Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
12/11/2013 09h15
A PONTE

Apresentei no dia 09-11-13 o texto de O Báb, considerado a porta para o Reino de Deus. Agora encontro outro texto que fala sobre a ponte que podemos fazer para aproximar ainda mais as pessoas da vontade que o Pai quer para nós e que dizia assim:

Barnabé foi um manancial de encorajamento para Saulo, que havia sido rejeitado devido ao seu passado. Quando Saulo chegou a Jerusalém, três anos após a sua conversão, muitos discípulos tinham medo dele e duvidavam da sua transformação, por ele ter sido um perverso perseguidor de cristãos. Mas Barnabé, um judeu convertido, viu a obra da graça de Deus na vida de Saulo e tornou-se uma ponte entre eles e os apóstolos. Saulo necessitava de alguém para caminhar com ele, encorajar, ensinar e apresentá-lo a outros cristãos. Barnabé foi essa ponte e fonte de encorajamento. Como resultado, Saulo teve comunhão mais profunda com os discípulos em Jerusalém e foi capaz de pregar o Evangelho com liberdade e arrojo ali.

Refleti então sobre as duas analogias, a porta e a ponte. Servimos de porta quando anunciamos, assim como fez Jesus, a necessidade da construção do Reino de Deus e damos o exemplo com a nossa própria vida. Servir de ponte implica em aproximar as pessoas umas das outras, por mais complexa que seja a hostilidade que possam apresentar, e talvez, principalmente por isso.

Servir de ponte parece ser um pouco mais complicado, pois implica numa ação mais incisiva na dissipação dos atributos egoístas que envolvem a situação. E todos sabemos o quanto é difícil nós operarmos nossa própria mudança, quanto mais promover essa mudança nos outros. É necessário que haja o desejo verdadeiro para a mudança. No caso de Saulo, ele sofreu uma transformação direta que foi promovida pelo próprio Jesus; os primeiros cristãos não acreditavam nisso, tinham visto e sentido na pele e no coração a atuação perversa de Saulo com relação a eles. Como acreditar num homem desses?

Acredito que a construção do Reino de Deus se dê através de aproximações sucessivas de pessoas que tenham dificuldade de convivência, tanto perto (lar) como distante (país). Afinal a Lei do Amor que é a principal regra que disciplina os relacionamentos tem como sua essência a inclusão e a quebra de preconceitos que criem obstáculos à plena aplicação da Lei.

Na minha experiência, vejo a sexualidade como um obstáculo à Lei do Amor, pois a ampla maioria das pessoas, quase a totalidade dos que conheço, vêem o ato sexual como uma ação que necessariamente deva excluir outras pessoas. Agora mesmo, ao digitar este texto, recebo uma ligação de uma amiga minha que tem plena convicção disso. Quer que eu seja o seu namorado, mas com exclusividade. Freqüenta diariamente a igreja, tem plena confiança em Deus, acredita em Jesus e em Suas lições, deseja fazer a vontade do Pai, mas tem uma compreensão totalmente diferente da minha. Ela acredita que eu viva em total promiscuidade por eu defender o Amor Incondicional acima de tudo, inclusive da exclusão que advém do amor romântico e de sua exclusividade sexual. Defendo pois interpreto assim, que o sexo é um ato divino e que deve ser realizado entre duas pessoas quando haja sintonia, que aperfeiçoe ainda mais o amor entre ambos e que não nutra exclusão de outras pessoas. Sei que ela tem razão quando diz da enorme disparidade do meu comportamento frente a cultura em que estamos inseridos, da exclusividade dos relacionamentos sexuais entre homem e mulher como base da família.  Mas sei que ela também sabe, pois foi “vítima” disso (o seu ex-marido se envolveu sexualmente com a empregada de casa e foi esse o motivo da separação deles) que essa cultura é totalmente virtual e que a maioria das pessoas se envolvem sexualmente e na clandestinidade com outras pessoas, apesar de, com hipocrisia, defenderem o contrário.

Quando percebi que a Lei do Amor não admite mentiras, que há uma aproximação natural entre as pessoas que Deus oportuniza a convivência e que pode chegar até ao sexo, e que preconceitos de nenhuma natureza pode evitar essa dinâmica de essência divina, tive que mudar todos os meus paradigmas e me transformar na pessoa que sou hoje: uma porta para o Reino de Deus, uma ponte para unir os irmãos e dissipar suas desavenças.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/11/2013 às 09h15
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11/11/2013 01h01
E-MAIL DE DEUS

            Um colega publicou no Jornal de Hoje (9 e 10-11-13), um texto bem interessante e que eu já fazia aplicação de certa forma em minha vida. Ele começa por considerar o Amor como uma doença da qual não quer se tratar. Sei que ele está brincando, pois o amor ao qual ele se refere e que está nos versos do poeta (Ferida que dói e não se sente; descontentamento descontente; dor que desatina sem doer) se refere ao amor romântico, e não ao Amor Incondicional que é o foco do seu pensamento.

            Ele fala de uma lição que recebeu de um homem do campo, que “Deus manda e-mails cada dia para nós, mas o danado é que a nossa cegueira não consegue enxergar e ver e ler essas mensagens!”. Eu já tenho essa compreensão, de que Deus se comunica constantemente comigo, pelas mais diversas formas, só não tinha colocado essa condição de forma tão moderna e tão ampla. O autor coloca exemplos de Amor Incondicional, trabalho, perseverança e fé para justificar seu ponto de vista, agora também ampliado com os “e-mails de Deus”.

            Olhando assim a página do jornal com essa nova perspectiva, vejo que existem cinco artigos e uma carta. Todas foram inspiradas de alguma forma pelo Deus que dormita em cada um de nós. Alguns desses textos têm um maior chamativo aos nossos interesses imediatos, como foi este artigo que estou refletindo sobre ele. Mas os outros também têm os seus interesses, como o que fala da técnica de escrever, do conterrâneo que fez sucesso no exterior, do significado do nome próprio, da harmonia da natureza nos seres do mar e seus perigos ecológicos, e das considerações históricas do nosso habitat municipal. Com cada um desses textos eu poderia desenvolver um pensamento, pois de alguma forma eles tocam nos meus interesses mais íntimos. Mas existe uma gradação, uma hierarquia de interesses, e esse intitulado Deus@acordamundo.com foi o que apresentou mais importância dentro do meu foco.

            Dessa forma surge outra compreensão a partir dessa reflexão. Se Deus está em tudo, inclusive dentro de nós e o Seu amor Incondicional é uma semente prestes a germinar em nossos corações, tudo que produzimos tem o tempero de Seu poder, de Sua essência, com exceção de quando saímos dos trilhos da Sua vontade por ignorância e nos perdemos nos caminhos do mal. Então, o que devemos fazer é abrir bem os olhos para afastar a cegueira e observar os recados que estamos sempre a receber e orientar ou reorientar nossa forma de pensar, sentir e agir; acolher as pessoas que estão sempre chegando e que devem partilhar conosco algo de nossa missão frente ao Pai, já que foi Ele que as enviou; considerar as circunstâncias ao redor que criamos com o nosso livre arbítrio, se estão seguindo no caminho da harmonia, pois este é o caminho do Pai.

            Concluindo, com este “e-mail” que acabo de receber do Pai, se amplia o meu modo de perceber a Sua vontade e a magnitude do Seu poder em tudo, entre todos e principalmente em mim.

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em 11/11/2013 às 01h01
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10/11/2013 01h01
EXERCÍCIO DE GUERRA

            O Jornal de Hoje, de Natal-RN, do dia 05-11-13, traz uma matéria intitulada: MILITARES DE OITO NAÇÕES SE REUNEM EM NATAL PARA EXERCÍCO SIMULADO DE GUERRA AÉREA. Apesar de longo vou transcrever a matéria.

            Oito países estão participando em Natal do Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex), atividade organizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) com o objetivo de treinar missões avançadas a serem realizadas em ambiente de guerra moderna. O evento que vem acontecendo na Base Aérea de Natal desde ontem, visa compartilhar conhecimentos a partir de experiências de treinamento em ambiente de coalizão.

            Mais de 90 aeronaves e dois mil militares do Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Venezuela e Uruguai estão presentes na Cruzex, considerada o maior exercício de guerra aérea da América Latina. A programação que compõe as atividades do exercício se estenderá até o dia 15 de novembro. Nos dias posteriores, 16 e 17 de novembro, será a partida das unidades aéreas aos seus países. Apesar de ser um evento restrito aos militares e oficiais da aeronáutica, a população de Natal poderá visitar as instalações da FAB com data restrita ao dia 9.

            Para a operação do Cruzeiro do Sul, o representante da Força Aérea Brasileira, Brigadeiro Jordão, explicou que a Base Aérea de Natal foi transformada em uma espécie de quartel general de guerra para dar suporte às ações de simulação. “As missões ocorrem sobre o estado do Rio Grande do Norte, passando por território do Ceará, Paraíba e Pernambuco, sem o emprego real de armamentos. Esse trabalho conjunto com outros países nos faz unir forças para alcançar objetivos comuns”, disse o Brigadeiro Jordão, durante coletiva de imprensa com jornalistas nacionais e internacionais.

            “Nossa intenção é colocar em prática os conhecimentos trabalhados em todos os países, aliando as novidades tecnológicas aos novos equipamentos utilizados em situação de guerra. A idéia com esses treinamentos é chegar o mais próximo possível da realidade. Se temos condições de fazer isso, ganharemos todos nós”, afirmou Jordão. “É obvio que nós não queremos vivenciar um momento de guerra, mas se for preciso poderemos fazer com precisão apenas o que for necessário e nada além do que isso”.

            A escolha pela capital potiguar para sediara Cruzex novamente foi devido à estrutura da Base Aérea de Natal com amplas instalações; da rede hoteleira diversificada existente na cidade, bem como o clima do local para a realização dos vôos simulados quando são necessários e o pouco fluxo de aeronaves no espaço aéreo – o que facilita a coordenação do exercício.

            A primeira edição aconteceu em 2002 e, desde então, tem mudado e aperfeiçoado a forma de empregar o poder aéreo na FAB. Operações como a Cruzex são oportunidades únicas de os países trocarem informações, doutrinas e aperfeiçoarem a forma de agir em missões reais.

            Desde a década de 1990, a Força Aérea Brasileira vem absorvendo conhecimentos com forças estrangeiras que atuaram em conflitos como os do Iraque, Bósnia e Kosovo. “A cada edição do Cruzex são incorporadas novas ‘missões de pacote’ – um conceito que damos para missões realizadas em grupo. Com base em experiências reais, nós avaliamos o emprego dos armamentos, por exemplo, e validação dos tiros de uma aeronave para outra”, explicou o Brigadeiro Jordão.

            O comandante das tropas brasileiras ainda destaca que os integrantes dos diferentes esquadrões envolvidos, por meio do intercâmbio de conhecimentos operacionais com Forças Aéreas estrangeiras, treinam as diferentes táticas e técnicas empregadas nas missões aéreas. “Conhecer um pouco de como os países pensam e agem, nos dá uma tranqüilidade de relacionamento com as nações, principalmente enquanto unidades da América Latina”, disse.

               Vejo essa notícia no jornal, vejo a comprovação de tudo que foi dito pelos aviões que testemunho cruzar os céus com seus potentes motores e fico a refletir como estamos distantes ainda da construção do Reino de Deus. Esse exercício simulado de guerra é totalmente contrário ao mundo fraterno que deve existir no Reino. Jamais um homem deve pensar em agredir o outro, muito menos as nações.

            Entendo que o medo de agressões por potências estrangeiras justifiquem essas ações, como forma de defesa coletiva. Não quero de forma alguma condenar os meus irmãos que estão envolvidos nesse trabalho de defesa, afinal o mundo ainda está sob a predominância do mal. Mas chamo a atenção para a nossa passividade quanto exercício de fraternidade que poderíamos fazer no mesmo nível.

            Existe um bom número de pessoas que aceitam Jesus como Mestre e procuram seguir suas lições na construção do Reino de Deus que Ele anunciou. Essas pessoas se encontram até mesmo entre os soldados que participam desse exercício. Porque então, não organizamos um EXERCÍCIO SIMULADO DE FRATERNIDADE INTERNACIONAL? Porque não usamos nossos recursos tecnológicos e desenvolvemos táticas de eliminação da fome, da peste, da pobreza, da ignorância? Os nossos meios de comunicação poderiam divulgar com toda a amplitude, as ações positivas que cada país realiza, onde se encontra infiltrada a raiz do mal, o que fazer para a erradicar... Cada país poderia demonstrar na prática de sua terra como é aplicada a dignidade humana, como cada cidadão reconhece a importância do seu trabalho na construção do Reino de Deus.

            Enfim, cada membro de cada nacionalidade, mostra o respeito pelas autoridades dos seus respectivos países, mas acima de tudo considera qualquer homem que viva em qualquer latitude do planeta como um irmão que deve ser respeitado e amado; que os seus governantes, sejam de qualquer ideologia respeitará acima de seu poder a autoridade majoritária do Cristo como governador do planeta, e seguirá acima de qualquer lei que possa ser formulada na academia mais conceituada, a Lei do Amor Incondicional.

            Espero que nossa consciência coletiva desperte para essa necessidade do exercício da fraternidade, o mais rápido e o mais competente possível, afinal o nosso governador está à nossa espera!

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em 10/11/2013 às 01h01
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09/11/2013 01h01
O BÁB

            Ainda tentando atualizar a leitura diária, vi no livro “Pérolas de Sabedoria”, da fé Bahá’í, que o dia 20 de outubro, dia que eu nasci, era também o dia do nascimento do Báb. Fui na internet em busca em busca de conhecer quem era e encontrei uma página (http://www.bahai.org.br/religiao/Bab.htm) que transcrevo na íntegra.

A palavra Báb em árabe significa Porta.

O Báb foi a porta para um novo Reino - o Reino de Deus na Terra.

O Báb era ainda bem jovem quando revelou aos outros a Mensagem que Deus lhe dera. Tinha apenas 25 anos de idade. Uma bela cidade no sul do Irã, chamada Shiraz, foi o lugar de Seu nascimento.

As pessoas no Irã eram muçulmanas, e por isso ele recebeu um nome muito comum naquele país - Ali Muhammad. O Báb descendia do próprio Maomé.

O pai do Báb faleceu logo após seu nascimento. Um tio, o irmão de Sua mãe, criou-o. Quando criança foi enviado para um mestre, que lhe ensinou o Alcorão e as matérias elementares. Porém, desde a infância o Báb foi diferente das outras crianças.

Estava sempre fazendo perguntas difíceis de serem respondidas, dando Ele mesmo as respostas, o que deixava boquiabertas as pessoas mais velhas. Freqüentemente, enquanto as outras crianças brincavam ele se dedicava às orações, sentado à sombra de uma árvore ou em outro lugar silencioso.

Mais tarde, quando o Báb revelou Sua realidade como um Manifestante de Deus, tanto Seu tio como Seu mestre n’Ele acreditaram porque tinham-no conhecido desde a infância e visto a diferença entre Ele e as outras crianças. Seu tio até faleceu como um mártir da Causa de Deus revelada através de seu sobrinho, o Báb.

Antes do Báb declarar Sua Missão como um Mensageiro de Deus, existiram dois famosos mestres os quais disseram que, conforme previsto no Alcorão e nas tradições sagradas, o Prometido do Islã logo iria aparecer. Esses dois mestres foram Shaikh Ahmad e seu principal discípulo Siyyid Kasim. Em virtude de terem sido eles dois homens santos e muito instruídos, muitas pessoas acreditaram no que disseram e se prepararam para receber o Prometido.

Quando Siyyid Kasim faleceu, seus discípulos espalharam-se por diferentes lugares em busca do Prometido. Alguns deles, dirigidos por um jovem piedoso e muito culto, chamado Mullá Husayn, ficaram meditando, orando e jejuando durante quarenta dias, e então partiram para Shiraz.

Suas preces foram atendidas. Próximo ao portão de entrada de Shiraz. Mullá Husayn encontrou um jovem radiante de alegria que tinha vindo recebê-lo. Esse jovem não era outro senão o próprio Báb.

Convidou Mullá Husayn para ir à sua casa e lá, em de 23 de maio de 1844, o Báb declarou ser o Prometido.

Mullá Husayn sentira seu coração atraído para o Báb desde o primeiro minuto em que seus olhos O viram à entrada da cidade. Mas agora, quando Seu hospedeiro fizera tão grande revelação, Mullá Husayn pediu-lhe alguma prova pela qual pudesse conhecê-lo como sendo mesmo o Prometido.

O Báb disse que nenhuma prova seria superior aos versos divinos revelados por um Manifestante de Deus. E então, tomando de Sua pena e papel, escreveu Seu primeiro texto sagrado. Embora não tivesse freqüentado escola, exceto por um breve período na infância, o Báb, como todos os outros Manifestantes de Deus, estava dotado de um profundo conhecimento inédito, que era uma dádiva do Criador.

Escreveu com grande velocidade e enquanto escrevia cantava os versos com voz suave e celestial. Mullá Husayn não desejou mais nenhuma prova. Com lágrimas nos olhos, prostrou-se aos pés do Manifestante de Deus.

Mullá Husayn foi o primeiro discípulo do Báb, que lhe deu o título de Bábu’l-Báb, que significa a porta da Porta. Aquela noite marcou o início de uma nova era.

O calendário bahá’í começa naquele ano, 1844.

Não demorou para que outras pessoas também acreditassem no Báb. Alguns encontraram-no pessoalmente, outros leram Seus escritos sagrados, enquanto ainda outros, reconheceram-no através de sonhos e visões que tiveram sobre Ele.

O Manifestante de Deus é como o sol. Quando o sol se levanta todo o mundo o enxerga, menos aqueles que estão profundamente adormecidos. Mesmo os que dormem, mais cedo ou mais tarde, vêm a saber que o sol está brilhando.

A Mensagem do Báb foi dada primeiramente ao povo do Irã. Mas os mulçumanos de outros países não sabiam que o Seu Prometido já viera. Portanto, quando milhares de mulçumanos, de todos os países, se reuniram em Meca em peregrinação, o Báb viajou para esse lugar sagrado do Islã, a fim de dizer a todos que o objeto de sua adoração já se encontrava entre eles, que Ele, o Báb, era o Prometido.

Ninguém lhe deu ouvidos, mas o Báb completou Sua declaração, fazendo-a publicamente naquele centro de Fé muçulmana.

Quando retornava à Sua cidade natal, encontrou um grupo de soldados que vinha prendê-lo, pois os fanáticos mullás (padres muçulmanos) não queriam que Sua Fé se espalhasse. Esses mullás fizeram de tudo para extinguir a luz de Deus que ardia no coração do Báb.

Daquele dia em diante o Báb passou por incontáveis dificuldades: Sua vida, após a Declaração, curta, mas brilhante, foi vivida em sua maior parte nas prisões. O Báb esteve encarcerado em terríveis prisões, construídas nas montanhas onde fazia frio e em cuja região viviam poucas pessoas. Mas as correntes ou as prisões não puderam impedir que o Chamado de Deus se espalhasse.

Enquanto o Báb encontrava-se preso, Seus fiéis seguidores levaram Sua mensagem para todos os cantos do país e durante um curto período de tempo milhares de pessoas deram suas vidas por Sua Sagrada Causa.

O Báb era ainda jovem, com apenas 31 anos de idade, quando decidiram matá-lo.

Ele sabia que seria martirizado no caminho de Deus. Mas sentia-se feliz em sacrificar Sua vida para que se voltassem para Deus e buscassem seu reino de eternidade.

O dia do martírio do Báb foi 9 de julho de 1850.

Na manhã daquele dia, o guarda encarregado de levá-lo para ser executado foi falar com Ele na prisão. O Báb estava conversando com um de Seus discípulos, que escrevia Suas últimas instruções. O guarda lhe disse que chegara a hora e que os soldados estavam prontos, na praça central da cidade, aguardando ordens para a execução.

O Báb lhe disse que tinha de concluir Sua conversa com Seu discípulo antes de ser fuzilado. O guarda riu e disse que um prisioneiro não podia fazer o que bem entendesse. Disse-lhe o Báb que poder nenhum na Terra podia impedir que Ele terminasse Sua missão neste mundo e que iria terminar o que tinha de dizer ao Seu discípulo.

O guarda levou-O para a praça de execução. No caminho, um de seus discípulos, de nome Muhammad Alí Zunuzi, avançou da multidão jogando-se aos pés de seu amado mestre, implorando para ser executado com Ele. O guarda tentou afastá-lo, mas Muhammad Alí Zunuzi tanto implorou que lhe foi permitido morrer em companhia do Báb.

Na praça onde os soldados estavam esperando para desfecharem a carga fatal, uma grande multidão se reunira para assistir ao fuzilamento do Báb. Todos olhavam enquanto o Báb e Seu discípulo eram amarrados de tal maneira que a cabeça do discípulo repousava no peito do Bem-Amado.

Chegou o grande momento. Os tambores ecoaram, soaram os clarins, e quando estes sons diminuíram ouviu-se a voz do comando dizer "Fogo!"

Centenas de soldados puxaram os gatilhos. Espessa nuvem de fumaça cobriu toda a praça. O cheiro de pólvora era bem forte no ar. Assim que a fumaça foi desaparecendo, uma grande surpresa tomou contas de todos.

Não havia sequer um traço do Báb. E seu discípulo estava de pé, desamarrado e ileso. Ninguém sabia o que pensar. Muitos disseram ter ocorrido um milagre e que o Báb desaparecera para o céu, o pelotão de fuzilamento jamais presenciara coisa igual. Guardas foram enviados em várias direções, em busca do Báb. O mesmo guarda que trouxera o Báb da prisão voltou para lá e O encontrou sentado calmamente, concluindo Sua palestra com Seu discípulo, a qual havia sido tão rudemente interrompida, o Báb voltou-se para o guarda e, sorrindo, lhe disse que a Sua Missão na terra agora havia terminado e que estava pronto para sacrificar Sua vida para provar a veracidade de Sua missão.

Mais uma vez foi levado para a praça, onde o comandante do pelotão de fuzilamento recusou-se a executá-lo novamente. Retirou seus soldados e jurou que nada faria tentar tirar outra vez a vida daquele inocente e santo jovem. Outro regimento foi solicitado para levar a cabo execução e desta vez centenas de balas retalharam os corpos do Báb e de Seu devotado discípulo.

Sua divina face, porém, ficou intacta, sem ser atingida por nenhum tiro, e mostrava um leve sorriso de paz e felicidade, de alguém que havia dado Sua vida para proclamar o início de uma nova era para a humanidade.

O Báb foi um grande Manifestante de Deus. Em todos os Seus escritos disse que a finalidade de Sua vinda fora trazer as boas-novas de que em breve o Prometido de todos os tempos iria aparecer.

Advertiu aos Seus seguidores para ficarem atentos, a fim de reconhecerem "Aquele que Deus tornaria, manifesto".

Disse que deviam deixar todas as coisas de lado e seguir o Prometido, tão logo ouvissem Sua Mensagem. O Báb escreveu inúmeras orações implorando a Deus para que a Sua própria vida pudesse ser aceita como um sacrifício ao Bem-Amado de Seu coração, "Aquele a quem Deus tornaria manifesto".

Ele próprio referiu-se em Suas Escrituras à Ordem de Bahá’u’lláh e disse "feliz daquele que seguir a Bahá’u’lláh."

As preces do Báb foram atendidas e Sua promessa foi cumprida. Dezenove anos mais tarde Bahá’u’lláh declarou publicamente ser Ele o Prometido cuja vinda tinha sido anunciada por todos os Manifestantes de Deus em eras passadas. 

            Confesso que eu não conhecia essa história do Báb, apesar de já ter descoberto há pouco tempo a Fé Bahá’í. Fiquei surpreendido com a data do nascimento dele coincidir com aminha data de nascimento, ele em 1819, eu em 1952. Portanto 133 anos afastam os nossos nascimentos. Como ele foi executado em 09-07-1850, aos 31 anos de idade, faltava ainda 102 anos para o meu nascimento.

            Impressionante como a convicção que Ele tinha de cumprir a vontade de Deus e que era a porta para o Reino de Deus, tem semelhança com a minha convicção com relação a vontade de Deus em minha vida e da construção do Seu Reino em minhas atividades.

            Vou parar de fazer essas reflexões, fazer o paralelo de pessoas tão especiais comigo, pois reconheço que estou muito distante da determinação deles em obedecer e divulgar a vontade de Deus. Eles estão muito distantes de mim, apesar de tantas aproximações nas idéias...

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/11/2013 às 01h01
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08/11/2013 01h01
SERVIR AO PRÓXIMO

            Fui solicitado a contribuir com uma reflexão de fim de curso e foi uma oportunidade para que eu fizesse uma reflexão sobre o término do meu curso e a condução da minha vida no atual estágio. Então vou aproveitar muitas das palavras que utilizei e adequar à minha situação.  

            Vivemos num mundo cheio de pessoas amedrontadas, feridas e confusas... nós mesmos que pertencemos a esse mundo também sofremos dessas máculas. Cada pessoa deve ajudar ao próximo, e vice-versa: uma ajuda mútua, pois todos somos necessitados uns dos outros. Deus oferece oportunidades de crescer, adquirir conhecimentos e cada um ficar mais capacitado para servir, de acordo com suas tendências. Deus me mostrou caminhos e apresentou pessoas para que eu ficasse capacitado para melhor servir dentro do meu potencial e de acordo com a Sua vontade.

            Confesso que no início da minha profissão eu não estava tão ligado com a vontade de Deus, mas tinha muito clara a importância do servir. Tanto que desviei em muitos momentos o trabalho dentro da profissão e cai em campo nas comunidades, dentro de um trabalho político. Acreditava que podia servir com mais amplidão ao próximo estando num cargo político. Percebi depois de várias tentativas que eu não conseguiria me eleger usando o discurso de “Dignidade Humana” a qual eu procurava seguir com fidelidade. Nunca troquei voto de eleitor nenhum por minhas habilidades profissionais ou o que de material eu poderia oferecer. Também não deixava de assistir, de ajudar quando necessário, mesmo que o voto daquela pessoa fosse para outro candidato. Isso não me preocupava, pois eu não tinha intenção de me locupletar no cargo que eu disputava. Entendia que eu iria exercer o cargo para beneficiar os eleitores, a população em geral e não a mim, o meu partido ou aos meus correligionários. Portanto, do ponto de vista individual, esse era até um favor que os eleitores faziam para mim quando não votavam em mim, pois fazia eu voltar a minha profissão onde o espaço que eu tinha para meu crescimento pessoal era bem maior.

            Dessa forma compreendi que jamais seria eleito e eu não queria mudar o meu discurso somente para alcançar um cargo e não poder fazer o que minha consciência mandava. Então voltei a me dedicar com exclusividade à profissão e foi quando Deus, com o GPS divino que colocou na minha consciência, apontou caminhos bem interessantes. Em primeiro lugar, Ele me mostrou uma nova forma de política que se adaptava melhor aos meus princípios: a política divina ditada pela lei do Amor Incondicional e cujo Mestre maior, Jesus Cristo, é o governador do planeta. A partir daí passei a aprofundar cada vez mais meus estudos dentro dessa política. Hoje estou bem fortalecido dentro dessa conjuntura com conhecimentos; infelizmente a minha prática ainda é insuficiente. Mas tenho a convicção de que a vontade que Deus colocou na minha consciência e que eu procuro cumprir, tem um longo alcance na promoção de qualidade de vida da humanidade, pois procura construir o Seu Reino entre nós. Por enquanto sou apenas um militante da causa espiritual, do Mestre Jesus, mas espero que ainda nesta encarnação eu tenha condições de galgar postos mais elevados pelo trabalho desempenhado.   

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