Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
15/05/2015 00h01
A ESCRAVIDÃO CONTINUA

            Estava animado para aproveitar o dia 13-05 e me libertar das cadeias internas, do jugo da preguiça e da gula. Pensava que não era tão fácil, mas que eu poderia conseguir, mesmo porque eu sentia que o Pai estava na torcida por mim. Ledo engano! Falhei vergonhosamente à primeira visão que tive da carne de charque, bem assadinha, cortada em miudinhos... como a me chamar. Agora estou aqui, digitando mais uma vez essa questão da escravidão e agora com a certeza que continuo sendo escravo e que essa libertação é mais difícil do que aquela libertação física que Zumbi conquistou ao fugir para Palmares. Eu não posso fugir de mim, onde eu estiver, ali estarei eu com todas as minhas cargas de vícios e defeitos.

            Olho para frente e vejo a responsabilidade que o Pai colocou em meus ombros, e olho no espelho e vejo uma figura frágil sem forças para o enfrentamento do próprio egoísmo, quanto mais o egoísmo de terceiros. Antes de seguir em busca de retirar o cisco do olho dos irmãos, eu não consigo tirar a trave que está no meu. Pelo menos eu tenho a consciência disso, que tenho uma trave no olho e que devo retirá-la.

            Lembro-me de Moisés que foi convocado por Deus para uma missão que ele sabia que não tinha forças suficientes para cumpri-la, não sabia nem falar. Deus, no entanto, falou com ele, incentivou-o e colocou o seu irmão Aarão para ser o seu intérprete frente ao Faraó. Mas se eu não consigo esse tipo de contato com Deus? Não consigo vê-lo ou escutá-lo? Posso estar agora simplesmente delirando sobre conjecturas que não se apoiam na lógica da realidade material?

            Este corpo que Deus me deu, tão saudável, vigoroso, é, no entanto, um exímio carcereiro. Eu não consigo ver ou ouvir nada do mundo espiritual. O que eu aprendi do mundo espiritual foi simplesmente devido o uso da lógica frente os fatos e argumentos ao meu redor. Esta mesma lógica é que me aponta a condição de escravo. Sei da importância do meu espírito, que ele está encarnado neste corpo físico para aprender a administrar os diversos desejos que ele emite, sem prejudicar a minha evolução, tanto no ponto de vista material, quanto do ponto de vista espiritual.

            Sei o que devo fazer para executar o comportamento necessário para a evolução do espírito. Basta usar a ferramenta da vontade para eu quebrar as algemas da escravidão ao corpo físico e construir novos esquemas comportamentais necessárias à evolução do espírito. Mas não consigo sucesso. A minha vontade de fazer o que é importante, logo fracassa frente aos desejos do corpo.

            Tenho um monte de tarefas para realizar, mas o peso dessas duas faltas faz um prognóstico ruim do meu sucesso. Vejo com pessimismo tudo que fiz até agora. Estou numa posição social anômala frente à prática “normal” que vejo ser executada pela maioria. Moro sozinho, com os entes queridos à distância, pois a forma deles pensarem e agir não tem afinidade com a minha forma de pensar e agir.

            Meu espírito está preso na senzala organizada pelo meu corpo. Mesmo que eu tenha toda essa compreensão, não consigo a liberdade do meu espírito. Rogo a Deus que me dê forças e sabedoria, pois não consigo sozinho sair desse labirinto de desejos e emoções, de desvios e de quedas.

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em 15/05/2015 às 00h01
 
14/05/2015 00h01
ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

            Ontem, 13 de maio, é a data que se comemora a abolição da escravatura no Brasil, através da Lei Áurea (Lei Imperial nº 3353), que definiu a liberdade total e definitiva aos negros.

            A minha tez é considerada morena, mas com tonalidade mais para o negro que para o branco. Isso implica dizer que eu sou mestiço, mas que prevalece o negro em meu sangue. Portanto, devo ter motivo de alegria e também festejar os efeitos dessa Lei, que com certeza libertou os meus antepassados, facilitou a minha vida e dos meus descendentes.

            Com certeza, este foi um momento de grandeza na historia do Brasil, da África, na história da humanidade, onde todos estamos conectados. Estamos assim, livres das correntes, das algemas, dos pelourinhos, dos paus-de-arara, da forma de escravidão mais brutal e explícita. Mas continua a existir escravidão, não tão localizada como no Brasil e África, nem tão explícita com os instrumentos de tortura. Essa escravidão que refiro é mais sutil e está presente em todo o planeta, onde existir um ser vivo que pertença à humanidade. É a escravidão exercida pelo egoísmo do corpo sobre o espírito ignorante de sua origem e destinação divina. Em função disso aquele que demonstra mais inteligência ou poder, financeiro ou político, conquistado ou herdado, passa a humilhar e explorar os seus semelhantes para se manter no poder e usufruir do suor alheio com o apoio da leis que eles promulgam. Assim são formadas legiões de miseráveis escravizados pela perversa ignorância dos poderosos. Quando olhamos à distancia essa cena, observamos com clareza o poderio de países ricos sobre os pobres, de comunidades ostensivas, sobre os favelados ou despossuídos. Podemos até fazer essa crítica contundente a essa situação que existe desde que o homem se relaciona em sociedade, seja culta ou ignora. Mas se olharmos para dentro de nós, se refletirmos sobre os nossos pensamentos, sentimentos e ações, verificaremos que os mesmos defeitos que estão sustentando a escravidão dentro da humanidade também existem dentro de nós. Vai ser impossível a criação de uma lei que corrija essa escravidão, se nós não aceitamos a realidade desse fato e lutar pela liberdade do nosso espírito frente ao domínio do ego.

            Ao fazer essa reflexão constatei que o Pai mais uma vez preparou o terreno para me dar uma forte lição. No dia 11-05-15 eu havia postado um texto neste diário com o título “Fracos, escravizados e viciados”, onde eu me incluía dentro desses adultos com esse perfil que Jesus chamava de crianças intelectuais. Hoje faço essa reflexão sobre a escravidão da escravatura no Brasil e pressinto aonde o Pai quer chegar. Ele quer que eu entenda que da mesma forma que fui libertado das algemas físicas por uma lei humana, eu devo me libertar das algemas psicológicas do egoísmo intrínseco ao meu corpo por uma Lei divina que eu já tenho conhecimento, a Lei do Amor Incondicional.

             Tenho oportunidade de hoje, dia 13-05, como aconteceu no passado, eu adquirir a minha liberdade das exigências que o corpo faz e que oprime o meu espírito. As duas principais algemas que me prendem às exigências do corpo, a gula e a preguiça, posso a partir de hoje quebrá-las, é isso que o Pai espera que eu consiga fazer. Devo fazer um agendamento meticuloso onde possa colocar meus compromissos espirituais e o repouso necessário à vitalidade do corpo.

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em 14/05/2015 às 00h01
 
13/05/2015 00h01
OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO

            No segundo capítulo do livro “Retratos de Nazaré” ditado pelo espírito Léon Tolstoi, ele abre com um trecho do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo IX, organizado por Allan Kardec: “A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem que os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão, a resignação é o consentimento do coração, forças ativas, ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, da mesma forma que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obediente.”

            Essa abertura serviu para Tolstoi contar a história de duas pessoas que se conheceram durante uma palestra que Jesus fazia na comunidade, e logo o amor despertou entre os dois com toda a intensidade. Mas como ele era um judeu pobre e ela uma jovem de poderosa família romana, logo perceberam que se continuassem com o seu idílio iriam afrontar suas famílias e muito sofrimento iriam gerar devido aos preconceitos e intolerâncias da época. Por esse motivo eles decidiram não mais se encontrar, e a moça aceitou se casar com a pessoa também poderosa que o seu pai indicou. O rapaz nunca casou, ficou ajudando o pai até a morte dele. Pegou sua parte da herança e foi em busca dos discípulos do Mestre, já que este já não estava entre os encarnados, pois fora crucificado. Construiu uma espécie de abrigo à beira da estrada onde todos os desamparados da sorte podiam ser acolhidos.

            Este foi o exemplo de obediência que cada um acatou ouvindo as razões do coração e continuando as suas vidas sem mágoas, por sentirem que fizeram a coisa certa. Também é um exemplo de resignação, pelo coração ter consentido a viver longe da sua amada sem com isso levar a pessoa à depressão ou outras formas de autodestruição.

            Agora eu passo a refletir nas decisões que tomei na vida e que parece que vai na contra mão dessas lições oferecidas pela espiritualidade maior. Será que eu, ao ceder aos desejos de me relacionar intimamente com outra pessoa fora do casamento, causando com isso o rompimento da família nuclear que eu havia construído, não levou a sofrimentos em pessoas que viviam sob minha influência direta? Não poderia ter convencido o meu coração a ser resignado e não procurar nutrir aquele desejo que surgia agora na minha frente, como aconteceu na história? Se eu faço essa comparação direta, é claro que vou me considerar culpado, que falhei na obediência aos votos que fiz no altar e não tive a resignação necessária para abrandar os desejos do coração. Se eu fosse aplicar o meu juízo atual com aquela situação do passado, sem nenhuma outra consideração, eu iria me declarar culpado. Acontece que eu tenho uma consideração fortíssima que justifica minhas ações naquele momento distante no tempo e que se consolida no momento atual.

            No momento atual eu tenho a firme convicção que estou seguindo a vontade de Deus, cumprindo o programa do Amor Incondicional em todos os ângulos que eu seja avaliado. E isso só se tornou possível porque eu tomei aquela decisão no passado, deixando fluir o amor por onde ele queria se manifestar e ao mesmo tampo agindo com justiça, permitindo que o mesmo fluxo de amor que perpassa por mim e minhas companheiras de momento, também pudessem passar por minha esposa e seus prováveis companheiros de momento.

            Então, a obediência e resignação que eu não tive no passado, deixaram livre a manifestação de uma força maior, a força do Amor Incondicional associado a um firme padrão de justiça e solidariedade. Considero que esta força maior deveria ser expressa em algum momento acima dos seus derivados como obediência e resignação. Agora o Amor pode se expressar acima e apesar da obediência a regras de natureza egoísta, e da resignação que deixa a situação permanecer como sempre foi, no intuito de não trazer sofrimento. Talvez seja nesse ponto que o Cristo orientou que não viera para trazer a paz das conveniências, dos preconceitos, das intolerâncias; ele viera para trazer a espada que iria ser bramida dentro da própria casa com os próprios parentes.

            Tudo isso sinaliza que eu fui além dessas lições comportadas da obediência e da resignação, mas acontece que terminei servindo de instrumento de Deus para atingir o nível em que me encontro e ser modelo para o mundo que eu quero construir, no dizer de Mahatma Gandhi.   

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/05/2015 às 00h01
 
12/05/2015 18h03
RODA DE CONVERSA

            Fiz no domingo, na casa de meu irmão, uma roda de conversa com os familiares, inspirado numa atividade da Faculdade da minha filha que faz o curso de psicologia. Foi uma atividade preparatória para a “Tenda do Conto” que é a atividade que ela participou na UnP e que combinamos fazermos no próximo domingo, sob a orientação dela.

            Eram nove pessoas ao todo e tiramos a ordem de quem falaria através das cartas de baralho. Foi orientado que todos teriam no mínimo 3 minutos para falar, se não quisesse falar todos ficariam ouvindo o silêncio daquela pessoa até completar o tempo.

            A primeira a ser sorteada pela ordem era quem mais gostava de falar, mas quando se sente exposta como o centro das atenções, fica inibida e não consegue dizer o que desejaria. É interessante esse processo cognitivo, pois com esse mesmo número de pessoas, todos familiares, ela é quem mais fala e entra em todos os assuntos, mas agora com o tempo determinado exclusivo para ela, fica paralisada na mente. Terminou o seu tempo falando de amenidades, palavras clichês, sem conteúdo cognitivo ou emocional.

            A segunda a falar é quem atravessa sérias dificuldades de relacionamento com todos os parentes, que fica sempre trancada em seu quarto e não tem diálogo consistente com qualquer pessoa do seu convívio. Com algumas pessoas consegue falar algo e isso indica a necessidade de fazer a psicoterapia de forma regular. Nesta atividade ela se trancou em sua masmorra psicológica e não disse nada, apenas que não queria falar. Todos ficaram em silencio “ouvindo” o seu silêncio.

            A terceira pessoa, falou do seu atual momento em que está na perspectiva de ser pai, de como será a filha que está no sexto mês de gestação, do seu trabalho que confirmou gostar muito e que precisa conseguir mais um trabalho. Não chegou a concluir o seu tempo com o relato sério, entrando nos 30 segundos finais em tons de brincadeira.

            A quarta pessoa apesar de ser a de menor idade, procurou desenvolver um tímido raciocínio falando de algo que considerava importante. Mas como era de se esperar não chegou nem a metade do seu tempo. Faltou assunto para discorrer, mas se mostrava receptiva e isso motivou algumas pessoas fazerem perguntas para estimular o seu raciocínio. Conseguiu dessa forma falar até o término do seu tempo.

            A quinta pessoa falou com mais desenvoltura e destacou a prioridade que ela estava dando nessa atual fase de sua vida à criação das duas filhas que convivem consigo sem a participação de uma mãe. Mostra as dificuldades que tem com esse propósito, de se sentir muitas vezes cansado e desestimulado pela qualidade de relacionamentos que consegue perceber para si vindo da parte delas.

            A sexta pessoa a falar fui eu, falei da motivação espiritual que tomou conta da minha vida, de desenvolver aquilo que considero como a vontade de Deus, de agir sempre com a tônica do Amor Incondicional, amando com inclusividade, sem ter uma família nuclear como todos aparentemente possuem. Eu convivo com três companheiras e com diversas pessoas, inclusive da comunidade, que considero como irmãos e que a qualquer momento que seja necessário eu possa agir como um membro da família biológica. Esse tipo de comportamento obriga a eu morar sozinho, pois cada tentativa de alguém morar junto comigo termina por se confrontar com essa minha ação de incluir outras pessoas no meu relacionamento, inclusive com permissão de entrar na minha intimidade sem qualquer limites ou preconceitos, a não ser aqueles determinados pelo Amor Incondicional.

            A sétima pessoa falou das dificuldades que sente nos dias como o de hoje nos quais é comemorado o dia das mães. Sempre, diz ela, se sente triste e melancólica sem saber qual é o motivo real, mas sente que seja das lembranças do passado, do sofrimento, da ausência de afeto por essas pessoas significativas.

            A oitava pessoa falou com mais propriedade técnica e sentimentos emocionais. Foi uma fala bem articulada do que sentia no seu processo de vida, da gratidão que sentia por se achar bem sintonizada com o curso que está fazendo. Gastou muito bem o seu tempo e falaria ainda mais com toda a naturalidade e profundidade, se o tempo tivesse sido colocado para todos de forma flexível.

            A nona e última pessoa também se mostrou muito inibido ao falar e foi necessário que fossem feitas muitas perguntas para ele completar o tempo, conforme ele permitia.

            Terminamos a atividade e combinamos para todos trazer no próximo domingo um objetivo significativo do ponto de vista sentimental para ser construída a “Tenda do Conto” sob uma orientação mais técnica.

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em 12/05/2015 às 18h03
 
11/05/2015 00h13
FRACOS, ESCRAVIZADOS E VICIADOS

            No livro “Retratos de Nazaré” ditado por Leon Tolstoi à médium e psicóloga Cirinéia Iolanda, ele cita um trecho do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” de Allan Kardec:

            Disse o Cristo: deixai que venham a mim as criancinhas. Profundas em sua simplicidade, essas palavras não continham um simples chamamento dirigido às crianças, mas, também, às almas que gravitam nas regiões inferiores, onde o infortúnio desconhece a esperança. Jesus chamava à si a infância intelectual da criatura formada: “Os fracos, os escravizados e os viciosos”. Queria que os homens a Ele fossem com a confiança daqueles entezinhos de passos vacilantes, cujo chamamento conquistava para o Seu, o coração das mulheres, que são todas mães.”

            Chamou-me a atenção essa comparação que Ele fez dos fracos, dos escravizados e dos viciados com as criancinhas. Eram essas pessoas que já adultas, que viviam uma infância intelectual, e fiquei a refletir, que apesar de todo o meu conhecimento, acadêmico e espiritual, e disposto a ser instrumento de Deus, ainda vivo uma infância intelectual. Mesmo que não seja tão intenso, ainda identifico em mim essas características de fraqueza, escravidão (nem tanto) e vício e defeito (com relação à gula e preguiça). Ainda não tenho percepção, vejo agora, de ser uma pessoa madura, cumprindo com determinação e sabedoria uma missão dada pelo Pai.

            Dessa forma eu compreendo que devo me aproximar de Jesus não como de forma equivalente ao estágio espiritual que Ele alcançou, da missão difícil que Ele cumpriu com determinação e coragem. Não, eu devo me aproximar como uma daquelas criancinhas que Ele abrigou frente a todos, com a sua inocência, de ainda não terem sido contaminadas pelas armadilhas egoístas do mundo material.

            Sei que perdi a minha inocência ao lidar com esse mundo material, que deixei de cumprir a vontade do Pai muitas vezes, mas acredito que sempre aconteceu por ignorância, até ter atingido a idade adulta onde me vejo prejudicado com os vícios e defeitos da alma que adquiri no meu percurso de vida.

            Espero que essa consciência que a cada dia eu liberto de parte da ignorância que ela ainda mantém, que me seja útil para me elevar dessa condição de criança intelectual que ainda tenho comigo.

            Peço antecipadamente ou posteriormente o perdão daquelas pessoas que irei magoar ou que já magoei devido essa ignorância e fraqueza que deixam muitas vezes eu dirigir as minhas ações ao senhor equivocado, ao senhor errado: o mundo material com todos os seus atrativos e desejos de prazer e poder, quando eu já decidi com toda a força das minhas intenções, em fazer a vontade do Pai, a vontade do Senhor divino, o Senhor espiritual, o Senhor da Vida.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/05/2015 às 00h13
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