Eu tenho a compreensão clara do que Deus deseja que eu construa a partir do meu comportamento, apesar de não saber os detalhes do caminho que me leva até esse objetivo. Sei que o caminho me desvia cada vez mais dos objetivos da vida material, este mesmo material que produzo a cada dia neste diário, pode servir para uma avaliação acadêmica de desvio comportamental para outra meta. Até que ponto existe sanidade nessas ações que priorizam um mundo que não está ainda bem conhecido pela ciência e muito menos pelos interesses mundanos.
Mas eu vejo o exemplo de José e Maria, um casal formado pelo Amor incondicional, sem nenhuma influência do amor romântico, com a firme determinação de cumprir a vontade de Deus. Eles viam nos diversos detalhes da vida a vontade de Deus se manifestando. Como o senso que eles são obrigados a cumprir por determinação do imperador romano e que é um dos itens do cumprimento da palavra de Deus já registrada nas escrituras, de que o Messias deveria nascer em Belém, lugar onde Jose deveria ir para realizar o censo.
Da mesma forma eu estou me acostumando a ver todos os detalhes da vida que desfilam perante a minha compreensão como sendo a vontade de Deus que se manifesta naquele momento e que depende do meu livre arbítrio a realização da melhor opção, para os desígnios de Deus, não os meus. Posso perder grandes chances, como aconteceu no almoço domingo em Jardim do Seridó, mas logo chega na minha mente o vacilo que dei e procuro me fortalecer na compreensão e na sabedoria, na coragem e na condução da luz que eu já possuo, por mínima que seja.
Vejo toda a história que se descortina à luz da minha compreensão e em tudo eu vejo a participação de Deus e de Sua justiça incomparável. Vejo as civilizações que floresceram e decaíram; os homens soberbos e humilhados, e que trocam de posição na mesma existência ou em outras. Em tudo vejo o progresso, nos quadros pictóricos da Natureza, e até na aparente selvageria dos animais brutos na luta pela sobrevivência...
Vejo a minha participação como criatura inteligente dentro dessa Natureza que a inteligência não consegue abranger em sua totalidade. A verdade surge em pequenas doses e depende da sintonia do meu coração com o bem, com o Amor, para que eu saiba qual é a vontade do Criador para mim.
Sei que Ele já me determinou uma missão e que depende de minhas ações dentro das opções que Ele coloca constantemente ao meu alcance, a minha aproximação ou distanciamento dEle.
Então, esse é o processo. Cada vez que eu obedeço a Sua vontade, mais ainda eu me capacito a receber mais informações sobre os caminhos, sobre a verdade. Posso parecer uma pessoa esquisita, fria, distante, pois não faço questão de ligar ou ficar próximo de uma pessoa exclusiva. A missão que o Pai me deu foi para ampliar cada vez mais um leque de relacionamentos dentro da fraternidade de uma família que se torna cada vez mais ampliada. Tem o objetivo de corrigir as distorções da família nuclear e a construção da família universal, característica do Reino de Deus.
Estou pleno da vontade de Deus e sigo os caminhos que Ele me oferece fazendo a opção que considero mais adequada para atingir essa meta. Nessa condição eu começo a perceber que o meu corpo e minhas ações se tornam como instrumento dessa vontade de Deus implantada em minha consciência, mesmo que muitos a acusem de imprópria aos padrões culturais, porém não mostram a incoerência dentro da lei do Amor.
Foi assim que, na companhia de 5 membros da minha família ampliada, cumpri em Caicó no último sábado, mais uma etapa dessa vontade de Deus implantada dentro de mim. Fiz os atendimentos previstos no Posto de Saúde, me relacionei com duas pessoas que Deus enviou com mais profundidade afetiva para mim (apesar de ter esquecido de convidar uma terceira), e fiz a palestra de ação comunitária no bem, dentro do projeto de Nova Ordem Social, e que os participantes estão rebatizando de Nova Consciência Cristã.
Como sei que não sou um ser humano perfeito e muito menos um espírito superior capaz de se livrar dos vários chamativos do corpo ou do egoísmo no cumprimento da vontade do Pai, sei que posso cometer erros, perder chances oferecidas por Deus. No sábado eu não percebi erros tão graves, na alimentação e nos relacionamentos, apesar de ter esquecido de convidar a terceira pessoa que está ligada afetivamente a mim e que poderia ter se beneficiado dessas ações como eu sinto que está se beneficiando quem participa.
Porém, a perda de uma grande chance aconteceu no domingo, durante o almoço oferecido na casa de uma amiga em Jardim de Seridó, durante o nosso retorno para Natal. Durante a apresentação das pessoas que iam em minha companhia, senti a necessidade da minha primeira esposa se identificar como sendo todos irmãos. Assenti na sua forma dela se identificar dessa forma e todos os outros seguiram a orientação. Acontece que no meio deles existia a minha filha. Foi identificada como tal e quem era a sua mãe. Foi o momento da minha primeira esposa dizer que tinha também 3 filhos comigo. A partir daí foi necessário um melhor esclarecimento da situação. Minha primeira esposa colocou a sua posição de forma clara e veemente, dizendo que pediu o divórcio por não tolerar um homem conviver sexualmente com mais de uma mulher, mas que se considera minha irmã, que eu sou um grande amigo para ela, mesmo sem ter cama, e que a qualquer momento que eu precise ela está disposta pra me acolher e a quem precisar, inclusive as minhas “namoradas”. A mãe de minha filha presente poderia ter colocado com igual veemência a sua posição, de estar tentando viver comigo um relacionamento profundo em todos os planos, mesmo sabendo do meu relacionamento íntimo com outras mulheres, que existem e que podem vir a existir, por acreditar no Amor que alimenta tudo isso. Ela preferiu sair do ambiente da discussão, foi uma falha dela, mas a maior falha foi minha. Eu continuei no ambiente da discussão, dava alguns toques de fatos que aconteceram para reforçar o que estava sendo dito, como a ida da minha primeira esposa para ajudar tanto a minha filha presente como a minha companheira que mora em Ceará Mirim. Isso não era o suficiente. Eu sou o formulador dessa idéia de família ampliada com essas características que entendo ser a vontade de Deus. Eu estava num ambiente amigável onde poderia ter explicado com detalhes a formação da família ampliada que está sendo realizada com a participação delas e do Amor Incondicional. Foi a grande chance que Deus me ofereceu para que eu explicasse tudo isso que já aprendi e que procuro colocar em prática. Nesse momento a grande vitoriosa foi Edinólia que conseguiu colocar o seu ponto de vista, e grande derrotado fui eu, que tinha todas as informações e fiquei calado.
Peço perdão ao Pai por minha falha, e prometo ficar atento para numa oportunidade igual a essa eu não a desperdiçar, afinal o tempo está passando e cada vez fica mais urgente o surgimento desse contexto familiar baseado no Amor Incondicional dentro da humanidade.
A esperança da vinda de um Messias alimentada pelos judeus foi uma condição que influiu decididamente na história da humanidade. Seria uma pessoa de origem divina que viria para trazer a salvação do mundo, libertação de Israel. Viria trazer a justiça e corrigir as distorções egoístas presentes no mundo.
Por essas características, nenhum dos grupos que estavam no poder, tanto na Palestina quanto em Roma ficaram satisfeitos ou tranqüilos. Os poderosos temporais ou espirituais não queriam perder as suas benesses, mesmo que elas não estivessem de acordo com a vontade do Criador. Assim, ameaçados pelas profecias dos verdadeiros profetas, quanto a vinda do Messias, os poderosos já o ameaçavam de morte no berço, antes que Ele pudesse se expressar e desse as lições de Amor para vencer as trevas.
Outra característica que poucos percebem na vinda do Messias, foi quanto a sua preparação. O casal que o deveria obedecer deveria ser bem escolhido para gerar, educar e proteger o Messias enquanto ele estivesse indefeso na fase infantil. A partir do próprio casamento que foi realizado com base na vontade de Deus, na escolha desses pais para o rebento divino. Nesse casamento não prevaleceu o amor romântico que é associado ao corpo e que é o comum até hoje. Nesse casamento prevaleceu o Amor Incondicional que é ligado ao Espírito, à vontade de Deus, e que devemos praticar para formar o Reino de Deus; mesmo que exista o amor romântico, mas que ele sempre seja subordinado às diretrizes do Amor Incondicional.
Jose se defrontou logo no início do seu noivado com Maria, mesmo o amor romântico não ter sido a tônica do seu envolvimento afetivo, e sim as conveniências religiosas da época, e mais do que isso, a vontade de Deus que estava operando dentro das circunstâncias. Maria apesar de surpresa não titubeou ao deixar se engravidar por obra do Espírito Santo, cumprindo a vontade de Deus. José vacilou, no choque preconceituoso da surpresa em saber que sua noiva estava grávida sem a sua participação. Pensou em abandoná-la, mas o seu coração bondoso não aceitava expor a vergonha de Maria (para os outros, pois para si Maria não nutria vergonha e sim orgulho por ter sido escolhida por Deus) e ao sacrifício dela morrer apedrejada. Finalmente o seu coração foi apaziguado durante o sono, quando o anjo responsável por esse esclarecimento apareceu em sonho e lhe deu as devidas explicações.
Durante a cerimônia do casamento dos dois é observado um ambiente diferente. Quem já conhecia a história que estava se desenvolvendo, da gravidez antecipada e duvidosa de Maria, mostrava um certo ar de austeridade que contrastava com a alegria do presentes que não conheciam esses fatos. O próprio olhar de Maria a José e vice versa, não tinha um pingo de amor romântico. Era o Amor Incondicional que se impunha naquele momento, na consciência dos dois, para aceitarem a vontade do Senhor, mesmo não sabendo com detalhes quais os passos seguintes que eles teriam de seguir.
O trabalho do bem em Caicó teve sua primeira reunião em 05-04-14 depois do Seminário acontecido em 01-03-14, no Campus da UFRN, onde foi colocada a proposta de ser feito um trabalho de preparação para que no sábado de carnaval do próximo ano pudéssemos fazer um trabalho abrangente em toda a cidade, com o foco no bem e na espiritualidade.
Nesta reunião estavam presentes 26 pessoas. Sandra organizou como da primeira vez, todo o espaço físico da reunião. Assumi a mesa dos trabalhos sozinho, pois eu tinha ficado de falar sobre o foco do nosso trabalho. Depois de apresentar às pessoas que estavam vindo pela primeira vez os motivos da nossa reunião, entreguei os certificados a quem participou da reunião anterior. Em seguida passei a apresentar a palestra na forma de data show, com o título: “Deus, o amor, a luz e o foco”.
Falei inicialmente da sociedade que está sempre num processo de construção baseada na educação constante dos indivíduos. Apesar da aparência calamitosa do nível de agressividade presente na sociedade atual, se fizermos um estudo retrospectivo do comportamento humano ao longo do tempo, iremos observar que houve um declínio da violência. Devemos isso ao esforço humano em busca de um comportamento ético, principalmente às lições do mestre Jesus que se espalhou por todos os continentes.
Durante as lições de Jesus observamos que Ele faz uma ligação direta de si para com Deus, que Ele chama de Pai devido o mesmo ser o Criador de tudo que existe no Universo, inclusive nós.
O núcleo central da minha palestra foi uma palestra de Jesus quando Ele tinha 14 anos e vivia entre os essênios. Depois da apresentação da palestra abri o momento de debate, discussão e sugestões.
Sandra colocou por impresso 10 idéias para discussão com os seguintes títulos:
Alem dessas idéias foram colocadas também: 1) Ação comunitária no bem, com a eleição de um bairro onde fosse colocada a concentração dos trabalhos que podemos realizar (André); 2) Banco de remédios, com doação de medicamentos sem uso para ser utilizado por outros sobe receita médica (Adriana); 3) Fazer uma rotatividade nos grupos para que a rotina não diminua a motivação; 4) Usar o potencial do grupo para realizar a atividades propostas; e 5) Escolher o bairro João Paulo II como o primeiro a receber esse trabalho, por já existir uma base para as ações.
Ao final decidimos antecipar a próxima reunião para o dia 26-04-14 devido o feriado que iria intervir com a reunião no primeiro sábado de maio. Fizemos um ligeiro lanche para nos confraternizarmos.
A atividade foi filmada.
A gravidez de Maria na condição de virgem, feita pelo Espírito Santo, até hoje é motivo de discórdias entre dois grupos: aqueles que acreditam ipsis litteris (literalmente) e aqueles que rejeitam totalmente.
Os materialistas radicais dizem que essa história é totalmente imaginária, uma lenda da mãe virgem do Salvador que está presente em várias civilizações do mundo. Dizem que as leis da natureza não podem ser alteradas, nem mesmo pela divindade, se por acaso existisse. Então consideram essa história com um mito e nenhum valor dão a ela.
Os espiritualistas racionais entre os quais me incluo têm outra perspectiva dessa história. Acredito que exista uma força de inteligência suprema a criar e presidir o universo constantemente, na base da harmonia, do Amor. Acredito que existam diversos seres muito evoluídos moralmente que se aproximam muito da essência do Criador, o Amor, e que recebem o nome de anjos ou espíritos superiores.
Maria mostra que tem uma boa mediunidade neste contato que fez com um anjo e que disse ser vontade do Criador que ela engravidasse de um ser que deveria vir ao mundo material e ensinar lições teóricas e práticas para a nossa evolução moral. Como os anjos (espíritos superiores) fizeram essa engenharia genética, de usar apenas o DNA de Maria, que já era também um espírito superior e gerar um filho? Não seria mais fácil ter sido escolhido outro espírito superior, como Maria, ter encarnado na condição de homem e ser gerado o filho de forma mais natural, dentro dos nossos conhecimentos? Com essa segunda interrogação eu abro espaço para aceitação do fato como foi contado. Aqui eu coloco a compreensão do que acontece dentro dos meus conhecimentos. Se tudo que eu sei apenas me deixa a firme convicção que eu nada sei comparado a verdade exata do que existe, pode muito bem que esse anjo, conhecedor de técnicas que eu nem imagino que possa existir, tenha operado o milagre que minha ignorância aceita como tal, mas que se eu tivesse o conhecimento do anjo estaria também explicado dentro das leis da Natureza. Dessa forma o meu racional se inclina pela aceitação da gravidez de Maria enquanto virgem, da mesma forma que aceita a gravidez de sua prima Isabel que já tinha engravidado há seis meses, conforme o anjo informou e que Maria mais tarde comprovou.
Todos esses fatos na mente de quem vive restrito ao mundo material, não passa de bobagens de pessoas crédulas, que são desfocadas da vida. Na minha mente esses fatos comprovam a existência do mundo espiritual do qual eu tenho confirmação de diversas maneiras, inclusive as que intervém com o mundo material, como o fenômeno comprovado da mediunidade, do intercâmbio racional entre os seres inteligentes desses dois mundos, material e espiritual.
Maria comprovou tudo que o anjo lhe disse com relação a sua prima Isabel e a si mesma. Teve muita dificuldade em explicar o caso a José que na condição de seu marido pensou em lhe abandonar por ter um filho sem a participação dele. Foi necessária a interferência mais uma vez do anjo em sua consciência para ser testemunha da verdade que Maria dizia. Felizmente José também era um homem espiritualizado, senão teria considerado essa visão de um anjo em seus sonhos como um delírio onírico devido a pressão familiar que ele estava sofrendo. Teria exposto a vergonha de Maria para todos e a morte pelo apedrejamento seria o passo seguinte no destino de Maria.
Maria e José aceitaram todas as informações transmitidas pelo anjo e se colocaram humildemente como servos do Senhor, para cumprirem a Sua vontade. Este é um momento especial da vida deles e que pode ser o primeiro exemplo a ser dado ao mundo, antes das lições do Mestre Jesus. A lição de que nós, seres humanos imperfeitos a atrasados moral e intelectualmente, devemos como primeiro passo da nossa evolução, reconhecer nossa condição de filho do Criador e obediente no cumprimento de Sua vontade seja qual for, colocada em nossa consciência. Por mais estranha que seja, mas desde que seja identificada como coerente com o Amor Incondicional que é a essência de Deus, não devemos tergiversar, e sim cumprir.
Foi assim que eu cheguei ao atual estágio da minha vida, entrando no estudo aprofundado do mundo espiritual, identificando minha identidade de filho do Criador, que possuo uma infinidade de irmãos semelhantes a mim espalhados pelo Universo, todos submetidos a lei do progresso, subsidiária à lei do Amor, e de que devo fazer a vontade do Pai assim como Ele a coloca em minha cabeça. Mesmo que seja totalmente paradoxal com a verdade conhecida por todos ao redor, como aconteceu com Maria, mas seguindo o mesmo exemplo dela, enfrentarei todos as resistências e ameaças para implementar aquilo que o Pai quer para mim. No caso é a formação de uma família ampliada que mostre a superioridade moral e intelectual sobre a família nuclear e a preparação para a formação da família universal, característica do Reino de Deus.