Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/11/2013 01h01
ESSÊNCIA DA AMIZADE

            A amizade é mais que afinidade e envolve mais que afeição. As exigências da amizade – franqueza, sinceridade, aceitar com a mesma seriedade as críticas e os elogios do amigo, lealdade incondicional e auxílio a ponto do sacrifício – são estímulos poderosos para o amadurecimento moral e o enobrecimento.

            A amizade genuína requer tempo, esforço e trabalho para ser mantida. A amizade é algo profundo. De fato é uma forma de amor. É a base, a sustentação do Amor Incondicional.

            A energia do Amor tende a se ramificar dentro de nossas sensações e sentimentos biológicos, influenciada pela raiz instintiva dos nossos corpos. É assim que surge o amor romântico, de forte apelo instintivo sexual, que ver o outro como um objeto de posse, de exclusividade afetiva, principalmente na relação íntima. Isso favorece a formação da família nuclear com todos os requisitos de ciúme e exclusivismo próprios do egoísmo. Essa relação assim constituída com tão forte exigência, parece deixar ambos os parceiros emparedados dentro do contexto social, onde o afeto não pode ser aprofundado ao nível da intimidade sexual por mais ninguém. Acontece que a força instintiva própria do mecanismo de sobrevivência embutida nos corpos, não se torna anulada pela presença do amor romântico. Quanto esse perde a sua força da paixão, que é o momento em que o indivíduo não tem interesse sexual por ninguém além da eleita, a consciência passa a sofrer influencias afetivas dos instintos por outras pessoas em busca de um sucesso reprodutivo que é característico da espécie. Com o tempo, existe a pressão cada vez mais forte que tende a romper o compromisso de exclusividade que foi a base do agrupamento familiar. Quando acontece essa quebra de compromisso, o choque é de forte intensidade emocional e o amor romântico rompido na sua base exclusivista, tende a se transformar na sua antítese: o ódio! É nesse momento que, se o Amor Incondicional não deixou de existir nas relações do casal, surge a amizade como elemento conciliador e reparador dos caminhos a seguir: o perdão pelo rompimento do contrato ou a compreensão da formação de novos relacionamentos sem a transmutação do amor. As pessoas que antes eram amantes do ponto de vista do amor romântico, agora se tornam amigos do ponto de vista do Amor Incondicional. A amizade segura a turbulência afetiva dentro dos interesses afetivos/instintivos de cada um e não deixa o sentimento positivo do Amor deteriorar para o lado negativo do ódio.

            Este é um dos exemplos mais fortes onde a amizade, derivativo mais importante do Amor Incondicional, mostra a sua importância em nossas vidas, ao segurar com maestria a positividade dos sentimentos.

            Existem outros exemplos que são comuns em minha vida, desde que assumi a prioridade do amor Incondicional em meus relacionamentos. Cada pessoa que se aproxima de mim é um amigo em potencial, por mais grave que seja sua situação, pois é considerado o meu próximo ao qual devo amar como a mim mesmo. Mas existem aquelas pessoas que o tempo consagra como amigos em profundidade, que se confunde com a minha própria vida, que seus interesses estão intimamente ligados aos meus. Não é um irmão biológico que a vida nos oferece através da genética e que são alguns; não é um irmão espiritual que Deus nos oferece através das oportunidades e que são todos. É um irmão que a amizade reforçada pelo tempo, coloca acima de qualquer um dos outros irmãos.

            Assim é o meu amigo que mora hoje em São Paulo e que o tempo o traz mais uma vez para perto de minha convivência, morar na mesma cidade, no mesmo bairro, talvez no mesmo condomínio. Essa amizade vem do tempo da infância, ultrapassamos as peripécias próprias da idade e seguimos os caminhos divergentes de nossas vidas com ela sempre presente e reforçada cada vez nos encontros ocasionais, de estudos, trabalho ou passeio que tínhamos oportunidade de fazer e que nos aproximava. Agora tenho a oportunidade de encontrá-lo mais uma vez e sinto a força da amizade mostrar sua pujança. Sentimos a alegria recíproca do reencontro como duas almas que se encaixam num momento mágico. Eu vejo assim, na prática, uma das realizações mais nobres do Amor Incondicional: a amizade incondicional!        

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/11/2013 às 01h01
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16/11/2013 01h01
UM TOQUE DE HUMOR

            A mão de Deus orienta minha consciência mais uma vez para que eu consiga melhorar minha competência no sentido de fazer a vontade dEle. Ele sabe que uma dificuldade que apresento é o meu ar sisudo na minha forma de relacionamento, seja formal ou informal. Sempre admirei a capacidade de quem coloca o humor em suas palestras, aulas, apresentações. Sempre achei que o riso é um ótimo fator de interação da platéia com o apresentador, e por conseguinte, simpatia pelo conteúdo que é apresentado.

            Dessa forma, Deus veio em meu socorro e me fez parar anteontem num sebo, “Cata livros”, por volta das 21 horas, quando eu já estava indo para casa. Tinha apenas a curiosidade de ver o que havia de interessante. Não tinha nenhuma intenção objetiva de procurar algo que fortalecesse minha competência como um dos artífices da construção do Reino de Deus. Foi assim que passei a vista pelo livro “Um toque de humor”, escrito em 1990 por Malcolm Kushner (The light touch), EUA, e publicado no Brasil em 1998 pela Editora Record.  Resolvi levá-lo apesar do sub-título. “Como agir de forma espirituosa para obter sucesso nos negócios”. Sabia que a aplicação do livro era para melhorar a performance nos negócios materiais, nos quais não tenho prioridade, mas a palavra “espirituosa” que evoca espiritualidade me cativou e resolvi levá-lo.

            Agora, ao ler o capítulo inicial, percebo a “mão de Deus” sobre o meu aprendizado e onde Ele quer chegar: no mesmo lugar que eu quero, ser mais competente na construção do Seu Reino, e que passa pela exposição do que isso seja, do que é esse Reino de Deus. Assim, o humor como eu desejo, pode ser importante para atrair a atenção, criar entendimento, e aumentar a retenção da mensagem. Pode também aliviar tensões, melhorar relacionamentos e motivar as pessoas, se usado corretamente.

            Eu sei que para o cumprimento da minha missão eu não receberei nenhum dom de forma miraculosa, não serei competente em nenhuma forma de relacionamento por um presente divino. Eu tenho que me esforçar no aprendizado do que quer que seja útil para mim. Deus faz apenas chegar perto de mim o material necessário para que eu conserte minhas deficiências. É isso que chegou à minha consciência, que sinto que devo estudar com bastante atenção tudo que o autor tem que ensinar. Vou absorver logo de início a sua opinião de que o humor é um traço adquirido. É uma habilidade que se aprende, se desenvolve e se aperfeiçoa; que ter senso de humor significa olhar para as coisas de um ângulo original; significa perceber relações que outras pessoas não notam; significa exercer flexibilidade na própria maneira de pensar.

            Tudo isso se aplica aonde quero chegar, pois a construção do Reino de Deus implica na mudança de paradigmas profundamente enraizados e em nova forma de relacionamento inclusivista, fraterno e universal, mesmo que seja respeitado todo o vigor emocional das paixões românticas. A sensação de perda pode ser muito grande no primeiro impacto e o tempero do humor nessas explicações que se tornam necessárias, aliviará o choque e facilitará a compreensão.  

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em 16/11/2013 às 01h01
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15/11/2013 01h01
O SONHO DO BARCO

            Estava fazendo a leitura diária quando me lembrei do sonho do barco. Então decidi que iria somente terminar de ler o trecho da Bíblia que eu havia começado, para fazer o relato do sonho, antes que esquecesse. Interessante que no trecho final da leitura da Bíblia dizia o seguinte: “porque os sonhos que os tinham agitado tinham-nos informado antecipadamente, para que eles não perecessem sem conhecer a causa de sua desgraça.” (Sabedoria 18:19). Esse foi mais um reforço para fazer a descrição desse sonho e a sua interpretação.

“Alguns parentes ou amigos tinham roubado de marginais (mafiosos) muitas pedras preciosas. Conseguiram um barco e junto com outros parentes meus e amigos, inclusive mulheres, se fizeram ao mar. Só consegui identificar com clareza somente o meu irmão gordo. As outras pessoas, mesmo não sendo diretamente identificadas, eu sinto que eram os meus irmãos que seguiam conosco.

“Resolvemos entrar no mar aberto e ir para distante, pois sabíamos que os marginais estavam à nossa procura que qualquer dia nos encontrariam. Saindo no barco para curtir a vida em outros locais distantes, eles dificilmente nos encontrariam.

“Depois de muito navegar percebi que estávamos numa espécie de praia, nas proximidades de um rio e que deixava espaço para banhistas e local para ficarmos na areia. Perguntei ao meu irmão que estava com o mapa na mão e ele disse que estávamos em algum local da França. Percebi que o barco estava sendo arrastado para a areia por um adolescente local, que talvez quisesse alguma gorjeta por seus serviços. Rejeitei a oferta e seguimos caminho por uma espécie de rio. Nesse ponto nós íamos a pé, não sei com quem, e o barco tinha ficado na água com algumas outras pessoas. Só que nós estávamos subindo e não percebemos que o barco não podia nos acompanhar, e quando verificamos onde estava o barco não o encontramos. Voltamos preocupados tentando o achar e depois de algumas peripécias, o encontramos numa espécie de delegacia local com o adolescente de antes acusando para o delegado, uma figura estranha, magra e com um estômago proeminente, como se tivesse feito redução e precisasse agora de uma plástica corretiva. Vi que ele acusava meu irmão de estar embriagado e eu disse que não era verdade, eu o tinha visto apenas com o mapa nas mãos. Fomos a procura dele que se encontrava na areia ao lado do barco, com uma latinha de cerveja nas mãos e aparência de embriagado. Vi que o delegado agora tinha autoridade de registrar nossas digitais e nossos rostos, numa espécie de Xerox onde o rosto ficava colado no aparelho e o perfil da pessoa era reproduzido. Tentei fazer algo para que o delegado não divulgasse essas imagens, pois temia que os marginais que deviam estar nos procurando conseguisse nos encontrar. Insinuei algo com referência a minha profissão e a necessidade que ele tinha de uma cirurgia, mas aparentemente não surtiu efeito.”

Não lembro mais do desenrolar, talvez tenha acordado... Mas já dá para se fazer uma boa interpretação. Tudo se encaixa nos textos anteriores que publiquei neste diário e que dizia respeito a não acompanhar os pecadores, os ímpios. A alegoria do barco é muito clara, eu havia embarcado num barco adquirido com o fruto de roubo e agora estava fugindo das prováveis conseqüências. Quer dizer que, se eu assumo participar da vida dos pecadores e do usufruto do seu trabalho, vou ficar também exposto as mesmas penas que cabem a esses. Mesmo que dentro do barco o meu comportamento seja exemplar, eu estou seguindo numa direção que é contrária a minha. Essa interpretação se afirma quando eu passo a caminhar na areia em direção ao alto e o barco não pode nos acompanhar. No entanto aqueles que estão dentro do barco podem fazer. Somente ia uma pessoa comigo, as outras estavam dentro do barco que se perdeu e foi parar na delegacia (juízo final).

Assim o Pai permite que eu seja esclarecido com mais profundidade sobre as minhas intenções de ficar perto dos pecadores no sentido de preparar o terreno para que a semente do Amor Incondicional possa germinar. O que eu devo fazer é caminhar a pé ao lado do barco, ensinando aqueles que queiram aprender. Posso até entrar no barco em algumas ocasiões para tentar sensibilizar alguém para sair e caminhar em outras trilhas, mas não permanecer dentro dele e fazer parte de sua tripulação. Tudo isso tem aplicação prática, pois nas reuniões que eu participo, profissionais, espirituais e principalmente familiares, ficar dentro do barco significa ficar dentro da roda de brincadeiras irônicas, lascivas, mas não pertencer a elas.    

Mais uma vez Deus permite a minha educação no campo espiritual, com o sonho que enviou para mim e com a advertência precisa da Bíblia, para que eu não pereça (deixe de cumprir minha missão e seja incluído no rol dos ímpios) sem saber a causa dessa desgraça.

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em 15/11/2013 às 01h01
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14/11/2013 01h01
SALMO 1:1-6

            O primeiro Salmo da Bíblia envia uma mensagem que já me sensibilizou há quase um ano, no dia 19-12-12. Fiz um texto nesse diário com essa reflexão que ele traz. Novamente nas leituras que faço, encontro motivos para voltar a esse Salmo e notei que já havia escrito sobre ele. Mas vou continuar, aproveitando a inspiração e descrever meus pensamentos agora a este respeito. Depois irei aos arquivos e compararei o texto escrito no passado com este do presente. O Salmo diz o seguinte:

1.Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores.

2.Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita Sua lei dia e noite.

3.Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes; dá frutos na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende prospera.

4.Os ímpios não são assim! Mas como palha que o vento leva.

5.Por isso não suportará o juízo, nem permanecerão os pecadores nas assembléias dos justos.

6.Porque o Senhor vela pelos caminhos dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição.

Esse texto voltou a me chamar a atenção, pois é um comportamento que eu pratico em algumas ocasiões, mesmo que eu não faça justamente isso: “seguir o conselho dos ímpios, trilhar o caminho dos pecadores e assentar entre os escarnecedores”. Não faço assim, mas deixo me envolver pelas chacotas e ironias quanto a aplicação da Lei do Amor, por exemplo, e não trato o caso com a seriedade que ele merece.

Com a base de conhecimentos que já possuo, tenho condições de divulgar, ensinar e exemplificar o Reino de Deus. Agora, perco meu tempo se tento fazer isso com pessoas que não acreditam no mundo espiritual. Portanto, as palavras de Jesus são cheias de pragmatismo quando Ele diz que não devemos perder tempo com pessoas que se recusam a ver e compreender, pois essas se agarram ao seu orgulho, principalmente quando percebem que valorizamos a sua conversão. Mais vale abrir os olhos a cem cegos que desejam ver claramente do que a um só, que prefere ficar nas trevas.

Deixar os outros em paz não é indiferença, mas apenas boa política. Quando estiverem influenciados pela opinião geral, a conversão deles se dará naturalmente. De tanto ouvirem a mesma coisa, incessantemente repetida ao seu redor, acreditarão aceitar a idéia voluntariamente, por si mesmos, e não influenciados por outras pessoas. As idéias são como as sementes que só germinam no tempo certo e em terreno preparado. Por isso é preciso esperar o tempo adequado e o cultivar primeiro as que já estão prontas para germinar, evitando perder as que ainda não estão prontas na tentativa de antecipar a sua germinação.

Essa reflexão me trás duas preocupações: primeiro é não seguir o pensamento dos ímpios, pecadores o que é uma tendência. Quando estamos em grupo, as ironias têm muita força e os assuntos sérios perdem importância frente a risadagem que cada piada provoca. A tendência é que sejamos envolvidos nessa egrégora mundana e os princípios espirituais ficam inibidos, até esquecidos.

Segundo, é que as sementes da Boa Nova que já possuímos não podem ser cultivadas nesse ambiente. Perco meu tempo ao fazer isso e até a dificultar mais ainda a germinação, desde que o terreno não está ainda preparado. Tenho que procurar terrenos (mentes) já preparados para receber e germinar essa semente.

Mesmo com essas considerações que a leitura traz, ainda sinto que devo levar sim, a palavra do Reino de Deus a esses corações frívolos como uma chance que eles terão de se prepararem. Talvez eu não seja tão efetivo nesse trabalho, como a leitura adverte, mas eu sinto a tendência de fazer isso com as pessoas do meu círculo de convivência, por mais que sejam mundanos. Talvez não seja tão efetivo, mas sei que não estou praticando o mal.

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em 14/11/2013 às 01h01
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13/11/2013 01h01
EVOLUÇÃO TRANSCENDENTAL

            Estamos acostumados com o estudo da evolução material, principalmente dos seres vivos, como Darwin ensinou. Poucos sabem da existência do mundo espiritual, de que este é nosso verdadeiro lar, e que aqui na matéria tudo se transforma, tudo é passageiro, serve apenas de escola para nossas almas. Assim, da mesma forma que existe uma evolução que acontece no mundo material, existe outra que acontece no mundo espiritual e que ambas estão interligadas, sendo esta mais importante que aquela.

            Isso acontece porque a Lei que envolve a tudo e a todos é a Lei do Amor e que está associada intimamente ao Criador. Uma Lei que disciplina a harmonização da natureza com a inclusão de tudo e de todos no seu contexto operacional e que fluem (evoluem) na direção de Deus.

            Foi este Amor que Jesus veio nos ensinar para podermos realizar a construção do Reino de Deus. É o sentimento mais elevado e sublime que existe. Então, é bom compreendermos como ele surge dentro de nós, uma vez que á a nossa principal ferramenta evolutiva.

            Fomos criados por Deus enquanto espírito, simples e ignorante, com necessidade de evolução. A matéria se tornou um campo de aprendizagem para que o espírito aprenda a reconhecer o amor e o praticar. Os seres biológicos mais evoluídos quanto a sua complexidade neural, como é o caso dos humanos, se tornou o envoltório carnal mais apropriado para o aprendizado espiritual. Nesse contexto o espírito deve aprender quais são os imperativos da carne, quais foram os mecanismos egoístas que o Criador introduziu no maquinário celular para a manutenção e reprodução dessa vida biológica, e qual a forma de superá-los sem agredi-los, resguardando a sua função e ao mesmo tempo evoluindo espiritualmente.

            Reconhecemos que os sentimentos são os instintos que vão se aprimorando à medida que o espírito evolui. Nas primeiras encarnações o homem possui somente instintos. À medida que avança e que aumenta o convívio com outros homens e principalmente nas relações com mulheres, relações sexuais ou não, passa a possuir sensações e quando se encontra mais instruído e purificado adquire então sentimentos.

            São esses sentimentos, aquisição da evolução espiritual, transcendental, que deverá superar, disciplinar e colocar a serviço do Amor, os instintos que continuam a existir no corpo biológico. O sentimento mais nobre e evoluído de todos é o Amor. Devemos ter cuidado para não entrar no sentido vulgar da palavra, mas sim o Amor interior/exterior (Incondicional) que reúne todas as aspirações e todas as sublimes manifestações da alma humana. A Lei do Amor substitui o individualismo pelo integralismo das criaturas e acaba com a miséria social. Entra em confronto com o amor romântico exclusivista, base de nossa atual cultura egoísta e hedonista, da família nuclear. O Amor Incondicional aponta para uma família mais ampliada, que se forme na solidariedade e na inclusividade com todos, sem barreiras sexuais, com respeito, fraternidade e justiça para com todos, a família universal. Construiremos assim o Reino de Deus e nessa caminhada, amando amplamente os irmãos em sofrimento, sentiremos a felicidade de quem ama, pois não sofreremos as angústias da alma nem as do corpo.   

            Esta é a nossa evolução transcendental, que está acima da evolução material e que a esta disciplina, acima de quaisquer preconceitos que possam existir, como culturais, legais ou religiosos. E dentro dela todos estamos, que a percebamos ou não, que acreditemos ou não.

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em 13/11/2013 às 01h01
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