Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
31/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (12) – COLOMBO E VASCO DA GAMA

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            Foi justamente no acampamento de Santa Fé que Colombo assistiu a queda de Granada e tenta convencer Isabel a patrocinar a navegação.



            Qual a influência da navegação? O que as grandes navegações de Portugal e Espanha tem a ver com a reconquista?



            Temos que ver que estamos falando acerca de um processo de mais de 700 anos de luta por posse de territórios. Lá da distante Astúrias, os cristãos foram crescendo, foram se expandindo até conquistar todo seu território.



            Eles foram formados, geração após geração na conquista e desbravamento do território. Até que não tem mais território a conquistar. Só resta o mar.



            Cristóvão Colombo conseguiu de Isabel e Fernando o financiamento para sua expedição. Era um objetivo que já tinha sido negado por outros reis, inclusive pelo de Portugal.



            Em 1492, Colombo descobriu o que ele chamou: Índias Ocidentais. Eram as ilhas da América Central.



            Esta descoberta tornou necessário dividir as zonas de influência entre espanhóis e portugueses nas navegações. Para isto, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, onde fora da Europa, os portugueses ficavam com um território a leste do meridiano, enquanto os espanhóis ficavam com um território a oeste.



            Até então, apenas uma pequena parte dividida pelo tratado tinha sido vista pelos europeus, sendo dividida apenas no papel.



            Imediatamente após a primeira viagem de Colombo, vários exploradores seguiram na mesma direção. Mas eles já tinham noção de que havia algo do outro lado do Atlântico, a tal ponto que quando houve o tratado entre Espanha e Portugal, eles insistiram que demarcação da linha fosse de 70 milhas para oeste, de onde veio o Tratado de Tordesilhas.



            Não se deve desprezar o imenso valor que este país tem, o Brasil, de ter nascido de um esforço técnico e político de um povo de pequeno território e que foi a primeira nação organizada da Europa, localizada num canto da Península Ibérica e que em determinada época de sua trajetória dividiu o mundo em duas partes: uma parte para eles mesmo e outra parte para a Espanha. Eles tinham poder, cacife político para isso. E conseguiram isso através do empenho do seu povo.



            Povos que nunca antes tinham se visto, estavam prestes a se encontrar. Em 1497, Portugal enviou Vasco da Gama para encontrar um caminho marítimo para a Índia, contornando pela primeira vez a África.



            Três meses após a saída, a frota que comandava já estava navegando em águas desconhecidas para os europeus.



            Em Moçambique tiveram que se passar por islâmicos e quase tiveram seus navios roubados, até que finalmente, 10 meses depois, alcançou o destino indiano e estabeleceu a rota do Cabo mantendo um caminho aberto para a Índia.



            Na hora de regressar, navegando contra o vento em algumas partes da jornada que duravam apenas 23 dias, passaram a gastar 132 dias. Metade da tripulação pereceu.



            E das navegações, dos 148 navegadores que estavam lá, só duas delas com um total de 55 homens, retornaram a Portugal.



            Vasco da Gama chegou um mês depois em sua companhia, tendo que sepultar seu irmão mais velho no caminho.



            No seu retorno, ele foi recompensado como o homem que finalizou o plano que levou 80 anos para ser cumprido. Recebeu o título de Almirante-Mor dos mares da Índia.



            E em 1499, houve a notícia que os portugueses tinham descoberto a Índia verdadeira. A viagem era a mais longa até então realizada. Superior a uma volta completa ao mundo. Seria eternizada no épico – Os Lusíadas, escrito por Luiz Vaz de Camões. Um feito inacreditável que seria superado logo no ano seguinte.



            As grandes navegações daquela época podem ser comparadas atualmente à NASA, as viagens no campo espacial, o cabo Canaveral e os esforços dos Estados Unidos do século XX. Não sei quais foram as aventuras mais arrojadas, se não foram aquelas dos navegadores, que se jogavam no mar aberto num tempo cheio de superstições, receios, medos incertezas, navegando em mares nunca dantes navegados.



            A saída desses homens, esta expansão marítima, é uma característica fundamental de heroísmo, de empreendimento humano. Homens ficaram pelos caminhos, ao longo de toda tradição marítima.



            Portugal tem o privilégio de ter nos mares o seu maior cemitério. Tem versos do poeta Fernando Pessoa que diz: Oh, mar salgado, quanto de seu sal são as lágrimas de Portugal!



            E depois, no final desses versos ele diz: “Valeu à pena? Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.



            Imagino o quanto foi empolgante naquela época ver toda essa movimentação em torno das navegações, homens destemidos que se lançavam ao alto mar, enfrentando medos e superstições, em longas jornadas de meses, sem nenhuma segurança quanto o retorno. Quanta esperança, saudades e lágrimas registradas nos livros diários das embarcações nos oceanos desconhecidos e na literatura poética da terra-mãe. Estes deveriam ser os aspectos transmitidos a todas as gerações, mostrando os feitos heroicos de nossos antepassados e não criarem narrativas tendenciosas para atingirem benefícios iníquos com o embuste sobre nossas consciências. Esse é um crime que nossas leis aqui no mundo material ainda não consegue alcançar, mas com certeza, no mundo espiritual a justiça divina não será cooptada por esses interesses egoístas, e muitos dos que praticam tais enganações com falsas narrativas, voltam a este planeta de provas e expiações na condição de retardados mentais, muita vezes alimentados em suas deficiências por aqueles a quem enganou e que vivem também em vida de sofrimento.



            Mas a verdade sempre triunfará, não importa o tempo que leve para isso acontecer. E a verdade sempre nos libertará, pois esta foi a mensagem do Cristo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 31/03/2022 às 00h01
 
30/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (11) – GRANADA, ISABEL E FERNANDO

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            No ano de 1485, o Infante Dom Henrique é nomeado Grão-Mestre da Ordem de Cristo, cujos amplos recursos e os imensos privilégios acumulados seriam bem aproveitados nas navegações. Transformou muitos dos seus cavaleiros em navegadores e muitos dos seus navegadores em cavaleiros.



            Nem tudo estava tranquilo na Europa enquanto as navegações progrediam. As guerras de séculos por territórios ainda apresentavam riscos, e antes de conquistar os mares, haveria um último desafio na Europa Ocidental.



            Já passavam seis séculos desde que houve a reconquista do território europeu pelos cristãos. Os muçulmanos foram recuando até se concentrarem no sul da Europa, na região de Granada.



            O Emirado de Granada tornou-se o último bastião muçulmano na Península Ibérica e cai sob o domínio de Isabel. Ela era uma mulher de grandes dotes intelectuais e ela pensava que sua missão era conquistar de vez a Espanha, terminar o que seus ancestrais começaram.



            Os muçulmanos estavam em Granada, eventualmente guerreavam com os cristãos e tinham planos de reconquistar o território. Eles estavam em contato com os turcos e marroquinos para fazerem uma grande invasão na Espanha para começar a reconquista.



            Isabel conhecia toda a história, era muito culta. Ela tinha uma noção de estratégia, ela sabia que devia tomar o Emirado de Granada rapidamente, pois senão toda essa história de conquista da cristandade poderia ser colocada na lata do lixo.



            O que Isabel e Fernando entendem? Eles não podem atacar sozinhos. Eles se lembram que nas Cruzadas, as quais terminaram há pouco tempo, o Papa tinha dado indulgências para cristãos de outros países que entrassem nas Cruzadas. Então, eles conseguiram que o Papa Inocêncio VII promulgasse uma bula chamando todos os cristãos de outros países se juntassem para a reconquista, ganhando indulgências da mesma forma que eles ganharam nas Cruzadas. Com isso, nós vemos um contingente de tropas estrangeiras se dirigindo para a Espanha para ajudar os cristãos espanhóis: ingleses, alemães, irlandeses, franceses, se integram ao exército castelhano.



            Mais de 50 mil homens se juntam ao exército castelhano de Fernando e Isabel.



            Isabel se faz presente, pessoalmente, nos campos militares e partem para novas conquistas até chegarem aos pés da cidade de Granada.



            Os cristãos, nestes oito meses, não esmoreceram eles continuaram convictos de que uma hora Granada iria cair. Os mouros também sabiam que iria cair. Eles continuaram lutando apenas por heroísmo. Queriam ser fiéis aquilo que eles acreditavam.



            Finalmente Granada se rendeu, os reis católicos, a princesa, os nobres, sacerdotes, os grandes capitães cristãos vestem-se de gala e se posicionam nos portões da cidade. Os tambores rufam, bombardeios de honra são feitos, a cruz é alçada na torre mais alta junto com a bandeira de Castela e com isto termina a reconquista.



            Os chefes mouros tentam beijar as mãos de Fernando e Isabel reconhecendo a soberania deles. Mas Fernando não deixa. Ele diz: “eu sou rei, você também é um rei”.



            Ainda que inimigos, eles não querem a sua humilhação. Isso foi em 02-01-1492 as 15h. Desde então, os sinos das igrejas de Granada, fazem três toques exatamente às 15h desse dia, em honra desse acontecimento. Nesse ano, Cristóvão Colombo fez sua navegação para a descoberta da América.



            Mais uma página heroica e aventureira de nossa história, conduzida por Isabel e Fernando na tomada de Granada dos mouros, com o apoio da Igreja Católica. Era uma ação estratégica para garantir a nossa liberdade no continente e daí partir as iniciativas de descobertas que levaram a civilização ocidental a um Novo Mundo, onde nos encontrávamos. Gente heroica e fraterna que na vitória não deseja a humilhação do adversário e que tem capacidade de apostar recursos em novas aventuras, em novos pensamentos e atitudes que enfrentam o desconhecido e pior que isso, enfrentam os preconceito e os temores mitológicos de mares nunca dantes navegados e cheios de monstros indestrutíveis.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/03/2022 às 00h01
 
29/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (10) – HY BRAZIL

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            A vida política em Portugal também não era pacífica. Os herdeiros de Dom Afonso Henriques não perpetuariam um governo da dinastia Afonsina. Mais uma grande guerra eclodiu na Europa entre Inglaterra e França, chamada de “Guerra dos cem anos”.



            Muitos reinos foram divididos dependendo do lado que eles decidiam apoiar. Em 1383, o último rei da dinastia Afonsina, Dom Fernando I, morreu sem deixar qualquer herdeiro. Acontece que este rei tentou invadir o reino de Castela três vezes durante a Guerra dos Cem Anos, perdendo em todas, e por último foi obrigado a se casar com a princesa de Castela para estabelecer a paz.



            A ausência de descendentes reais, levou Portugal a uma séria crise na monarquia. Uma eventual união entre os reinos poderia ser desastrosa para a economia de Portugal. Castela ainda vivia uma economia feudal, enquanto Portugal já apresentava o desenvolvimento da burguesia que logo situaria a nação como a mais poderosa do mundo conhecido. O conflito só teve fim numa guerra armada em 1385, quando Dom João, o mestre de Avis, enfrentou tropas castelhanas na batalha de Aljubarrota e foi proclamado o novo rei de Portugal.



            Uma nova etapa gloriosa na história de Portugal que é a Dinastia de Avis, com Dom João I e seus filhos, a chamada “Ínclita geração”. Ao longo do século XV o que nós vemos é um crescimento esplêndido de Portugal. Realmente, essa geração ilustre iria renascer o grande império de descobertas.



            Um dos filhos do rei João I, que é o príncipe Henry, que começa e lança Portugal nessa grande aventura de descoberta.



            Nenhum dos filhos da geração ilustre se destaca mais do que o Infante Dom Henrique, o navegador. Portugal foi e permanece na extremidade ocidental da Terra, o fim do mundo conhecido pelos europeus.



            Com a forte crença de ser impossível navegar no oceano atlântico, tudo isso era atribuído à vontade divina, seria uma impiedade a mera audácia de se aventurar por aquelas águas. Um dos mais influentes desses mitos era a história de São Brandão. Era um monge holandês que segundo um relato muito popular, a partir do século X, teria navegado pelo Atlântico Norte e descoberto terras fantásticas e paradisíacas.



            Com a Europa imersa no caos, a ideia de haver uma ilha em paz para além do oceano trazia esperança para esse povos que alimentavam esses mitos.



            Aparecia ilhas lendárias nos mapas daquela época, tais como uma ilha chamada “Hy Brazil”, que significava Terra Prometida e pode ter influenciado o nome do nosso país.



            Procurar a ilha Brazil, o purgatório ou Atlântida era mais fantasioso do que procurar a China, Índia, Japão e Américas.



            Pouco a pouco feitos impressionantes foram acontecendo. Primeiro foram ultrapassados locais nunca visitados antes e descoberto pequenas ilhas.



            A ascenção do reino de Portugal, atingindo o nível de prioridade entre os reinos da região, não é bem ensinado nas escolas. Como é interessante perceber que as narrativas construídas pelos diversos autores sempre leva em prioridade o que eles desejam e não a exposição da verdade. Isso nos deixa presos a sua forma de pensar que leva nosso comportamento para onde eles desejam que caminhemos. É revoltante perceber que perdemos grande parte de nossa vida acreditando numa narrativa distorcida, como eu, quase 70 anos, só agora estou percebendo uma nova realidade. E isso porque esse falsos gestores de nossa pátria, que desejando parasitar o nosso suor com todo tipo de corrupção, chega a um ponto em que suas mentiras não podem mais ser ocultadas para as pessoas de bem e de sentido crítico, como eu. Foi a venda de favores aos nossos congressistas, nossos representantes no congresso, no escândalo chamado de mensalão, que percebi que aquele presidente que eu havia elegido com o meu voto confiante em suas palavras, estava mentindo descaradamente. Foi aí que eu procurei enxergar se existia outra realidade fora aquela que ele e sua corja estava dizendo desde os dias de sua campanha e durante toda sua trajetória. Eis que descubro essas verdades que fazem o efeito que o Cristo disse que faria em cada pessoa: “A Verdade vos libertará”.



            Essa informação de que em Portugal, um reinado bem evoluído no mundo, já existia o pensamento de uma Terra Prometida, o Hy Brazil, nos coloca aqui no Brasil, numa posição de pessoas privilegiadas, de sermos cidadãos de uma terra destinada a ter uma importância no contexto mundial, e não aquele pensamento de termos sido colonizado por um reinado de quinta categoria, covarde, pois fugiu da Europa, e cheio de bandidos que vieram para cá escravizar os índios e roubar nossas fortunas. Temos uma história diferente! Felizmente existem muitas pessoas sérias, de boa índole, que conhecem e reconhecem a verdade e estão dispostos a repassar para todos que tem esse verdadeiro interesse de reconhecer a verdade, não importa de que lado ela esteja.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/03/2022 às 00h01
 
28/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (09) – ORDEM DE CRISTO

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            Após a prisão dos Templários na França, o papa Clemente V solicitou a Dom Dinis que fizesse o mesmo com os Templários portugueses. O rei não atendeu o pedido do Papa.



            O único país que não atendeu a essa bula de maneira contundente, foi Portugal.



            Portugal reconhece o valor da Ordem, e dá salvo-conduto e abrigo.



            O legado de Dom Dinis, fundador da Universidade de Coimbra, talvez nenhum ato tenha sido mais impactante do que a hábil manobra política que entraria para a história.



            Quando foi extinta a Ordem dos Templários, infelizmente, o rei de Portugal requisitou que a Ordem continuasse em Portugal. Porque os cavaleiros Templários eram grandes defensores da fé, e as Cruzadas na Terra Santa, etc.



            O rei de Portugal, Dom Dinis, se apressa em criar novas ordens e pedir ao Papa que transfira os bens dos Templários para o seu governo, o governo dessas Ordens.



            Então, o rei Dom Dinis criou a Ordem de Cristo. Os Templários permanecem em Portugal, mas com o nome de Ordem de Cristo.



            A firme postura do rei de Portugal, levou o Papa a incluir uma cláusula em sua bula, abrindo exceção para Portugal e seus aliados sobre a transferência dos bens da Ordem.



            Aqui se explica um monte de coisas de nossa história. Como é que um país tão pequeno como Portugal, avançou e se tornou um grande conquistador dos mares. Como é que esse país de repente formava os maiores navegadores da terra por um bom período.



            Este corpo de elite, resolveu uma necessidade vital para a consolidação e fortalecimento do Estado Português. Integrada com a esfera política da coroa, alargaria os horizontes do reino de Portugal pelos mares.



            Parece que o gerenciamento da humanidade a partir do plano espiritual operou para deixar Portugal numa situação privilegiada frente as outras nações da Europa. Mas para isso acontecer tinha que existir as pessoas que assumissem as tarefas que fossem necessárias. Desde os guerreiros retomando o território dos muçulmanos, os reis sendo firme na manutenção das Cruzadas sob o novo nome de Ordem de Cristo garantindo que os recursos ficariam no reino português e as escolas de navegação formando os grandes navegadores que terminaram apontando em nossa terra com o brasão da cruz cristã impressa nas velas de seus barcos.



            Desde o início da sua descoberta, o Brasil foi coberto pela influência da Igreja Católica, rezando missas e catequisando os silvícolas. Hoje, a doutrina espirita que rege o Espiritismo, que recebe o intercâmbio das inteligências extrafísicas, passam a informação que o Brasil está destinado a ser “a Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo”.



            A história mostra com clareza esse desiderato espiritual de encaminhar a humanidade para a construção do Reino de Deus, a partir da encarnação de Jesus Cristo para desempenhar sua missão de ensinar sobre o amor. Cabe a nós aqui no Brasil levantar as pessoas que são necessárias em cada setor estratégicos. Talvez o Bolsonaro deva ser um deles.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/03/2022 às 00h01
 
27/03/2022 00h01
A ÚLTIMA CRUZADA (08) – PAPA X REI

            Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.



            A Europa estava em constante conflitos entre os reinos. Todos queriam afirmar seu poder e as fronteiras eram frágeis. Entre eles estava a França, onde o rei Filipe IV, “O Belo”, queria expandir seu poder a qualquer custo para enfrentar a Inglaterra. Foi quando teve uma ideia inédita. Cobrar impostos da Igreja. A retaliação foi rápida, e o rei foi excomungado pelo Papa.



            O Papa não esperava que a campanha difamatória feita por Filipe o Belo, pudesse ser tão forte a ponto que ele terminasse espancado e morto pela população. O novo papa que o sucedeu também morreu em menos de um ano, com origem até hoje desconhecida.



            Quando assume o Papa francês Clemente V que reverte a decisão da Igreja em favor do seu rei. Na ânsia de poder, Filipe o Belo continuou expropriando judeus e bancos, gerando inflação, promovendo calote e fazendo imensas dívidas.



            A população se revolta numa imensa crise e o rei recorre a Ordem Templária que emprestou dinheiro para pagar suas dívidas.



            O problema é que o empréstimo foi indevido. O dinheiro era usado para as Cruzadas e quando grão-Mestre da Ordem, Jacques DeMolay soube do fato, ele expulsou o tesoureiro abrindo um cabo-de-guerra com o rei francês.



            Filipe o Belo, usou a mesma estratégia novamente. Começa a campanha difamatória contra os Templários e o Papa que estava sob seu domínio, proíbe a Ordem e confisca suas propriedades.



            Na noite de sexta feira, 13 de outubro de 1307, centenas de cavaleiros templários por toda a França foram capturados pelos soldados do rei, e de acordo com alguns historiadores, sujeito a tortura para confessar os seus crimes. Até hoje não temos todas as conclusões sobre essa história, mas para muitos, aquela noite foi o motivo para a superstição da sexta-feira 13 ser um dia sombrio.



            Esse é um problema ambíguo, porque eles inventaram a letra de câmbio, eles depositavam dinheiro na Europa e retiravam quando chegava em Jerusalém. Eles roubaram muito dinheiro. Mas existe todo um legado heroico, místico dos templários.



            Foi um processo muito sanguinário. Foi decretado todos os Templários como hereges e houve um grande derramamento de sangue, mais armadilhas armadas contra os Templários. Foi uma Ordem que poderia ter trazido grandes avanços para a Europa, mas estava ali sendo sufocada pela ganancia e tirania de um dos seus soberanos que se sentia ameaçado.



            Após décadas de perseguição, o Cristianismo foi aceito pelos Romanos, através do Imperador Constantino, como a religião oficial do Império. Foi o início da escalada do Cristianismo no poder secular. O Papa eleito era possuidor de um poder transcendental, acima do poder do Rei, o qual devia prestar sua obediência. No entanto, tanto o poder clerical quanto o poder real, são conduzidos pelos homens. Esses somos todos possuidores de forças instintivas identificadas no livro de Jó, na Bíblia, como o Behemoth. É uma figura monstruosa que podemos imaginar com sete cabeças que correspondem aos sete pecados capitais. Esse monstro exerce seu poder dentro de nós, e nós exercemos o poder que ele tem dentro de nossas instituições, seja real ou clerical. A hierarquia superior que deveria ser desenvolvida e acatada por todos, inclusive pelos imperadores, termina sendo descaracterizada e colocada a serviço do homem e seus interesses minúsculos. Assim observamos desde essa época, a pompa da Igreja Católica associada ao poder real. Isso foi importante pois serviu para a construção de reinados católicos que procuravam seguir a orientação papal. Porem o poder militar estava nas mãos dos reis que não tinham tanta obrigação moral de seguir as lições do Cristo. Assim observamos o comportamento desse rei, Felipe, o Belo, que atacou e humilhou o Papa que não concordou com suas atitudes. Essa queda-de-braço entre a Igreja e o Estado feita por homens cheios de egoísmo, impede a plena emergência do Reino de Deus como a sociedade ideal que Jesus ensinava. Talvez, se ainda não for tarde, que voltemos nossas ações para construir a sociedade que o Cristo nos ensinou, mesmo que sigamos além do que os eclesiásticos querem nos ensinar, de forma deturpada.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/03/2022 às 00h01
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