Nós, seres humanos, emergimos da natureza na condição de animais, como qualquer outro animal, cheios de instintos que visam a sobrevivência do corpo e da espécie. Assim é observado em todas as espécies animais até hoje. O homem, por desenvolver um cérebro mais sofisticado, com capacidade de processar informações além daquelas necessárias para a sobrevivência corporal, tem condições de criar uma consciência que extrapole os limites animais.
Apesar do desenvolvimento técnico e científico, que proporcionou civilizações bem avançadas, o comportamento humano continuava a ser equiparado ao comportamento animal, mesmo que agora envergasse uma vestimenta mais respeitosa, uma toga, uma bata, uma farda, um paramento qualquer que desse a noção de superioridade.
Porém, parece que os desígnios divinos apontam para o retorno dos seres vivos ao regaço do Pai principalmente os mais evoluídos cognitivamente. Para que isso acontecesse num menor período de tempo, era necessário que viesse para a Terra um professor com a missão de ensinar os caminhos em direção à divindade. Esta foi a missão do Cristo, ensinar a Lei do Amor presente nos Evangelhos.
Após 2000 anos de sua vinda, de bastante estudos teóricos, de inúmeras igrejas criadas, observamos que, apesar de existir uma melhora geral na relações humanas, ainda persiste muitas dificuldades relacionais, todas impregnadas do egoísmo próprio no instinto animal.
A conclusão que chegamos, é que a teoria evangélica está bem disseminada na Terra, principalmente no ocidente, mas persiste as ações do mal com mais domínio em todos os campos, até no eclesiástico.
É importante que todos nós que conheçamos a teoria evangélica, coloquemos em prática os ensinamentos. A letra não pode ficar inerte, senão é coisa morta.
Com 66 milhões de membros e o título de maior partido político do mundo, o Partido Comunista Chinês (PCC) governa a China desde 1949, sem tolerar oposição e geralmente reagindo de maneira polêmica em relação a dissidentes.
O partido exerce influência sobre vários aspectos da vida dos cidadãos chineses – do que aprendem na escola, assistem na televisão, seus empregos, suas religiões, suas casas e até o número de filhos que podem ter.
Milhões de fiéis chineses se sentem abandonados e traídos após décadas de opressão marxista, por execuções, martirizações, sofrida por fidelidade a Roma. A ideia do ditador Xi Jingping é “sinizar” a igreja chinesa independendizando-a de Roma e submetendo-a às políticas socialistas ditadas pela liderança marxista do Partido Comunista.
O presidente marxista pôs isso bem claro no XIX Congresso do PC em outubro de 2017: “a cultura (...) deve ser aproveitada para a causa do socialismo de acordo com a orientação do marxismo”. Acrescentando que por causa disso a religião deve ter uma “orientação chinesa” e se adaptar à sociedade socialista guiada pelo partido. (The Washington Post, 18-10-2017).
O bispo Guo passou quase um mês em detenção antes da Semana Santa de 2017. De acordo com AsiaNews, na prisão os agentes do governo apresentaram ao bispo resistente um documento a assinar. Segundo esse, ele aceitaria “voluntariamente” ser reduzido a bispo coadjutor. Em troca receberia um reconhecimento do governo, uma “honraria” acompanhada de vantagens materiais concedidas aos colaboracionistas com o comunismo.
A diretiva “Sincronização da religião” é um sofisma (argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade) do ditador Xi Jingping que na essência impõe que as religiões não obedeçam a autoridade estrangeira alguma – leia-se Roma – e professem o socialismo. Exige também que a Santa Sé reconheça sete bispos ilicitamente sagrados. Desses sete, Dom Huang e mais dois foram excomungados publicamente pela Santa Sé. Pequim, daria em troca o reconhecimento de 20 candidatos ao episcopado nomeados pela Santa Sé nos últimos anos, desde que se ponham à serviço da comunidade pró-marxista.
Há entre 9 e 12 milhões de católicos na China, e metade deles recusa a submissão à igreja cismática criada pelo regime. O Vaticano pretende obriga-los a se submeterem ao sistema anticristão alegando uma conciliação.
Reconhecendo a pseudo igreja “patriótica”, o Vaticano estaria danificando a pregação católica no país, trocando as lições do Mestre pela ideologia marxista. Os clérigos “patrióticos”, como é bem sabido no país, cortam passagens da Bíblia consideradas politicamente subversivas pelo Partido Comunista.
Milhões de fiéis chineses se sentiriam abandonados e traídos após décadas de opressão sofrida por fidelidade à Roma.
A diplomacia vaticana já sacrificou o Primaz anticomunista da Hungria, e o arcebispo de Budapeste para aguardar os soviéticos e o regime títere que instalaram no país. Para o influente “Wall Street Journal”, a imagem do Papa Francisco está ficando sem sentido. O pontífice que já não ajudava is ucranianos oprimidos e invadidos pela Rússia, agora dá as costas aos perseguidos católicos chineses e se alia com os perseguidores. Ele parece ter abandonado o perfil de “campeão dos oprimidos” diz o jornal em sua manchete, e até está se tornando líder dos opressores, auxiliado inescrupulosamente pelo seu assessor Mons. Marcelo Sánchez Sorondo
Fica a pergunta, porque ocorre uma certa miopia nos homens que têm a responsabilidade de levar adiante a mensagem do Cristo, da forma mais pura possível, e se tornam manipulados pelos ditadores que tão claramente mostram ações contrárias ao que Jesus ensinava?
O Papa é o representante de Pedro, aquele que Jesus confiou para conduzir o ensino e a aplicação do Evangelho ao redor do mundo. Seria esperado que o pensamento de cada Papa seguisse com bastante verossimilhança o pensamento do Cristo, no entanto, apesar de ser esperado que cada um procure seguir exemplarmente as lições evangélicas, observamos ao longo da história muitos pensamentos divergentes até mesmo da moral cristã. Exemplo disso era o apoio da Igreja dado às incursões dos cruzados à Terra Santa, o apoio à Santa Inquisição, que promoveu a morte de milhares de inocentes, com requintes de crueldade.
Nos dias atuais, podemos observar dois pensamentos diferentes sobre o mesmo tema, um do Papa João Paulo II e outro do atual Papa Francisco.
O Papa João Paulo II disse em 1995 que “A legítima defesa não é apenas um direito, mas um sério dever para quem é responsável pela vida dos outros, dos bens comuns e do Estado”. “Em um mundo marcado pelo mal e pelo pecado, existe o direito à legítima defesa com armas e por motivos justos”.
O Papa Francisco em 2015 disse que: “Todos os que usam armas ou vivem do comércio de armas de fogo, não podem se dizer bons cristãos!”.
Observamos a diferença, mas qual o mais adequado ao nosso viver atual? Parece que o Papa João Paulo II está mais conectado com a realidade, talvez por que tenha sido vítima de uma tentativa de assassinato em 1981.
O Papa Francisco condena todos os que usam armas, e assim pensando condena os seus próprios soldados, uma força militar de elite com mais de 500 anos de história, composta de ex-soldados suíços treinados para proteger o líder da igreja católica. Além de bem treinados, eles têm uma das melhores coleções de armas de fogo do planeta para garantir a segurança de Sua Santidade.
Em 1527 a pequena força da Guarda Suíça segurou um ataque maciço à saqueadores que tentaram invadir a Basílica de São Pedro, tempo suficiente para que o Papa Clemente VII escapasse através de uma passagem secreta. Eles lutaram por oito dias antes de se render, e alguns viveram para contar a história. Quase 150 dos 189 guardas que serviam na época deram suas vidas pela sobrevivência do Papa.
Este mesmo comportamento dos guardas que trabalham no Vaticano, acredito que permanece... não serão bons cristãos?
Nestes dias de politicamente correto, parece que perdemos um tanto de lógica em detrimento dos bons cumpridores da lei. Começa pela consideração de que todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai celestial, e por isso não podemos nos defender contra aqueles que querem nos fazer mal, inclusive tirar nossa vida.
Tenho um exemplo bem significativo sobre isso: a tentativa de assassinato que o Papa João Paulo sofreu e o exemplo de perdão que ele ofereceu ao mundo, indo até a cadeia e perdoando o criminoso.
Claro, o gesto de perdão é um dos mais belos e difíceis exemplos do amor incondicional, exemplo que Jesus nos legou do alto da cruz. Mas devemos fazer algumas considerações... Jesus é um Mestre supremo, bem próximo do Pai, e veio à Terra cumprindo a vontade do Pai para nos dar essas lições. Nós somos simples seres humanos com forte revestimento animal, alguns envergando as características de ovelhas, outros de lobo. Fica logo necessário entender o conceito amplo ou restrito de nossa irmandade. Se for de natureza ampla, somos irmãos de todos os seres vivos, pois todos foram criados por Deus. Se for de forma restrita, seremos irmãos daqueles seres humanos que se comportam como ovelhas. Até mesmo aqueles que se comportam como lobos, mas sabem da sua natureza divina, sabem da semente colocada em sua alma por Deus no momento da criação e querem desenvolvê-la, esses também podem ser considerados como nossos irmãos.
O criminoso que queria tirar a vida do Papa, naquele momento se apresentava como um lobo, para o qual, os seguranças do papa teriam lhe abatido antes que ele pudesse disparar sua arma. Para isso é que os seguranças acompanham os papas em seus deslocamentos.
O criminoso foi detido e ficou preso conforme a lei. O Papa foi até a cadeia e perdoou o ato assassino que ele sofreu, abraçado ao criminoso. Fica agora a pergunta: ele perdoou ao lobo ou a ovelha que reside sufocada pela pele do lobo? Esta explicação é muito necessária para o nosso processo humanitário. Eu tenho que distinguir quem se aproxima de mim, se é uma ovelha carente do meu ato fraterno, ou um lobo do qual eu tenho que me defender de qualquer maneira?
Estas é uma interrogação que prevalece no mundo atual, principalmente no Brasil que vivemos. Muitas vezes me sinto como uma ovelhinha indefesa, trancado dentro de casa, com câmeras de vigilância, cerca eletrificada, muros altos, temendo que algum lobo invada minha residência, ataque a mim ou meus parentes e amigos e eu nada possa fazer, pois até uma arma meu país não permite que eu use.
Tenho a compreensão que a vida está centrada no nosso espírito, que para evoluir deve administrar um corpo físico e todas as energias que ele possui para se preservar ante a destruição. Essa destruição do corpo físico corresponde ao desagregamento celular dos trilhões de células que estavam sendo administradas pelo espírito. A maioria das pessoas entende que a vida se concentra exclusivamente no corpo físico e com a morte tudo se acaba. Poucos compreendem que a morte do corpo físico corresponde simplesmente a saída do espírito desse conjunto de células, da carne, por isso o termo desencarnação é mais completo que o termo morte.
Durante o tempo que vivemos administrando este atual corpo físico, cometemos diversos erros que vão se acumulando na consciência e mantido nos registros inconscientes. Antes do momento da desencarnação podemos ter algumas atitudes que merecem ser refletidas.
Primeiro, não devemos esperar que chegue os sinais da morte para pensar nos programas nobres da vida que não foram executados ou correr para promover confissões para o alívio da consciência. Não usar as últimas palavras para fazer inúmeras despedidas, encenar adeuses e apresentar as últimas vontades, causando transtornos físicos e emocionais em quem fica com esses encargos. Mesmo se não conseguir falar, não remoer arrependimentos. Não ficar gaguejando mentalmente o quanto gostaria de ter feito.
Algumas vezes pode ser sentido um tipo de mensagem que a morte está próxima, pode ser uma doença grave. A pessoa age apressadamente para desanuviar a mente que está carregada de remorsos, expondo os erros, pedindo perdão. Mas, como não era ainda o seu momento de desencarne, tão logo a pessoa se sente recuperada, retorna aos velhos locais de prazer, de orgia, sedento de comércio com a loucura a que se entregam.
Devemos observar que o nosso corpo tem algo parecido com as máquinas. Funciona com eficiência enquanto a engrenagem está harmônica; desengonçada, emperra com prejuízos da produção. Cabos sustentam pesos colossais, como nos elevadores; enfraquecidos pelo uso, perdem a finalidade, levando perigo. Instrumentos sensíveis colaboram eficazmente; desajustados levemente tornam-se danosos a qualquer cálculo ou realização.
O corpo humano também tem um período hábil de realizações, alguns alongam esse período, o prazo de previsão, de vencimento. E se por acaso for danificado determinado órgão, mesmo que seja devidamente consertado, podem voltar a servir, mas mais demoradamente.
Não podemos esquecer que a nossa alma está administrando um corpo que tem uma passagem rápida aqui na Terra, que devemos produzir o quanto formos capaz. Amanhã as circunstâncias de tempo, modo e lugar, serão diferentes. Devemos movimentar a máquina físico-mental sob o beneplácito da saúde.
Em nossas ações cotidianas vamos apaziguar a consciência, reparando com o bem, os males praticados, enquanto caminhamos com os ludibriados por nossa negligência. Resolvamos nossas dificuldades nos dias de vigor carnal. Mesmo que aparentemente fiquemos tranquilos por transferência de nossas responsabilidades, ao despertar do outro lado após o desencarne, estaremos como somos, com o que temos, com o que gostamos.
Lembremos as lições do nosso Mestre, Jesus, quando ele exemplificou na parábola do Mordomo Infiel, a responsabilidade de administrar bem os recursos que nosso Pai nos deu, e dentre eles o mais importante é o corpo físico.
O momento do desencarne é dramático, sabemos... mas não podemos desesperar e esquecer o comportamento do Mestre em pleno calvário, manteve a lucidez que o caracterizava, mesmo sofrendo torturas físicas e morais, continuava o seu amor pela humanidade: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.