O mundo vivia em trevas, com poucas pessoas aqui e acolá que se comportavam com ética e dignidade, vencendo a influência egoísta, constante do Behemoth, o monstro instintivo que Deus criou dentro de nós através do processo constante da evolução.
A maioria dos nossos irmãos formavam sociedades e viviam se combatendo em guerras fratricidas e até mesmo em espetáculos festivos e sangrentos, vestidos como gladiadores nas arenas romanas.
O forte sempre subjugava o fraco e a escravidão era uma condição normal, bem aceita por essas sociedades, entre os poderosos, vencedores, e aqueles que desejavam alcançar a condição de elite dentro da comunidade.
Foi apenas com a vinda da Luz trazida pelo Cristo, através do portal aberto pela humildade e obediência de Maria, Nossa Senhora, que nossa consciência teve oportunidade de se iluminar e assim pudemos ver a pessoa próxima como um irmão que devíamos respeitar e amar como se fosse a nós mesmo, pois podíamos estar no seu lugar.
O Cristo passou três anos entre nós ensinando sobre o Caminho da Verdade que nos levará a Vida eterna na intimidade com o Pai criador. Sofreu fortes tentações no deserto, críticas e acusações na ruas, templos e palácios; chegou a ser condenado e crucificado pelos poderosos que mantinham os povos nas trevas da ignorância.
Mas, a missão do Cristo foi cumprida com eficácia, conseguiu colocar a Luz acima de nossas consciências para que fossem iluminadas, foi criada a sua ideologia, o Cristianismo e com ela conseguimos formar sociedades éticas e morais acima dos padrões animalescos das sociedades pagãs.
Porém, o demônio se aproveita da força do Behemoth para sempre encontrar meios de influenciar as pessoas e as desviar do Caminho da Verdade, colocando em seu lugar um caminho com verdades relativas, falsas narrativas, mentiras descaradas que usam termos da Luz em indução para as trevas. Pessoas inteligentes, mas de pouca sabedoria, passam a entender que os argumentos do Diabo são coerentes e usam da inteligência para construir novas ideologias, totalmente contrárias ao Cristianismo.
Porém, o Portal da Luz, Nossa Senhora, está sempre atenta. Antes com a educação do seu filho Jesus enviado pelo Pai, e hoje com o Seu legado, o Cristianismo, principalmente aquele desenvolvido e que se perpetua nos séculos pela Santa Igreja Católica.
Nossa Senhora está sempre vindo entre nós, em vários locais do planeta, inclusive aqui em nosso país e em nossa região, Cimbres, Pernambuco. Vem nos advertir, geralmente usando a consciência pura das crianças, que devemos estar atentos aos perigos do Marxismo, ideologia que fomenta diversas núcleos de pensamentos hostis ao Cristianismo, como podemos observar nos movimentos socialistas, comunistas, maçônicos, modernista, progressistas, ambientalistas e até “científicos”. Levantam bandeiras com palavras de Luz, como liberdade, igualdade e fraternidade, e com elas provocam um banho de sangue que envolve a todos, acusados e acusadores.
No entanto, as advertências do nosso Portal da Luz não são consideradas, não são colocadas em prática e observamos que mais uma vez as trevas tomam a ofensiva e podemos observar agora o mundo se digladiando e a escravidão se espalhando. Regimes autoritários defendidos até por pessoas de boa índole que se deixam hipnotizar pelas sugestões malignas.
Apesar de toda essa ameaça que existe sobre nossas vidas, a Luz permanece entre nós, e aqueles que estão com ela, mesmo em pequeno foco, tem a obrigação, a responsabilidade de conduzi-la no meio das trevas, assim como Jesus fez na Sua missão e que continua entre nós para nos incentivar e fortalecer o nosso trabalho.
O Diabo que é o adversário do Bem, simboliza todos os maus sentimentos que dificulta a alma para a aceitação do Evangelho do Cristo, e vive uma vida perversa, e miserável, contrariando a vontade de Deus.
Esses espíritos diabólicos podem penetrar na intimidade de alguma pessoa e fazê-la perder o controle do próprio corpo. A pessoa se considera endemoniada e geralmente precisa de uma pessoa com autoridade moral para retirá-la do corpo, fazer a desobsessão.
Dos muitos atos que Jesus fazia, as curas, os milagres, era a desobsessão que chamava mais a atenção. Os apóstolos não conseguiam fazer o mesmo, apesar deles viverem constantemente com o Mestre.
Certa vez, Tadeu, um dos apóstolos, impressionado com isso, interpelou o Mestre, perguntando qual a razão de não ser dado aos apóstolos esse poder automático de afastar os demônios.
O Mestre perguntou qual era o objetivo de sua vida, e Tadeu respondeu que era o de realizar o Reino de Deus em seu coração. Seguindo o sentido da resposta, Jesus indagou porque ele pretendia tal objetivo e ficava a reclamar do adversário em primeiro lugar? Seria justo esquecer o próprio caminho? Se queremos fazer a vontade do Pai e construir o Reino de Deus dentro do coração, é indispensável que reconheçamos que todos somos irmãos e com o mesmo objetivo de trilhar o Caminho da Verdade para chegar ao Pai.
Tadeu ficou surpreso e perguntou se os espíritos do Mal também são nossos irmãos. Jesus então esclarece que toda a criação é de Deus. Os que vestem a túnica do Mal envergarão um dia a túnica da redenção pelo Bem. O discípulo do Evangelho não combate propriamente o seu irmão, como Deus nunca entra em combate com seus filhos. Se os inimigos do Reino se empenham em batalhas sangrentas, não esqueça do teu próprio trabalho; se eles padecem no inferno das ambições desenfreadas, tu deve caminhar para Deus; se eles lançam perseguições contra a Verdade, tens contigo a Verdade divina que o mundo não poderá roubar. Os grandes patrimônios não pertencem às forças da Terra, mas às do Céu. O homem que dominasse o mundo inteiro com sua força, teria de quebrar a sua espada sangrenta, ante os direitos inflexíveis da morte. E além desta vida, ninguém te perguntará pelas obrigações que tocam a Deus, mas, unicamente, pelo mundo interior que te pertence, a ti mesmo, sob as vistas amoráveis de nosso Pai. Devemos aceitar a luta que o Pai nos envia, lembrando que a cada dia basta o nosso trabalho. O adversário é sempre um necessitado que comparece ao banquete de nossas alegrias e, por isso, embora não tenha sido convidado, pois chamamos apenas os simples e os de boa vontade, nunca lhe feche as portas do coração, encarando a sua vinda como uma oportunidade de trabalho que Deus nos julga digno.
O Mestre encerra suas explicações sobre essa luta contra o Mal, representado pelos demônios que checam a nos dominar em espírito, reforçando que a edificação do Reino de Deus é o objetivo de nossa vida. Só a luz do amor divino é bastante forte para converter uma alma à Verdade. Por acaso já vimos algum desses adversários de nossa alma se convencer sinceramente, tão-só pela força das palavras? As dissertações filosóficas não justificam toda a realização material. Elas podem ser mais um recurso, uma túnica brilhante, acobertando penosas necessidades. O Reino de Deus, porém, é a edificação divina da Luz. E a Luz ilumina, dispensando os longos discursos.
Capacita-te, Tadeu, porque ninguém pode dar a outrem aquilo que ainda não possui no coração. Vai! Trabalha sem cessar pela tua grande vitória. Zela por ti e ama o teu próximo, sem esqueceres que Deus cuida de todos, e, geralmente, esses cuidados de Deus com a Sua criação, anjos ou demônios, são feitos através de nossas ações.
Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 25a. pergunta.
25 – Por que os promotores do Sínodo insistem em escutar especialmente as “minorias marginalizadas”?
O Vademecum insiste na necessidade de fazer “todos os esforços possíveis para envolver as pessoas que se sentem excluídas ou marginalizadas” (p. 11). Quase se pode dizer que o documento manifesta uma “opção preferencial” pelas minorias: “A síntese deve prestar especial atenção às vozes daqueles que muitas vezes não são ouvidos, e integrar aquilo a que poderíamos chamar o “relatório minoritário”. O feedback não deve sublinhar apenas experiências positivas, mas deve trazer à luz também experiências desafiantes e negativas (p. 21). Não se deve excluir pontos de vista só porque foram expressos por uma pequena minoria de participantes. De fato, por vezes a perspectiva do que poderíamos chamar o “relatório da minoria” pode ser uma testemunha profética do que Deus quer dizer à Igreja (p. 41).
Interessante que, a inversão do pensamento tradicional da Igreja para o pensamento modernista humanitário que prevalece hoje, deixa os tradicionalistas dentro da Igreja numa posição minoritária. Por que então, o relatório dessa minoria dentro da Igreja não poderia ser uma testemunha profética do que Deus quer para a Igreja? Manter o tradicionalismo?
Verificamos que a Igreja fez sua opção pelos pobres e deixou o Mestre falando sozinho. Judas deve estar em júbilo no seu túmulo, pois a preocupação que ele demonstrava pelos pobres, chegando a criticar a reconhecida mulher que “gastava” um óleo muito caro para lavar os pés do Mestre, agora seria reconhecido com louvor pelos seus companheiros de apostolado, até o Papa.
O trabalho inicial que Jesus apontou que precisava ser feito, sair pelo mundo a evangelizar as pessoas, tendo o cuidado de ir em busca da ovelha perdida, agora também estar invertido. O pastor agora vai em busca de um grupo de ovelhas desviadas e fica perto delas, dos seus erros, sem a preocupação de trazê-las de volta ao redil, a maioria não quer voltar ou mesmo nunca esteve lá.
O que podemos concluir é que, o pastor que deveria trazer as ovelhas perdidas ao redil, agora ficam dentro do mesmo erro que as ovelhas caíram, e querem voltar ao redil, sim, não para se arrependerem do erro, mas para trazer mais das ovelhas que estão no aprisco para a liberdade dos prazeres mundanos.
Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 24a. pergunta.
24 – Os promotores do Sínodo distinguem entre o papel ativo do Magistério e o papel passivo dos fiéis no desenvolvimento orgânico do depósito da fé?
Não. O Cardeal Grech afirma que, com o processo de escuta sinodal, “o sensus fidei recupera sua função ativa, permitindo a prática da escuta como um princípio de uma Igreja verdadeiramente sinodal”, do qual teria sido privado após a Reforma Gregoriana (séc. XI). Esta última produziu “formas de endurecimento do corpo eclesial, especialmente na relação bloqueada entre Ecclesia docens e Ecclesia discens”. Naquela Igreja antiquada, de acordo com o cardeal, “todas as capacidades ativas (estavam) concentradas nas mãos da primeira, com os fiéis, o Santo Povo de Deus, reduzidos a súditos”. Tratar-se-ia agora de reverter a situação.
Esta proposta é uma verdadeira revolução branca, sem sangue, invertendo a hierarquia da Igreja a uma assembleia onde os súditos se tornam os mandantes. É a fórmula da velha democracia, o poder emana do povo e para o povo deve ser exercido.
A hierarquia estabelecida pelo Cristo, onde a cabeça da Igreja seria Pedro, sem necessidade de votação entre os apóstolos, ou entre as pessoas que o seguiam, agora a liderança seria exercida por quem os fiéis, o Povo de Deus, reunido e assembleia sinodal escolheria seu líder, não mais seria a indicação do Cristo, do Espírito Santo.
Como chegamos a este ponto na Santa Igreja Católica? Certamente este não é um processo imediato, de um ano ou décadas para outro. O pensamento humano sempre tentado pelas influências maléficas, consciente ou inconscientemente, foram aceitando as teses científica, humanitárias, iluministas, maçônicas, e lentamente foram substituindo o rigoroso limite da obediência ao Pai criador, pela liberdade humana, da lei do mais forte, quer seja física ou financeira.
Estamos desviando da evolução para uma sociedade fraterna, que obedece hierarquicamente a lei de Deus, para uma sociedade “democrática” onde os autoritários alcançam o poder pelo voto e de lá os votos não mais conseguem tirá-los, necessitando de uma luta ferrenha, como verificamos agora acontecer na Venezuela.
Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”, na sua 23a. pergunta.
23. Isso significa que os fieis têm um papel ativo na infalibilidade da Igreja?
Não. Trata-se aqui da infalibilidade “passiva”, ou seja, receptiva. Só é “ativa” a infalibilidade da hierarquia: quando explicitada através do Magistério solene, dos ensinamentos dogmáticos do Papa e dos concílios, e do Magistério universal ordinário dos bispos. São Pedro e os Apóstolos (e seus sucessores) receberam o mandato de “ensinar todas as nações”, obrigando os fiéis a acreditar em seus ensinamentos: “Quem vos ouve, a mim ouve” (Lc 10,16).
Para manter a Igreja na pureza, Jesus Cristo oferece sua assistência divina ao Magistério da Igreja, como uma coparticipação de sua própria infalibilidade, garantindo a preservação pura da santa doutrina, mantendo a comunhão pregada pela Sé Apostólica onde se encontra toda a verdadeira solidez da religião cristã.
Dessa forma, a assistência de Cristo está sobre o Magistério da Igreja, conduzido por pessoas do clero, que são formadas para entender com profundidade os princípios da fé. Com essa preparação, as pessoas podem absorver a influência do Espírito Santo e agir com a infalibilidade divina.
Como podemos imaginar que os fiéis, pessoas de todas as tendências, que se agrupam na Igreja para receberem esses ensinamentos divinos, depurados pela mente de quem passou anos de estudo se capacitando para a sucessão dos apóstolos e serem dirigidos aqui no mundo material pelo sucessor de Pedro, e agora esses fiéis, que antes recebiam essa infalibilidade passivamente, se tornam capazes também de receberem ativamente essa infalibilidade?
Entendendo a grande diversidade de pensamento que existe entre os fiéis, diversos níveis de formação, como tal heterogeneidade iria atingir a comunhão espiritual, condição sine qua non para a influência do Espirito Santo? Certamente para se chegar a um caminho a ser seguido por todos, seria necessário o processo eletivo, onde todos depositassem suas opiniões e a vontade da maioria deveria ser respeitada. Chegaríamos assim ao processo democrático tão defendido pelas sociedades mundanas e tão deteriorada em seus princípios.
Vejamos o exemplo do nosso país, onde bilhões são colocados a disposição dos candidatos para que eles façam as suas campanhas eleitorais, comprando o voto com diversas benesses e favores. Longe está o nível de consciência onde os votos no candidato mais adequado para as funções pretendidas sejam obedecidas. Geralmente é eleito aquele que mais dinheiro gasta com os eleitores, e geralmente dinheiro tirado dos próprios eleitores.
Portanto, é totalmente fora de lógica colocar os fiéis para receberem a influência de Cristo para conduzir a Igreja. Sempre irá prevalecer suas tendências inatas do egoísmo, da busca do poder para suas próprias necessidades, de suas famílias, de seus amigos.
A Santa Igreja hierárquica de Cristo deixaria de existir e prevaleceria a douta, humana de iluminada Igreja democrática.