Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/02/2023 00h01
DOENÇA ESPIRITUAL

            Geralmente somos solidários com nossos irmãos que adoecem do corpo ou da mente. Internamos em hospitais clínicos ou psiquiátricos. Mas quando adoecem no espírito, como nos comportamos?



            Quando qualquer pessoa adquire o hábito doentio de mirar-se no espelho da própria vaidade, impede seu cérebro de perceber as sensações profundas que lhe surgem da intimidade espiritual, reveladoras dos compromissos que temos com a Verdade.



            Portanto, quando as tarefas esclarecedoras se tornam dependentes de algum apoio no campo político para serem impulsionadas visando o aprendizado de muitos, os bons propósitos de muitas pessoas normalmente são atropelados ou cooptados pela incúria moral de irmãos, já contaminados, que assumem cargos prometendo ajudar no desempenho das funções políticas.



            Podemos até questionar a “ingenuidade” dos nossos mentores espirituais, a partir de Jesus Cristo, em insistir na integridade de pessoas que sempre estão resvalando para dentro das iniquidades, causando o fracasso dos planos propostos. Acontece que não há outra maneira de se proceder, conforme rezam os preceitos das leis cósmicas que regem a evolução espiritual. Caberá sempre ao conjunto da população de um planeta evoluir com nossos próprios esforços. Afinal, que mérito teríamos a registrar vibratoriamente nas nossas almas se as entidades mais evoluídas do campo espiritual viessem resolver os problemas por nós próprios criados?



            Apesar disso, quando tudo o mais referente à postura dos envolvidos com o poder temporal, adoecidos espiritualmente pela imaginação e maus hábitos, causa o desvio de nosso caminho Espiritual ensinado pelo Cristo, restam sempre as realizações edificadas no palco planetário pelo esforço meritório de missionários cristãos que legam suas obras, por mais simples ou complexas que sejam. Deixam semeados para o porvir todo um conjunto de reflexões e de esclarecimentos que ao seu tempo haverá de frutificar.



            Observamos tudo isso com bem clareza racional, no Brasil, quando fomos às ruas em todos os Estados, protestar contra a corrupção e defender a Verdade que a operação Lavajato, conduzida pela Justiça estava implementando entre nós. Tivemos a eleição miraculosa do Jair Bolsonaro que conduziu o país dentro da integridade e princípios cristãos por quatro anos. Foi afastado do poder de forma truculenta e corrupta, mas deixou no país o sentimento de estarmos dentro da Pátria do Evangelho e coração no mundo.



Fomos exemplo para todas as nações de protestos pacíficos contra as fraudes no processo eleitoral, do nosso apelo às autoridades constituídas para nossa defesa no mundo imanente e aos nossos mentores espirituais, principalmente a Nossa Senhora, que apareceu em tantos lugares (inclusive aqui no Brasil, em Pesqueira, Cimbres, Pernambuco, Nordeste) nos advertindo sobre os erros do comunismo, o vírus racional que causa a doença espiritual.



Agora, que fazer com nossos irmãos doentes espiritualmente? Primeiro, temos que ter o cuidado de não nos contaminar, como qualquer doença infecciosa; segundo, procurar cura-los administrando doses do Evangelho; e terceiro, nos precaver dos sintomas da doença, colocando camisas de força prisional aqui a cargo da Justiça ou mais além com a espada do Arcanjo Miguel. Em todos esses atos não podemos esquecer de agir fraternalmente como o Cristo ensinou, punindo o pecado e tendo misericórdia com o pecador.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/02/2023 às 00h01
 
10/02/2023 00h01
ESCOLHENDO OS SEIS ÚLTIMOS

            Vamos seguir na narrativa descrita em “O Livro de Urântia” na escolha dos doze apóstolos de Jesus



            A primeira viagem missionária dos seis primeiros apóstolos foi cheia de êxito. Todos eles descobriram o grande valor do contato direto e pessoal com os homens. E voltaram para Jesus com um conhecimento mais pleno de que, afinal, a religião é pura e inteiramente uma questão de experiência pessoal. Eles começaram a sentir quão sedenta esta a gente comum de ouvir palavras de conforto religioso e de encorajamento espiritual.



            Quando se reuniram com Jesus, eles queriam falar todos ao mesmo tempo; mas André tomou a frente e os chamou um a um; e eles fizeram os seus relatos formais ao Mestre e apresentaram as suas indicações dos seis novos apóstolos.



            Jesus, depois que cada homem havia apresentado a sua escolha dos novos apóstolos, pediu a todos os outros que votassem na indicação; assim todos os seis novos apóstolos foram formalmente aceitos por todos os seis mais antigos. E então Jesus anunciou que eles todos deveriam estar com os candidatos e convidá-los para o serviço.



            Os apóstolos recém-selecionados foram:



            Mateus Levi, coletor alfandegário de Cafarnaum, que tinha o seu escritório no lado leste da cidade, perto das fronteiras de Batanea (área a nordeste do Rio Jordão). Foi escolhido por André.



            Tomé Dídimo, um pescador de Tariquéia e ex-carpinteiro e pedreiro de Gadara (uma das 10 cidades autônomas situada a sudoeste do Mar da Galiléia, no topo de uma montanha, era a capital da Pereia, uma província romana. Foi onde Jesus encontrou um homem endemoninhado por uma legião de demônios e fez com que eles entrassem nos porcos e se jogassem no mar. Foi selecionado por Filipe.



            Tiago Alfeus, pescador e agricultor de Queresa. Foi escolhido por Tiago Zebedeu.



            Judas Alfeus, irmão gêmeo de Tiago Alfeus, também pescador. Foi escolhido por João Zebedeu.



            Simão, o selote, era um alto funcionário da patriótica organização dos zelotes, posição que ele abandonou para juntar-se aos apóstolos de Jesus. Antes de ligar-se aos zelotes, Simão havia sido um mercador. Foi escolhido por Pedro.



            Judas Iscariotes era o filho único de pais judeus ricos que viviam em Jericó. Tornou-se um seguidor de João Batista, e os seus pais saduceus o havia deserdado. Estava procurando emprego naquelas regiões, quando o encontraram os apóstolos de Jesus, sobretudo por causa da sua experiência com as finanças. Natanael convidou-o para juntar-se às suas fileiras. Judas Iscariotes era o único judeu entre os doze apóstolos.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/02/2023 às 00h01
 
09/02/2023 00h01
INSTRUÇÕES AOS SEIS

            No domingo, dia 23 de junho do ano 26 d.C., Jesus deu as suas instruções finais aos seis. Ordenou-lhes que partissem, dois a dois, para anunciar as boas-novas do Reino. Proibiu-os de batizar e desaconselhou-os quanto a fazer pregações públicas. Explicou a eles que mais tarde ele iria permitir-lhes que fizessem pregações públicas, mas que, por um certo tempo, por muitas e boas razões, esperava que eles adquirissem experiência prática em lidar pessoalmente com os seus semelhantes. Jesus propunha fazer dessa primeira viagem um trabalho inteiramente pessoal. E, embora esse anúncio tenham levado os apóstolos ao desapontamento, eles ainda aceitaram, ao menos em parte, as razões de Jesus para começar daquele modo as proclamações do Reino e, então, assim, de bom ânimo e com um entusiasmo confiante. Eles deram início aos trabalhos. E Jesus os enviou dois a dois. Tiago e João foram para Queresa, André e Pedro para Cafarnaum enquanto Filipe e Natanael partiram para Tariquéia.



             Antes que começassem essas duas primeiras semanas de serviço, Jesus anunciou-lhes que desejava ordenar doze apóstolos para continuar o trabalho do Reino, depois da sua partida; e autorizou a cada um deles escolher um homem, dentre as suas primeiras conversões, para que passasse a ser membro desse corpo projetado de apóstolos. João perguntou: “Mas, Mestre, esses seis homens virão para o nosso meio e partilharão todas as coisas igualmente conosco, que estamos contigo desde o Jordão ouvindo todos os teus ensinamentos em preparação para este que é o nosso primeiro trabalho para o Reino?” E Jesus respondeu: “Sim, João, os homens que ireis escolher tornar-se-ão um conosco ensinareis a eles tudo aquilo que seja pertinente ao Reino, do mesmo modo que eu vos ensinei”. Depois de ter dito isso, Jesus deixou-os.



            Os seis não se separaram para ir fazer os seus trabalhos, até que houvessem trocado muitas palavras e discutido as instruções de Jesus, com o intuito de que cada um deles escolhesse um novo apóstolo.



            O conselho de André prevaleceu afinal e eles partiram para os seus trabalhos. Em essência, eis o que André disse: “O Mestre está certo, somos em número muito pequeno para assumirmos esse trabalho. Há necessidade de mais instrutores e o Mestre manifestou grande confiança em nós, por nos ter confiado a escolha desses seis novos apóstolos”.



            Naquela manhã, quando se separaram a fim de seguir para o trabalho, havia um pouco de depressão escondida em cada coração. Eles sabiam que iriam sentir falta de Jesus e, além do medo e da timidez, não era daquele modo que tinham imaginado a inauguração do Reino do céu.



            Havia sido arranjado para que os seis trabalhassem por duas semanas, depois das quais retornariam à casa de Zebedeu para uma reunião. Nesse ínterim, Jesus foi até Nazaré para estar com José e Simão e os outros membros da sua família, que viviam naquela vizinhança. Jesus fez tudo o que lhe foi humanamente possível, em consonância com a sua consagração à vontade do seu Pai, para manter a confiança e o afeto da sua família. E cumpriu bem sua o seu dever nessa questão, e fez mesmo até mais.



            Enquanto os apóstolos estavam fora para essa missão, Jesus pensou muito sobre João Batista, agora na prisão. Era uma grande tentação usar o seu poder potencial para libertá-lo, mas uma vez mais ele resignou-se a “aguardar a vontade do Pai”.



            Havia nessa tentação de resgatar João Batista da prisão o aspecto afetivo, humano. Mas a vontade do Pai era soberana. João veio como instrumento precursor para a introdução de Jesus, não havia necessidade dele continuar ao lado, pois tinham propostas diferentes que provocavam grupos dissidentes, como observamos no caso de André e Ezdras. Era necessário que cada um cumprisse a vontade do Pai que terminaria por levar um à decapitação e o outro à crucificação. Isso possibilitou que mensagem do Reino fosse apresentada e difundida pelo mundo, chegando até nós da forma que a recebemos. Falta agora nós fazermos a nossa parte nesse construto do Reino, cada um com os talentos que o Pai deu a cada um.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/02/2023 às 00h01
 
08/02/2023 00h01
ESCOLHA DE NATANAEL

            Após a escolha de Filipe, que caminhava com Natanael e encontrou Jesus com seus amigos, André, Pedro, Tiago e João, foi a vez de Natanael ser escolhido.



            Filipe agora acenava ao grupo, para que esperassem onde estavam, enquanto ele voltou correndo para anunciar a nova da sua decisão ao seu amigo Natanael, que ainda ficara para trás, sob a amoreira, refletindo sobre as muitas coisas que ele tinha ouvido a respeito de João Batista sobre o Reino que viria, e do Mestre esperado. Filipe interrompeu essas meditações, exclamando: “Eu encontrei o Libertador, aquele sobre quem Moisés e os profetas escreveram; e a quem João Batista tem proclamado”. Natanael, levantando os olhos, inquiriu: “De onde vem esse Mestre?” E Filipe respondeu: “Ele é Jesus de Nazaré, filho de José, o carpinteiro, mais recentemente residindo em Cafarnaum”. E então, um tanto chocado, Natanael perguntou: “Uma coisa boa assim pode vir de Nazaré?” Mas Filipe, tomando-o pelo braço, disse: “Vem e vê”.



            Filipe levou Natanael a Jesus, que, olhando benignamente no rosto do homem sincero que duvidava, disse: “Eis um israelita genuíno, para quem não há engano. Segue-me”. E Natanael, voltando-se para Filipe, disse: “Tu estás certo. Ele é de fato um Mestre dos homens. Eu também o seguirei se for digno disso”. E Jesus fez um gesto afirmativo a Natanael, dizendo de novo: “Segue-me”.



            Jesus já havia reunido a metade do seu futuro corpo de colaboradores íntimos, cinco que já o tinham conhecido há algum tempo e um estranho, Natanael. Sem mais demora atravessaram o Jordão e, passando pela aldeia de Naim, chegaram a Nazaré tarde naquela noite.



            Todos passaram a noite com José, na casa de infância de Jesus. Os companheiros de Jesus pouco entenderam por que o seu recém-encontrado Mestre estava tão preocupado em destruir completamente cada vestígio dos seus escritos que ainda permaneciam pela casa na forma dos Dez Mandamentos e outras frases e preceitos. Esse procedimento, no entanto, junto com o fato de que eles nunca mais o haviam visto escrevendo depois disso – exceto no pó ou na areia – causou uma profunda impressão em suas mentes.



            Este relato também provocou uma profunda impressão em minha mente. Primeiro que, este livro, “O Livro de Urântia”, que é proposto como uma revelação mais aproximada da Verdade, traz algumas falhas que podem ser devido a tradução ou impressão, mas que deve ser ressaltado. Além de Natanael, Pedro também não era um estranho para Jesus? E quando Jesus foi com eles à sua casa em Nazaré, não podiam ter passado a noite com José, pois ele já havia falecido nessa ocasião.



            No entanto, pequenas falhas que aconteçam não podem anular o conjunto da obra, a forte compreensão lógica, racional, da cosmogonia apresentada e da origem e comportamento do Mestre que o respeitamos como enviado de Deus e nosso irmão mais sábio, mais próximo do Pai.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/02/2023 às 00h01
 
07/02/2023 00h01
ESCOLHA DE FILIPE

            Enquanto a complicação fermentava entre os seguidores de João Batista, Jesus e os seus quatro discípulos-apóstolos adiantavam-se no seu caminho para a Galiléia. Antes de atravessarem o Jordão, para ir a Nazaré pelo caminho de Naim, Jesus, olhando para frente, estrada acima, avistou um certo Filipe de Betsaida, que vinha na direção deles, com um amigo. Jesus havia conhecido Filipe há algum tempo e este também era muito conhecido de todos os quatro novos apóstolos. Ele estava, com o seu amigo Natanael, a caminho de visitar João Batista em Pela, para aprender mais sobre a comentada vinda do Reino de Deus; e ficou encantado de poder saudar Jesus.



            Filipe era um admirador de Jesus desde que este veio à Cafarnaum pela primeira vez. Mas Natanael, que vivia em Caná, na Galiléia, não conhecia Jesus. Fiipe adiantou-se para saudar os seus amigos , enquanto Natanael permaneceu à sombra de uma árvore à beira da estrada.



            Pedro levou Filipe para um lado e começou a explicar, referindo-se a si próprio, a André, a Tiago e a João, que todos eles se haviam transformado em seguidores de Jesus, no novo Reino; e insistiu veementemente para que Filipe também fosse um voluntário desse serviço. Filipe ficou em um dilema. O que deveria fazer? Aqui, de repente – em uma beira de estrada perto do Jordão -, aqui, punha-se ele diante de uma decisão imediata, sobre a mais importante questão de uma vida. Logo ele entrou em uma conversa sincera com Pedro, André e João, enquanto Jesus delineava para Tiago a viagem através da Galiléia e para Cafarnaum. Finalmente, André sugeriu a Filipe: “Por que não perguntar ao Mestre?”



            Subitamente Filipe se deu conta de que Jesus era realmente um grande homem, possivelmente o Messias, e decidiu acatar a decisão de Jesus nessa questão; e foi diretamente até ele e perguntou: “Mestre, devo ir até João Batista ou juntar-me aos meus amigos que te seguem? “ E Jesus respondeu: “Segue-me”. Filipe ficou emocionado com a certeza de haver encontrado o Libertador.



            Assim foi escolhido o quinto apóstolo, por intermediação dos quatro anteriores, todos com uma sintonia com João Batista, que reconhecia em Jesus o Messias verdadeiro, mas que não passava para todos os seus seguidores essa mesma impressão. Tanto é verdade que Ezdras, um dos seus seguidores mais próximos foi frontalmente e deselegantemente o contrário, chegando a sair do grupo e formar uma seita, apoiando João Batista e rejeitando Jesus, como permanece até hoje.



            Fica nesse contexto uma grande lição para todos nós, de ficarmos sempre atentos às diversas narrativas que surgem em função de determinado fato. O fato é real, como foi a presença de Jesus e seu comportamento. As narrativas que se formam ao redor dele e que podem estar mais próximas ou mais distantes da Verdade. Ezdras, de acordo com o meu discernimento, ficou bem distante da Verdade. André, Pedro, João e Tiago, ficaram bem mais perto, apesar da narrativa que eles construíram em suas mentes ainda não sintonizarem com a Verdade que Jesus veio trazer, da construção do Reino de Deus.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 07/02/2023 às 00h01
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