encontrar-me com ele, o seu reconhecimento quanto a mim serviu para que todos me identificassem como o Messias que haveria de vir.