Hoje acordei, o sol começava a surgir, a claridade por entre as nuvens escuras que preenchiam o céu, testemunhava o nascer do astro que alimenta a vida. Essas nuvens escuras que cobriam a sua luz ameaçavam a queda de chuva, pingos nos telhados, bicas correndo, ruas alagadas...
Fiz uma comparação do clima à minha frente, sobre mim, com o meu estado de ânimo, dentro de mim... também percebo nuvens escuras de desilusão sobre o meu coração, que ameaçam a queda de lágrimas sobre o meu leito solitário. Não importa a hora, tão cedo...
Vou telefonar para ela, um último telefonema. Dizer que estou partindo, não posso mais ficar aqui. Vou não sei para onde, mas eu preciso fugir dela. Cada vez que a vejo, mesmo a distância, sinto uma pontada no coração, as nuvens escuras cobrem a minha alma e ameaça cair tempestade de lágrimas.
Tenho que ir para bem longe daqui, tenho que salvar o meu coração que sente a ameaça de ser afogado em tantas lágrimas...
Eu não reclamo porque ela não me ama, pois eu a amo e quero vê-la feliz, mesmo que seja ao lado de outra pessoa. Mas o meu coração, sem cérebro, não sabe pensar desse jeito, somente sentir do jeito dele. E ele sente a falta dela, dos carinhos e beijos que um dia sentiu, lembra tudo isso e quer que tudo se repita, para sempre!
Sei que mesmo levando meu corpo para muito distante, este meu teimoso coração vai sempre ficar junto dela, mas não terá mais a sua figura captada pelos meus olhos físicos, injetando dor e sofrimento em minha alma pela ausência do contato com o seu corpo. Terá apenas a figura eternizada na imaginação que espero que o tempo vá dissolvendo, diluindo e traga outras experiências com as quais eu possa preencher o vazio que ela deixou.
Mas o meu coração percebe minhas intenções de fugir para longe e grita dentro de minha alma: “Eu estarei com ela para sempre, a cada momento, em qualquer lugar pela vida toda!”
Meu coração não quer saber do que sei. Das mentiras que eu ouvia, que ela falava para iludir a minha alma, domesticar o meu coração e faze-lo bater como se fosse só para ela. E agora partiu de nossa casa, está distante e o teimoso coração dizendo que está com ela para sempre...
Fico pensando o que ela dirá aos nossos amigos quando não nos virem juntos como quantas vezes testemunharam. Vai inventar o que ela quiser, pois sabe muito bem usar as mentiras, encontrar motivos irreais que não estão sintonizados com meu coração. Sei que ela vai tentar justificar com as lembranças amáveis de ontem comigo o que hoje tenta repetir com outra pessoa, como destino, paixão, talvez ilusão...
Quero falar para ela nesse último telefonema, mas não sei o que... porque já estou chorando, as lágrimas afogando o meu raciocínio, o coração se debatendo nas ondas tempestuosas da emoção.
Quando ela atender e perceber minha voz embargada falando de despedida, talvez fique curiosa, nunca me viu ao seu lado assim tão fragilizado, sem saber o que dizer, sentindo as lágrimas que não pode ver a rolarem pelo meu rosto. Ela não pode imaginar o quanto de sofrimento a sua ausência deixou dentro de mim. Meu coração que nunca falou agora é quem quer explicar:
“Tudo isso é porque eu te amo! Este é o motivo, eu te amo! Como eu te amo!”
Reproduzirei aqui a 4ª. e última parte do texto, fragmentado em itens devido o tamanho, que circula nas redes sociais e que é de importância para a nossa reflexão.
Explicações institucionais
A explicação legalista liga o progressismo a várias leis americanas de direitos civis cuja vagueza e aplicação seletiva levou, por medo, as organizações a aceitarem um compliance (observância) com uma crescente série de proibições à liberdade de expressão e discordância política a fim de evitar processos.
A Lei de Direitos Civis de 1964 marca o começo dessa história. Seus banimentos de discriminações relativas a raça e gênero logo foram expandidas pela Suprema Corte para incluir qualquer coisa que tivesse um impacto díspar sobre grupos protegidos. Enquanto isso, programas de ações afirmativas se expandiram pelo governo e pelo ensino superior, na presunção de que as disparidades entre os grupos não existiriam sem a discriminação — uma alegação central nos dias de hoje. O que chamamos de "politicamente correto" é, na verdade, "um nome do efeito cultural da aplicação básica dos poderes da lei dos direitos civis", diz Christopher Caldwell, a qual permitiu a "censura governamental [...] por meio de um sistema de corte civil que tinha visto seu escopo e seu poder de punição fortalecidos pela lei dos direitos civis" e ameaçou com processos que, pelo medo, levaram os empregadores a "privatizarem a supressão do dissenso". Em Inventing Equal Opportunity, o sociólogo de Harvard Frank Dobbin escreve que a "contínua ambiguidade dos padrões de compliance levaram os autores que escreviam sobre gerência a recomendarem escritórios permanentes anti-discriminação para rastrear mudanças legais." Esse mecanismo de reforço legal explica muito do comportamento corporativo, como observa o cientista político Richard Hanania: desde os departamentos de RH que policiam opiniões no escritório, até as corporações que súbito declaram seu apoio às causas do momento quando se levanta a perspectiva de intervenção governamental.
Tese rigorosa com muito poder explicativo, a explicação legalista, não obstante, parece deixar algumas coisas sem solução. Primeira: poder-se-ia esperar que homens e organizações acuados por um aparato governamental intrusivo cooperassem com o programa só a contragosto, fazendo o mínimo para ficar na compliance. Mas um sem-número de exemplos mostra empresas lacradoras irem muito além do compulsório, fazendo e dizendo coisas que nem mesmo o regime dos direitos civis, vago e expansionista, requer. Segunda: as estruturas legais que seriam a matriz da lacração corporativa existem há décadas — ainda assim, a intensidade da guerra cultural só subiu vertiginosamente nos últimos anos.
Em socorro, vem uma modificação sociológica da explicação legalista. O conceito de isomorfismo institucional explica a tendência enlouquecedora de as organizações atualizarem suas operações segundo as novas normas da lacração, seja a expansão repentina do acrônimo LGBTQ+ ou a necessidade de publicar afirmações cada vez mais gritantes sobre o racismo ser endêmico na vida dos EUA. O sociólogo Gabriel Rossman descreve no City Journal como "as organizações vão além de suas competências básicas para imitar os líderes do mercado e alcançar as demandas dos seus parceiros de negócios, o estado regulatório e empregados-chave." As instituições viram militantes não só por coação, mas também porque instituições pares estão fazendo isso. Enquanto isso, como explica Charles Fain Lehman, o empenho do fim do século XX em permanecer na compliance com leis de direitos civis logo abriu caminho para um "business case" de que a diversidade, em si mesma, traria benefícios para toda a corporação. "A transição da compliance para a diversidade marca o momento em que uma política corporativa de consciência racial se desvinculou do propósito racional e se transformou num mito", escreve Lehman, notando que a evidência subjacente ao business case nunca foi forte. E uma vez que tais polícias de consciência racial se tornaram um mito, ficaram livres para acumular novos princípios, como soem os mitos.
Cada explicação para a ascensão da lacração tem lacunas que convidam correções ou modificações. Tendo à mão uma série de teorias que não parecem funcionar sozinhas, mas que se complementam bem, poder-se-ia abraçar uma síntese: a visão de uma tempestade perfeita, na qual todos esses fenômenos diferentes ocorrem de uma vez. Assim, um certo tipo de criação super-protetora fez uma geração de crianças suscetíveis, numa era de religiosidade declinante, a ideologias cheias de urgência moral. A academia, encharcada de teoria, ficou feliz em prover tal ideologia, a qual essas crianças sorveram com gosto ao chegarem aos campi, a despeito de suas falhas evidentes. Quando se graduaram e ingressaram na força de trabalho, as corporações avessas a processos — já experientes no ajuste do seu comportamento para cumprir as leis de direitos civis — de bom grado atenderam às demandas políticas dessa classe trabalhadora socialmente engajada. E, graças ao imenso poder cultural de norte-americanos bem instruídos e ao poder econômico de megacorporações, a ideologia se tornou cada vez mais visível, e, no fim das contas, inescapável.
Esta explicação multifatorial pode parecer excessiva ou extravagante. Mas uma explicação complexa, que envolve muitas causas diretas diferentes, é adequada a esse fenômeno tão nebuloso, e ainda assim caro, do atual progressismo. Os céticos quanto à sua existência tendem a apontar a dificuldade de definir e explicar suas causas, mas tal imprecisão seria de se esperar caso se trate de um número de fenômenos diferentes, mas relacionados, e cada qual com sua série de causas.
Finalmente, o texto mostra com parâmetros lógicos a progressão da revolução cultural que doutrina a mente de jovens, modifica a missão de instituições e sem perceber como, a nação passa de democrática a autocrática, mas sem a necessidade de mudar o rótulo “democrático”. O que importa é usar as falsas narrativas para o alcance revolucionário integral.
Reproduzirei aqui a 3ª. parte do texto, fragmentado em itens devido o tamanho, que circula nas redes sociais e que é de importância para a nossa reflexão.
Os incentivos
Nessa falha entram duas explicações materialistas, alegando que as políticas progressistas no ambiente corporativo servem aos incentivos de atores econômicos. Primeiro há a tese do "capitalismo lacrador", que defende que os executivos adotam uma postura lacradora — tirando operações dos estados republicanos, endossando a retórica bizarra de treinadores de diversidade — para ganhar dinheiro. Talvez o endosso de uma companhia à ideia de que os EUA estão fundados no saque dos corpos negros lhe permita atrair mais talentos, já que os contrata num círculo estreito de jovens com credenciais educacionais de elite cuja cosmovisão tende a ser progressista. Talvez uma declaração de compromisso solene com a responsabilidade social habilite uma companhia a explorar esse campo em crescimento, como na criação de fundos ESG por firmas financeiras. Ou talvez os executivos estejam neutralizando, de antemão, um levante anticapitalista da esquerda. Ross Douthat defendeu no New York Times que "o ativismo corporativo em questões sociais" serve para "justificar a ascendência dos CEOs à condição de lobistas culturais, de modo que os mesmos lobistas os abandonarão [...] nas questões que importam mais para as corporações no frigir dos ovos." O ex CEO de uma biotech, Vivek Ramaswamy, desenvolve o argumento em Woke, Inc., oferecendo uma história enlatada na qual as corporações, apreensivas quanto ao crescente sentimento redistributivista na esquerda após a crise financeira de 2008, fez um acordo com ativistas identitários, adotando suas alegações prediletas em troca de serem deixados em paz.
Isso também parece insuficiente. Como Josh Barro indica, empregados corporativos não são motivados só por lucro: eles podem introduzir políticas no local de trabalho por causa de suas próprias visões políticas. De fato, muitos exemplos de corporações se dobrando aos ativistas e reprimindo a dissidência interna na companhia se deram de baixo para cima, não do topo. A expulsão de Brendan Eich, CEO do Mozilla, por sua oposição ao casamento gay, a demissão de James Damore do Google por seu relatório sobre diferenças de gênero inatas, o New York Times se curvando a uma rebelião da equipe causada pelo artigo opinativo de um político republicano, a rede de restaurantes Bon Appetit dissolvendo seu departamento de vídeo por causa de alegações de pagamento desigual e o CEO da Disney atacando uma lei da Flórida sobre educação sexual em escolas primárias só depois de uma revolta dos funcionários: em todos esses casos, a pressão parecia vir de dentro da organização.
Outra explicação materialista, a tese da "força de trabalho progressista", promete explicar esses casos. Em resumo, um excedente de trabalhadores não-braçais bem instruídos, mas inseguros, usa seu controle sobre os recursos corporativos para empurrar uma agenda política com a qual eles não apenas concordam, mas da qual também dependem para ter estabilidade no emprego. No City Journal, Malcom Kyeyune escreve que a guerra cultural dos Estados Unidos pode ser entendida por meio do exame do interesse de classe dos gerentes de nível médio que não detêm o capital, mas retêm o controle sobre como ele é alocado. Os argumentos que parecem os mais sérios para uma companhia supostamente acossada por uma cultura tóxica se submeter a uma auditoria, ou escalar suas iniciativas em treinamento de diversidade, na verdade constituem chamados por uma "expansão massiva de intermediação gerencial em processos econômicos e sociais antes independentes." Tais gerentes simplesmente querem criar mais trabalho para si próprios (e outros membros da guilda). Portanto o cancelamento dos dissidentes funciona como disciplina do mercado de trabalho, forçando os não-progressistas a saírem do setor.
Mas como incentivos econômicos explicam a maioria dos cancelamentos, que têm pouco a ver com ganho material, como em grupos tão diletantes quanto um de tricô? Esses casos sugerem uma dimensão ideológica do movimento que as explicações materialistas não podem capturar. Exemplos explícitos de coordenação entre corporações e ativistas também tendem a ser escassos. E, no fim das contas, o palavrório lacrador tende a identificar o capitalismo como um dos muitos sistemas de opressão interligados que mantêm as minorias em opressão.
Sempre o capitalismo entra na mira dos lacradores que defendem um sistema autoritário, mas, mesmo ao assumir o poder em algum lugar, logo estarão utilizando os métodos capitalistas para assegurar os recursos que necessitam, mesmo que sejam por métodos ilícitos
Reproduzirei aqui a 2ª. Parte do texto, fragmentado em itens devido o tamanho, que circula nas redes sociais e que é de importância para a nossa reflexão.
Explicações psicológicas
Duas explicações dizem que o progressismo atual ganhou tração em resposta a mudanças específicas na psicologia dos norte-americanos. Uma estabelece que essa ideologia se assemelha a uma religião, preenchendo um vácuo espiritual na vida norte-americana. O escritor John McWhorter defende que "o antirracismo de terceira onda [. . .] na verdade se tornou uma religião", com um clero completo, na forma de escritores como Ibram X. Kendi e Ta-Nehisi Coates, um credo segundo o qual "o racismo é intrínseco à estrutura da sociedade" e um mito de criação que envolve o comércio de escravos africanos. [No Brasil, a referência muda. Os mais famosos são Djamila Ribeiro e Sílvio Almeida. (N. t.)] Outra a vê como subproduto da infantilização dos jovens norte-americanos pelos seus pais bem intencionados, porém super-protetores. No best-seller The Coddling of the American Mind, Greg Lukianoff e Jonathan Haidt culpam o "segurismo" [safetyism] — que premia a proteção dos sentimentos e pune severamente as palavras e gestos que infligem dano emocional — como causa direta do conflito político nos campi. Lukianoff e Haidt não estavam oferecendo uma teoria compreensiva da wokeness, mas a história deles — de que o estilo super-protetor de criação que se estabeleceu no fim do século XX produziu uma geração de crianças hipersensíveis que depois entraram num sistema de ensino superior burocratizado, disposto a atender à sua demanda de "safe spaces" [espaços seguros] — é uma substituta razoável para aqueles que veem a lacração [wokeness] como uma forma de ativismo político comum aos millenials e zoomers [i. e., os nascidos após 1980 e 1995, respectivamente].
Ainda assim, nenhuma das teorias parece decisiva. Em primeiro lugar, patologizar ideias ou crenças particulares como produto de uma constituição mental é uma jogada reducionista e não-falseável (do mesmo jeito que a noção, que remonta a Adorno nos anos 1950, de que as visões políticas dos norte-americanos conservadores são meros sintomas de um tipo de personalidade "autoritária"). Nem o argumento religioso, nem o do vitimismo, têm exito em seus próprios termos: o progressismo atual [wokeness] tende a se errar não por fazer alegações sobrenaturais não-verificáveis, senão por fazer alegações empíricas falsas; e mudanças psicológicas parecem insuficientes para explicar por que estudantes lacradores [woke] vieram a adotar uma obsessão identitária por disparidades estatísticas como opostas, digamos, à militância socialista. E as crenças progressistas não são defendidas só por fanáticos e universitários. Desde a publicação do livro de Haidt e Lukianoff, em 2015, a lacração [wokeness] expandiu seu domínio: executivos de editoras mais velhas recusam histórias de escritores da raça errada; executivos de importantes escritórios de advocacia criam programas de treinamento em "Diversidade, Equidade e Inclusão", e as principais marcas corporativas do país criam grupos de afinidade e endossam alegações relativas a raça e gênero que a vasta maioria dos seus clientes rejeitaria.
Tudo isso acontece e a grande maioria dos interessados, que somos todos nós, permanecemos ser ter a consciencia da mudança social que está acontecendo, e punindo aqueles que conseguem despertar, com a lacração: essa verdade que serve de estímulo para outros serem despertados, não pode ser divulgado.
Reproduzirei aqui um texto, fragmentado em itens devido o tamanho, que circula nas redes sociais e que é de importância para a nossa reflexão´´
De onde veio o progressismo atual?
Por
Theodore Kupfer
Tradução de Bruna Frascolla
City Journal
24/08/2022 15:14
Filme infantil da Disney incluiu beijo lésbico: o CEO da Disney atacou uma lei da Flórida sobre educação sexual em escolas primárias.
A maioria dos observadores concordaria que o progressismo atual [wokeness], pode ser definido como a cosmovisão progressista que enxerga todas as disparidades raciais e sexuais como prova de discriminação, e rejeita os procedimentos liberais tradicionais em favor de políticas totalizantes que buscam desmantelar tais disparidades e calar os dissidentes. Mas ninguém parece concordar quanto à sua origem. Trata-se de um fenômeno intelectual, religioso, econômico, legal ou institucional? Sua emergência na última década foi atribuído a tudo: tendências intelectuais acadêmicas, religiosidade declinante, psicologia da vitimização, interesse empresarial, interesse de trabalhadores não-braçais, leis de direitos civis dos anos 1960 e tendências imitativas de grandes organizações. Tudo isso parece ter algum poder explicativo, mas nada disso parece bastar para explicar sozinho todo o fenômeno. Consideremos cada qual a seu turno.
As ideias têm consequências
A explicação idealista vê esse progressismo como o rebento de uma longa gestação de tendências intelectuais. As especificações podem variar, mas a história geral tende a ser a mesma: pensadores influentes desenvolveram uma crítica da razão, da objetividade e da neutralidade, que conquistou a torre de marfim antes de infectar todo o mundo, desde os políticos do Partido Democrata até os editores da Teen Vogue. Seja Immanuel Kant, Theodor Adorno ou Jacques Derrida, algum filósofo começou o processo ao argumentar que o homem não tem fundamentos suficientes para acreditar nas coisas que outrora tomaram por garantidas, uma vez que tais crenças foram filtradas — e distorcidas — por faculdades individuais limitadas, vieses culturais ou "sistemas de poder e hierarquias, que decidem o que se pode conhecer e como." Essa postura crítica em face de verdades estabelecidas desafiou os fundamentos da civilização do Iluminismo e encorajou uma visão do mundo como dividido entre as "classes oprimidas" e uma "classe opressora".
Num contexto norte-americano, a crítica tomou formas variadas, com feministas radicais argumentando que o sistema legal era "um meio de tornar a dominância masculina a um só tempo invisível e legítima" e os teóricos raciais críticos defendendo que o racismo representa "o jeito usual de a sociedade [dos EUA] fazer negócios, a experiência quotidiana comum da maioria das pessoas de cor neste país." Esses tipos de argumentos acabaram entrando no debate público como explicações padrão para as desigualdades na sociedade norte-americana; as instituições dos EUA acabaram sendo vistas só como vetores de subjugação.
No entanto, as explicações idealistas deixam intocado um mistério importante: como essas ideias se espalharam? Numa resenha de Teorias Cínicas [livro publicado no Brasil pela Editora Avis Rara, em 2021], de James Lindsay e Helen Pluckrose, um exemplo de explicação idealista, Park MacDougald observa que o livro nunca explica como as pessoas vieram a ser persuadidas por argumentos fundamentalmente não-persuasivos. "Às vezes, Pluckrose e Lindsay escrevem como se essas teorias fossem ideias flutuantes que se desenvolvem segundo sua própria lógica. Às vezes, fazem uma analogia com um vírus que salta as 'lacunas da ciência' entre a academia e o ativismo. E às vezes não há agente claro nenhum, como quando eles escrevem que a Faculdade Estadual Evergreen 'foi tomada pelas ideias da teoria crítica da raça' ", escreve MacDougald. "Mas como uma faculdade é tomada por ideias? E por que por essa série de ideias em vez de outras?" A explicação idealista, por si só, parece incapaz de responder a essas questões.
É importante focar nosso raciocínio nesses movimentos sociais que tentam distorcer a verdade colocando falsas narrativas que favorecem os seus interesses. Procurando encontrar uma lógica de tantas ideias conflitivas que tornam o cidadão comum como um lobo destruidor, que ver a oposição do cristianismo aos seus ideais revolucionários, terminamos por entender que tudo isso é uma prova das forças trevosas que cobrem nosso planeta, estarem lutando de forma destrutiva uma das criações mais importante... a humanidade.