De onde vem tanta violência, maldade, como observamos no Brasil de hoje? Há 20, 30 anos não observávamos tamanha ofensiva do mal dentro da sociedade. Algumas teorias são lançadas e uma que faz muito sentido, é o suposto decálogo feito por Lenin, em 1913. Alguns dizem que isso nunca existiu, mas acontece que ele mostra coerência com os acontecimentos do passado recente com o que acontece hoje na atualidade, no Brasil e no mundo. Pois vejamos o que diz um texto que circula nas redes sociais:
Em 1913, Lênin escreveu o “Decálogo” que apresentava ações táticas para a tomada do Poder.
Os comunistas seguem cabalmente até os dias de hoje. Precisamos por fim a tudo isso.
Circula nas redes sociais medidas cautelares que supostamente são originadas do Comandante do Batalhão da PM do Rio Grande do Norte, que mesmo não sendo essa a origem não deixa de ser verdadeira e útil. Pois vejamos o que diz:
Estamos atravessando tempos ruins em Natal, esteja ciente disso e se cuide!
Alerta do Comandante do Batalhão da PM do Rio Grande do Norte em Natal.
Eu acredito que, no atual momento, serve para todos, de qualquer localidade da Grande Natal.
Estamos em tempos de guerra e aí vão algumas medidas cautelares:
Oriente sua família.
Logo no início do texto é dito que estamos em guerra e por isso a importância das medidas elencadas. Isso quer dizer que estamos em guerra, nós contra os bandidos. Interessante que todos os bandidos andam armados, com armas as vezes mais poderosas do que as armas da polícia, mas nós cidadãos, que somos o alvo desses bandidos, não podemos portar uma arma. Que diabos de guerra desigual é essa que só um lado é armado? Assim fica muito fácil, nós cidadãos, temos que decorar e praticar todas as medidas elencadas enquanto eles ficam rondando, esperando o momento oportuno, e sempre vão achar, para lançar o bote. Perdemos nossa qualidade de vida e a cada dia, com rezas e cumprimento de medidas cautelares, lutamos para não perder nossas vidas. E o
Estado? Falido e corrompido! E a Justiça? Lenta e esquizofrênica! E a população? Bem, nós somos a ração desses lobos, quer seja sugando nosso suor através de impostos exorbitantes, ou sugando nosso sangue, através de assaltos de colarinho branco ou de rifles e metralhadoras.
Talvez eu tenha forçado a barra ao trazer a Paixão para o título deste texto. Mas, aproveitando o período da Semana Santa, onde lembramos da Paixão de Jesus pela Verdade e Amor, motivo pelo qual sofreu a injustiça de ser crucificado no meio ladrões e a constante violência na sua região que terminou com a destruição de Jerusalém no ano 70 de nossa era, faço uma comparação com nossa realidade.
Pois é esta situação de violência que acontece no Brasil, que merece um paralelismo com o que aconteceu na Jerusalém do passado. Aqui no Brasil observamos crescente aumento da violência e a falência da justiça humana. Os criminosos passam a ter maiores benefícios quando encarcerados, do que os trabalhadores quando estão empregados, isto é, quando são condenados e presos. Isso porque, tem uma casta mais privilegiada ainda, que mesmo sendo condenados em primeira e segunda instância, mesmo assim continuam em liberdade e soltando suas mentiras, já bem conhecidas da população e da própria “justiça”. Enquanto isso a sociedade se vê acossada por lobos vorazes em pele de humanos, todos fortemente armados, impiedosos, prontos a matar sob qualquer pretexto. Os cidadãos de bem, obrigados a viverem desarmados, dentro e fora de suas casas, são as vítimas fáceis dos criminosos, que mesmo ajoelhados, sem nenhuma chance de defesa, mesmo assim são assassinados. E a justiça? Parece que não existe, não, pelo contrário, a “justiça” funciona de forma inversa, protegendo mais os criminosos do que os cidadãos honestos, trabalhadores que drenam os recursos financeiros para essa máquina estatal, desorganizada na sua origem e finalidade, continuar a funcionar.
Dentre a massa reprimida, indefesa, espoliada dos cidadãos de bem, trabalhadores, surgem os grupos mais revoltados que reagem a essa situação, quer seja jogando ovos nos políticos mentirosos, quer seja tatuando os criminosos sem colarinho branco. A justiça além de cega se torna demente, nunca viu ou percebeu o crime que grupos como o MST faz ao bloquear as estradas pelo país afora, armados com facas, facões e outros armamentos, queimam pneus, e ameaçam quem implora a passagem para resolver questões de gravidade profissional ou pessoal. Agora, quando um condenado da justiça, como o ex-presidente, que já deveria estar preso, é repudiado pela população em um estado da federação, logo se entende isso como uma ameaça à democracia.
A democracia já está ferida gravemente, os nossos principais representantes são eleitos na base da mentira, da corrupção; a justiça não tem autonomia para ser exercida com independência, e sim com a gratidão indevida em detrimento da responsabilidade com a nação.
Portanto, estamos hoje em situação bem parecida com a Jerusalém do passado... sem democracia, sem justiça, com violência... fica o cidadão de bem, dentro dessa fogueira de mentiras e hipocrisias a perguntar amargamente dentro do seu íntimo: que posso fazer para proteger a mim e minha família?
Vamos entender o Amor como aquela energia incondicional que procura construir e harmonizar todo o Universo, cuja expressão maior costumamos identificar com o nome de Deus. Podemos intuir que a expressão máxima desse Amor jamais iremos atingir, pois isso é característica de Deus. No entanto, podemos conquistar parcelas cada vez maiores dessa energia do Amor, desde que o identifiquemos corretamente, que não o confundamos com as diversas formas de amor associados a alguma condição (mãe, irmão, amante, filho, etc.) e por isso mesmo chamado de amor condicional.
Quando observamos que a energia desse sentimento, desse afeto positivo, dirigido a alguém ou a alguma coisa, exige por isso alguma expectativa de troca, de posse, esse amor é condicional, não é o Amor incondicional, que não espera nada em troca pelo fato de ser sentido e agir em função dele.
É chegada a hora da força irresistível do Amor ser reconhecida por todos e ser tentado colocar em prática. As lições que Jesus deixou, que podemos aprender, talvez com algumas falhas, nos quatro Evangelhos acatados pela igreja católica.
O Amor conduz à boa vontade, que por sua vez, é usina geradora de humildade. A humildade nos ensina a aprender, que não somos donos da Verdade, que ela pode estar presente na opinião do nosso interlocutor, cujo pensamento diverge do nosso. A humildade nos faz aprender a aprender, colocando nossas certezas numa prateleira de confrontações, para verificar se ela consegue ser mais coerente que outras opiniões vindas de outras fontes. A humildade nos faz aprender a fazer algo por outros caminhos, que pode ser de melhor qualidade do que aquilo que eu já produzia. A humildade nos faz ser uma pessoa mais capacitada a entender as diversas circunstâncias dos nossos relacionamento e do nosso entorno.
O aprendizado constante viabiliza o conhecimento e traz consigo a sabedoria, saber aplicar o que se sabe e distinguir com mais segurança o que é falso e o que é verdadeiro.
É conhecendo, portanto que se compreende o objeto do estudo. Com a compreensão podemos desenvolver o princípio da Justiça que é o bom senso. Neste ponto a consciência irá motivar o livre arbítrio para agir dentro desses parâmetros, mesmo que a opinião dos outros seja majoritariamente contrário aquilo que considero como justo, como sintonizado com a lei do Amor, essência do Criador. Para isso tenho que ser capaz de pesquisar, de observar, registrar, analisar, comparar, para depois de todo esse processo poder decidir.
É assim que irei desenvolver uma série de processamentos cognitivos para entender com a máxima coerência a Lei do Amor, e como ela pode ser aplicada dentro de uma cultura fortemente construída com os valores egoístas da condição humana, como é a nossa sociedade.
O professor José Hermógenes, falecido em 13-05-2015, foi militar, escritor, professor e divulgador do hatha yoga, tem um trecho no seu livro “saúde na terceira idade”, que é interessante conhecer para fortalecer ou redirecionar nossos paradigmas:
Em níveis mais sutis que o físico, somos um fantástico sistema de bioenergia, um complexo de emoções, pensamentos e convicções teóricas, e, mais importante que tudo, somos Espírito. Esta é a diferença entre uma geriatria materialista e uma integral ou holística. Holística?! Sim. holos é uma palavra grega que significa totalidade, globalidade. Considerando o holos humano, o corpo é tão-só o componente mais denso e o mais perecível. Na vida materialista, saúde é um estado físico, caracterizado pela ausência de sintomas. Proponho uma outra concepção diferente, que denomino “saúde plena” por levar em conta a plenitude vastíssima do ser humano. Segundo vejo, alguém de idade que esteja energética, psíquica e espiritualmente harmonioso e estável desfruta mais saúde que um jovem bonitão que se rendeu às sombras do vale. Assim, este livro servirá para todos, inclusive para quem se acha numa cama de hospital. Eu posso estar fisicamente doente, sem no entanto chegar a ser um doente. Aceitem ou neguem os materialistas – não importa! -, quando somos despojados do físico na hora da morte, tudo mais que constitui a vastidão humana continua existindo. Estão equivocados os que acreditam que tudo acaba quando acaba o corpo. Esta visão já está descartada pela comunidade dos sábios de todos os tempos. Se lhe propuserem o treinamento exclusivamente daquilo que cedo se degrada e se acaba, eu o deixaria desamparado para administrar uma vida bem mais vasta, perdurável e independente do corpo. Porque pretendi treiná-lo holisticamente, o livro ficou mais gordo.
Por todas estas razões, considere a “terceira idade” a fase áurea da sua vida. Dignifique-a, aproveite-a. Evolua. Escale a montanha. Agradeça a Deus por ter durado tanto, e, em retribuição, sirva de exemplo e de estímulo a todos que ainda cochilam na apatia do vale, e nem se dão ao trabalho de namorar a imponência da montanha.
Este pensamento do professor Hermógenes tem sintonia com o que ensina os espíritos, e com os paradigmas que construí. A aula que dou na disciplina de Espiritualidade da UFRN, aborda a questão da multidimensionalidade do corpo físico, da imortalidade da alma, da falência do corpo físico. Tudo fica bem concatenado, a procura evolutiva do espírito e a superação dos desejos egoístas do corpo. A terceira idade significa a maior oportunidade do Espírito controlar os instintos do corpo, dado a experiência que ele adquire ao longo do tempo, e a falência que o corpo vai tendo, principalmente na produção hormonal que garante a vitalidade.