Na igreja católica parece ser o palco onde a batalha espiritual toma forma, onde passamos a ver com mais clareza o que está acontecendo através do pensamento de alguns padres que tem coragem de expor uma realidade que está amadurecendo ao lado de todos no mundo e que ninguém consegue avaliar a temperatura da água, a não ser quando já estivermos nos debatendo na agua fervente. Vejamos o pensamento do Arcebispo Carlo Maria Viganò.
Arcebispo Viganò aprofunda o seu pensamento sobre Fratelli tutti. Postado em 12-10-202. A pedido dos portais Dies Iræ e LifeSiteNews, o Arcebispo Carlo Maria Viganò redigiu, no seguimento da sua reacção à Encíclica Fratelli tutti, um aprofundamento do seu pensamento que, como os nossos leitores poderão constatar, é absolutamente fiel ao Magistério de sempre da Santa Igreja, ao contrário do documento apresentado por Bergoglio.
«A partir da nossa experiência de fé e da sabedoria que se vem acumulando ao longo dos séculos e aprendendo também das nossas inúmeras fraquezas e quedas, como crentes das diversas religiões sabemos que tornar Deus presente é um bem para as nossas sociedades» (n. 274).
A proposição «como crentes das diversas religiões sabemos que tornar Deus presente é um bem para as nossas sociedades» é deliberadamente equívoca: «tornar Deus presente» não significa nada em sentido estrito (por natureza, Deus está presente). Em sentido amplo, se se entende «tornar Deus presente por meio da presença de uma ou mais religiões» em oposição ao «afastamento dos valores religiosos», referido no ponto 275, como parece sugerir o texto, a proposição é errónea e herética, porque coloca no mesmo plano a divina Revelação do Deus vivo e verdadeiro com as “prostitutas”, como a Sagrada Escritura denomina as falsas religiões. Argumentar que a presença das falsas religiões seja «um bem para as nossas sociedades» é igualmente herético, porque não só ofende a Majestade de Deus, mas também legitima a acção dos dissidentes, atribuindo-lhes um mérito e não a responsabilidade na condenação das almas pelas guerras religiosas travadas, contra a Igreja de Cristo, por hereges, maometanos e idólatras. Esta passagem também é ofensiva porque sub-repticiamente implica que este «bem para as nossas sociedades» tenha sido genericamente adquirido «aprendendo também das nossas inúmeras fraquezas e quedas», enquanto, na realidade, as «fraquezas e quedas» são atribuíveis às seitas e, apenas indirectamente e per accidens, aos homens da Igreja.
Por fim, saliento que o indiferentismo, implicitamente promovido no texto de Fratelli tutti, em que se define «um bem para as nossas sociedades» a presença de qualquer religião e não «a liberdade e a exaltação da Santa Madre Igreja», nega, de facto, os direitos soberanos de Jesus Cristo, Rei e Senhor dos indivíduos, das sociedades e das nações. Pio XI, na imortal Encíclica Quas primas, proclama: «Não nos pode surpreender, pois, se Aquele que é chamado, por João, de “Soberano dos reis da terra” (Ap 1, 5) traga, como apareceu ao Apóstolo na visão apocalíptica, “escrito no seu manto e no lado um título: ‘Rei dos reis e Senhor dos senhores’” (Ap 19, 16). Visto que o Pai eterno constituiu Cristo herdeiro universal (Heb 1, 1), é necessário que Ele reine até que reduza, no fim dos séculos, todos os seus inimigos aos pés do trono de Deus (1 Cor 15, 25)» [1]. E considerando que os inimigos de Deus não podem ser nossos amigos, a fraternidade dos povos contra Deus é não apenas ontologicamente impossível, mas teologicamente blasfema.
«A Igreja valoriza a acção de Deus nas outras religiões e “nada rejeita do que, nessas religiões, existe de verdadeiro e santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que (…) reflectem não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens”» (n. 277).
A referência ao documento conciliar Nostra aetate é a confirmação da conexão ideológica do pensamento herético bergogliano com as premissas estabelecidas pelo Vaticano II. Nas falsas religiões não há nada de verdadeiro e santo “ex se”, uma vez que os eventuais elementos de verdade que possam conservar são, em qualquer caso, usurpados e usados para ocultar o erro e torná-lo mais prejudicial. Nenhum respeito pode ser deferido às falsas religiões, cujos preceitos e doutrinas devem ser rejeitados e repelidos integralmente. Se, entre esses elementos de verdade e santidade, Bergoglio deseja incluir, por exemplo, o conceito de um único Deus que deveria aproximar os Católicos daqueles que professam uma religião monoteísta, deve-se esclarecer que existe uma diferença substancial e inevitável entre o verdadeiro Deus Uno e Trino e o deus misericordioso dos Maometanos.
«Outros bebem doutras fontes. Para nós, este manancial de dignidade humana e fraternidade está no Evangelho de Jesus Cristo».
A única fonte da qual se pode beber é Nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da única Igreja que Ele instituiu para a salvação das almas. Aqueles que tentam matar a sede noutras fontes, não saciam a própria sede e, quase certamente, envenenam-se. Também é discutível se o conceito heterodoxo de dignidade humana e de fraternidade, de que fala Fratelli tutti, possa ser encontrado no Evangelho, que, aliás, contradiz claramente esta visão horizontal, imanentista e indiferentista teorizada por Bergoglio. Enfim, a especificação «para nós» é enganosa, porque relativiza, a um modo pessoal de ver as coisas, a objectividade da mensagem evangélica e, por conseguinte, priva-a da sua autoridade, que surge da origem divina e sobrenatural da Sagrada Escritura.
«Existe um direito humano fundamental que não deve ser esquecido no caminho da fraternidade e da paz: é a liberdade religiosa para os crentes de todas as religiões» (n. 279).
A liberdade religiosa para os crentes de todas as religiões não é um direito humano, mas um abuso desprovido de qualquer fundamento teológico e, antes ainda, filosófico e lógico. Este conceito de liberdade religiosa – que substitui a liberdade de uma única Religião, a “liberdade da Religião Católica de exercer a sua missão” e a “liberdade de o fiel aderir à Igreja Católica sem impedimentos do Estado” com a licença de aderir a qualquer credo, independentemente da sua credibilidade e crença (que deve ser acreditado) – é herético e irreconciliável com a doutrina imutável da Igreja. O ser humano não tem direito algum ao erro: a liberdade da coerção, magistralmente explicada, por Leão XIII, na Encíclica Libertas praestantissimum, não nega a obrigação moral de aderir livremente apenas ao bem, pois da liberdade deste acto depende a sua moralidade, ou seja, a sua capacidade de merecer o prémio ou o castigo. O Estado pode tolerar o erro em determinadas situações, mas nunca pode legitimamente colocar o erro no mesmo plano da verdade, nem considerar todas as religiões equivalentes ou irrelevantes: o indiferentismo religioso é condenado pelo Magistério, assim como o relativismo religioso. A Igreja tem a missão de converter as almas à verdadeira Fé, arrebatando-as das trevas do erro e do vício. Teorizar um alegado direito ao erro e à sua difusão é também uma ofensa a Deus e uma traição da autoridade vigária dos Sagrados Pastores, que a devem exercer para o fim para o qual foi instituída, e não para difundir o erro e desacreditar a Igreja de Cristo. É inaudito que o Vigário de Cristo (esqueci-me: Bergoglio renunciou a este título!) possa reconhecer qualquer direito às falsas religiões, já que a Igreja é a Esposa do Cordeiro e seria blasfemo só pensar que Nosso Senhor pudesse ter mais esposas.
«Deus não olha com os olhos, Deus olha com o coração. E o amor de Deus é o mesmo para cada pessoa, de qualquer religião que seja. E se é ateu, é o mesmo amor. Quando chegar o último dia e houver, na terra, a luz suficiente para podermos ver as coisas como são, teremos muitas surpresas!» (Do filme Papa Francisco: um homem de palavra, de Wim Wenders, 2018).
O uso de expressões privadas de clareza de significado é uma das maneiras que os Inovadores usam para insinuar erros sem formulá-los claramente. A proposição «Deus não olha com os olhos, Deus olha com o coração» pode ser, na melhor das hipóteses, uma expressão comovente, mas desprovida de qualquer valor doutrinário. Pelo contrário, leva-nos a crer que, em Deus, o conhecimento e o amor estejamos dissociados, que o amor de Deus seja cego e que, consequentemente, a orientação das nossas acções não tenha valor algum aos Seus olhos.
A proposição «o amor de Deus é o mesmo para cada pessoa, seja qual for a religião» é gravemente equívoca e enganosa, mais insidiosa do que uma heresia flagrante. Tal expressão leva a crer que a livre resposta e a adesão do homem ao amor de Deus seja irrelevante com respeito ao seu destino eterno.
Na ordem natural, Deus cria cada pessoa com um acto de amor gratuito: o amor de Deus estende-se a todas as suas criaturas. Mas cada ser humano é criado com vista à adopção filial e à glória eterna. Deus concede, a cada pessoa, as graças sobrenaturais necessárias para que possa conhecê-Lo, amá-Lo, servi-Lo, obedecer à Sua lei, inscrita no seu coração, e chegar a abraçar a Fé.
Na ordem sobrenatural, o amor de Deus por uma pessoa é proporcional ao seu estado de Graça, ou seja, na medida em que essa alma corresponde ao Dom de Deus mediante a Fé e as obras, merecendo o prémio. Nos planos da Providência, o amor pelo pecador – incluindo o herege, o pagão e o ateu – pode concretizar-se na concessão de maiores graças que toquem o seu coração e o levem ao arrependimento e à adesão à verdadeira Fé.
«Quando chegar o último dia e houver, na terra, a luz suficiente para podermos ver as coisas como são, teremos muitas surpresas»: esta proposição insinua que o que a Igreja ensina possa ser, de alguma forma, desmentido no dia do Juízo Universal. Entre aqueles que terão «muitas surpresas», estarão, realmente, os que acreditam que podem adulterar a Fé e a Moral com os delírios dos Modernistas e a adesão às ideologias perversas do século, e ver-se-á que o que a Igreja sempre pregou, e que a anti-igreja nega obstinadamente, corresponde, exactamente, ao que Nosso Senhor ensinou aos Apóstolos.
† Carlo Maria Viganò, Arcebispo - [1] Pio XI, Encíclica Quas primas, 11 de Dezembro de 1925. Dies Iræ a 08 outubro
Vez por outra chega à minha consciência as energias do Fantasma da Ópera, com todo o seu mistério e romance. Vejamos uma letra da canção que circula na Net há 4 anos.
No sono ele cantava para mim
Nos sonhos ela veio
Aquela voz que chama por mim
E fala o meu nome
Eu o encontrei no palco da vida assim como o Fantasma encontrou a sua diva no palco da Ópera. Ele cantava par mim com seu sorriso, com seus gestos, com seu corpo bem torneado numa aura de simpatia. Eu ia dormir e ele cantava para mim com sua voz que simplesmente pedia, perguntava ou oferecia alguma coisa. Aquela voz podia se dirigir a qualquer pessoa, mas era somente por mim que chamava, principalmente no sono, nos meus sonhos, eu ouvia nitidamente o meu nome, eu ficava endeusada, encantada. Eu corria célere durante o dia para logo a noite chegar e eu voltar a ouvir com nitidez a sua voz e os excessos que a minha consciência não permitia durante o dia.
E eu sonho novamente
Para agora eu encontrar
O Fantasma da Ópera está lá
Dentro da minha mente
Eu voltei a encontra-lo e os sonhos passaram a ser realidade. Ele passou a falar diretamente comigo, meu corpo de criança agora já mulher, respondia com sofreguidão as carícias nunca dantes tão intensas recebidas. E mais do que isso, um mundo novo ele colocou dentro da minha mente, um tipo de amor que eu nunca pensei existir. Eu sentia que ele me colocava no centro de sua vida e que me fazia rodopiar em torno de tantos amores. Queria que eu cantasse com ele essa melodia da vida.
Cante mais uma vez comigo
Nosso estranho dueto
O meu poder sobre você
Cresce ainda mais forte
E apesar de se afastar de mim
Para olhar para trás
O Fantasma da Ópera está lá
Dentro da sua mente
Ele pedia para eu cantar com ele esse estranho dueto de amor. Diz da natureza divina, que foi mandado ensinar pelo Cristo pelo próprio Deus e do Qual é a Sua essência. Ele dizia que todo o poder que tinha e que eu sabia era a expressão desse amor, que crescia cada vez mais. Mas eu tinha medo, queria me afastar dele, mas, no entanto, ele estava dentro de mim, da minha mente... eu queria me afastar, experimentar a outra forma de amar ensinada por todos, mas não era uma forma tão divina e nem um pouco hipócrita.
Aqueles que viram seu rosto
Fugiram com medo
Eu sou a máscara que você usa
Eu dizia a ele que ninguém jamais o amaria, pois todas tinham medo da forma do seu amor. Como poderia uma pessoa amar a tantas? Eu terminei sendo uma máscara de normalidade para a forma anormal do seu amor. Ele talvez me usasse com esse sentido, pois afinal, tantos queriam me amar com a exclusividade que eu desejava e precisava. Mas ele tinha uma opinião contrária.
É a mim que eles ouvem
O seu espírito é a minha voz
O meu espírito é a sua voz
Em um combinado
O Fantasma da Ópera está lá
Dentro da minha mente
Dentro da sua mente
Ele dizia que não era eu que importava, que todos ouviam a voz melodiosa dele, do amor que ele exalava através de mim, que ele me dedicava e que me fazia resplandecer no palco da vida. Onde tantas desejavam ficar na posição de matriz dos sentimentos que eu tinha dada por ele e que nenhuma jamais conseguiria alcançar, devido a magnitude do amor eu ele tinha por mim.
Em todas as suas fantasias
Você sempre soube
Aquele homem e mistério
Estavam ambos em você
E neste labirinto
Onde a noite é cega
O Fantasma da Ópera está aqui
O Fantasma da Ópera está lá
Dentro da minha mente
Dentro da sua mente
Ele dizia que estava amalgamado em mim, em todas as fantasias, em qualquer labirinto, em qualquer situação ou escuridão, onde eu estivesse, ele lá estaria, pois estava dentro da minha mente, tocando e ensinando sua canção de amor.
Cante! Meu Anjo da Música!
Ele está lá, o Fantasma da Ópera!
Cante para mim!
Cante! Cante!
E ele pedia para eu cantar para ele, para mim e para o mundo, como ele tanto ensinava... mas eu tinha medo!
Minha alma é triste, por que será?
Pois desde cedo criei tão belos sonhos
De um amor tão profundo encontrar
E agora me encontro tão tristonho
Será porque esse amor um dia encontrei
E construímos um paraíso no abismo
Onde descuidado por ele desabei
E fiquei preso na lama do egoísmo?
Agora ando pela vida que me diz, sorri
E eu sei pra disfarçar o paraíso que perdi
Para o qual não posso mais me alçar
Ninguém percebe aqui dentro sentimentos
Que enfraquecem na alma meus alentos
Não veem a lágrima por dentro a banhar
Por que sinto e logo as lágrimas vêm?
Esse líquido virá do coração?
Gosto de sal, será da desilusão?
De ter perdido para sempre o meu bem?
Como não posso parar o coração
O sangue deter, parar de circular
E nela, a minha mente não pensar
Fico encharcado em plena solidão.
Que tosca engenharia essa no meu peito
Que torce minh’alma e faz verter o pranto
Tira da minha vida, o belo, o encanto
A lágrima quer tudo para si, de qualquer jeito
Mesmo que eu não tenha em nada apetite
E que definha em cada dia em modo triste
Ora! Que tola multidão a humanidade
Não reconhecem um rei ao seu lado
Reles plebeus que procuram ser amados
E quando perdem o amor sentem saudade
Quantos ficam pelos cantos reclamando
Murmurando suas dores para o mundo
Como se fosse um sofrimento tão profundo
Só porque não ficam mais amando
Pois saibam todos, vermes ignotos
Que eu nunca fui amado quanto amei
Nunca tive pra saudade um antídoto
Eu sou o rei da amargura, do afeto
Eu tenho cetro do mar que já chorei
Tenho a coroa do desejo mais secreto