John Carson Lennox (Armagh, Irlanda do Norte, 07-11-1943) é um matemático, filósofo da ciência, apologista cristão e professor de matemática da Universidade de Oxford. Ele é conselheiro do Green Templeton College, Oxford e um Fellow (membro de alto nível) em matemática e filosofia da ciência pela mesma universidade. Esta é uma apresentação dividida por mim em três partes, feitas a um auditório.
Ciência, é claro, maravilhosamente é limitada. Até um prêmio Nobel quando analisa uma torta não sabe porque foi feita. Mas a tia Matilda, que a fez, pode lhe dizer. Ela pode revelar a você. Mas se ela não lhe revelar talvez você nunca saberá. E isto me traz a minha próxima evidência: é o mesmo com o Universo. Podemos analisa-lo muito bem, mas finalmente há um Autor. E creio que há, e somente Ele pode nos dizer os porquês. E assim o fez na narrativa poderosa da Bíblia.
E particularmente, na análise do problema com a humanidade, não somente em termos de colapsos comportamentais entre pessoas, mas um colapso vertical de confiança entre nós e o Criador.
A solução única para este problema não é simplesmente uma questão de desenvolvimento ético humano, ainda que isto seja muito importante, mas uma questão de algo muito mais profundo. A restauração da relação fraturada entre homem e Deus através da salvação trazida por Jesus Cristo. Um relacionamento radical que nos possibilita viver eticamente por Deus.
E aqui chegamos naquilo que para mim é a evidência central. Não somente pela existência, mas pela natureza de Deus. É Jesus Cristo.
Ele não só foi quem ensinou a regra de ouro, mas quem a realizou. Alimentou famintos, curou doentes, os sofrimentos, acolheu sociedades marginalizadas, trouxe ordem e respeito aos marginalizados e envergonhados. E trouxe perdão e paz a muitos milhões pelo mundo a fora.
Ele é capaz de fazer isto, é claro. Porque ainda que fosse homem, ele, unicamente, nunca foi somente um homem, mas Deus sendo homem.
A evidência central para esta alegação surpreendente é, claro, sua ressurreição dos mortos, que lançou a cristandade no mundo.
Esta é, senhoras e senhores, certamente um assunto nevrálgico. Se Jesus ressuscitou dos mortos, a morte não é o fim, o ateísmo é falso. Se Jesus não ressuscitou dos mortos, o cristianismo é falso.
Lembro-me de Cambridge, como estudante, ouvindo o brilhante Sir Norman Anderson, um especialista legal observando as evidências forenses sob uma perspectiva legal como um advogado brilhante e disse ao fim da aula: “A tumba vazia, então, de Jesus forma uma rocha verdadeira sobre a qual todas as teorias racionalistas sobre a ressurreição se desviam em vão”.
Agora, por fim, quando leio a Bíblia não somente encontro satisfação intelectual nela, ainda que encontre muito disso. Eu sinto a voz de Deus falando comigo. Você pode dizer que é muito pessoal, mas, senhoras e senhores, temos sido questionados hoje sobre crer em Deus. E quero enfatizar fortemente que Deus não é uma teoria, mas é uma pessoa. E se a origem da minha pessoa é um Deus pessoal, então a coisa mais excitante é que há uma possibilidade de se conhecer a Deus!
Eu não simplesmente creio que haja um Deus. Eu cheguei a conhece-lo e a confiar nEle. E tenho fortes razões para fazê-lo. Por causa de Cristo ter morrido e renascido por mim. E isso tem me gerado um sentimento de gratidão completa, imerecida aceitação de paz. Isto me tem feito encarar o lado bruto da minha própria natureza, e com a ajuda de Deus a fazer algo a respeito. Mas permitiu-me fazer algo mais. O problema mais duro que enfrento como cristão é o problema do mal e da dor. Minha sobrinha teve um tumor aos 22 anos que a matou. O que dizer a minha irmã? E este é o problema mais duro que nós encaramos. Mas parece que o ateísmo aqui não possui uma resposta. Pois por definição o ateísmo crê que a morte é o fim. Então, não há uma última esperança.
Mas vejam, senhoras e senhores, podemos ficar até meia-noite ou mais argumentando aqui como se tem feito nesta universidade por séculos. O que um Deus bom deveria, poderia, conseguiria, pode, se, possivelmente somente, poderia, como ter feito... e nunca chegaríamos a lugar algum. Parece-me que há outra pergunta que podemos fazer. E é esta: visto que a vida se nos apresenta com um quadro duplo: nós vemos coisa belíssimas, vemos boas tortas, vejo dor e feridas. Vemos alegria... Como podemos conciliar isto? E me parece que aqui não cabe uma resposta simplista, mas um vento que a anuncie e é este: Se é verdade de fato que Jesus é, e eu creio ser o filho de Deus, então podemos perguntar o que Deus estava fazendo numa cruz. E a resposta vem de volta pelo menos. Deus não ficou distante de nossa dor. Mas tornou-se parte dela. E o outro lado disto é este: porque Jesus ressuscitou dos mortos ele será o Juiz final. Eis aqui uma ironia, porque o ateísmo não possui esperança final de justiça por definição. A vasta maioria das pessoas na história do mundo morreram sem justiça e morrerão sem justiça. E, se a morte é o fim, então, é claro, não há esperança de justiça final. Mas a promessa no Novo Testamento garantida pela ressurreição de Jesus é que ele será o Juiz no dia que está por vir.
Então, senhoras e senhores, estas são algumas das razoes pelas quais Deus é real e digno de confiança.
Obrigado.
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Uma palestra muito instrutiva, serve para colocar em uma boa perspectiva natural e real a nossa narrativa de vida pessoal. Confesso que ainda fico confuso na identidade de Cristo com Deus, o Criador e mantenedor de todo o Universo. O que Ele estava fazendo encarnado como homem entre nós... deixando todo o resto do Universo a toa? Mas consigo permanecer na minha sobriedade narrativa, de que Cristo é realmente Deus encarnado, jogando minhas dúvidas no amplo barril de ignorância que ocupa a minha consciência. A apresentação do professor John Lennox serviu para ampliar e consolidar mais ainda minhas convicções. Agradeço e espero que o mesmo tenha acontecido com os meus leitores.
John Carson Lennox (Armagh, Irlanda do Norte, 07-11-1943) é um matemático, filósofo da ciência, apologista cristão e professor de matemática da Universidade de Oxford. Ele é conselheiro do Green Templeton College, Oxford e um Fellow (membro de alto nível) em matemática e filosofia da ciência pela mesma universidade. Esta é uma apresentação dividida por mim em três partes, feitas a um auditório.
Ainda meus amigos ateístas insistem que é racional para eles crerem que a evolução da razão humana não foi guiada para descobrir a verdade e, ainda, é irracional para mim crer que a razão humana foi projetada e criada por Deus para nos habilitar a entender e a crer na verdade. Lógica curiosa.
Para contrastar com isto, o teísmo bíblico assegura que a realidade final é pessoal e inteligente. E a razão pela qual a ciência funciona, e esta foi a força motivadora que guiou a grande piedade na ciência, é que o Universo lá fora e a mente humana aqui dentro, que faz ciência, são finalmente produtos da mesma mente divina e inteligente.
Nos dizem que seres humanos são a imagem de Deus e isto significa que ciência pode ser perfeita. Isto faz infinitamente mais sentido para mim, como cientista, que o ateísmo.
Deixe-me ir brevemente à ética. Comportamento ético como comportamento racional, claro, não requer crença religiosa. Isto é consistente como fato que os humanos são criados à imagem de Deus como pessoas racionais. Mas como sugeri que a racionalidade não pode ser explicada sem a existência de Deus, ouso sugerir que a existência da moralidade não pode ser explicada também.
Enquanto a ciência moderna saltou as fontes judaico-cristãs, assim também foi o conceito de igualdade humana.
Escutem o ateu Jürgen Habemas, pensador da elite da Alemanha: “O igualitarismo universalista, do qual surge a ideia de liberdade, vida coletiva, solidariedade, a moralidade individual, consciência, direitos humanos e democracia são um legado direto da justiça ética judaica e a ética cristã do amor. O legado substancialmente imutável tem sido objeto de apropriação crítica, continua a reinterpretação. Até este dia não há outra alternativa para ela. Qualquer outra coisa são somente papo furado da ciência pós moderna.” E me parece que ela está marcando o núcleo de algo importante. Porque o valor de um ser humano, o qual o igualitarismo abarca é baseada não no que podemos fazer, mas do que ele é feito. Do que é feito? A imagem de Deus.
Nunca me esqueço de uma visita minha à Rússia com um colega cientista. Ele disse: “Sabe, John, pensamos que pudéssemos abolir Deus e ainda manter o valor de seres humanos, mas vimos que não podíamos. E matamos milhões deles.”
Alexander Soljenitsin disse que “se me perguntassem o porquê de 6 milhões de meus conterrâneos foram sacrificados eu os responderia que nós nos esquecemos de Deus”.
Para mim a realidade é explicada pela existência de Deus e que o povo judeu nos introduziu nessa compreensão, da justiça e do amor divino acima da justiça e do amor mundano, principalmente após a vinda do judeu, Jesus de Nazaré.
John Carson Lennox (Armagh, Irlanda do Norte, 07-11-1943) é um matemático, filósofo da ciência, apologista cristão e professor de matemática da Universidade de Oxford. Ele é conselheiro do Green Templeton College, Oxford e um Fellow (membro de alto nível) em matemática e filosofia da ciência pela mesma universidade. Esta é uma apresentação dividida por mim em três partes, feitas a um auditório.
Creio no Deus sobrenatural que criou os céus e a Terra.
Creio em um Deus que sustém a existência dos céus e da Terra.
Creio que estas são as bases da existência racional. Similar as bases dos fundadores desta casa. Que deram o tema desta universidade: DOMINVS ILLVMINATIO MEA (O Senhor é a minha luz).
Eles não viram contradição alguma entre fé de Deus e o inquérito racional mais supremo e excelente.
E se eu ousar mencionar a faculdade em que me graduei neste local sagrado, eu vos lembraria que nas portas do Laboratório Cavendish, em Cambridge, estão escritas estas palavras: Grande são as obras do Senhor procuradas por todos que nelas têm prazer (Salmos 111:2).
E enquanto vemos o crescer da ciência nos séculos 16 e 17, Alfred North Whitehead e muitos outros comentaram que o homem se tornou científico porque esperava leis na natureza, e acreditava no doador dessas leis.
Então, senhoras e senhores, não tenho vergonha em ser ambos, cientista e cristão, porque indiscutivelmente a cristandade deu o meu tema. O que me fascina é que pensadores sérios de hoje continuam a nos pedir para escolher entre Deus e a ciência. É como pedir para escolher entre Henry Ford, o engenheiro e a explicação do carro.
Quando Newton descobriu a Lei da Gravitação ele não disse: “Eu tenho uma lei, não careço de Deus”. Não. Ele escreveu PRINCIPIA MATHEMATICA indiscutivelmente o maior trabalho nas histórias da ciência. Ele viu que Deus não é o mesmo tipo de explicação que a ciência pode dar. Deus não compete. Ações não competem com mecanismos e com leis
Por que há algo ao invés de nada? Allan Sandage, cosmologista brilhante, tornou-se cristão nos anos 50 disse: “Deus é a resposta a esta pergunta”. Mas as pessoas estão tão desesperadas a tentar mostrar que o Universo se criou a si mesmo do nada, o que me parece um oxímoro (também chamado paradoxo, é uma figura de linguagem ou figura de pensamento que consiste na expressão de uma ideia contrastante, isto é, em que há oposição, além de conter em si uma contradição, uma incoerência, por apresentar elementos que se contradizem. Por exemplo: A sua obra está coberta por uma luminosa escuridão).
Se digo que X criou Y, assumo que X explica a existência de Y. E se digo que X criou X, assumo que X explica a existência de X. O que simplesmente aponta que um absurdo gera outro absurdo, ainda que renomados cientistas o tenham pronunciado.
Lembra-me um pouco de G.K. Chesterton que disse: “É absurdo alegar que é impensável a um Deus impensável criar o Universo do nada e fingir que é mais concebível que nada tornar-se-ia em tudo.”
“Os céus declaram a glória de Deus” diz o antigo salmo. E ainda se divertem um pouco vendo o lançamento das forças da natureza. É algo tão impactante aos cientistas que demanda explicação.
E me parece que Arno Penzias acertou. Ele é o ganhador do prêmio Nobel, que descobriu a radiação de fundo na qual muitas evidências do Big Bang são baseadas. Ele disse: “A astronomia nos guia a um evento único: um universo que foi criado do nada. Um com equilíbrio delicado necessário para prover as exatas condições requeridas para haver vida e outro que possui o que alguém pode chamar de sobrenatural plano”.
Mas quero chegar ao que creio ser um dos argumentos fundamentais do teísmo. Suponho que esta casa creia na razão. É por isto que estamos aqui. E como cientista creio que o universo é racionalmente inteligível. Isto é algo que impactou um dos gênios da ciência como algo que exigiu explicação. Albert Einstein disse que a única coisa incompreensível sobre o universo é que ele é compreensível.
Vigner falou sobre o efeito irracional da matemática. Como pode um matemático pensar na sua cabeça aqui e bolar equações que parecem encaixar-se no universo ali. Como é possível, então?! Porque a ironia da posição ateísta aqui é evidente.
Meus amigos ateístas e tenho muitos, dizem que a força dirigente da evolução que produziu nossas faculdades mentais, incluindo a razão, não está nada preocupada com a razão, mas sim com a sobrevivência. E todos sabemos, senhoras e senhores, o que frequentemente ocorre e ainda ocorre com a verdade quando indivíduos de corporações comerciais ou nações se sentem ameaçados e lutam por sobrevivência.
O filósofo chefe de Notre Dame, Alvin Platinga, disse: “Se o ateísmo está certo que somos um produto de processos naturais descuidados e irracionais, então há fortes razões para esquecermos a responsabilidade das faculdades cognitivas humanas. E, portanto, inevitavelmente devemos abandonar qualquer crença que eles produziram, incluindo o próprio ateísmo. A sua biologia e sua crença no naturalismo estariam, portanto, aparentemente em guerra uma com a outra. Em um conflito que não há nada a ver com Deus.
Este é o ponto central da divergência teísta x ateísta: quem foi o responsável pela explosão (Big Bang) do ponto extremamente concentrado de matéria? Deus ou o nada? Sou fortemente convicto de que foi Deus.
Encontrei um texto nas redes sociais que fala do filme a Arca de Noé e achei interessante reproduzir aqui para nossa reflexão...
Papais e mamães cristãos, NÃO levem seus filhos para ver o filme A Arca de Noé no cinema, nem deixem eles verem. Tive a infelicidade de levar meu filho e minha sobrinha ao cinema, vou relatar um pouco dos absurdos para vocês entenderem...
1- Quando Deus da as instruções a Noé de como fazer a Arca, Noé pergunta a ele, como Diabos vou fazer isso? Deus responde, se vira caboclo.
2- Noé comunica sua esposa e neta que Deus mandou levar na Arca um casal de cada espécie, sua neta questiona a Deus dizendo que Deus não deve estar bem da cabeça, isso é um absurdo e as famílias LGBTQIA+.
3- Na casa de Noé tem a cabeça de uma caveira como decoração.
4- Noé é retratado como um bobalhão, eu diria até lunático. Ele usa uma roupa parecida com a de um mago.
5- O Leão ordena as serpentes a roubarem os convites para ele entrar na Arca, chegando na Arca ele começa uma disputa de lugar, segrega os elefantes por serem gordos.
6- Um animal que não me lembro agora fala amiges e incentiva o nudes.
7- Os animais falam para cantarem uma música para animar os espíritos.
8- Outra fala ruim fui um incentivo a insensatez, um pouco de loucura não faz mal a ninguém.
9- Os animais fazem chacota de Noé, o chamam de velho incompetente.
10- O Leão diz que a única lei Divina é a do mais forte.
11- O Leão obriga os animais a construírem uma estatua dele para ser adorado.
12- Em um dos discursos do Leão a serpente fica enrolada em sua cabeça, como uma coroa.
13-Os animais saqueiam a comida.
14- Para tentarem resolver a guerra dentro da Arca alguns animais sugerem consultar o animal mais sábio da Arca, o Bode, sabichão# quando o bode chega ele começa a contar tipo uma cantiga, mas ele fala tão rápido e embolado que quase não entendi o que ele falou, a não ser a palavra capeta, que foi bem nítida.
15- A Arca começa a ficar negra por fora, o topo e as laterais.
16- Noé fica doente e a sua mulher prepara uma poção para ele, com umas luzes coloridas.
Esse filme não retrata a história bíblica da Arca de Noé, ele é baseado em um livro de Vinícius de Morais.
Pessoal, fiquei horrorizada com esse filme, ia sair no meio do filme, mas como percebi que meu filho não estava assimilando essas mensagens resolvi ficar, porque se eu saísse ai sim ele iria questionar porque estávamos saindo e teria que expor o motivo. Além de tudo o filme é chato, não é empolgante.
Faça esse apelo a todos os pais, NÃO deixem seus filhos verem esse filme diabólico que quer distorcer e corromper a imagem de Deus, além de sutilmente quererem normalizar questões de sexualidade, gordofobia, disputa, domínio, desobediência, ganância, soberba e por aí vai uma lista intermináveis de coisas...
Parece uma boa interpretação do conteúdo e intenções do filme. Não fiquei interessado em assistir, da mesma forma que fiquei interessado em assistir o filme Dogma, citado por Olavo de Carvalho, que falou da crítica feita pela Igreja Católica, mas que não fiz grandes problemas na sátira feita a Bíblia, e o autor/diretor também informou desde o início que era uma brincadeira, sem nenhuma intenção de promover militância anticristã ou anticatólica.
Encontrei no Livro de Tobias (6, 16-22) um trecho interessante que fortalece o meu entendimento de que estou fazendo a vontade de Deus, apesar de toda a crítica que recebo em contrário, principalmente das minha companheiras íntimas.
Tobias enviou seu filho, também chamado Tobias, a uma terra distante para cobrar uma dívida. Sem saber, foi contratado um anjo, Rafael, que se disfarçou sob o nome de Azarias, para conduzir o jovem em sua missão.
Azarias disse ao jovem Tobias que ia encontrar uma moça chamada Sara e que ele deveria a pedir em casamento ao seu pai, Raguel, que a tinha como única filha. Tobias filho ficou preocupado, pois sabia que ela já fora casada com sete maridos, e que morreram, e que também soube que um demônio os matara. Temia que lhe sucedesse o mesmo, deixando seus pais sem suporte na velhice. Foi nesse momento que o anjo Rafael lhe disse:
Ouve-me, e eu te mostrarei quais são aqueles sobre quem o demônio tem poder. Estes são os que se casam de maneira que lançam a Deus fora de si e do seu espírito, e se entregam tanto ao seu deleite, como o cavalo e o macho, que não tem entendimento: então o demônio tem poder sobre eles. Mas tu quando a tiveres recebido, tendo entrado na câmara, viverás com ela em continência por três dias e não cuidarás noutra coisa que em fazeres orações com ela. E nesta mesma noite, queimando o fígado do peixe, se afugentará o demônio. E na segunda noite serás associado aos santos Patriarcas. E na terceira noite, conseguirás a bênção, para que de vós nasçam filhos robustos. E passada a terceira noite, receberás esta donzela em temor do Senhor, levado mais do desejo de terem filhos do que por sensualidade, a fim de conseguirem nos filhos a benção reservada à descendência de Abraão.
Entendo que os demônios, os filhos das trevas, encarnados e desencarnados, estejam todos ao nosso redor e nos influenciando conforme as vibrações do nosso pensamento. Da mesma forma acontece com os filhos da Luz.
O instinto sexual que integra a nossa natureza animal, serve como ferramenta para fazer o trabalho das trevas ou o trabalho da luz. Resta a nossa consciência decidir com o livre arbítrio, de que forma podemos usar o sexo. Sempre fui motivado fortemente pelo instinto em busca do prazer sexual, mas sempre coloquei tal prazer subordinado a ética de não fazer mal ao próximo, de fazer sempre aquilo que eu desejaria fosse feito a mim mesmo se eu tivesse no lugar da pessoa. Foi esse o motor que fez eu mudar a minha forma de pensar no tradicional da cultura, de manter um casamento com fidelidade a um amor exclusivo. Observei que isso não era obedecido pela maioria das pessoas que terminavam atendendo os seus desejos de forma dissimulada, mentirosa. Eu também atendi a esses desejos, mas de forma transparente, dentro da verdade, mesmo que isso implicasse, por justiça, dar o mesmo direito a minha companheira, minha esposa. Foi com muito sofrimento moral que eu me desviei da cultura humana da minha sociedade para a cultura divina do Reino de Deus, como eu passei a acreditar. Cheguei a ter chances diversas de atos sexuais com pessoas do meu relacionamento, que eu tinha forte desejo sexual, mas eu conseguia abortar esse desejo quando percebia que ele não atendia os critérios do Reino de Deus.
Agora, lendo as orientações que o anjo Rafael dar a Tobias no seu relacionamento íntimo com Sara, vejo que tenho o mesmo comportamento. Chego a sair com pessoas que tenho desejo sexual, mas coloco em segundo plano tal desejo, sempre está a lei de Deus em minha consciência a me dizer até que ponto posso ir sem sair do Caminho estreito que o Cristo ensinou.
Chego a ficar oito anos convivendo com minha esposa, dentro da mesma casa, dormindo na mesma cama, mas controlando o desejo sexual por saber que ela estava impactada com o meu comportamento de liberdade.
Chego a ir a motel com pessoa a qual desenvolvi forte paixão, exclusivamente para o ato sexual, mas que controlo a sua realização quando percebo que a pessoa não tem o mesmo sentimento por mim e sim por outra pessoa, e que a realização do ato sexual comigo iria trazer mais desprazer do que prazer para ela. Entendo os seus argumentos e sentimentos e controlo os meus desejos instintivos em nome da lei de Deus.
Chego a fazer leituras bíblicas e orações em pleno motel, sem chegar ao ato sexual, deixando em evidência sempre o lado espiritual.
Com todas ficam um rastro de amor que não se perde com o passar do tempo.
São essas ações que afastam o demônio de minhas vibrações, pois mesmo percebendo que nelas existem o desejo sexual, sabem que sempre irei direciona-las para a construção do Reino de Deus.