Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
Dom Pedro Sardinha tomou posse e o governador geral do Brasil era Duarte da Costa. Ele não aceitava que seu filho que cometia tantas atrocidades possíveis com os indígenas fosse repreendido. Dom Pedro Sardinha o repreendeu publicamente e o governador geral começou a dificultar absurdamente a vida de Dom Pedro Sardinha. A união entre Igreja e Estado foi muito complicada e Dom Pedro Sardinha acabou expulso pelo governador geral e quando foi retornar a Portugal para comunicar a sua demissão, inclusive às autoridades religiosas, ao Núncio e tudo mais, para ver o que seria feito, foi então que o navio dele naufragou e a população não perdoou Duarte da Costa.
O fato do primeiro bispo ter sido devorado pelos canibais foi colocado na conta do governador-geral Duarte da Costa.
Depois vieram outros bispos. Salvador vai ser a única diocese do Brasil. Ela foi a maior diocese do mundo do século 16 até quase o fim do século 17. Era a diocese única do Brasil, a diocese de São Salvador. Era o único bispo que era sufragâneo do arcebispo da Ilha da Madeira em Portugal.
Havia poucos padres no Brasil, uma evangelização dificílima, insipiente, muito difícil de chegar a muitos lugares e o que salvou muito foi a presença dos jesuítas a partir de 1549.
Em 1676 o Papa constituiu mais duas dioceses, no Rio de Janeiro e Olinda em 1676. No Rio de Janeiro só virou arquidiocese em 1890, já na República, muito demorado.
Depois da República a evolução foi mais rápida um pouco aqui no Brasil, pois já não havia mais o padroado, a união entre Estado e Igreja.
Essa evangelização do Brasil foi uma história de muito heroísmo, muita santidade. Em 1549 quando os jesuítas chegam aqui, com uma ligação muito estreita com Portugal e com o Brasil. Os seis primeiros companheiros de Santo Inácio de Loyola, que eram da Universidade de Paris, que fizeram os votos na Capela de Montmartre em Paris (Basílica do Sacré-coeur – Sagrado Coração). No alto daquele monte tinha um templo romano dedicado à Marte que é o Deus da Guerra, por isso Montmartre, Monte de Marte.
Sob os escombros do Deus da Guerra foi erguida a Igreja de São Pedro, que é uma igreja medieval que ainda existe no fundo da Basílica de Montmartre e depois foi feita a Basílica do Sagrado Coração de Jesus. Saindo na rua que passa em frente à Basílica do Sagrado Coração de Jesus, do lado esquerdo tem outra capela, gótica, pequenina, foi onde Santo Inácio fez os primeiros votos e fundou a Companhia de Jesus naquele local. Junto com ele estava Simão Rodrigues, um padre português.
Começou a nossa evangelização sob a batuta de Portugal. A vinda de religiosos com essa missão tinha esta prioridade. Se nós tivéssemos tido a inteligência e coragem de manter este foco histórico dentro de nossas escolas, certamente o Brasil seria hoje uma nação mais poderosa e muito mais próxima de atingir a sua meta espiritual de ser o Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho. Mas a vontade de Deus nunca deixa de ser cumprida, mesmo que sofra algum retardo causado pela ignorância que ainda é um marco que nos caracteriza. A evangelização mais do nunca é necessária dentre nosso povo, onde muitos se tornam cooptados pelos interesses materiais, corruptos, cheios de iniquidades.
Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
Vieram nove franciscanos para o Brasil, chefiados por Frei Henrique Soares de Coimbra. Depois de servir aqui no Brasil, ele foi nomeado pelo Papa para ser o bispo de Ceuta, que foi o primeiro domínio português encravado na África.
No Igreja onde o Frei Henrique de Coimbra está sepultado, os artistas fizeram questão de colocar nos tetos, nos arcobotantes da igreja, uma decoração com cordas náuticas em referência ao tempo que o Frei Henrique de Coimbra passou pelos mares para levar o Evangelho de Nosso Senhor.
Então o Evangelho chega ao Brasil e a nossa certidão de nascimento é a carta de Pero Vaz de Caminha. Ficou desconhecida, inédita até 1773. Ela foi lida na época do desconhecimento, depois ela se perdeu num arquivo português.
Em 1773 no reinado de Dona Maria Primeira essa carta foi achada. Depois, na fuga da família real portuguesa aqui para o Brasil, essa carta veio por acaso. Veio no meio dos documentos, das coisas todas que estão embrulhadas aqui e chegaram no Rio de Janeiro, no Paço Imperial. Foi pedido para o padre Aires de Casal organizar o arquivo e ele encontra a carta de Pero Vaz de Caminha e publica pela primeira vez aqui no Brasil.
Nessa carta há alguns detalhes importantes. Pero Vaz de Caminha relata a boa vontade dos nossos índios em conhecer a fé católica. Isso impressiona, não só Caminha, mas os portugueses em geral. Ele vai escrever assim: “Se Sua Majestade quer fazer o bem a esta gente, que possa vir muitos padres para que batizem esta gente, que parecem muito disposta a receber a nossa fé. Este é o primeiro pedido. Ele não pede a mão de muita gente para extrair o ouro, para tirar riquezas... não! Que mande muitos padres para batizar esta gente.
Depois ele conta que dois índios são convidados para subir na nau de Pedro Álvares Cabral. Eles são levados, são mostrados objetos e em dado momento, o que os índios manifestam interesse de querer ver de perto? Um rosário.
Quando os índios viram o rosário, pediram para ser dado nas mãos deles e eles colocam no pescoço. O Caminha então diz que eles folgavam muito com aquilo, eles riam, dançavam com o rosário no pescoço e depois retiraram e devolveram aos portugueses.
No dia da primeira missa, como demorasse muito, alguns índios mais novos foram se levantando, os mais velhos permaneciam sentados, então o pajé e outros índios mais velhos, sobretudo um pajé, um sacerdote indígena fez um sinal para que os mais novos se sentassem, apontou para o altar e apontou para o céu. Aquele sujeito entendeu que se tratava ali da presença de algo sobrenatural.
Dali em diante os padres passam a ser chamados aqui no Brasil de Abaré, que em Tupi-Guarani é amigo ou gente diferente. Eram chamados numa variação mais carinhosa que era o Abaré Bebé. Anchieta era chamado de um grande Abaré Bebé. Pode ser traduzido como amigo, mas também como nossa avó, que era o apelido que os índios davam aos padres, porque algumas tribos entendiam que para ser hospitaleiros com o visitante que era bem-vindo, ofereciam uma mulher para que dormisse com ele na rede à noite. Mas os padres sempre recusavam, daí a dizer que era a nossa avó, porque as índias quando viúvas elas se vestiam com pelugem preta e já não queriam mais nada com ninguém. Daí nossa avó, vestidos de preto sem querer nada com mulher.
Os padres não eram vistos como inimigos, embora alguns missionários tenham sofrido canibalismo, como foi o caso do primeiro bispo do Brasil, Dom Pedro Sardinha que foi devorado pelos índios.
Pedro Sardinha foi nomeado Biso do Brasil para a primeira diocese. É icônica essa constituição da primeira diocese. É relatado a surpresa de Dom Pedro Sardinha. Quando ele chegou, foi hospedado numa casa que ele imaginou que fosse minimamente acomodado, mas o palácio era uma casa de sapé ainda. Quando foi feita a procissão para conduzi-lo à Sé de Salvador, ele até exclamou: “Uma Sé de palha?”
Era um grande caramanchão coberto de folha de coqueiro. Foi a primeira Sé, a primeira catedral do Brasil.
Nasce oficialmente o Brasil, ainda com nomes diferentes. Os índios, nossos nativos, começam a ser catequizados, a sincronia entre as duas civilizações começa a ser praticada tendo como motor principal a missão espiritual. Missão essa que se perdeu, foi extraviada dos bancos escolares, obedecendo interesses escusos que visam obnubilar o cristianismo da face da Terra.
Hoje o mundo espiritual decreta que o Brasil está destinado a ser a Pátria do Evangelho e o Coração do Mundo. Da mesma forma que o poder espiritual se manifestou na Europa para a consolidação dos reis católicos, assim também se manifestou no Brasil para livrá-lo das garras do comunismo e começar sua escalada em destino à sua meta espiritual.
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Em 1473 cai Constantinopla e o que os muçulmanos fazem? Fecham a rota de passagem para o Oriente. Foi totalmente impedida em Portugal que já era uma monarquia unificada. Não havia disputas internas. Portugal tinha condições de se dedicar as grandes navegações.
Portugal começa então a criar entrepostos na África. O primeiro entreposto foi conquistado em 1415 que foi Ceuta, um reduto cristão até hoje, encravado no norte da África.
Celta, curiosamente, foi o primeiro território a ser batizado pelos portugueses. É de Ceuta que virá o bispo Dom Diogo Ortiz, a convite de Dom Manoel, o Venturoso, para rezar a missa de envio das caravelas de Cabral para expedição que chegou ao Brasil.
É uma série de convergências interessantes neste descobrimento do Brasil. As naus que vieram não são para o descobrimento do Brasil. Vejamos os nomes das naus: Santa Cruz, Vitória (que é uma referência as vitórias cristãs contra os muçulmanos), Flor Belamar, Espírito Santo, Espera (espanhola, comprada por um português que se chamava Expectacion, que era dedicada a Nossa Senhora do Ó, Nossa Senhora da Expectação), e a nau capitânia na qual Cabral veio para o Brasil, São Gabriel.
É muito curioso pensar que o Evangelho chega no mundo através de São Gabriel, quando ele aparece à Virgem Maria e saúda a Nossa Senhora. Interessante que o Evangelho nasce no Brasil e é anunciado por São Gabriel que emprestou o seu nome à nau capitânia que vem na frente e aportou aqui no Brasil.
Logo atrás da nau São Gabriel vem a nau com suprimentos que era a nau Anunciação. E antes de saírem de Portugal, eles rezam a missa na capela da Torre de Belém, a casa do pão.
Por isso pode se dizer que o Brasil nasceu eucarístico, nasceu Mariano. Da Torre de Belém que é dedicada a Nossa Senhora de Nazaré, tem a sua imagem. Ali dentro foi oficiada a missa, foi benzida a bandeira de Portugal, entregue a Cabral e eles partem dali. Do Rio Tejo, pegam o mar e vêm para cá.
Quem chega ao Brasil é essa Nau capitânia São Gabriel que vem anunciar o Salvador à nossa gente, o Verbo de fato.
Cabral traz em sua nau dentro da cabine a imagem de Nossa Senhora da Esperança que traz o menino Jesus no colo dando uvas a uma pombinha e que está na cidade de Belmonte, que é a cidade natal de Cabral.
No convés da Nau Capitânia havia um quadro de Nossa Senhora da Piedade. Diante desse quadro que era rezada a missa diária.
Foram essas naus portuguesas, navegando com o símbolo cristão aportaram no Brasil pela primeira vez. Uma missão essencialmente espiritual começou a nossa civilização, incluindo índios e pretos.
Essas naus correspondiam aos atuais foguetes que são usados como instrumentos para a conquista de espaços siderais. A tecnologia naval de ontem superada pela tecnologia espacial de hoje.
É pena que a motivação espiritual de antes não seja observada hoje nas conquistas científicas, tecnológicas, materiais. Hoje o poder financeiro e político prevalece, o que ressalta nossos instintos de natureza animal e deixa o planeta coberto de iniquidades, de corrupção, fome e guerras.
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Acontece que os reis de Portugal e Espanha pedem um salvo-conduto ao Papa para poder abrigar a Ordem dos Templários dentro do seu território. O Papa deu esse salvo-conduto em Portugal. Quem pediu foi Dom Dinis, o rei considerado poeta, um dos fundadores da Língua Portuguesa. Com seus poemas ele começou a promover aquela migração do galego português para o português mesmo, o português arcaico.
Era um sujeito muito confuso, católico, morreu sacramentado, teve muitos filhos bastardos, mas era casado com uma santa, Isabel de Portugal, Rainha Santa.
Os portugueses não a chamam de Santa Isabel, para eles é a Rainha Santa. Quando ela ficou viúva, se recolheu no convento das clarissas junto com as suas filhas, inclusive várias filhas bastardas que ela educou.
Ela educou pacientemente todos os filhos fora do casamento do seu esposo. Diziam: “Sua Majestade não é obrigada” e ela dizia “eu não sou obrigada, mas faço por amor, por caridade. Se eu não cuidar da salvação eterna dessas crianças que já foram concebidas fora do matrimônio, quem fará isso?
Ela fazia questão de cuidar e de catequizar.
Há relatos no processo de beatificação dela, das filhas adotivas, que não conseguiam perceber a diferença entre as filhas adotivas e as filhas biológicas, tamanha era o cuidado e a caridade com que ela tratava de todas.
A Rainha Santa rezou até a morte pela conversão do seu marido e Dom Diniz morreu convertido. Foi ele que pede ao Papa para salvar os Templários e o Papa dá essa permissão e diz que vai expedir uma bula alterando o nome da Ordem dos Templários que já causou muito problema aqui na Europa.
Então reconstitui a Ordem da Milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo que é a Ordem de Cristo. Ele destinou um convento desativado, que era o Convento de Cristo na cidade de tomar em Portugal. Ali vai se tornar a sede da Ordem de Cristo que vai seguir a regra de São Bernardo. Era uma ordem militar, laica. Eles podiam se dedicar a vida militar, podiam se casar e fazer votos religiosos, como a Ordem Terceira Franciscana.
Eles podiam fazer isso e é desta Ordem que sairão os primeiros grandes professores e navegadores da Escola de Sagres.
Mais tarde, o Infante Dom Henrique, quando funda a Escola de Sagres, ele entrega aos cuidados da Ordem de Cristo. E os rendimentos da Ordem de Cristo, terras, alugueis, tudo aquilo que eles possuíam passa a ser investido em tecnologia naval.
E qual era o grande objetivo da Ordem dos Templários? Tomar os lugares santos na Terra Santa e impedir o avanço muçulmano. Qual era a missão da Ordem de Cristo em Portugal? A mesma coisa.
Por que eles investem nas grandes navegações? Para justamente tentar retomar os lugares santos, ainda via-se o desejo de uma cruzada e de impedir o avanço muçulmano e ao mesmo tempo levar o Evangelho a outras populações, outros povos que eventualmente fossem encontrados.
Nos documentos da Ordem de Cristo, na Torre do tombo, estão os principais documentos da história de Portugal e da nossa, Brasil.
Esses documentos são todos publicados, se consegue achar. Existem as atas da constituição da Ordem de Cristo. As palavras que são mais repetidas nos objetivos das grandes navegações, não são ouro, dinheiro, lucro, mas as palavras são: a cruz de Nosso Senhor é a palavra que mais aparece, a salvação das almas, a dilatação da fé, a pregação do Evangelho. É isso que vai ser encontrado.
O interesse por ouro, por expansão do comércio, por dilatação é obvio, mas em primeiro lugar é o interesse pela dilatação da fé.
Na carta de Caminha a gente vai ver muito claramente isso.
Esta Ordem de Cristo é que vai gerar as grandes navegações.
Poucos sabem que essa Ordem de Cristo vigente em Portugal e que contribuiu diretamente para a descoberta do Brasil pelos portugueses, tem origem nos valorosos Cruzados da Idade Média. Este nascimento nobre de nossa pátria pouco é ressaltado pelos historiadores acadêmicos. Sempre é colocado o interesse econômico e político como os principais motivadores, quase ninguém desenvolve uma visão diferente, mais próxima da realidade. Trabalhei muito tempo num Centro Espírita denominado Cruzada dos Militares Espíritas. Nunca citei esse detalhe histórico para meus confrades, que como eu também não tem essa visão mais espiritualizada e verdadeira.
Irei colocar aqui, com poucas adaptações, a aula do Prof. Luiz Raphael Tonon, com estreia no dia 26-06-2022, pelo Centro Dom Bosco, no Youtube, com 58.000 visualizações em 16-07-2022.
Na Idade Média o que vai acontecer? No início do século XIV o Papa Clemente V é induzido no erro pelo rei Felipe IV, Felipe, o Belo, da França, que queria se apropriar dos bens dos Templários. A Ordem dos Cavaleiros Templários.
Três grandes ordens religiosas e militares fizeram história na Europa medieval: os Templários, os Teutônicos e os Hospitalários.
Os Templários tinham um patrimônio considerável e eram responsáveis pelo desenvolvimento de muita coisa. Eles desenvolveram o sistema do cheque, o sistema bancário. Para a pessoa não ser roubada indo para a Terra Santa, ela buscava um mosteiro templário, faziam um depósito e recebiam um documento com a quantidade que havia depositado e podia sacar no próximo convento dos templários. Faziam marca com limao no papel para não ser falsificado. Daí veio o mito da bruxaria, uma porcao de besteiras por não considerar a inteligência.
Eles desenvolveram também a hotelaria, a hospedagem nos mosteiros. O primeiro mosteiro que São Bento fundou já tinha quartos na portaria para aqueles que quisessem fazer retiros, rezar, ou que fossem peregrinos. Dizia que Nosso Senhor pode passar por nós, e nós temos que ter pouso para acolher.
A vida monástica fazia isso, mas os templários organizaram e podemos dizer que os princípios da hotelaria começam com eles. Você podia se hospedar, podia comer, guardar os pertences, deixar alguma coisa para pegar na volta.
Por causa disso os templários atraiam muitos inimigos. Muita gente de posses na Europa deixava seus bens como herança para os Templários. Por devoção, um grande senhor feudal, fazia uma peregrinação à Terra Santa e quando retornava estava tão agradecido pela ajuda dos templários que deixava a metade dos bens com eles, ou deixava tudo. Isso enriqueceu a ordem.
Felipe IV se colocou diante do Papa Clemente V como intercessor querendo garantir a catolicidade da Ordem. Forjou uma série de acusações absurdas em relação aos Templários, pagou testemunhas falsas para induzir o Papa que era um sujeito doente e muito medroso, volátil, ficava sempre com a opinião do último que falava com ele.
O rei cercou Clemente V de tal forma a induzi-lo a erro e ele decidiu extinguir a Ordem. Aí vem outra acusação falsa em relação à Igreja Católica, que tinha extinguido a Ordem e mandou queimar todo mundo.
Foi ensinada essas besteiras até 2007, quando uma historiadora italiana, que também acreditava nessa besteira, que o Papa havia mandado queimar todos os Templários etc. e tal. A historiadora, Bárbara Frale, pediu ao Papa Bento XVI a permissão de verificar o arquivo dos Templários no arquivo secreto do Vaticano.
Ela recebeu essa permissão e mexendo nas prateleiras do arquivo secreto ela se deparou com um manuscrito inédito, não publicado, desconhecido, chamado Pergaminho de Chinon.
Esse manuscrito de Chinon era assinado por quatro cardeais, entre eles o cardeal que era o mais próximo ao Papa, que assinou, inclusive dizendo que o fazia em nome do Papa. Condenava a matança dos Templários, porque o Papa mandou extinguir a Ordem, mas não autorizou que os governos seculares os matassem.
Felipe da França mais do que rápido mandou prender os templários no território francês e mandou matar todo mundo, inclusive o grão-mestre da Ordem, Jacques DeMolay. Isso ficou na conta da Igreja até 2007 quando foi descoberto esse documento que derrubou essa narrativa.
Os Templários ficaram ofuscados na história oficial. O quanto de positivo trouxeram para a nossa evolução social e espiritual não é destacada e bem orientada suficientemente. Meu conhecimento maior vem de filmes que abordam a questão, sempre com um viés histórico ou romântico. A perversidade de alguns reis ficaram notórios nesse período, assim como também a compaixão e fidelidade experimental de outros. Documentos importantes, de forte valor histórico ficam engavetados para que a narrativa que os poderosos desejam seja tida como verdade pela população, educada dessa forma desde a infância. Felizmente a internet chega para dar asas à verdade, onde os homens de boa vontade podem ser reeducados e procurarem ser difusores da realidade histórica.