Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
29/11/2014 00h59
RESGATE PELA VERDADE

            Mesmo quando estamos envolvidos em mentiras sempre existe alguém que percebe a Verdade. Podemos considerar que aqueles que não percebem a Verdade estão perdidos no cipoal de mentiras. Nesse ponto podemos evocar as lições do Evangelho citado por Lucas, quanto a ovelha perdida que foi encontrada pelo pastor o qual voltou para casa cheio de júbilo. Queria Jesus com essa lição que o céu se mostraria jubiloso por um só pecador que fizesse penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

            Aproveitando essa lição do Mestre, podemos aplicá-la na atual conjuntura social de nosso país, considerando como ovelhas as pessoas de bem. Quando uma delas se perde na confusão das mentiras, ficará a sociedade muito mais jubilosa no seu resgate pela Verdade do que os 99 que já estavam sintonizados com a Verdade.

            O cristão que percebe essa situação e sente a necessidade de cair em campo para livrar a ovelha perdida no laço da mentira, adquire a condição do Bom Pastor, ao passo que aqueles que percebem que estão usando a mentira em seu proveito são os lobos. Muitos deles estão misturados com as ovelhas, disfarçados, lobos em pele de ovelha. As próprias ovelhas não conseguem fazer a distinção e caminham lado a lado com o inimigo sem perceber o perigo no fim do caminho. Quem pode fazer essa distinção é o Pastor que além de ser capaz de fazer picadas na selva de mentiras para chegar até a consciência da ovelha perdida, ainda tem que mostrar coragem no enfrentamento do lobo que não quer largar a sua presa.

            Isso ficou bem claro nos movimentos populares que ocorreram em todo o Brasil, quando uma multidão foi à rua de forma pacífica para protestar contra os desmandos do governo. Ali estavam as ovelhas, mas entre elas existiam os lobos que destruíam e queimavam o que encontravam pela frente, deformando o caráter pacífico das passeatas. Foi necessário usar os cães (policiais, no bom sentido da proteção) para fazer o enfrentamento com os lobos.

            Assim, ovelhas, lobos, cães e pastores, são as quatro instâncias psicológicas dentro do comportamento humano as quais o divino Mestre quis se reportar na sua lição do Bom Pastor. Nascemos todos na condição de ovelha, protegidos pela inocência. À medida que nos desenvolvemos, os instintos que garantiram a nossa sobrevivência nos primeiros dias de nascido e que continuam sendo importante por nossa vida toda, tendem a extrapolar suas funções e prejudicar a existência do próximo. Essa tendência de nos transformar em lobos é uma força derivada dos instintos e que precisa ser controlada com base na Verdade descoberta pela inteligência, instigada pela educação. Quando isso não acontece e o processo consegue se disseminar no redil, parece que todas as ovelhas se transformam em lobos, lobos que continuam em pele de carneiro, pois as conquistas éticas da civilização impedem que os lobos se apresentem como tais. Torna-se necessária a constante presença dos cães para coibir os abusos contra as ovelhas a cada instante. Aqueles que conseguem ter acesso às lições de Jesus e aceitam como verdade o seu conteúdo, se transformam em pastores que procuram libertar as ovelhas do labirinto do mal e até mesmo os lobos, fazendo-os reconhecerem sua condição natural de ovelha e que também podem se transformar em pastores e trilhar o caminho em busca do Pai.  

            Chegará um tempo que não necessitaremos mais da figura do pastou nem dos lobos, pois cada ovelha nascida inocente terá os devidos requisitos de educação para controlar os seus instintos e construírem a sociedade fraterna com base na família universal, com o esteio em todos os níveis de relacionamento do Amor Incondicional. 

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em 29/11/2014 às 00h59
 
28/11/2014 00h59
FOCO DE LUZ (30)

            Hoje foi o dia programado para a palestra sobre drogas a ser ministrada pelo Prof. João Dantas. Logo cedo, as 13h, nós nos encontramos no departamento de Medicina Clínica e fiquei de chegar mais cedo no local da reunião, na Escola Olda Marinho, para ajudá-lo na montagem dos equipamentos que ele iria levar. Antes de sair de casa Radha informa que não iria participar, pois teria que voltar em casa, a sua tia havia caído e precisava dela. Não pude acompanhá-la, mas dei toda a segurança para ela se deslocar e socorrer a tia.

Quando cheguei na Escola o professor João Dantas já havia começado a montar o seu equipamento. Pedi licença a ele para colocar um PPS enquanto as pessoas chegavam. Tinha um grupo de alunos na sala e coloquei um PPS que abordava as mensagens de Jesus. Improvisei uma dinâmica onde uma das crianças lia o texto e tentava fazer a interpretação. Tentei instruir quanto o comportamento de cada um, auxiliei na leitura e fiz a interpretação dos dois textos que foram lidos. Já estávamos com 15 minutos além das 19 horas, então fiz a apresentação do Prof. João Dantas e passei a palavra para ele dar início a sua palestra.

Foi abordada a questão sobre as cartilhas estão disponibilizadas pela CONAD, Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas. Focou principalmente no álcool e distribuiu uma cartilha e um questionário a ser respondido em casa, com o gabarito a ser disponibilizado em outra oportunidade. Apresentou um vídeo que demonstra a abordagem de um paciente num consultório e com a aplicação de um questionário para ressaltar a motivação e o compromisso de assumir a abstinência da droga por algum período. Finaliza com outro vídeo musical com frases de motivação e esclarecimento.

No decorrer da apresentação o vereador do bairro, Ubaldo, compareceu a reunião, convidado que fora por Ezequiel. Após a palestra o convidamos para usar a palavra. elogiou o trabalho realizado e disse que apresentou um projeto na câmara para aplicar recursos na comunidade para rádios comunitários e boletins informativos. Também falou em off da necessidade de homenagear o diretor do Hospital, Dr. Lagreca, com o título de cidadão natalense pelos serviços prestados.

Ao fim da reunião foi pedido ao vereador Ubaldo que conduzisse a oração do Pai Nosso. Após a introdução e a oração do Pai Nosso, seguida por todos, posamos para a foto coletiva.

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em 28/11/2014 às 00h59
 
27/11/2014 00h59
FORÇA DEMOCRÁTICA

            Fui hoje pela primeira vez à reunião do grupo que se denomina “Força Democrática RN”, que estava fazendo a terceira reunião no Chaplin Recepções. Fiz Xerox dos três artigos políticos que publiquei no Recanto das Letras, e preparei um PowerPoint para usar, caso tivesse necessidade. Cheguei cerca de 10 minutos adiantado e não havia ninguém do grupo. A recepcionista procurou saber se iria haver a reunião que eu disse que iria participar. Telefonou para alguém e logo pediu para eu aguardar sentado no salão. Achei estranho, pois a sugestão que eu dei de ser colocado um balcão para funcionar logo no início da reunião para ensinar a todos o uso das mídias havia sido aprovada pelo whatsapp, e nada. As 19h coloquei mensagem no whatsapp perguntando pelo pessoal, foi quando se manifestaram os que já estavam chegando. Perguntei pelo projetor e foi dito que havia um e que iria ser projetado num canto da parede, mas que dava para ser visto por todos. Achei que poderia ter sido mais bem organizada a reunião, mas não fiz qualquer manifestação para não parecer invasivo onde estava indo pela primeira vez.

            Sentei pacientemente em uma das mesas do ambiente e logo chegou a palestrante da noite, uma médica cubana que iria falar sobre sua vivência em Cuba, de como era antes da revolução, a personalidade destruidora de Fidel Castro, que corrompia ou destruía quem podia se interpor aos seus planos, inclusive o Che Guevara, que era um jovem médico idealista e se transformou num assassino frio.  Confessou que até hoje tem resíduos de medo dentro de si e só veio a essa reunião por não ter como recusar o convite de um dos coordenadores a quem deve muito favor.

Depois houve a participação apaixonada de vários participantes, colocando a aversão ao PT, se colocando como pessoas de Direita, e, de forma desorganizada, as diversas sugestões de ação. Aproveitei uma espécie de diálogo entre dois participantes para pedir espaço para colocar minha opinião.

Disse da minha motivação política desde que comecei a trabalhar como médico no Conjunto Santa Catarina. Que havia me candidatado a presidente do Conselho Comunitário daquele bairro, e o governo do Estado colocou toda sua influência para me derrotar com o argumento que eu era filiado ao PT devido a minha forma independente de fazer política, sem pedir favores ao estado para ganhar uma eleição. Não sabiam eles que eu intuitivamente evitei até hoje a filiação ao PT por sentir algo ruim dentro da rigidez de comportamento e de se sentir a palmatória do mundo, como se todos fossem corruptos, menos eles. Fiz a filiação ao PDT, fiz militância como secretário do partido a nível municipal e deixei o partido quando o presidente nacional, Leonel Brizola, apoiou a intervenção em nosso diretório para colocar sem eleição um deputado estadual com cargo eletivo em detrimento do presidente atual, que apesar de fazer um bom serviço ideológico, estava sem cargo eletivo. Achei aquilo intolerável e sai do partido, para não servir de massa de manobra para quem quer que seja. Votei em Lula para que assumisse a presidência da República, mas logo retirei o meu apoio, quando soube que o PT havia patrocinado o escândalo do mensalão, e o presidente, unha e carne dos vilões, dizia não saber de nada. Agora com a reeleição da presidente conquistada na base da mentira e patrulhamento dos mecanismos de estado, que teve o mérito de dividir o país com o estigma do ódio e do medo, decidi participar de um grupo como este com o objetivo de repor a Verdade. Fiz questão de ressaltar esse foco de ação sobre a restauração da Verdade como o principal eixo de nossa atuação. Informei que estava trabalhando na comunidade de Praia do Meio onde resido, com a estruturação de uma Associação de Moradores e Amigos, sem filiação político partidária nem religiosa, mas seguindo com rigor as lições evangélicas, dentro de um comunitarismo de base cristã. Disse que a totalidade do meu pensamento não poderia colocar nesse pequeno tempo que eu tinha para me colocar, mas que eu havia trazido três artigos que estava deixando à disposição de quem quisesse verificar.

Como o horário já estava avançado, decidimos encerrar a reunião com a proposta de continuar a conversação pelo whatsapp e pelo Face. Tiramos a foto do conjunto com a bandeira do Brasil a nossa frente.

Foi uma experiência positiva e de esperança na melhor conjuntura para nosso país.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/11/2014 às 00h59
 
26/11/2014 00h59
REVOLUÇÃO MORAL

            Após as eleições de outubro/2014 quando o Brasil saiu das urnas dividido e a maioria dos eleitores tendo plena consciência de que prevaleceu a mentira para a vitória dos eleitos, inclusive com dúvidas não esclarecidas sobre o sistema eletrônico de apuração dos votos, ficou a nítida sensação que devemos protagonizar uma “Revolução Moral” no país. Não é que o desejo majoritário seja o retorno das forças armadas, nem que nós mesmos peguemos em armas para impor o nosso pensamento. Não, a ideia é usar a inteligência e o trabalho para ressaltar a verdade que foi escamoteada e levá-la à praça pública para destruir a mentira como ferramenta dos meios para se atingir os fins, através dos cidadãos conscientes e que se consideram e agem como pessoas de bem. Não importa que essa atividade favoreça ou prejudique partido A ou B, ou qualquer outra instância social que seja avessa ao esclarecimento da verdade.

            Esse pensamento e ações coletivas que essa forma de Revolução pretende implementar no meio social para nos livrar do jugo da mentira, tem semelhança com o pensamento e ações defendidos e praticados por Gandhi para libertar a Índia do jugo britânico. Lá, foi usada a desobediência civil numa atitude de não-violência; aqui podemos usar o boicote capitalista numa atitude de esclarecimento da verdade.

            Divulgar o que está acontecendo com o endereço certo de pessoas, intenções e atos, é importante para o esclarecimento do público interessado, a partir de nossas próprias atividades: onde acontecem as reuniões, as atividades planejadas, os meios de contato e engajamento e assim por diante. Mostrar que a política é uma das ações mais nobres que o ser humano pode realizar; que o político sujo pela mentira não pode representar a pureza da política. Ensinar que a política não é um esporte de expectador, e que cada um tem algum grau de contribuição dentro do esforço coletivo, do esforço heroico de restabelecer a verdade, sem interesses partidários ou monetários. Enquanto imaginarmos que nossos concidadãos são egoístas, estúpidos e preguiçosos, não temos esperança.

            Esse tipo de revolucionário deve ser consciente da aceitação de uma disciplina rígida enraizada na sua consciência. Uma disciplina que vise alcançar objetivos futuros (governo democrático pela verdade) capaz de superar os apelos do prazer no presente (ir a praia, ao cinema, ao barzinho, ao lazer doméstico). A autodisciplina é como um músculo, quanto mais exercida mais forte fica.   

            Para dar uma motivação extra, podemos encarar a situação que iremos nos defrontar como um jogo de videogame, só que aplicado na realidade. No videogame o jogador procura individualmente uma vitória épica, conquistada por poucos, com seu esforço e inteligência. Na vida real, o jogador de forma coletiva, enfrenta o petismo da estrela vermelha que se encontra no poder e usa a mentira como arma de virulência que parasita o esforço do nosso trabalho coletivo, envia para o exterior para a conquista de simpatia com os seus iguais (Foro de São Paulo) e espalha ao redor mais e mais mentiras, enfraquecendo nosso poder de reação; apaga a memória dos benefícios conquistados pelos governos anteriores, e elabora núcleos de desconstrução moral dos adversários, de intimidação física e imaginária das instituições democráticas. Os vilões da sociedade, criminosos condenados pela justiça, são elogiados e reverenciados como heróis do petismo.

            Tudo funciona como o imaginário do filme “Matrix” onde a realidade parece funcionar dentro da normalidade, mas nas entranhas do poder tem toda uma realidade paralela que manipula os cidadãos através da central da mentira que sustenta o cinturão de miséria. Enquanto isso os cidadãos, todos juntos nos seus diversos postos de trabalho, geram recursos com seu suor durante meses do ano, para serem sugados pelo superfaturamento de contrato de trabalho das estatais e pelos altos salários disseminados para a militância que se entranhas na administração pública e pela doação de recursos a entes sociais não governamentais, prontos para fazerem a baderna social se contrariados os seus interesses.

            Esta é a situação, meu caro candidato a Revolucionário Moral. Voce está sendo convidado a ser uma formiguinha num trabalho longo e doloroso sob o canto sinistro das cigarras que, talvez sem saber, estão a construir um provável e tenebroso inverno das nossas liberdades.

             

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/11/2014 às 00h59
 
25/11/2014 00h59
TERAPIA SOCIAL

            Por força de minha profissão estou acostumado com o termo “Terapia”, mas sempre aplicado a um indivíduo, a dois ou a pequeno grupo. Poucas vezes eu vi o termo “Terapia Social” e geralmente, se não me engano de forma mais simbólica que real, aplicado a uma comunidade. Mas agora, tenho a compreensão que a sociedade está apresentando sinais e sintomas de uma doença que produz sofrimento e morte, individual e coletiva, aqui e algures. Parece que a Terra toma a aparência de um grande hospital onde cada indivíduo sofre as consequências do mal coletivo a partir das ações que ele mesmo implementou ao seu redor. Fome, ignorância, violência, roubo, vício, guerra, corrupção, mentira... tudo faz parte do elenco de sintomas que cada um exibe, individual ou coletivamente, e deixa surgir no painel coletivo das nações um exército de miseráveis de toda espécie, desde os indigentes, maltrapilhos e analfabetos até os multimilionários, ditadores de povos, manipuladores da mentira. Como fazer para promover essa terapia social, uma vez que nós também estamos doentes, uma vez que a doença é contagiosa?

            Quem nos trouxe a solução foi o Mestre e Terapeuta, Jesus de Nazaré, com as Boas Novas, o Evangelho. Mostrou que a raiz do mal está enraizada dentro dos nossos corações, através do egoísmo que é uma expressão dos mecanismos instintivos criados por Deus para a nossa sobrevivência e que foram deturpados por nossa vontade para escravizar o próximo de diversas maneiras. O Mestre curava as mazelas físicas de muitos que encontrava pelo caminho, mas a lição principal que Ele deixou para destruir o inimigo interno do egoísmo dentro de nós e curar a alma em direção à saúde coletiva, foi a aprender a usar o Amor, receber e doar, sem condicioná-lo a nenhum interesse subalterno, simplesmente por ajudar o próximo como a nós mesmo, como a dimensão máxima de amor ao Pai.

            Alguns valores estão associados aos eixos centrais do Egoísmo e Amor nessa luta que deve ser feita para a Terapia Social. A mentira e a prepotência estão associadas ao egoísmo, que desvirtuando a realidade em proveito próprio adquire as condições de conquistar e permanecer no poder; a verdade e a justiça estão associadas ao Amor que respeita os interesses do próximo em busca de uma sociedade fraterna.

            O reconhecimento da Terra como um hospital que apresenta alas em diversas regiões, que nós também possuímos algum nível de contaminação ao mal que queremos combater, é importante para suportar a necessidade de tolerância dos erros que irão surgir entre nós. O início do tratamento é difícil, pois nós, contaminados, seremos os próprios médicos e poderemos ter até dificuldades para conseguir o entendimento necessário para a prática de uma simples reunião. O tempo será um grande amigo de todos nós, associados à persistência nos ideais, e pouco a pouco iremos nos harmonizando em torno do foco da Verdade o principal instrumento da aplicação do Amor.

            Espero também a solidariedade daqueles que ficaram à distância por desconfiança, mas por possuírem almas generosas e sintonizadas com o bem, amorosamente vêm nos ajudar no futuro próximo.

            A humildade de reconhecer todos como doentes da alma, uns mais outros menos, e que o Amor é a melhor atitude para todos os males da humanidade e a Verdade é o melhor remédio que deve ser aplicado diariamente, de preferência de hora em hora, é a Terapia Social fundamental, sob as luzes do Cristo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/11/2014 às 00h59
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