Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/11/2018 00h59
ORAÇÃO DA SERENIDADE

            Concedei-nos, Senhor, serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos, e sabedoria para distinguir umas das outras.

            Esta singela oração é a âncora que desperta para a espiritualidade os membros dos grupos de mútua ajuda, principalmente Alcoólicos Anônimos, que foi quem primeiro usou, no início e final de cada reunião.

            Serve como reflexão íntima daquilo que a pessoa percebe como negativo dentro de si, e que pode ou não modificar. A patologia, por exemplo, aprende que adquiriu a doença do alcoolismo e sendo uma doença crônica, incurável, vai ter que saber conviver com ela durante toda a sua vida. Vai ser necessário ter serenidade para aceitar esse fato e coragem para evitar o primeiro gole que desencadeia a doença. Ele pode não ter forças para curar a doença, mas pode ter forças para evitar tomar o primeiro gole.

            Da mesma forma esse pedido da oração serve para ajustar o seu comportamento dentro dos seus diversos relacionamentos, familiar, profissional, e social de forma geral. Muitos problemas, conflitos, que foram gerados ocasionaram traumas incontornáveis, que a pessoa deve ter a serenidade para suportar e entender, o comportamento de tal pessoa em função daquilo que ela se sente prejudicada, vitimada, desonrada. Aqueles conflitos que podem serem perdoados, deve ter coragem de ir até a vítima, com humildade, e justificar seus atos em função do alcoolismo, implorando pelo perdão, que está seguindo uma linha de recuperação que sugere que isso seja feito.

            Não ficam somente aí os benefícios da oração da serenidade quando ela é seguida em todos os meandros da vida. Mesmo eu não sendo alcoólico, frequento semanalmente uma reunião de AA e procuro aplicar a oração dentro dos meus diversos relacionamentos. Foi e está sendo bastante útil nessa campanha política que enfrentamos no último mês. Diversos amigos mostraram uma forte convicção em votar e apoiar o candidato que eu via como negativo. Consegui suportar uma avalanche de argumentos que eu sabia fazer parte de uma narrativa destrutiva, que os fatos de destruição do Brasil não eram considerados. Suportei com serenidade essas tentativas de modificar a minha opinião, de aceitar o amigo com a sua opinião que para mim era equivocada. Para quem eu sabia que estava na situação de obstinação, que poderia avaliar com neutralidade outros argumentos, eu colocava o que pensava, com os argumentos que eu possuía, sem causar constrangimentos ou repulsa. Hoje, passado o momento eleitoral, continuo respeitando a posição de quem votou contrário, e procuro a coragem para realizar o trabalho que deve ser feito para apoiar as propostas positivas do candidato vitorioso. Acredito que esta posição, com a colheita dos frutos que virão, servirá para corrigir o pensamento, que ainda continua distorcido, das pessoas de bem.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/11/2018 às 00h59
 
15/11/2018 02h01
PAPEL DA SOCIEDADE

            Observando o comportamento da sociedade brasileira antes e depois da eleição presidencial, podemos imaginar que o presidente eleito, que foi contrário a todas ações de uso da máquina estatal em favor do comunismo/socialismo, poderia ter se pronunciado da seguinte forma, conforme está circulando nas redes sociais:



            As mazelas vão durar muitos anos, infelizmente.



O Brasil foi aparelhado para o socialismo/comunismo baseado em pilares sustentáveis, como seja:




  1. doutrinação nas universidades;

  2. distribuição de ajudas ao mais pobre, em vez de dar emprego/dignidade;

  3. imprensa com verbas;

  4. dinheiro da corrupção para eles e o Partido.



"Ganhamos, acabamos com o PT!"  Não...



Tire esse pensamento da cabeça agora!



O PT está caído, sim, mas está muito longe de deixar de ser uma ameaça.



Já se perguntou porque o pior candidato de um partido, envolvido até o pescoço em corrupção, cujos principais líderes estão todos na cadeia, recebeu 44 milhões de votos?



A resposta é simples. Conquistamos a presidência, mas o PT e suas variáveis ainda dominam tudo que leva até lá.



A esquerda ainda detém enorme influência e poder. Jamais subestimem um grupo que ganhou 4 eleições, passou 13 anos com acesso a reservas quase infinitas de dinheiro e colocou seu pessoal em absolutamente TODAS as engrenagens da máquina estatal.



A esquerda ainda domina: meio acadêmico, meio artístico, meio cultural, movimentos sociais e a grande parte do meio político.



A influência deles é tão grande, que me fizeram, praticamente, o culpado da facada que levei.



Fizeram de uma matéria esdrúxula de jornal, sem provas, uma acusação que foi parar no TSE e ficou uma semana em destaque. Fizeram meus apoiadores se passarem por bárbaros descontrolados noticiando ataques claramente forjados.



Acham mesmo que eles perderam esse poder só por que não chegaram à Presidência?



Se não tivessem esse poder, teríamos ganho com 80% dos votos.



O povo sabia que não queria o PT, mas a destruição da minha imagem foi colocada em prática por todo o sistema.



Perdeu-se milhões de votos por conta de calúnias divulgadas pela esquerda com tamanha intensidade que faria Goebbels se sentir um estagiário na xerox do DCE.



Ganhei a eleição para Presidente, mas a máquina está toda podre e comprometida. Não irá deixar-me governar e fazer as reformas que o País precisa, sem apoio de vocês.



Irão sabotar-me desde o primeiro dia.



Todas as mudanças na área econômica serão anunciadas pelo sistema como uma tentativa de prejudicar os pobres e retirar direitos do trabalhador.



Todas as mudanças na área social serão anunciadas como uma tentativa de assassinar LGBTs/Mulheres/Negros/Pobres/Nordestinos.



É assim que a esquerda joga.



Estou recebendo o Brasil no pior estado que um Presidente já recebeu, serei criticado pelos seus acertos e massacrado pelos seus erros. Tentarei não errar.



O primeiro ano será bem difícil.



É preciso tomar o poder de influência da esquerda e devolvê-lo ao povo.



O povo tem que se informar por fatos e não por narrativas cuidadosamente construídas por intelectuais em universidades.



Voltarei ao assunto sobre onde estão instalados os inimigos e como desentocá-los.



Não há como acabar com a divisão no País, se não acabarmos com quem está nos dividindo.



Comemoremos a vitória, foi gigantesca. Mas não percamos a noção da realidade. Estamos só no começo.



            Esta é uma verdade. Todos nós que lutamos para mudar a realidade corrupta do país, sabemos o quanto sofremos de discriminação por apoiar um candidato que foi “carimbado” como o pior, que não iria respeitar minorias, que iria arrebentar a sociedade com toda violência possível. Essas pessoas que se conduziam com esse pensamento, não faziam um pensamento crítico de que o principal adversário desse candidato tão massacrado por tudo e por todos, era prisioneiro da justiça em diversos níveis e que durante 13 anos de governo deixou o país entregue a pior crise de sua vida.



            Sim, nós sociedade, não devemos perder o foco da verdade e da liberdade.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/11/2018 às 02h01
 
14/11/2018 04h15
POSIÇÃO ESPIRITUAL DO BRASIL

            Foi feito uma pergunta ao médium espírita Divaldo Franco, sobre a importância que o Brasil deverá ter no futuro próximo. Merece nossa reflexão. Vejamos a pergunta e a resposta.



            P. O espiritismo diz que o Brasil seria um dos principais países dos novos tempos com grandes responsabilidades espirituais. Como seria isso?



            R. A tese é de Humberto de Campos, post-mortem, através do médium Francisco Cândido Xavier, no livro, “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. Trata-se de uma destinação histórica para o povo brasileiro. Não se assemelha a uma nova Israel, ou a um novo povo escolhido, mas a uma civilização futura, rica de esperanças e de paz. Isto, porque o Brasil é um país que não tem karmas coletivos. Nossos dois grandes karmas são a escravidão negra e a Guerra do Paraguai. A escravidão negra foi condenada pela Princesa Isabel e era uma herança portuguesa. A Guerra do Paraguai foi uma reação à intolerância do governante paraguaio quando mandou aprisionar um navio brasileiro. Mas o nosso país resgatou essa dívida moral com o Paraguai através da Usina de Itaipu, que abriu grandes possibilidades para a pátria irmã. Então, o Brasil é um país que se destina, pelo fato de não ter grandes karmas, a ser doador de diretrizes e exemplos de dignificação humana. A nossa miscigenação produziu um povo afável, generoso, que não guarda ressentimentos, e como não temos guerras históricas, não temos ódios históricos.



            Esta tese mostra boa correspondência com as mudanças históricas que acontecem com as sociedades, onde algumas, insignificantes, passam a ter uma maior influência sobre as outras. O Brasil também não demonstra até o momento nenhuma capacidade moderna, belicosa, financeira, de assumir a liderança mundial. Mas, por outro lado, podemos ser considerados a pátria do Evangelho, pois a grande maioria dos seus cidadãos são cristãos. O que observamos, apesar disso, há um ataque maciço das forças do mal, na forma da mentira, da corrupção, no incentivo à violência, à luta entre classes, entre as minorias, com base na deturpação da transformação escolar visando a destruição do país.



            Talvez isso tenha sido necessário, do país se tornar envolvido pelas iniquidades, pela corrupção, para os homens de bem que ainda não estejam hipnotizados pelas forças do mal, levantem o nível de consciência para sair dessa situação.



            A última eleição para presidente ocorrida no Brasil, parece ter sido um exemplo disso, onde um candidato, sem boa articulação política e até com dificuldade no nível interpessoal, sem o apoio da imprensa, do poder financeiro, consegue vencer a eleição, mesmo sem ir as ruas ou participar de debates, pois o povo é quem estava fazendo por ele. Isso parece um bom sinal, de que Deus tenha permitido tamanha crise no Brasil, para que o país mostrasse o seu potencial humano e conseguisse o que era considerado impossível. Mas, para a sociedade, o trabalho não termina com o resultado da eleição.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/11/2018 às 04h15
 
14/11/2018 00h41
LOUCURA E SUICÍDIO

            Fui convidado para fazer uma palestra no Núcleo Espírita Caminho da Redenção (NECRE), em Macaíba-RN, ontem, dia 11-11-18. O tema da palestra era “Loucura e Suicídio” dentro do Simpósio “Em Defesa da Vida”.

            O colega que me antecedeu falando sobre “Depressão e Suicídio” deu uma boa explicação sobre os processos mentais que acontecem no desenvolvimento da depressão e que levam ao suicídio, fazendo uma boa base para aquilo que eu iria falar.

            O termo “Loucura” hoje é considerado como pejorativo, procuramos falar em Transtornos mentais que envolve as doenças mentais e que dentro delas podemos encontrar diversos diagnósticos que podem levar a “loucura” (alienação mental): Psicoses com suas alucinações e delírios, depressão e/ou mania, demências, retardos, transtornos de personalidade... entre os transtornos mentais classificados pela Classificação Internacional de Doenças – 10ª Revisão (CID-10), vamos observar que o maior risco de suicídio, consciente, está na Depressão Grave. Digo “consciente” pois aqueles que cometem o suicídio, mas apresentam um quadro fora da realidade, de alienação mental, não se pode dizer que cometeu o suicídio usando a sua inteligência para praticar o ato.

            A prevenção contra o suicídio consciente passa pelo desenvolvimento psíquico da calma, resignação e confiança no futuro. Quando a pessoa adquire uma calma e resignação frente as vicissitudes da vida, isso se torna tão úteis à saúde do corpo quanto da alma. Enquanto se ficasse dentro de sentimentos como revolta, ciúme, inveja, ambição, ficaria entregue voluntariamente à tortura de suas misérias, aumentando as angústias de seus sofrimentos.

            Tenho o exemplo de um paciente que atendi semana passada no consultório; havia ido na companhia da mãe e esposa. O paciente entrou no consultório num quadro extremo de desconfiança em tudo ao seu redor, olhava com medo toda a ambientação da sala, não conseguia organizar suas funções mentais superiores para dar respostas inteligentes, mesmo a questões básicas de sua identidade pessoal. Havia passado por perseguições e excesso de trabalho no ambiente militar onde ele servia como sargento. Passou a ter perda da confiança em si mesmo, medo exagerado e daí surgiram os sintomas psicóticos como alucinações, delírios, paranoias, ideias de suicídio, que o deixavam alienado da realidade. Não conseguiu suportar as vicissitudes da vida e despencou num quadro depressivo e psicótico extremamente grave.

            Podemos observar dois paradigmas de vida que implicam ou não no suicídio: o primeiro é o paradigma materialista, que não crê na eternidade e julga que na morte tudo se acaba. Ver assim no suicídio uma solução para seus problemas; o segundo é o paradigma espiritualista, onde a pessoa está certa que só é desventurado por pouco tempo, frente a eternidade, e se enche de paciência.

            Portanto, podemos ver como estímulos para o suicídio a incredulidade, as ideias materialistas, quando pessoas de ciência se esforçam para provar que nada existe depois da morte, que se são desgraçados é melhor morrer, que nenhuma esperança podem ter a não ser o nada, por isso devem procurar a morte mais rápido para sofrer menos.

            Por outro lado, os fatores preventivos do suicídio têm um forte componente no conhecimento do mundo espiritual, tão bem demonstrados pela Doutrina Espírita, que levam a pessoa a compreender que a vida se prolonga além do túmulo, e essa verdade faz emergir dentro da pessoa a coragem moral para enfrentar os seus males. Os próprios suicidas vêm informar a situação desgraçada em que se encontram e provam que ninguém viola impunemente a Lei de Deus que proíbe ao indivíduo encurtar a própria vida. Os suicidas podem passar a entender que mesmo os sofrimentos que passam, não sejam eternos e sim temporários, não são menos terríveis, e fazem refletir aos que estão encarnados e pensam em suicídio.

            Dessa forma, quem estuda o mundo espiritual com as lições da Doutrina Espírita, tem bons motivos contra o suicídio: certeza de uma vida futura; será tanto mais ditoso quanto mais resignado tenha sido na carne; certeza que abreviando seus dias, chega a um resultado oposto ao que esperava; que se liberta de um mal, para incorrer num mal maior, mais longo e mais terrível; que se engana, imaginando que o matar-se vai mais depressa para o céu; e que o suicídio é um obstáculo a que no mundo espiritual ele se reúna com as pessoas queridas que esperava encontrar.

            Com essas informações, podemos concluir que, quando todos os homens conhecerem o mundo espiritual e a Lei de Deus, deixará de haver suicídios conscientes.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/11/2018 às 00h41
 
12/11/2018 12h09
CONFIANÇA, FÉ E CERTEZA

          Desenvolvemos nosso raciocínio dentro do mundo material, considerando tudo que nossos sentidos percebem como verdade, nunca tivemos instruções sobre o mundo espiritual, como se relaciona com o mundo material. Portanto, fica difícil, depois de adultos, acreditar num mundo que não conseguimos ver ou sentir de qualquer forma, a não ser através do relato de algumas pessoas sensíveis ou fatos que podem ser enganosos.

            Por outro lado, nossa intuição diz que existe alguma coisa além do mundo material, por isso a maioria das pessoas acredita em Deus e numa existência após a morte... não sabem bem como isso acontece...

            Para compreender essa dúvida, vamos ter que conduzir o nosso raciocínio através das orientações daquelas pessoas mais experientes que nos informam sobre o que ainda não sabemos. Dentro do conjunto dessas pessoas confiáveis, podemos destacar a pessoa de Jesus, pois assim afirmam todos que tiveram contato com ele, pessoalmente, enquanto ele estava encarnado entre nós, quanto através do que foi escrito ao seu respeito.

            Então, confiando em Jesus, desenvolveremos uma fé naquilo que ele falava e ensinava. Dizia que a morte não existia, que Ele voltaria dos mortos (do mundo espiritual) três dias após a sua morte. Se os apóstolos confiavam no Mestre, e sabiam que Ele nunca mentia ou se vangloriava de qualquer coisa, então deveriam ter fé nas suas palavras e ter certeza que isso iria acontecer. Mas o que foi que houve? Nenhum dos apóstolos, ninguém, esperava que isso fosse acontecer. Para todos foi uma surpresa quando a notícia chegou que o Mestre mais uma vez estava na Galileia se comunicando como antes fazia.

Chegou ao cúmulo do discípulo Tomé exigir colocar os dedos em suas feridas para comprovar que era Ele mesmo.

            Esse tripé de confiança, fé e certeza continua sendo útil até hoje, para quem deseja avançar em direção à purificação dos males da ignorância. O Mestre Jesus continua sendo o referencial dessas verdades espirituais que não podemos ignorar. Ele disse também que iria rogar ao Pai para mandar outro Mentor ao nosso convívio quando estivéssemos mais capazes de amar e compreender suas lições: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai para mandar outro Paráclito (que defende, guia e protege outra pessoa; intercessor, mentor, consolador) para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.” João: 15-17.

            Não quero ser como Tomé e exigir a todo momento prova material de uma certeza espiritual. Tenho Jesus Cristo como referencial de confiança, procuro evitar os erros do que escreveram sobre Ele, e acreditar sem dúvidas nas Suas palavras. Por isso, hoje tenho certeza que Ele já rogou ao Pai a vinda deste Espírito da Verdade, que já está entre nós, que se manifestou através das lições vindas do mundo espiritual e codificadas pelo mestre francês Rivail (Allan Kardec). Procuro lembrar e praticar Suas lições do Amor para me capacitar a recebe-Lo, está com Ele e viver com Ele.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/11/2018 às 12h09
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